Se Adão e Eva fossem gays “nós não estaríamos aqui”.

O Arcebispo de Burgos, Francisco Gil Hellín, disse que se Adão e Eva fossem gays “nós não estaríamos aqui”. Assegurou que as novas legislações permitindo o matrimónio entre pessoas do mesmo sexo “contradizem os povos e a história das nações”. Se desde o início da vida, não existisse a relação natural entre homem e mulher, o macho e a fêmea no caso dos animais, “o mundo não existiria”.
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Sem dúvida “esperto” o Sr. Arcebispo. Uma lógica inatacável, baseada em pressupostos indiscutíveis. Claro que daquele momento, ainda paradisíaco, muitas outras histórias e conclusões se podem tirar. A primeira é de que se a Igreja católica já existisse nessa altura, hoje “nós não estaríamos aqui”, já que a fornicação é um pecado. Isto leva-nos a uma outra conclusão; a de que somos o produto do pecado. Ou seja, devemos pecar ainda mais, nem que seja só como forma de celebrar a nossa existência.
Quem também é filho do pecado é o conhecimento, escondido por Deus dentro de uma maçã (não está provado que tenha sido a mesma que uns tempos mais tarde caiu na cabeça do Newton e o fez descobrir a lei da gravidade). Não se riam, que isto da maçã é mesmo verdade, já que ainda tenho um bocado dela aqui entalada na garganta.
Concluo portanto, que a haver dois gays, não pecadores, no paraíso este mundo não existiria. Ainda hoje lá estariam, aborrecidíssimos, a olhar para a maçã do conhecimento, mais ignorantes que o Bush, a babarem-se um para o outro de desejo e certamente já com enormes traumas naquelas carolas.

Obrigado Sr. Arcebispo, maçã da nossa ignorância, por nos mostrar a verdade.
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