sexta-feira, agosto 31, 2007

Air Vatican


Antevisão do voo inaugural da Vatican Air para Fátima, com a utilização da pastorinha e de vinho bento para propaganda da companhia. O Papa já reza para que o aeroporto de Lisboa fique na OTA, sempre dava uma ajudinha.

Contributo para o Echelon: Electronic Surveillance, MI-17

Air Vatican...um inferno

Li este texto nas Vicentinas de Braganza e tinha de o roubar.

A imagem é da torre de controle da "Air Vatican", também conhecida pela "Mistral Air" -- nome adequado, já que o "Mistral" é um vento fantástico, da Provença, parecido com o nosso Suão: ou dá para a loucura ou para a tesão... -- e destina-se a levar os peregrinos, a baixo custo, aos Lugares de Crendice.
A questão é que já levantou problemas: peregrinos impedidos de embarcar com garrafões de água benta de cabine (!); padres e freiras detectados com vibradores no Raio-X de embarque, Bispos com revistas de conteúdo pedófilo e gestores bancários da Opus Dei a apitarem os cintos de tortura metálicos que levavam amarrados à cintura...É caso para dizer que a "Air Vatican" mal começou já é um... Inferno...

Contribuição para o Echelon: Kwajalein, LHI

A Princesa fantasma

Mesmo depois de estar morta e enterrada há 10 anos não me consigo livrar da novela da Diana que, como toda a menina sonhava ser princesa um dia. Para isso não se importou de casar e aturar aquela coisa horrível, o Príncipe Charles. Nunca segui com muita atenção toda aquela trapalhada, com uns a por os cornos aos outros enquanto a rainha ia, desesperada e desesperadamente, fumando os seus charros para curar os seus males de corpo e alma. Tiveram os herdeiros, como manda a lei das monarquias e lá andaram de amante em amante até á separação final. Ele, segundo dizem, só conseguia trai-la com uma tal de Camila, que tinha umas trombas de cavalo tão feias como a dele e com quem se viria a casar após o divórcio. Ela, mais dada aos prazeres da vida, não deixou escapar, nem o professor de equitação, num romance de arte de bem cavalgar em toda a sela, o guardas costas, que lhe guardou muito mais que as costas, comerciantes de arte e pelo menos um jogador de rugby, embora as más línguas afirmem que toda a equipa gostava muito de lhe fazer placagens. Também deu o seu coração e não só, a Cirurgiões cardíacos, investidores imobiliários, banqueiros e ainda um rei, Juan Carlos da Espanha, um cantor, Bryan Adams e um Kennedy, o Jr. para morrer ao lado do um Al Fayed, o Dodi. Aliás, embora muitos digam que era chamada a Princesa do Povo por apoiar projectos de caridade, também há a versão que tinha a ver com o ser muito dada a todo um povo viril.
Como sempre acontece com as Princesas, depois de mortas, passam a ser santinhas. Esta não fugiu à regra e todos choraram muito a sua trágica morte. Há também uma teoria de que teria sido mandada matar pela família real inglesa, mas isso é outra história que não sei nem me interessa. O que realmente me preocupa é que o seu fantasma saia dos palácios reais dos “bifes” para vir assombrar também as nossas televisões. Como se não nos bastasse já, para entreter este nosso povo, os coitadinhos dos Macann no Allgarve, ainda temos de aturar as aventuras e desventuras da Santinha Diana ao fim de todo este tempo. Grande porra.

Contributo para o Echelon: spies, IWO, eavesdropping

O Pré dos Avençados

«O Exército garantiu ontem que os especialistas com avenças entre 6700 euros e 14 716 euros por mês, como revelou o CM na edição de sábado passado, “nunca receberam aqueles valores, apesar de estarem previstos no contrato, porque nunca trabalharam 35 horas por semana”, nas palavras do tenente-coronel Hélder Perdigão, porta-voz daquele ramo.»
In [
CM]

Não li o Correio da manhã de Sábado pelo que não sei o que faz aquela gente lá pela tropa, mas quando me lembro do pré que recebi durante a minha estada forçada no exercito, noto algumas diferenças. Vendo bem eu também não recebia avenças nem trabalhava 35 horas semanais. Eram 168 horas por semana sem direito a reclamações nem horas extraordinárias. Tão extraordinárias como haver um estado que diz estar a cortar nas despesas, que nos manda apertar o cinto mas tem dinheiro para fazer avenças a valores milionários. Claro que a explicação do Tenente-coronel, de nunca terem recebido aqueles valores porque nunca trabalharam as 35 horas semanais, só pode ser para rir, já que nada garante que não as passem a realizar. Se fosse eu, por salários desses, nunca chegava um minuto atrasado.

