Esta não era a imagem criada para este texto, mas problemas com a ligação à Internet, impediram-me o normal funcionamento do blog. Desculpem-lá, mas foi a única alternativa que me restava.
– Olá, bom dia meu Príncipe. – Disse a sorridente Sócretina enquanto fazia uma vénia. – Pelo que vejo comemos o pequeno-almoço real.
– Bom dia minha Princesa. Estamos bem disposta pelo que vejo – respondeu-lhe o Sr. Silva enquanto da boca lhe saltavam algumas migalhas de bolo. – Queres comer?
– Só a ti meu Rei. Tomo um cafezinho com todo o gosto
Ambos se riram e a Sócretina tocou insistentemente o pequeno sino que estava sobre a mesa.
– Onde raio anda a Maria que nunca aparece quando faz falta?
– Coitada da minha Maria. Não apertes muito com ela que não anda muito bem. Enquanto houve umas varandas para fechar com alumínios e cadeirões para fazer uns crochés ainda andou distraída, agora anda chata, sempre a refilar que o Palácio é muito grande, que tem muito trabalho a limpar tudo. Já não a posso ouvir.
– Foste tu que tocaste, Aníbal? – Perguntou a Maria que entretanto tinha chegado à porta.
– Fui eu Maria. Traz-me um café. – Disse a Sócretina sem tirar os olhos sorridentes de cima do Sr. Silva.
– Se faz favor, ainda se usa neste Palácio. Posso não ser Engenheira e passar o dia todo a limpar as porcarias que os outros fazem, mas não mereço ser tratada abaixo de cão. – E saiu a chorar pela porta fora.
– Olha, olha, a fazer fitas. Queres ver que não me vai trazer o café? – Disse a Sócretina irritada.
– Não sejas má que ela não anda muito bem. Então a menina agora anda entretida a fazer-se de boazinha é?
– Eu? Porquê?
– Ela é dar sangue, é inaugurar ma linha dos doentinhos que já trabalhava há mais de 15 dias. Anda a aprender com o Jardim da Madeira?
– Sempre é melhor que andar para ai armado em Rei a falar, falar e a não dizer nada. Estás a ficar bom nisso.
– Hé hé, a principio tinha um bocado de dificuldade quando me faziam perguntas, mas agora já lhe estou a apanhar-lhe o jeito.
– E a Maria que não me traz o café. Que se lixe, vamos é lá para dentro que hoje ainda tenho de ir comprar uns trapitos para levar na viagem à Rússia.
Enquanto o Sr. Silva ajudava a Sócretina a levantar-se da mesa não resistiu a pedir-lhe:
– Depois podias pedir ao Putin se não me oferecia umas peles e umas bonecas daquelas que se põem todas umas dentro das outras.
– Não lhe vou pedir nada. Quero que ele vá para o Putin que o pariu.
Ambos riram.
– Não te preocupes que depois compro-te umas no free-shop. Eu não quero que falte nada ao meu reizinho – disse ela em voz de ratinho.
– E o teu reizinho também não quer que falte nada à sua Princesa Sócretina. – Respondeu ele imitando-a. – Anda daí, está na altura de ires às novas oportunidades.
Ainda se iam a rir quando fecharam a porta atrás deles.
Contributo para o Echelon: Electronic Surveillance, MI-17
– Bom dia minha Princesa. Estamos bem disposta pelo que vejo – respondeu-lhe o Sr. Silva enquanto da boca lhe saltavam algumas migalhas de bolo. – Queres comer?
– Só a ti meu Rei. Tomo um cafezinho com todo o gosto
Ambos se riram e a Sócretina tocou insistentemente o pequeno sino que estava sobre a mesa.
– Onde raio anda a Maria que nunca aparece quando faz falta?
– Coitada da minha Maria. Não apertes muito com ela que não anda muito bem. Enquanto houve umas varandas para fechar com alumínios e cadeirões para fazer uns crochés ainda andou distraída, agora anda chata, sempre a refilar que o Palácio é muito grande, que tem muito trabalho a limpar tudo. Já não a posso ouvir.
– Foste tu que tocaste, Aníbal? – Perguntou a Maria que entretanto tinha chegado à porta.
– Fui eu Maria. Traz-me um café. – Disse a Sócretina sem tirar os olhos sorridentes de cima do Sr. Silva.
– Se faz favor, ainda se usa neste Palácio. Posso não ser Engenheira e passar o dia todo a limpar as porcarias que os outros fazem, mas não mereço ser tratada abaixo de cão. – E saiu a chorar pela porta fora.
– Olha, olha, a fazer fitas. Queres ver que não me vai trazer o café? – Disse a Sócretina irritada.
– Não sejas má que ela não anda muito bem. Então a menina agora anda entretida a fazer-se de boazinha é?
– Eu? Porquê?
– Ela é dar sangue, é inaugurar ma linha dos doentinhos que já trabalhava há mais de 15 dias. Anda a aprender com o Jardim da Madeira?
– Sempre é melhor que andar para ai armado em Rei a falar, falar e a não dizer nada. Estás a ficar bom nisso.
