Embora não seja professor, sempre me irritou ver aparecer alguém com uma proposta de mudança para discutir, e começar logo por afirmar que não aceita mudar isto ou aquilo. Parecia-me lógico que fosse quem quer mudar, que deveria ser mais flexível, e quem se encontra bem como está, que deveria poder regatear mais. Da forma como são actualmente apresentadas as coisas, o que se quer não é negociar nem discutir opções. É o quero posso e mando e se me dou ao trabalho de fingir que negocie-o, aceitando retirar aquilo que lá tinha colocado exactamente para ter margem de manobra, é só para atirar areia para os olhos dos outros e da opinião pública. Depois, aprova aquilo que quer e ainda tem o desplante de dizer que, aqueles a quem impôs as suas ideias, ainda lhe virão a agradecer no futuro. Obrigado “Mama”, mas nós ainda sabemos pensar pela nossa cabeça e gostamos de poder decidir o que é bom ou mau para nós. Não vou sequer defender se as medidas agora aprovadas são boas ou más, mas simplesmente afirmar que, feito desta forma, não passa de prepotência.Contribuição para o Echelon: NATOA, sneakers, UXO
O mais lamentável é que as medidas nada têm a ver com as medidas de fundo que retirem a Educação do buraco em que se encontra. São medidas avulsas com a preocupação primeira de redução de despesase que em nada irão lançar a Educação em novos horizontes. Estes ministros parecem mais prestidigitadores de feira, cada um, em sua vez, a tirar coelhos da cartola.
ResponderEliminarParabéns mais uma vez pelos excelentes arranjos de figuras, cheios de inteligencia critica e humor. Agora o ministro Mário Lino não faz a coisa por menos, assegura que transformará a TAP "numa das melhores transportadoras aéreas e vai ao ponto de prever que o seu lucro em 2008 será de 26,8 milhões de euros". Isto mesmo, nem mais nem menos uma décima!
Resumes bem, João, a mentira que esta mulher tem tentado fazer passar para a opinião pública, e sempre demagogicamente piscando o olho aos pais, como fez ao implementar o ensino do Inglês no 1º ciclo, sem professores peparados para tal nem um conjunto de orientações pedagógicas adaptadas ao diverso tecido social e regional do país.
ResponderEliminarContra os profs...marchar...marchar
... rapidamente e em força, nem que orgulhosamente só.
Nos velhos tempos da ditadura, havia nos pacotes de açúcar a sigla SEMPA. Logo o povo arranjou significado jocoso:
S- Salazar
E- envia
M- militares
P- para
A- Angola
Mas não se ficava por aqui a imaginação de quem reparou na sigla.Assim, lendo-se ao invés, tínhamos:
A- Angola
P- pede
M- (e)manda
E- embora
S- Salazar
A prepotência é semelhante,a arrogância maior, o ódio aos professores maior ainda.
Nunca esta mulher pretendeu dialogar. E quem a acoberta, quem a lá pôs...bem conhecia a peça.
Mas o pior de tudo nem é o desprezo profundo pela classe docente. O pior, mesmo, é o que está a fazer às gerações futuras de portugueses.
A história se encarregará do juízo final.E na fogueira do tempo se consumirá esta figurinha de papel.
Já está tudo dito!
ResponderEliminarjinhos
luikki:
ResponderEliminarEstranho este povo que gosta de ser mandado. Numa democracia a sério já devia estar encostado à parede para não dizer pior. Assim pagamos todos
abraço
ruy:
ResponderEliminareu por acaso ouvi 64 milhões, mas isso é irrelevante, já que aquilo que querem é vender mais uma empresa aos privados. as escolas também já não deve faltar muito.
abraço
Jorge:
ResponderEliminarAs minhas preocupações são mais como pai de que como professor embora como trabalhador por conta de outrem tudo o que esta gente vai fazendo me tenha de preocupar. Como pai, já vi coisas boas e outras muito más. Preocupa-me que dentro de pouco tempo as escolas acabem geridas em função não do ensino mas do lucro, para depois as privatizarem como têm feito com tudo. Como trabalhador preocupa-me a forma como vejo serem retirados direitos sem qualquer piedade e sem nos darem qualquer hipotese de defesa. Só a rua e a contestação podem fazer mudar isto. Revolução já.
abraço
tb:
ResponderEliminarIsso não é verdade, ainda falta dizer o dia em que vamos ter de cabar com isto de vez, que já se está a fazer tarde.
bjs
O pior é que na hora da verdade o masoquista do Zé Povinho continua a dar-lhes o voto. Já quase me convenço que o melhor é emigrar como, aliás, estão a fazer os jovens que não vêm futuro no seu próprio país.
ResponderEliminarOu então, como alguém já defendeu: No limite, o melhor a fazer é mudar de Povo!
desencantado:
ResponderEliminartambém eu ando triste com isto tudo. Mas, o pior é baixar os braços e desanimar. É possivel mudar e muitas vezes basta um pequeno nada para isso acontecer. esperemos.
abraço