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quinta-feira, agosto 30, 2007

Sai um cafézinho para a mesa do Sr. Secretário Adjunto

O secretário de Estado adjunto e da Educação, Jorge Pedreira foi lacónico na afirmação de que as famílias portuguesas terão condições para suportar um aumento de preços dos manuais escolares inferior a “três cafés”. “As editoras queriam aumentos bastante superiores, mas conseguimos um acordo que protege o interesse das famílias portuguesas”. Os livros do Ensino Básico vendidos para este ano lectivo têm um aumento de 3,1 por cento face aos do ano anterior, e no próximo ano terão lugar aumentos calculados à luz da taxa de inflação, acrescidos de três por cento para o primeiro ciclo e de 1,5 por cento para os segundos e terceiro ciclos.
In "Primeiro de Janeiro"

Tem razão, Sr. Secretário, nós podemos tomar menos três cafés por ano, até podemos comer menos três refeições, ou trinta ou trezentas. Nós podemos tudo, mas a minha pena é que sejamos sempre nós a ter de poder apertar ainda mais o cinto. Para o Sr., para a sua sinistra Ministra ou para o dito Engenheiro, isto não deve mexer mesmo nada no orçamento familiar. O que são três cafés por cada filho este ano ou seis no próximo ano ou mais seis ainda no seguinte. Até está a zelar pela nossa saúde. Provavelmente bebemos cafés a mais em Portugal e ainda vai sair um estudo que prova que isso nos está a fazer mal. Obrigadinho Sr. Secretário por mais este favor que nos está a fazer.
Agora vou pedir-lhe a si e à cambada que o acompanha na destruição do serviço público em Portugal um pequenino favor. O que realmente desejava é que fossem todos para o raio que os parta, mas como sei que isso não é possível enquanto este povo não compreender que isto só lá vai com uma nova revolução, agradecia que depois de tomarem medidas como esta e outras do género ao menos ficassem calados. É que já nos basta sofrer as consequências delas para depois ainda os termos de os ouvir a dizer baboseiras. Ao menos calem-se e deixem-nos viver com o mínimo de dignidade sem os ouvir chamarem-nos de parvos. É verdade que somos, senão há muito que já teríamos corrido convosco daqui para fora, mas não há necessidade de nos atirar isso à cara.
Como sei que o nosso Engenheiro de Vilar de Maçada gosta muita da Finlândia deixo aqui um extracto de um texto escrito pelo seu Embaixador em Lisboa, Sauli Feodorow.

Educação - um direito para todos
Um dos direitos fundamentais garantidos pelo Estado finlandês é o direito à formação básica gratuita. Para além da formação em si ser gratuita, os alunos têm à sua disposição os manuais escolares, que no fim do ano transitam na sua grande maioria, para os alunos mais novos, é servida pelo menos uma refeição quente por dia, assistência à saúde na escola e transporte gratuito, para as crianças que moram demasiado longe da escola para poderem deslocar-se a pé, ou utilizarem um transporte público. Os mais recentes resultados do estudo internacional de Pisa revelaram que o sistema finlandês colheu alguns frutos de sucesso. Razões encontradas para tal foram muitas; a força do sistema escolar finlandês está no garantir a igualdade de oportunidades de aprendizagem independentemente da classe social do aluno. Em vez de estabelecer uma comparação entre alunos, o foco reside em dar apoio aos alunos e orientar os alunos com necessidades especiais.

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O ceguinho

Adaptado de "A refeição do cego" (Picasso 1903)

"Eu não tinha nenhum conhecimento e obviamente nenhum envolvimento neste assunto ou em qualquer questão directamente relacionada ao financiamento do partido".
Durão Barroso na carta que escreveu ao presidente do Parlamento Europeu.

