terça-feira, julho 11, 2006

TERROR EM GAZA

Gaza vive um quotidiano de terror. Uma invasão militar israelita, de enorme envergadura, priva um milhão de habitantes de electricidade, de água potável, de saneamento, de escolas, de hospitais, de tudo, num calvário indescritível, em flagrante violação do direito humanitário internacional e da IV Convenção de Genebra, que obriga a potência ocupante a proteger a vida de civis. O governo israelita invoca a legitimidade da acção como retaliação à captura de um soldado, e, diz-se prestes a tudo para o salvar. Certo que a situação do jovem soldado constitui uma tragédia, e, a reivindicação do seu resgate legítima. Contudo, a partir desta situação, o governo israelita perpetua uma ocupação ilegal, faz 8000 prisioneiros, dos quais 350 crianças e adolescentes, de forma arbitrária.
Para Israel a captura do jovem militar é, evidentemente, um pretexto para uma operação programada para substituir o governo do Hamas (que emergiu de um processo democrático legítimo).
No processo de paz, o governo de Israel impõe termos que sacrificam a continuidade territorial necessária a um estado viável, ignora as tréguas que o Hamas cumpre há mais de um ano, e uma plataforma política assente em dois estados delimitados pelas fronteiras políticas de 1967.
Israel ignorando deliberadamente uma posição de diálogo, mantém em curso uma violação do direito humanitário, um crime contra a paz, um insulto ao futuro, e desenvolve uma visão de segurança que semeia perigos maiores do que aqueles que diz pretender evitar. Com o apoio dos Estados Unidos e o silêncio da EU a política expansionista de Israel acentua o seu carácter trágico e eterniza a violência.
Jorge Matos
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Contributo para o Echelon: Electronic Surveillance, MI-17

8 comentários:

  1. Jorge

    é verdadeiramente nojento isto..

    o silencio ainda mais, perante esta tragédia humanitária e esta chacina. não entendo o que a comunidade internacional está á espera para intervir, vão perder toda a moral para falar em outras situações...

    as imagens dão-me náuseas...

    beijos

    talvez fosse altura de a sociedade civil de todos os países começar a fazer a pressão possível, para todos os organismos internacionais, que mais podemos fazer? e já não é pouco.

    posts como este ajudam..

    beijos

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  2. ups!!

    dois beijos, não faz mal, pois não?
    ;)

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  3. É verdade já está tudo dito aqui. Para quando as nações deixam de se agredir e dizimar aproveitando os recursos anturais e humanos para o bem da humanidade... Será apenas um sonho meu?!
    Beijinhos e abraços

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  4. Cristina:
    há já muito que Israel utiliza a força para destruir qualquer desenvolvimento na Palestina. Ao destruir infra-estruturas está a garantir a pobreza e a continuação da guerra, como fonte de união interna. Entretanto sofre e morre um povo, jáhá tanto tempo castigado pela violencia. O mundo mostra a sua preocupação, mas o dinheiro Israeleita vale muit mais.
    bjos (2x)

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  5. luikki:
    Só os preocupa aquilo que representa a perda de lucros, a de vidas é irrelevante para os Senhores do mundo

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  6. tb:
    falas de um ideal tão longe ainda das intenções humanas. A npssa espécie ainda não atingiu esse ponto de desenvolvimento e muitas vezes chegoa a pensar que nunca o fará.
    bjos

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  7. Kaos, pelo menos os sonhos, esses não nos conseguem tirar.
    Cada dia que passa e vejo tanta injustiça, guerras, desperdício de vidas e recursos, mais tenho a certeza que um dia haverá um mundo em que as pessoas compreenderão... e isso não deixo que me tirem, mesmo que me chamem nomes!
    Beijinhos

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  8. tb:
    Eu também sonho que assim poderá ser um dia e nada há que deseje mais. basta dizer que tenho dois filhos e receio muito pelo mundo que lhes vou deixar. Sobretudo porque está pior do que aquele que me deixaram a mim os meus páis. Isso é que me assusta, com o tempo não vejo as coisas a melhorar, antes pelo contrário. Agara o sonho, esse é sempre nosso.
    bjinhos

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