terça-feira, julho 03, 2007

A Paranoia do tratado

Muito preocupados andam a Sócretina e o "Cara de Cherne" em fazer aprovar o novo Tratado Europeu. Ainda ontem, ambos colocaram a sua aprovação como a tarefa principal desta Presidência Portuguesa. Não procurar tornar esta Europa mais social e mais justa, mas sim o tratado. O Sr. Silva parece estar mais preocupado que ele se venha a chamar Tratado de Lisboa que com o seu conteúdo e o PS e PSD, já há muito que se babam por ele. Mas alguém realmente entende que razões são estas, tão transversais na política portuguesa, para desejarem perder pedaços da sua soberania, direitos, peso político, em troco de nada. Se a Comissão Europeia deve governar para o bem de todos, a necessidade de nas suas aprovações serem por unanimidade, não me parece levantar problemas. Não entendo porque tenho de ser representado no mundo por um Ministro de Negócios Estrangeiros que eu nem sei quem é. Não quero ver mais Invasões do Iraque e o meu nome poder estar associado a isso. Quando se fala de guerras é bom que a decisão esteja o mais próxima possível dos cidadãos e não de uns gajos que estão lá para terras da Bruxulandia. Realmente não se entende esta ânsia, esta fobia, em fazer aprovar este tratado. Será pelos 21 mil milhões que nos pagaram? Será por cagança, por querer ser Engenheiro lá fora também? Então e os outros querem o quê? Como não quero acreditar que este país tem mais Migueis de Vasconcelos que Padeiras de Aljubarrota, fico à espera que me esclareçam dos seus reais motivos.

Contributo para o Echelon: Electronic Surveillance, MI-17

17 comentários:

  1. «Não quero ver mais Invasões do Iraque e o meu nome poder estar associado a isso. Quando se fala de guerras é bom que a decisão esteja o mais próxima possível dos cidadãos e não de uns gajos que estão lá para terras da Bruxulandia»


    A propósito:

    Durão Barroso - um indivíduo com as mãos sujas de sangue

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  2. Diogo:
    Do durão nada mais há para dizer. Um vendilhão do templo. Quanto ao resto está dito está dito.
    abraço

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  3. Anónimo3/7/07 10:32

    Já se viu que a preocupação da corja política deste país é que o Tratado seja assinado nesta presidência para vir a ficar conhecido, como já vão dizendo abertamente, como o 'Tratado de Lisboa'... Pouco ou nada lhes interessando o seu conteúdo.

    Estou convencida de que não vai ser desta, e que vai levar ainda muito tempo até que haja unanimidade nesta matéria. Se é que algum dia vai ser conseguida! Porque na Europa, felizmente, nem todos os países têm palhaços a fazer de políticos...

    Xi da Porca

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  4. Caro kaos: o tratado é absolutamente desastroso.

    Concede por exemplo, personalidade jurídica união europeia, pela primeira vez em qualquer tratado europeu.
    Isto significa que a união; não Portugal, pode assinar acordos com terceiros.
    Significa que um país não pode assinar acordos bilaterais com terceiros sem a união dizer que pode.

    Existe direito de veto neste tratado à imigração LEGAL.
    Isto significa que um país pode, de repente, ter um milhão de imigrantes legais a entrar ou a querer entrar no seu território e não pode impedir isso.

    Prevê que 9 países ficarão sem comissário europeu a representa-los. Pode dar-se o caso de um país ficar sem comissário durante uma altura em que algo vital para esse país esteja a ser negociado na comissão, sem que o país saiba bem o que é; não tem lá comissário.

    Existe a criação de uma coisa chamada "eurojust" uma espécie de comité de segurança militar,mas em que as coisas estão feitas para que só estejam dentro desse comité quem interesse e que os membros do mesmo possam convidar um país a sair , quando acharem que só recursos desses país não são úteis às necessidades do comité - como se fosse um menu de restaurante. Ou seja um país pode ser convidado a mandar tropas para um lado qualquer. Depois desse favor ser feito e resolvido pode ser considerado como já não util e sair dali.

    Existe a proposta de criação do GPS europeu. 12 biliões de euros. O dinheiro não existe,empresas privadas para desenvoverem o sistema não existem. Onde se vai buscar o dinheiro?' Pois, aos países comunitários. Como? aumentando impostos ou "fazendo reformas"

    e por aí em diante.
    É um festival de asneiras, nem sequer só do ponto de vista ideológico ou das pessoas e do bem estar delas, mas também do ponto de vista do mais puro bom senso,este tratado.

    Volto a dizer:isto tem que ir a referendo e as pessoas devem votar NÃO.

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  5. Anónimo3/7/07 10:55

    EXIJA-SE UM REFERENDO AO TRATADO, JÁ !

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  6. A tratado europeu é apenas mais um passo para o tal governo mundial,para o qual os nossos governantes fantoches estão a trabalhar.A pergunta que deve ser feita é quem são os verdadeiros governantes desta união e de outras uniões?

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  7. Anónimo3/7/07 13:58

    O RATO E O ANJO

    Um rato e um anjo da guarda
    para cada.

    Anjo defende o acto
    mau,
    a fazer ou a sofrer.

    Rato celebra contrato?
    Qual!

    Rato rói,
    até na orelha.
    Anjo dói
    de outra maneira.

    Mas eis que, nestes enredos,
    há dois a mais, um a menos.

    Cai ao anjo a pena,
    ao rato o pelame.
    Um regressa ao seu enxame,
    o outro à sua caverna.

    E o português, desanjado
    já se vê desratizado.
    Chora.