Diz o povo que o maior cego é aquele que não quer ver, mas o maior pulha é, sem dúvida, o que não quer que os outros vejam. Até haver provas concretas, nenhum de nós pode dizer que o financiamento da Somague ao PSD foi por si negociado, mas por mais que tente “tirar o cavalinho da chuva”, há uma coisa de que ele não pode fugir: Era o Candidato do PSD às eleições de 2002 e líder do partido, sendo por isso, politicamente responsável por tudo o que acontecia. Claro que custa a acreditar que não soubesse aquilo que se passava no seu próprio partido, mas se o não sabia, então deveria saber. Até o pequeno Mendes, na altura, como sempre, um número dois, assumiu as responsabilidades do partido e as suas consequências, embora depois tenham tentado atirar com as culpas do acto para um tal Vieira de Castro. Lembro-me que quando caiu a ponte de Entre-rios, o então ministro, Jorge Coelho, embora eu acredite que não fazia a mínima ideia que havia problemas na sua estrutura, teve a decência de assumir as responsabilidades políticas pela tragédia e se demitir. Do que estou aqui a falar é de uma questão de ter ou não ter uma coluna vertebral, mas o nosso Durão pelos vistos é mais Barroso que outra coisa e gosta demais das mordomias do cargo que ocupa. No entanto, isto não é novidade, já no caso da invasão do Iraque pelo terrorista Bush, a quem deu todo o apoio com a vergonhosa cimeira das Lajes, acabou a dizer que tinha sido enganado pelas provas que lhe mostraram e, quando o “chamaram” para a presidência da CE foi-se embora deixando o país entregue nas mãos de um inconcebível e incompetente Santana Lopes. Este Cherne não presta como politico e não tem moral para ocupar cargos públicos. Não fosse ele o boneco dos “Bilderberg” para a Europa e há muito que teria sido corrido. E dai, talvez não, afinal há muitos vermes a rastejar aqui pelo jardim.

Contribuição para o Echelon: Kwajalein, LHI

Cheira a queimado por aí

"Não confundam as coisas"
Ministro da Administração Interna, Rui Pereira

Concordo com o Ministro, não vamos confundir as coisas, mas era bom que as entendêssemos. Grande confusão que vai por ali e nós leigos ainda mais confusos ficamos. Senão vejamos:
Ficámos a saber que afinal, os tais aviões que estão parados por falta de certificação, não necessitam dela, "Podem voar após os testes por serem naves do Estado" e que ela só faz falta para utilização para "fins comerciais". A minha confusão vem logo de, há algum tempo, terem afirmado que, estes meios não tinham feito falta porque a empresa que os tinha de fornecer tinha contratado meios alternativos. Mais, fomos agora informados que a multa a pagar pela empresa Heliportugal, devido a atrasos na entrega dos helicópteros para combate a incêndios comprados pelo Estado, é "perto de um milhão de euros". Some-se a "poupança" de cerca de 14 milhões que estavam orçamentados para suportar custos de operação e manutenção dessas aeronaves e a soma é utilizada pelo Ministério da Administração Interna (MAI) para concluir que o aluguer de meios alternativos, por ajuste directo, "irá custar bastante menos". Só não se sabe é quanto devido à "complexidade dos contratos”. Realmente há por aqui alguma complexidade, primeiro porque não entendo que se comprem os meios aéreos se é mais barato alugá-los e depois porque, pensando eu, que estes meios aéreos eram para servir o país na luta contra os fogos, venho a ouvir que "O pedido de certificação da Empresa de Meios Aéreos (EMA) junto do Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC) só aconteceu depois da legalização da entidade. A EMA só pediu inscrição no INAC para poder prestar serviços a particulares".
Se o Sr. Ministro se mostrou "estupefacto" por a comissão que acompanha as políticas de defesa da floresta contra incêndios não estar a "celebrar as boas práticas" do Governo, também eu me sinto um pouco estupefacto com toda esta confusão. Uma coisa é certa, muita sorte tivemos nós em ter um verão mais fresco, ou então lá iríamos ver, uma vez mais, o país a arder, tanto como o dinheiro dos nossos impostos. Esperemos que de futuro os meios aéreos não estejam ocupados a “prestar serviços a particulares” quando forem necessários. É que com tanta "complexidade dos contratos” e tantos milhões envolvidos certamente haverá muita gente com vontade de apagar alguns fogos particulares nas suas contas bancárias.

