quarta-feira, outubro 25, 2006

Greve Geral da Função Pública

Vem ai a greve da Função Pública. O Governo diz que não pode dar mais, os Funcionários Públicos que já não podem aceitar menos. Mesmo que desejasse dar o benefício da dúvida ao governo, aceitando as desculpas da crise, do défice, dos sacrifícios para todos, a posição do governo é indefensável. Desde há muitos anos que, este governo e os anteriores, definiram a função pública como o seu inimigo maior e a razão que justifica todos os males. A depreciação das qualidades e do trabalho dos trabalhadores da Função Pública e o apregoar ampliado das suas regalias tem sido a táctica escolhida para justificar muitas das medidas tomadas. O Sócrates até tenta fazer a figura de bonzinho, recusando as propostas do despedimento pura e simples de 50 mil, 100 mil ou 200mil como tem sido apregoado por alguma direita e por essa cambada do Compromisso Portugal, mas as atitudes anteriores não lhe dão muita margem de manobra. Eu não sou funcionário público e acredito que haverá razões de ambos os lados, mas se não há dinheiro para aumentos, não poderia o governo trocar isso por outras regalias sociais? Porque não mais dias de férias em 2007 ou outra qualquer medida do mesmo género? Não será possível chegar-se a um entendimento? Eu acredito que sim.
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Contribuição para o Echelon: NATOA, sneakers, UXO

4 comentários:

  1. Acho o problema da Função Pública equiparado ao da Educação.
    Falta de planificação séria. Falta de vontade e talvez de visão.
    Há muita coisa que está mal e tem que ser alterada. Mas tem que ser para o bem comum e não para o bem apenas de um punhado, sempre os mesmos.
    jinhos

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  2. tb:
    Esse olhar sobre a função publica tem de ser feito com honestidade e encontrar formas de todos ficarem satisfeitos. Ainda vou falar mais disso um dia destes.
    bjs

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  3. luikki:
    Claro que a culpa é dos governantes que sempre preferiram não ter chatisses. A entrada de amigos e compadres também não ajudou muito. Agora não pode ser é contra aqueles que procuram ter uma vida e uma carreira digna que se atire com todas as culpas e sacrificios.
    Quanto às greves, nunca entendi porque não se fazem greves só de algumas horas. Prejudica tanto como as outras e os custos em salário são infinitamente menores.
    abraço

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  4. Porca:
    Eu, embora não me reveja no sindicalismo actual, que impede os trabalhadores de fazerem verdadeiras lutas ao controlarem tudo, sou a favor de sindicatos. Mais livres e sobretudo mais honestos, com apresentação de contas e actividades que realmente ajudem quem produz a riqueza.

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