    ALEXANDRE O'NEILL

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  8. Anónimo3/7/07 14:48

    Só posso afiançar que este blogue vai longe:

    Portugal Pimba

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  9. Entretanto já "lançámos" um aviso à Polónia!!! (consequência do "não" à constituição europeia)

    "Portugal recebeu o mandato para fazer o tratado e não está lá inscrita a sua revisão".

    http://dn.sapo.pt/2007/07/03/internacional/portugal_lanca_aviso_a_polonia.html


    Esta é a razão porque por cá não haverá referendo!!!
    Eles têm (quase) a certeza de que a resposta mais provável seria um não. E depois como descalçariam a bota? E como ultrapassariam a "vergonha" de sendo "presidentes" levarem um rotundo não?
    Há coisas que é preferível não arriscar, mesmo que a nível interno percam pontos! Eles também não prevêem que o futuro deles fique confinado às "paredes" deste país

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  10. Anónimo3/7/07 15:43

    Há blogs que não permitem comentários anónimos, como se hoje em dia fosse possível ser anónimo.
    Quanto a futebol e bancos, estes são como o salmão da Europa, que comido uma vez por ano é demais, o cheiro fica entranhado. Misturado com cheiro a cherne ainda é pior.
    Só vejo futebol ocasionalmente na televisão (quando joga Portugal) e só vou ao banco como último recurso. Não sou sócio de quaisquer clubes e só faço pagamentos em dinheiro. Só tenho conta bancária porque a isso sou obrigado.
    Não tenho amigos pimba, não conheco portugueses pimba. Mas
    que os há é verdade. Basta ligar a televisão e lá estão eles.

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  11. Anónimo3/7/07 16:25

    Mas nós alguma vez poderemos aspirar a «ter voto na matéria»?
    O referendo torna-se cada vez mais uma miragem. Temos assistido a invasões, guerras, envios de tropas para diversos países :já não falo em alinhar o passinho por coisas de somenos importância (???), mas que também não deixam de minar a identidade (e o bem-estar) de um povo.
    Ser Português ou ser «Tuga»??? Optar por uma identidade ou por um cinzentismo descaracterizado? Será que ainda nos compete escolher? «Os pequeninos obedecem ao grandes»...constatação indigesta, mas talvez (?) imutável. Por vezes o não querer alinhar não equivale, certamente, a conseguir mudar o estado das coisas. Alguma mente brilhante com ideias ou poderemos somente fazer exercícios de retórica?
    abraço

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  12. Anónimo3/7/07 21:55

    a corja (nacional ou europeia) sabe que só com o esmagamento da democracia consegue manter-se no poder!
    por isso, servem-se da "consulta popular" enquanto esta lhes é útil para os conduzir ao poleiro...se vislumbram a mínima hipótese de risco para as suas pretensões, usam as mais baixas artimanhas para impedirem o referendo....
    abraço

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  13. O Pedro Silva foi amigalhaço e levantou um pouco o véu sobre o que contém, afinal, o tal "tratado" de que tanto se fala.
    Ouço todos os dias esses rabanetes da UE e, agora, os rabanetes caseiros a falar de aprovar o dito cujo durante a presidência portuguesa, mas quase ninguém sabe do que ele implica. Se calhar, também não interessa saber, porque se preparam para o cozinhar à revelia de todos nós (como é habitual)

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  14. Em resposta ao António(e outros que tenham a mesma dúvida) vou publicar um comentário que fiz há alguns posts atrás. É mais uma das alíneas do novo tratado europeu, para juntar ao comentário do Pedro Silva:

    ""Proposta da Constituição Europeia" (na página 433 da versão alemã), que «Ninguém pode ser condenado à pena de morte ou executado».

    Satisfeitos com estas afirmações já poucos leitores se dão ao trabalho de ler as "letras miúdas" dos comentários (pág. 434), que nos indicam como devemos entender esta lei e as suas excepções.

    Assim, passa para muitos despercebido que um homicídio não será considerado violação deste artigo, se for:

    a) Em consequência do emprego de força absolutamente necessário para defender alguém contra uma violência ilegal (será este o caso da guerra civil, onde tropas do Ministério do Interior podem abrir fogo sobre manifestantes?);

    b) Em consequência do emprego de força para prender alguém legalmente ou impedir a fuga de alguém a quem tiverem legalmente privado de liberdade (será este o caso em que se pode abater alguém durante a fuga?);

    c) Em consequência do emprego da força para abafar legalmente uma insurreição ou revolta (será este o caso em que se podem usar metralhadoras contra manifestantes desarmados?).

    O artigo 2º da acta nº 6 do EMRK(convenção para proteção dos direitos humanos e liberdades fundamentais) diz: «Um estado pode prever a pena de morte na sua legislação para actos cometidos em tempo de guerra ou em caso de uma guerra iminente; esta pena só pode ser aplicada em casos previstos por lei e em harmonia com estas disposições». O artigo, porém, não indica onde se encontram as fronteiras deste tipo de casos, permitindo assim todo o género de interpretações, conforme as conveniências politicas da ocasião, ou seja, o fim da democracia e sua substituição pelo totalitarismo."

    abraço

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  15. Anónimo4/7/07 22:15

    Vendo bem as coisas é um tratado de merda.

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  16. Anónimo7/7/07 02:22

    Então isto é que é o tal e, tão importante tratado???
    O que se poderá fazer para cortar o mal pela raiz e desde já ?
    Até quando teremos que carregar com esta corja de politiqueiros ?
    Será que não poderemos pedir uma ajudazita à ETA ?

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