Contributo para o Echelon: Electronic Surveillance, MI-17

quarta-feira, agosto 29, 2007

Manuais Escolares

Dez milhões de manuais escolares são vendidos no arranque do ano escolar.
O preço dos livros escolares subiu 3,1 por cento este ano. A garantia é dada por Paulo Gonçalves, da “Porto Editora”
O secretário de Estado Adjunto da Educação, Jorge Pedreira, diz que durante este ano o «aumento será de acordo com a taxa de inflação e, nos próximos dois anos, haverá um aumento ligeiramente superior à taxa de inflação».
in Google Notícias

Grande negócio este o dos manuais escolares.
Os editores dizem que, este ano, os manuais subiram 3,1%, contrariando o Secretário de estado que disse que só aumentaram de acordo com a inflação. Como não acredito que os editores tenham vantagem em dizer que aumentaram mais do que aquilo que fizeram, o Secretário de Estado, ou não sabe o que diz ou está a mentir. Já o dizer que nos próximos dois anos o aumento será “ligeiramente superior à taxa de inflação” não deixa qualquer dúvida, vão ser mais 3% ao ano a somar à dita taxa. Isto é, o aumento deve andar pelos 5 ou 5,5% ao ano o que dá um aumento de 13 ou 14% em 3 anos. Claro que depois vêm dizer que as famílias mais carenciadas vão ser apoiadas, ou seja a treta a que já nos habituaram.
A desculpa para estes aumentos, passam por dizerem que, os manuais não têm subido nos últimos anos, que o papel está mais caro, blá, blá blá. Até pode ser verdade, mas quando encontramos manuais de Biologia a 35,70 euros (7 contos em dinheiro antigo) e de matemática a 34 euros, só podemos mesmo dizer que andam a brincar connosco. Feitas as contas, quem tenha dois filhos a estudar com 7 ou 8 disciplinas e dois livros para cada uma delas (sim, que agora, para alem do livro há sempre mais um de apoio) bem pode começar a fazer contas à vida. Tanto falam de educação, na necessidade de aumentar as qualificações dos portugueses, em politicas de natalidade para depois fazerem exactamente o contrário. Fecham escolas, tornam mais difícil o acesso à educação e fazem com que a maioria dos casais pense bem se tem condições para poder ter filhos. Parece que desejam voltar ao tempo em que a grande maioria dos portugueses era analfabeta e acabar-nos com a raça, desertificando o país.
Mas, nada disto nos deve surpreender, basta ler os textos com a estratégia do grupo Bilderberg para ver que o plano está a ser cumprido à letra, a caminho da nova ordem mundial. Nós, é que se não tivermos dinheiro para comprar uma licenciatura numa qualquer escola, como alguns que conhecemos, estamos bem tramados.


Contributo para o Echelon: spies, IWO, eavesdropping

O Ultimo tango em Paris - Bernardo Bertolucci

Há um ano que se fala na ida do deputado socialista para Paris para integrar a missão de Portugal junto da Unesco. E se dúvidas houvesse de que Bárbara Guimarães não acompanharia o marido, agora estas já se dissiparam. Manuel Maria Carrilho irá, no próximo mês, viver para a cidade-luz... mas sozinho.
in "CM"

Quando até este já tem de pegar na mala de cartão e emigrar para ganhar a vida, deixando a sua bocarras e o Dinisinho para trás, mal vai a filosofia neste país. Felizmente tem por lá o seu amigão Ferro Rodrigues para lhe fazer companhia. Coitadinho dele.

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DARFUR - Os crimes continuam

A grande maioria de nós que vivemos em paz neste mundo ocidental, não prestamos atenção, nem damos a importância a acontecimentos que todos os dias se passam à nossa volta. A miséria, fome e violência provocam a morte e a miséria de milhões perante a indiferença do mundo. O Darfur é um caso trágico do qual todos nos devíamos envergonhar. Temos de exigir aos senhores do mundo, que tomem posições firmes para acabar com estas situações. A ONU tem de ter o poder para impor o fim de genocídios como aquele que ali se passa.
Venho aqui pedir a todos que usem algum tempo do seu dia para se informarem sobre o Darfur e ajudarem de qualquer forma aquela população vitima das maiores violências. Existe uma petição e muitas outras formas de ajudar. Só o conhecimento da situação e a sua divulgação já é uma forma de contribuir, pois possibilita a união de forças para que se possa exigir uma solução imediata para o problema. Ninguém que tome conhecimento do que por lá se passa e das atrocidades cometidas poderá ficar indiferente à miséria que criam. Por mais pequeno que seja o teu gesto, ajuda, faz qualquer coisa para salvar aquela gente.

Mais informação, a
qui, aqui e aqui ou faz uma busca na Internet para saberes mais.


