Há muito que sabíamos que o papel que a União Europeia designou para Portugal é o da prestação de serviços e de ser o “INATEL” da Europa. Não podemos por isso estranhar que agora nos tenha sido pedido que passemos a limpo as resoluções tomadas na Cimeira de Bruxelas. Para a Sócretina, que prefere o papel de Engenheira ao de escriturária, nada melhor que transformar essa tarefa em algo mais nobre, a redacção do tratado. Para mim, que olho para tudo isto com alguma tristeza e vergonha, tanto me faz como lhe chamem. Grave, é que sabendo perfeitamente aquilo que lá têm de escrever, nos venha dizer que não faz sentido falar de referendo antes de o escrever. Gravíssimo é que o Sr. Silva venha corroborar esta posição, elogiar os países que já encontraram forma de não fazer referendo e criticar aqueles, que como eu, defendem a sua realização. Porque anda esta gente tão preocupada em adiar a discussão? Ou há referendo, como foi prometido e por ser a forma mais democrática de agir, ou então assumam que receiam a opinião dos portugueses, que nos acham demasiado burros para o entender, ou simplesmente porque se estão nas tintas para aquilo que pensamos. Não se entende realmente muito bem porquê tanta hesitação, afinal têm a seu favor a comunicação social, os dois partidos do alterne governativo português, a palavra do endeusado Sr. Silva e um povo com mais de 70% de iletracia a quem podem sempre perguntar coisas do género "Concorda com a Carta de Direitos Fundamentais, a regra das votações por maioria qualificada e o novo quadro institucional da União Europeia, nos termos constantes do tratado para a Europa"? Eu provavelmente irei ter de votar não, mas apostava desde já na vitória do Sim. E era para ganhar a aposta, porque a votação, essa, já está perdida à partida.
Contribuição para o Echelon: Kwajalein, LHI
Se há quem chore de alegria porque não haveremos de rir de tristeza. Todas as imagens deste blog são montagens fotográficas e os textos não procuram retratar a verdade, mas sim a visão do autor sobre o que se passa neste jardim à beira mar plantado neste mundo, por todos, tão mal tratado. A pastar desde 01 Jan 2006 ao abrigo da Liberdade de Expressão.
domingo, junho 24, 2007
O Tratado
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Essa do INATEL da Europa está fantástica e é a imagem perfeita da realidade. É pena que não se consiga ( a nível do poder ) contrariar essa ideia e despir a fardinha de criado de hotel que nos querem vestir...
ResponderEliminarBelos posts, como sempre. Até copiei um que irei usar em breve.
Abraço!
O Sr. Silva gosta de coabitar e ninguém lhe pode levar a mal por isso. Disseram-lhe que o TGV afinal custava menos 600 milhões de euros e ficou logo curado do nervoso miudinho.
ResponderEliminarGostei da expressão: «os dois partidos do alterne governativo». Significa prostituição à vez.
Um abraço
Acho que estamos é todos fartos desta merda, deste pântano político!
ResponderEliminarÉ preciso transparência, verdade, e sobretudo acabar com as mentiras e a porcaria das jogadas, umas a ver se pegam, outras que são apenas fumo, outras engendradas em meandros obscuros para servir interesses ainda mais obscuros.
Estamos fartos!
1º exigir referendo ao tratado.
ResponderEliminar2º votar contra.
Razões gerais: não existe qualquer necessidade, utilidade,lógica, ou practicalidade na necessidade de existencia de um tratado europeu de-se- lhe o nome que se lhe dê.
Razão portuguesas: menos ainda se deve aceitar isto tendo em conta que nos foi destinado sermos um casino e um bordel.
O que o Presidente, o Governo e o PS se preparam para fazer é aprovar o tratado constitucional, tratadinho, ou o quer que lhe chamem sem consulta referendária do cidadão soberano. É inadmissível, seja qual for o texto que venha a ser aprovado pelos governantes da UE.
ResponderEliminarJá agora proponho ao KAOS mais pin para a blogosfera que se queira associar na exigência dum referendo.
Sá Morais:
ResponderEliminarEles gostam de se sentir criaditas da Europa. Criadas a para todo o serviço. O servilismo de um povo que em tempos foi tão orgulhoso envergonha a alma de todos nós.
abraço
Diogo:
ResponderEliminarO Sr. Silva está-se bem nas tintas para tudo isto, o que agrada é sentir o cheiro do poder.
Quanto ao governo de alterne, prostituem-se sempre. Umas vezes em S. bento outras nas sedes partidarias.
abraço
anonimo:
ResponderEliminarEstamos fartos, mas ou fazemos alguma coisa ou temos de ganhar paciencia. esta gente não muda e vai continuar a vergar as costas aos senhores da Europa e do mundo.
abraço
Pedro Silva:
ResponderEliminarRazões não faltam para recusar este e qualquer outro tratado que nos venda ainda mais. Penso que a palavra traição poderia ser utilizada em muitas das atitudes que por ai se vêm
abraço
Metralhinha:
ResponderEliminarMais que a exigencia de um referendo é lutar para que ele depois não seja aprovado. Sei que a tarefa é impossivel, mas isso não justifica que não tentemos
abraço
E agora esperem pelo próximo «round» no nosso torrãozinho lusitano...
ResponderEliminarJá estão quase a chegar as cenas do próximo capítulo.
Kaos:
ResponderEliminarUm combate de cada vez.
Para se defender a aprovação ou a rejeição do tratado é preciso primeiro conseguir que se aceite o princípio do referendo como o único método com legitimidade democrática.
Renovo o convite/desafio para uma imagem a postar nos blogs pedindo o referendo ;-)
Sarcastico:
ResponderEliminarAgora é fazer esquecer a dificuldade que alguns países colocaram para depois isto passar mais silenciosamente.
abraço
Metralhinha:
ResponderEliminarJá parto com uma desvantagem tão grande em relação a estes negociadores da Nação que tenho de aproveitar todas as oportunidades para manifestar a minha opinião. Esta, a favor do referendo e a outra a de não querer ver o nosso país governado por outros.
Já fiz a imagem que está do lado direito do blog.
abraço
OK. Obrigado, está muito sensual.
ResponderEliminarTambém já está posta na Arte e já coloquei as hostes a divulgá-la.
Abraço
Metralhinha:
ResponderEliminarSó procurei demonstrar que o problema não está só no governo e no Sr. Silva, mas na própria UE. É aí que querem o silencio para que os grandes da Europa a conquistem sem disparar um tiro. Cá são só marionetas desses interesses.
abraço