quinta-feira, junho 08, 2006

MILU E TINTIN

As recentes declarações da Ministra da Educação identificam uma série de problemas não camufláveis: Insucesso escolar; níveis de abandono; níveis de escolarização e competências adquiridas.
Contudo, a análise fundamentada desses problemas não se pode radicar numa retórica de estigmatização culpabilizante dos profissionais a envolver na resolução desses problemas. A vitimização dos professores pode, pelo contrário, impedir a discussão e implementação de eficácia no sistema educativo.
A partir desse discurso tem sido lido e ouvido que a educação regrediu, o que além de calunioso é falso.
Milu é fiel e inseparável companhia Sócrates e, ao contrário deste, tem um gosto moderado por aventuras - é mais pé no chão. Com estas declarações criou o cenário para uma nova aventura.
Jorge Matos
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Contribuição para o Echelon: THAAD, package

6 comentários:

  1. Anónimo8/6/06 07:49

    Gosto sempre dos textos do Jorge Matos. Curtos, concisos e precisos. E concordo com o que diz. As mudanças nas sociedades nunca são pacíficas e acho que a nossa está a passar por uma grande mudança, onde tudo é posto em causa, o que era excelente se à frente dos destinos do país estivessem pessoas credíveis, responsáveis e profissionais e reunindo as vontades necessárias para delinear as grandes mudanças que se querem tomadas.
    Abraços

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  2. tb:
    O problema que eu noto não está só em quem faz as alterações, mas o sentido das mesmas. O caminho escolhido não me parece ser o melhor
    bjs

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  3. Anónimo8/6/06 15:40

    Um dia destes acordei a odiar Maria de Lurdes Rodrigues, a ministra da Educação. As manchetes dos jornais diziam que os pais dos alunos iam avaliar os professores, e atrás destes títulos vieram os professores aos gritos dizer que isso era o fim do mundo, e atrás dos professores vinham os intelectuais do costume a bradar que os pais são uma cambada de analfabetos que mal sabem avaliar os filhos, quanto mais os professores dos filhos. E a bola de fumo cresceu, cresceu, cresceu, e eu deixei de ver o fogo que lhe dera origem. Mas pensei: realmente, não cabe na cabeça de ninguém, em seu perfeito juízo, ter os encarregados de educação a classificar professores que mal conhecem ou cujo trabalho pura e simplesmente ignoram...

    O problema é que havia um pequeno fogo de onde saía todo este fumo. E foi preciso ler a entrevista da ministra no Público para perceber que, uma vez mais (e presumo que sem recurso a empresas de comunicação...), o peso corporativo dos professores caiu ao colo de muitos jornalistas e o que saiu nos jornais foi apenas a cortina de fumo para pôr o País aos gritos.

    Lendo o projecto do Governo, o que se percebe é um esforço meritório para aproximar os pais das escolas, deixar as escolas abrirem-se aos encarregados de educação e permitir que, em casos devidamente previstos (por exemplo, quando os pais participarem activamente nas reuniões das escolas), aqueles que estiverem em melhores condições possam efectivamente fazer uma avaliação sobre os professores. Mas essa avaliação não é única nem taxativa - ela será ponderada num conjunto vasto de outros critérios e pontuações, de que resultará enfim uma avaliação do professor. Não são portanto os pais que vão decidir quem são os bons e os maus professores - os bons pais apenas vão contribuir, à sua pequena escala, para uma avaliação global.

    Tão diferente, não é? Tão defensável, certo? Por que raio andam sempre a atirar-nos areia para os olhos? Quem é que tem gosto em enganar o incauto leitor de jornais? Neste caso a Corporativista FENPROF, sem DÚVIDA!
    Foda-se estou farto destes gajos!

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  4. JFK:
    Tenho dois filhos no primeiro ciclo e os pais estão proibidos de passar o portão da escola. É necessario pedir por favor e talvez consigamos falar com alguem que nos saiba dizer alguma coisa. Infelizmente muitos pais só utilizam a escola como lugar para deixar os filhos enquanto vão trabalhar, mas os que realmente se gostavam de participar mais são vistos como gente estranha e a evitar.
    Mais um exemplo. O meu filho teve uma professora optima no seu primeiro ano tendo evoluido imenso. No fim do anos os pais reunidos solicitaram que ela podesse continuar. A resposts do ministério foi de que a vontade dos pais não é critério para as colocações. Este ano tem um professor e perdeu organização e conhecimentos. Os pais devem mesmo ter uma palavra a dizer.
    um abraço

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  5. Anónimo8/6/06 21:45

    Ainda bem que o meu amigo Kaos concorda comigo! Ao menos uma vez!
    Um abraço também para si!

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  6. jfk:
    Ou vice versa e és tu que concordas comigo :)
    Afinal isso não tem qualquer importancia, já que o que devemos é defender aquilo que pensamos e acreditamos e não falar pela cabeça dos outros.
    Um abraço

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