A guerra da noite

Luís Filipe Menezes desafiou o ministro da Administração Interna a explicar, no Parlamento, que meios tem a polícia para enfrentar as «máfias do crime organizado». «Ontem, houve o quarto homicídio violento no prazo de poucas semanas no Porto. Estamos a transformarmo-nos numa espécie de Chicago dos anos 30».
In TSF

Na peugada do pequeno Mendes também este navega à vista nas críticas ao governo dos Sócretinos. Culpar o governo pelas 4 mortes na noite do Porto é mais um tiro para o ar. A culpa é bem mais profunda e ele faz parte do sistema que a permite. Se existe uma guerra no sub mundo e entre seguranças privados, isso só é possível porque também a segurança e a existência de armas é permitida fora das forças policiais. Estas deveriam ser as únicas forças com direito a garantir a segurança dos cidadãos e não forças privadas ao serviço de quem paga mais. Todos nos lembramos bem das dezenas de problemas que acontecem com os “portas” das discotecas, com o uso da força bruta e que muitas vezes terminam com a morte de alguém. É normal que um sub mundo de, tráfego de drogas, armas, e carne humana possa atingir estes extremos. Existem os meios, as razões e negócios de muitos milhões para proteger. Não se trata, como disse o Menezes, de um Chicago dos anos 30, mas de verdadeiras máfias “à Italiana”, do colocar em prática a ideia de que o “negócio” tudo legitima e tudo permite. Afinal, se nos estamos a tornar no “bordel” da Europa, é natural que a guerra pelo seu controlo aconteça e, convêm lembrar que não estamos a falar de tascas ou casas de alterne ranhosas, mas de “industriais da noite” e onde podemos encontrar Porches e Ferraris estacionados à porta. Gente fina é outra coisa.

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Powaqqatsi - Godfrey Reggio

Nesta minha próxima nomeação, não escolhi só o filme Powaqqatsi, "Vida em transformação"na língua Hopi, mas a trilogia composta por ele, Koyaanisqatsi, e Naqoyqatsi. Não os escolhi por serem grandes filmes, mas sim por serem documentários sem diálogos ou sequer uma narrativa. Neles as imagens correm ao ritmo louco da música de Philip Glass e eu fui dos felizardos que puderam ficar siderados quando assistiram à sua projecção na Gulbenkian com a banda sonora tocada ao vivo. Foi o suficiente para entrar nesta lista de filmes, mais feita de sensações que de outra coisas qualquer.

Contribuição para o Echelon: Kwajalein, LHI

terça-feira, agosto 28, 2007

Lavagens à portuguesa


Roubei este texto do "Portucale Actual" onde a amiga "Espectadora atenta" não deixa passar nada.



Barroso faces questions over domestic scandal: European lawmakers want to see European Commission president Jose Manuel Barroso grilled over a scandal involving funds to his Social Democratic Party in Portugal – something also likely to fall under a criminal investigation by the Portuguese state prosecutor."These findings cannot be dismissed as an internal problem. [They] test Barroso's integrity and independence", a Belgian green MEP Bart Staes told the Financial Times in response to the scandal.

É isto que me aborrece! Este senhor é que devia explicar a historinha da SOMAGUE, tim-tim por tim-tim... Mas só lá fora é que dão conta disto... Será que em Portugal anda tudo a dormir? Ou este senhor "cherne " por terras lusitanas é "intocável"?


Contributo para o Echelon: Electronic Surveillance, MI-17

Voanado sobre um ninho de cucos - Milos Forman

Mais um filme para a colecção, aqui com o papel principal a cargo do Bicho da Madeira, mas com grande participação de todos os líderes do PSD que nunca tiveram coragem de o afrontar, mesmo quando ele lhes chamava de Sr. Silva.

Contribuição para o Echelon: Kwajalein, LHI

Um catavento sem Norte

Braço-direito de Pedro Santana Lopes, Rui Gomes da Silva acusou, o actual líder do partido, Marques Mendes, «o arauto da credibilidade e da coerência», de ser «verdadeiramente um catavento que muda de opinião e de convicções». «É preciso ter lata para dizer que lançou as directas no PSD, ele que sempre se opôs. Só as aceitou porque tacticamente lhe davam jeito», afirma Gomes da Silva, que, sobre as quotas, recorda o que actual líder defendeu na moção e proposta de alteração dos estatutos que apresentou no congresso de Viseu - «o exercício dos direitos de eleger e ser eleito depende do pagamento actualizado das quotas, o que poderá ser feito até ao momento do exercício desses mesmos direitos». «Isto é defender o contrário do que defende agora. Porque o actual sistema de quota é um regime injusto e um convite à fraude».

