Qual justiceiro, Manuel Maria Carrilho, saiu ontem com um livro onde procurou justificar a sua derrota para a Câmara Municipal de Lisboa, pelos ataques e conspirações de que foi vítima, quer da comunicação social quer de muitos comentadores deste país.
Esqueceu-se, no entanto de colocar ai as suas próprias culpas, nomeadamente pela triste campanha que realizou. Este esquecimento e o tom demasiado pessoal, demasiado centrado no seu umbigo e a falar de “eu, eu, eu” em muito vai prejudicar aquilo de bom que este livro pode ter; uma critica à forma como é desempenhada pela comunicação social o seu dever de informar de uma forma livre e isenta.
Já hoje, ninguém tem duvidas que muito que é dito, nos jornais, rádios e televisões, muitas vezes distorce a verdade, ou pelo menos condiciona-a, e esconde outras realidades menos cómodas para certos “senhores” deste país.
Como fazedores de opinião, todos estes órgãos de informação, pela forma como “dão a noticia, e posteriormente com a ajuda de convidados, colunistas ou comentadores acabam por condicionar fortemente aquilo que passa para a opinião pública. Num país em que a iliteracia atinge números elevadíssimos, (80% dos portugueses num estudo realizado no ano 2000) é lógico que este ruído faz “opinião”.
Há no entanto um outro lado pouco debatido da nossa comunicação social. O lado do silencio. Se muitos dos escândalos que acontecem neste nosso jardim são conhecidos através de investigações levadas a cabo pela Comunicação social (já repararam que são cada vez menos), também é verdade que muitas das vezes isso tem a ver com guerras de lobbys económicos e de grupos de influencia. Não raramente vemos “escândalos” desaparecerem repentinamente dos nossos televisores e dos jornais sem nada que o pareça justificar. Há casos que se mantêm como notícia durante anos outros esfumam-se no ar como se nada tivesse acontecido. Sendo a quase totalidade da nossa comunicação social pertença de meia dúzia de grandes grupos económicos com ligações à banca e ao poder, facilmente se compreende que dinheiro, contratos publicitários, influencias e grupos de pressão silenciem os incómodos que algumas noticias lhe possam causar.
Quanto à liberdade dos próprios jornalistas, gente que quer manter um emprego, subir nas redacções e na carreira acabam por acatar as “recomendações” que lhes são feitas. Afinal também eles são humanos.
Felizmente, com o surgimento dos Blogs abriu-se uma porta aproveitada por alguns para dizer aquilo que realmente pensam. Eles, e todos nós que gratuitamente perdemos horas do nosso dia na blogosfera, seremos, talvez, o ultimo bastião da verdadeira liberdade, sem constrangimentos ou receios. Talvez por isso cada vez mais se vejam “pensadores” da nossa praça a criticar a forma e o conteúdo dessa liberdade.
O livro do Carrilho pouco me interessa, mas se por causa dele for possível debater-se e saber-se um pouco mais deste mundo da desinformação já terá valido a pena a sua publicação.
Esqueceu-se, no entanto de colocar ai as suas próprias culpas, nomeadamente pela triste campanha que realizou. Este esquecimento e o tom demasiado pessoal, demasiado centrado no seu umbigo e a falar de “eu, eu, eu” em muito vai prejudicar aquilo de bom que este livro pode ter; uma critica à forma como é desempenhada pela comunicação social o seu dever de informar de uma forma livre e isenta.
Já hoje, ninguém tem duvidas que muito que é dito, nos jornais, rádios e televisões, muitas vezes distorce a verdade, ou pelo menos condiciona-a, e esconde outras realidades menos cómodas para certos “senhores” deste país.
Como fazedores de opinião, todos estes órgãos de informação, pela forma como “dão a noticia, e posteriormente com a ajuda de convidados, colunistas ou comentadores acabam por condicionar fortemente aquilo que passa para a opinião pública. Num país em que a iliteracia atinge números elevadíssimos, (80% dos portugueses num estudo realizado no ano 2000) é lógico que este ruído faz “opinião”.