– Hé hé, a principio tinha um bocado de dificuldade quando me faziam perguntas, mas agora já lhe estou a apanhar-lhe o jeito.
– E a Maria que não me traz o café. Que se lixe, vamos é lá para dentro que hoje ainda tenho de ir comprar uns trapitos para levar na viagem à Rússia.
Enquanto o Sr. Silva ajudava a Sócretina a levantar-se da mesa não resistiu a pedir-lhe:
– Depois podias pedir ao Putin se não me oferecia umas peles e umas bonecas daquelas que se põem todas umas dentro das outras.
– Não lhe vou pedir nada. Quero que ele vá para o Putin que o pariu.
Ambos riram.
– Não te preocupes que depois compro-te umas no free-shop. Eu não quero que falte nada ao meu reizinho – disse ela em voz de ratinho.
– E o teu reizinho também não quer que falte nada à sua Princesa Sócretina. – Respondeu ele imitando-a. – Anda daí, está na altura de ires às novas oportunidades.
Ainda se iam a rir quando fecharam a porta atrás deles.
Contributo para o Echelon: Electronic Surveillance, MI-17
Caro Kaos:
ResponderEliminarParabéns pelo texto engraçado que puseste no quadro de quinta-feira. Tinha aqui um texto preparado para te mandar mas, assim, fica para uma próxima.
Um abraço
Mais uma quinta feira imperdível com os amores da pintasilva...lindo de morrer .
ResponderEliminarAh ah ah ah ah e eu ja estava a afiar o dente para o texto do Jack ...ah ah ah ah .
Beijão grande
Jack:
ResponderEliminarManda que bons textos são sempre uteis.
um abraço
Laurentina:
ResponderEliminarEle que o mande que se faz logo um novo post.
bjs
.
ResponderEliminarPorque hoje é quinta-feira, a convite do Kaos, carreguei armas e bagagens e fui visitar o Palácio de Belém. Coloquei-me atrás de uns arbustos, para ver sem ser visto, como convém a um aspirante a James Bond, e aponto os binóculos à entrada principal da residência oficial dos Pataco Chiva. Farto daquela m…, começo a prepara-me para mandar tudo às urtigas, quando …
Eis que de repente chega a Sócretina na sua limusina ministerial. Hannibal Pataco Chiva, sorridente, aproxima-se e beija suavemente a mulher por quem se apaixonou perdidamente. Azia Pataco, apoiada no parapeito de uma janela, limpa as mãos ao avental e observa a chegada da sua rival. Os olhos de Azia, fixam-se com raiva e desprezo naquela lambisgóia que todas as quintas vem ao palácio. Sente um rubor na face e, cheia de raiva, não se consegue conter, dizendo baixinho para a criadagem não ouvir: “mulher simplex, engenheira independente, não passas da filha de um plano tecnológico”.
Hannibal, já no seu gabinete presidencial, não resiste aos encantos da amante que, fruto de uma relação institucional, o domina e lhe impõe todas as medidas que, diabolicamente, são preparadas nas tertúlias semanais do salão de S. Bento e de que fazem parte um grupo de mosqueteiros da desgraça, perdulários do deboche, a quem ela sorridente chama, o conselho dos aflitos.
O ambiente não podia ser mais romântico. Sócretina, deitada no sofá, com a saia aberta que deixa antever um lindo par de pernas e, com um sorriso provocador, segura nas mãos uma taça de Champanhe de Boliqueime, enquanto Pataco Chiva assina toda aquela resma de diplomas que a sua amada preparou para o efeito. Pataco, olha para a sua paixão sem perceber o porquê daquele sorriso tão enigmático saído da boca de Sócretina. Ela, como que em resposta, diz-lhe: “Hanni, sabias que de um diploma visado, promulgado e referendado resulta um povo sorrateiramente tramado? …”. Pataco Chiva, no exercício das suas funções, continua a assinar sem prestar atenção ao que Sócretina lhe estava a dizer, pensa somente em terminar depressa aquele trabalho para se lançar nos braços da sua amada.
E eu, farto de estar de cócoras, deixei lá as armas e as bagagens e fui embora sem vontade de voltar àquele antro de podridão. Pelo trajecto de regresso, a pensar na infeliz da Azia Pataco Chiva, passo por uma feira, onde um altifalante rufenho manda cá para fora uma velha canção da Tonicha “Arre burro que amanhã é sexta ….”
Um abraço
Ficção ou realidade, ou as duas?...
ResponderEliminarAbraço.
jack:
ResponderEliminarBelo texto :)
Que pena não ter uma imagem boa já feita que o publicava já. Assim logo se vê se vai ainda este fim de semana ou o guardo para quinta-feira.
Obrigado por esta ajuda. É que eu para escrever é um sacrificio.
abraço
Corcunda:
ResponderEliminarIsso já faz parte do imaginário de cada um.
abraço
Magnífico Kaos. Esta é a melhor novela de sempre!!
ResponderEliminarUm Abraço.
Outsider:
ResponderEliminarTu sempre foste um bocadinho de exagerar :)
abraço
que texto rico em imagens. Não faz mal que essa não fosse a indicada. O texto fala por si. :)
ResponderEliminarBjinho