Como eu gosto de ver esta gente a falar uns dos outros. Custa a acreditar que depois do que esta gente diz passar-se, dentro dos próprios partidos, ainda votem e confiem neles para governar o país. Põem a possibilidade de fraudes, chama-se incoerentes uns aos outros e mostram que, pela ânsia do poder, são capazes de tudo. Não há moral, projectos políticos ou ideias, só frases soltas e golpes baixos. Com gente desta a ser a alternativa à governação do Sócrates estamos bem tramados, mas que numa coisa o famigerado Rui Gomes tem razão; O Pequeno Mendes é mesmo um catavento. Só assim se consegue entender que sempre se conseguiu aguentar-se como numero dois do PSD, independentemente de quem era o líder e a sua oposição ao governo é feita de acordo com os casos políticos que vão acontecendo e não por ideias e convicções. Pior, este é um catavento sem norte.

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segunda-feira, agosto 27, 2007

O Padrinho III - Francis Ford Coppola

O PADRINHO III

Continua a saga dos padrinhos e afilhados agora com a nova geração, tão má como a anterior.

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O Padrinho II - Francis Ford Coppola

O Padrinho II

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O Padrinho I- Francis Ford Coppola

O Padrinho I

Na sequencia dos filmes que aqui tenho apresentado, aqui fica a série "O Padrinho" e da qual publicarei três cartazes. Este é o Primeiro e claro sobre o Padrinho I, aqui representado pelo nosso Sr. Silva, responsável principal pelo estado a que chegou este país. Foi no seu tempo que se iniciaram grandes fortunas, os novos banqueiros nasceram como coqueiros e que os nossos direitos e poder de compra começaram a secar. Quando nos vem dizer agora que chegou a hora de privilegiarmos a qualidade em vez da quantidade, só confirma os crimes que cometeu contra Portugal. Era no seu tempo, quando o dinheiro da Europa inundavam o país, que deveria ter defendido essa qualidade, ter utilizado esse dinheiro para fazer o que hoje diz ser essencial. Modernizar o país, criar competências, melhorar o ensino, a saúde. Não fez nada disso e preferiu o eleitoralismo da quantidade, plantando o betão por todo o país. Assim chegamos aos dias de hoje piores do que estávamos então, com a corrupção que ele deixou alastrar a tomar conta de tudo, com os partidos a serem financiados a troco de favores, como se pode ver pelo financiamento, agora descoberto no PSD. Colocou-nos na cauda da Europa e vem agora armar-se em grande Senhor dizendo-nos o que deve ou não deve ser feito. Gente como esta devia ter vergonha de falar, mas vergonha é coisa não têm. Só uma enorme ânsia de poder.

Contributo para o Echelon: Electronic Surveillance, MI-17

Espiões Privatizados

Hoje, o carniceiro Bush vai escolher quais serão as empresas privadas que ficarão encarregadas de assegurar a recolha, tratamento e análise de matérias classificadas, ou seja de fornecer o serviço de espionagem. Estas tarefas, até hoje sempre foram da responsabilidade dos estados, mas o negócio vale 742 milhões de euros e isso faz crescer água na boca de muita gente. A partir de hoje, as decisões tomadas pelo governo Americano serão tomadas por informações fornecidas por privados que têm vindo a contratar os espiões do estado, pagando-lhes salários mais elevados do que fazia a CIA. Como, muito provavelmente, as grandes empresas de armamento devem estar metidas ao barulho, muitas recomendações de guerra devem vir a ser recebidas na secretária do tresloucado Bush. Depois disto só falta mesmo privatizar o exercito. Por cá, vamos mais atrasados, ainda vamos na faze da privatização dos serviços públicos de saúde, educação, energia, água, ambiente e outros do género. Mas, por este andar lá chegaremos e, as guerras do futuro, não serão feitas por exércitos nacionais, mas por exércitos privados contratados num qualquer lugar do mundo. Já imagino um qualquer Bush, ou Ahmadinejad a telefonar para um empresa num qualquer país a perguntar o preço de uma invasão ou de um ataque nuclear. Afinal que mais falta entregar aos novos Senhores do Mundo?

Contribuição para o Echelon: Kwajalein, LHI

Vem aí mais um ano

Aproxima-se o inicio do novo ano escolar e com ele a raiva, pelo menos dos professores com quem tenho falado, pela megera da Lulu. O melhor que lhes posso oferecer é este boneco para que cada um se possa imaginar como o dono daquele braço. Fraca consolação, mas sempre é melhor do que nada.