Há no entanto um outro lado pouco debatido da nossa comunicação social. O lado do silencio. Se muitos dos escândalos que acontecem neste nosso jardim são conhecidos através de investigações levadas a cabo pela Comunicação social (já repararam que são cada vez menos), também é verdade que muitas das vezes isso tem a ver com guerras de lobbys económicos e de grupos de influencia. Não raramente vemos “escândalos” desaparecerem repentinamente dos nossos televisores e dos jornais sem nada que o pareça justificar. Há casos que se mantêm como notícia durante anos outros esfumam-se no ar como se nada tivesse acontecido. Sendo a quase totalidade da nossa comunicação social pertença de meia dúzia de grandes grupos económicos com ligações à banca e ao poder, facilmente se compreende que dinheiro, contratos publicitários, influencias e grupos de pressão silenciem os incómodos que algumas noticias lhe possam causar.
Quanto à liberdade dos próprios jornalistas, gente que quer manter um emprego, subir nas redacções e na carreira acabam por acatar as “recomendações” que lhes são feitas. Afinal também eles são humanos.
Felizmente, com o surgimento dos Blogs abriu-se uma porta aproveitada por alguns para dizer aquilo que realmente pensam. Eles, e todos nós que gratuitamente perdemos horas do nosso dia na blogosfera, seremos, talvez, o ultimo bastião da verdadeira liberdade, sem constrangimentos ou receios. Talvez por isso cada vez mais se vejam “pensadores” da nossa praça a criticar a forma e o conteúdo dessa liberdade.
O livro do Carrilho pouco me interessa, mas se por causa dele for possível debater-se e saber-se um pouco mais deste mundo da desinformação já terá valido a pena a sua publicação.
.
Contribuição para o Echelon: THAAD, package
uns dos primeiros pressupostotos para o jornalismo de informação é a imparcialidade...mas não há como se imparcial...cada um carrega dentro de si as formações que teve com a vida e é isso que faz dele um mau ou um bom jornalista...tudo o resto que aprendemos na universidade é somente instrumento...para desenvolver a idéia...
ResponderEliminarO que eu percebo hoje é que nem ética nem a busca da imparcialidade é notada nos midia...a RTP é completamente sem sal nem açúcar...e fala somente o que quer o governo...é a rede estatal...mas seu papel social não é a de portavoz do governo...è uma REDE PUBLICA...
Aquilo ontem a noite foi vergonhoso...tanto para a jornalista...que não queira nada estar ali...e para ele que com aquela cara de parvo que só a ele pertençe...armou-se em vítima de uma cabala!!!!!!!!!!!!!!!
Bem não sei o que foi que me deu mais enjoo...acho que aquilo foi um premio que o Socrates inventou para o Carrilho suportar a falta de apoio que o partido ofereceu durante a campanha...tenho é pena...aquilo durou 1 hora e eu fiquei com sono e não consegui ver A HERANÇA...rsrsrs
é a velha tese da "hipótese conspirativa". não falhamos por erros nossos (e como os houve!), mas por causa dos Outros, desses malandros que nos lixam e nos procuram arruinar...
ResponderEliminarfalta muita humildade a carrilho e este "livro de vingança" é mais uma prova desse "cadáver político" que é hoje carrilho.
Fácil é sacudir a água do capote! Afinal há muito quem, mas poucos são os que seriamente querem encontrar a verdadeira fonte dos problemas...
ResponderEliminarAcho estas tuas imagens, a ilustrar os bons textos, o máximo, por isso gosto de vir aqui.
Abraços
Que saudades das tuas montagens e dos teus textos.
ResponderEliminarVamos ter de discordar meu caro Kaos.Bem, concordar e discordar. Este senhor é um palhaço. Durante a sua carreira politica fez questão de ser um " OUTSIDER" e tentar brilhar deste modo. A dado momento, cheirou-lhe bem concorrer à câmara de Lisboa e foi buscar o Edson, para mudar uma imagem que levou 25 anos a construir. O de Bad Boy Filosofo, para pai de familia amoroso.
Dito isto, não foi a imprensa que o derrubou, mas sim a estratégia que adoptou. Essa sim, foi errada desde o dia 1.