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domingo, agosto 26, 2007

Once upon a Time in América - Sergio Leone

O sétimo filme é outro daqueles que não se esquecem, "Aconteceu na América" e serve também para homenagear o realizador dos melhores filmes de cowboys com os seus "Western Spargueti". Claro que aqui também se mostra outro filme, mas este passado em Portugal, e onde este país perdeu o seu futuro e identidade. A partir desse tempo desapareceu a decência, os homens bons, a honestidade, para não falar dos fundos comunitários e cresceram a corrupção, novos ricos e o capitalismo finalmente voltou a assentar arraiais neste país. Nunca mais um cravo vermelho brotou do sorriso de ninguém.

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A Mamã Lurdes

O Ministério da Educação (ME) considerou hoje «histórico» o acórdão do Supremo Tribunal Administrativo (STA) que determina que o Governo pode decretar serviços mínimos para as greves marcadas em época de exames escolares.
O ME sublinha ainda que o STA considerou legítima a intervenção do Governo na definição dos serviços mínimos, «por ser este que interpreta e defende a satisfação destas mesmas necessidades sociais impreteríveis».

Assim se dá mais uma machadada no direito à greve e ao direito à indignação. Se é verdade que os estudantes têm o direito a fazerem os seus exames, também o têm de ter aulas todos os dias, assim como os utentes de apanhar o autocarro ou o comboio, ou os contribuintes de ir tratar de algum assunto a uma repartição pública. Com argumentos destes bem podem acabar com o direito à greve, pois a partir de agora tudo pode ser considerado serviço mínimo. Mas, afinal não devemos ficar admirados, há muito que trabalham para nos retirar mais esse direito e este é só mais um passo para lá chegarem. Bons tempos aqueles, em que quem definia o que era legitimo eram as pessoas e não meia dúzia de emproados de cabeleira, entre um charuto cubano e um whisky durante um jogo de golfe. É bem feita, quem nos mandou não levantar as pedras onde andaram escondidos durante os tempos da revolução estes lacraus.

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sábado, agosto 25, 2007

O Cinzeiro de Tavira

Macário Correia, presidente da Câmara Municipal de Tavira e vice-presidente do PSD, é alvo de uma queixa por assédio sexual e moral a uma alta funcionária da autarquia. A alegada vítima, Teresa Sequeira, 43 anos, licenciada em Direito, é a actual chefe dos serviços jurídicos da edilidade e afirma-se agora perseguida pelo autarca. O assédio sexual, segundo a queixosa, terá ocorrido na primeira quinzena de Julho de 2006 num "fim-de-semana", no "gabinete da presidência", afirma Teresa Sequeira. Macário Correia, contactado, disse apenas: "Não falo sobre esse assunto." Já Teresa Sequeira terá dito “Sei que o presidente [Macário Correia] tem afirmado que estou com insanidade mental”.

Não sei se houve assédio ou não, mas uma coisa é certa, a ser verdade a Senhora é tudo menos maluquinha, como afirma Macário Correia. É que só de imaginar esse Senhor a lambuzar-se por alguém dá vómitos a qualquer um. Bem pior que lamber um qualquer cinzeiro.

Contributo para o Echelon: Electronic Surveillance, MI-17

AMARCORD - Federico Fellini

Para o sexto filme, mais um dos cineastas imperdiveis e que deixaram uma marca que ninguém poderá apagar do cinema, Frederico Fellini. “La Dolce Vita”, “Boccacio”, “8 ½”, “Julieta dos espíritos”, “Satyricon”, “Roma”, “Cidade das Mulheres”, “O Navio” e este “Amarcord” ficarão para sempre na memória de quem os viu e sentiu. Os seus personagens serão eternos.

Contribuição para o Echelon: Kwajalein, LHI

sexta-feira, agosto 24, 2007

Dr. Jekyll and Mr. Hyde

Centros de saúde geridos por entidades privadas, sociais ou por cooperativas de médicos poderão avançar no próximo ano. O primeiro passo foi dado ontem com a publicação da legislação que enquadra as unidades de saúde familiar (USF). Estas eram até agora apenas públicas, mas uma parte deles poderá nascer fora do Serviço Nacional de Saúde para colmatar a falta de médicos de família nos locais em que estes são em número insuficiente para as necessidades. Estima-se que existam ainda 500 mil portugueses sem médico de família.