O não apertar a mão do adversário é culpa da imprensa? Por favor? É culpa do senhor que é um arrogante. Teria sido melhor para os portugueses se as imagens tivessem sido ocultadas? Os actos ficam para quem os praticam.
Podes dizer muita coisa, mas, no caso deste senhor, não foi a imprensa que o derrubou, ele caiu do cavalo onde se encontrava e de onde pensava entrar a galopar pela câmara a dentro.
Para finalizar, fiquei espantada pelo Edson, não ter percebido que a campanha teria de ter sido agressiva e nunca SOFT, porque quanto mais honesta, ou próxima do candidato, melhores serão os resultos.
Fica bem
Claudia:
ResponderEliminarFelizmente não via a entrevista a que te referes. A "choraminguisse" do homem pouco me interessa, mas gostava de ver discutida a imparciabilidade e a isenção dos orgãos de informação. Era uma boa altura, mas dificilmente eles se irão colocar em causa a si próprios.
Bjs
Rui:
ResponderEliminarO Carrilho não passa de um filosofo do seu próprio umbigo. è uma personagem menor na vida politica e cultural do nosso país. Não sabe ser humilde, o que é um grande defeito, mas no meio daquela palha toda existem factos sobre a comunicação social que é pena que fiquem sem discussão publica
tb:
ResponderEliminarQuem não assume os seus erros dificilmente os poderá corrigir. É o caso do Carrilho, um cadaver da politica portuguesa.
Obrigado pelo apoio. Aparece sempre que desejares que serás sempre bem vindo.
Um abraço
Allien:
ResponderEliminarSê bem vinda à blogosfera. Já sentiamos a tua falta por aqui. Quanto ao post, não deves ter lido bem o que escrevi. O carrilho é um nada na politica portuguesa e eu nem quero perder muito yempo a falar dele. Perdeu porque fez uma má campanha e porque as pessoas não gostam dele. O que eu gostava de aproveitar para ver discutido é o estado da comunicação social neste país e o que é feito com o poder que ele representa. Neste ponto também estamos muito mal.
bjs
Esse Carrilho quer é protagonismo ..e protagonismo faz-se a escrever leviandades estúpidas do tipo "quem me bateu"...mas as editoras e os orgão de C.social é que tem a culpa de divulgar estas não-notícias!!
ResponderEliminarcavaleiro:
ResponderEliminarA comunicação social divulga tudo quanto possa fazer audiencia. Afinal eles acabam sempre por ter a ultima palavra
só para introduzir outra questão...a C.S. manipula e é manipulada... é curioso que já vi jornalistas que nem cheiram o jogo em que estão metidos...lol.
ResponderEliminarainda hoje vi uma reportagem, provavelmente bem intencionada (não tinha razão para não ser), em que a pessoa entrevistada virou um determinado jogo a seu favor, com uma mentira nojenta, mas lá está, a jornalista por um lado nao sabia, mas por outro, se tivesse tido o cuidado de falar com mais duas ou três pessoas tinha percebido tudo;era tão fácil, era suposto terem algo a dizer, estavam à mão e não se calariam. mas ninguém lhes perguntou....até doeu!!!! mas não o fez, infelizmente (tinha a ver com a saúde, e esse xadrez eu conheço).
ou seja, independentemente da pressão mais ou menos explicita, há tambem alguma falta de profissionalismo naquilo que se faz...não sei quais são os factores, não conheço o meio, mas que é feio de ver é...
um beijo:))
Cristina
ResponderEliminar~Muitos sã jovens acabados de sair das universidades e que são mandados fazer reportagens sobre assuntos de que nada sabem. Com o tempo ou aprendem e são submissos à vontade do patrão ou acabam no desemprego. Há actualmente jornalistas a mais e a luta por lugares é grande. è a lei do mercado e daquilo que chamam opções editoriais
bjs
Eu só queria saber é se o gajo gastou aquela massa toda na retrete do Ministério da Cultura!
ResponderEliminarVery pretty design! Keep up the good work. Thanks.
ResponderEliminar»
Interesting site. Useful information. Bookmarked.
ResponderEliminar»
I'm impressed with your site, very nice graphics!
ResponderEliminar»