Primeiro foi na gestão dos hospitais e já vai nos Centros de Saúde. Continua a privatização da saúde em Portugal por mais que o tentem encapotar. Se o desejo fosse realmente manter vivo o SNS, a solução passaria simplesmente por contratar médicos, para poderem servir o tal meio milhão de portugueses que não o têm. A pouco e pouco vemos os serviços públicos, na saúde, educação e em todas as áreas onde o estado tem responsabilidades sócias, serem oferecidos aos privados. Nada disto nos deve espantar, afinal há muito que está escrito que esta é a estratégia definida e aprovada pelos senhores do mundo. Há muitos anos que está escrito que esse é o objectivo. Passa-se por cá como já aconteceu, ou está a acontecer, noutros países onde o liberalismo capitalista estende as suas garras. Importante mesmo, é ficarem com o dinheiro dos nossos impostos e da nossa segurança social. Até se babam só de pensarem nisso. Nós, calados, assistimos ao espectáculo, aceitamos ser enganados, acreditamos nas mentiras e abanamos a cabeça, compassivamente, quando ouvimos “os maluquinhos” falar de Bilderbergs, capitalismo selvagem e outras coisas do género. Estou farto de mentiras e de mentirosos. Estou farto de ver as caras dessa gente na televisão a mostrarem-nos que devíamos estar muito agradecidos pelo grande esforço e dedicação que dedicam à causa pública. Fossem todos à merda.

Contributo para o Echelon: spies, IWO, eavesdropping

2001 Odisseia no Espaço - Stanley Kubrick,

A meio desta selecção, escolho, uma vez mais um realizador, Stanley Kubrick. Filmes fantásticos como “Paths of Glory”,” Spartacus”, “Lolita”, “Dr.Strangelove”, “Laranja mecânica”, “Barry Lyndon” e este “2001 Odisseia no espaço”, (adaptado do livro de Arthur C. Clarke) e filmado em 1968, um ano antes do homem aterrar na lua (dizem, porque a minha avó nunca acreditou). Um realizador tecnicamente perfeito, onde a luz, a musica e o movimento coabitam sem se encontrar uma falha.

Contributo para o Echelon: 15kg, DUVDEVAN

Ministro Inflamável

Agora que o verão estava a acabar e parecia que tinha passado incólume a esta terrível estação para os Ministros dos fogos e da ladroagem, que é o verão, a época do desespero jornalístico. Ainda há três dias lhe chamei um homem de sorte por o fresco verão não ter trazido fogos, mas também lembrei que não há bem que sempre dure. De repente, aparecem uns gajos a destruir milho e a intervenção da GNR é criticada, o empregado da bomba de gasolina que tinha sido atingido por um tiro na cabeça durante um assalto, morre e o país começa a arder. Como se não bastasse, aparece a notícia de que os helicópteros comprados pelo governo português, não podem voar. Problemas de falta de certificação para poderem operar em Portugal e problemas nos contratos de trabalho dos pilotos faz com que todos eles estejam parados pelo menos até Outubro. É no mínimo ridículo que se gaste dinheiro a comprar 10 helicópteros para estes depois ficarem no chão enquanto o país arde. Afinal parece que não falta dinheiro para desbaratar, só falta mesmo é para melhorar as condições de vida e dos serviços aos cidadãos.

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quinta-feira, agosto 23, 2007

Falsa partida

O Estado vai facilitar o crédito bancário aos estudantes universitários e aos investigadores. Para as licenciaturas está previsto um tecto máximo de 25 mil euros de empréstimo, um tecto que poderá crescer se o estudante estiver a fazer um mestrado, doutoramento ou um projecto de investigação...O pagamento começa a ser feito um ano após concluída a formação superior, sendo que neste período o estudante deve estar à procura de um emprego, devendo o empréstimo ser liquidado até ao tempo equivalente aos anos do curso.
in"TSF"

Já vi gente a aplaudir esta medida por permitir aos estudantes o acesso ao crédito mais barato, mas, como sempre, há duas maneiras de olhar para estas coisas. Depois de reduzir a duração das licenciaturas de 5 para 3 anos na maioria dos cursos superiores, fazendo com que os mestrados já sejam pagos pelos estudantes (podem custar entre 1000 e 16000 euros por ano consoante as especialidades escolhidas), esta medida vai permitir ao estado fazer com que sejam os alunos a pagar, através de propinas mais altas, toda a licenciatura. Isto é, o estado livra-se da responsabilidade do financiamento das faculdades públicas, para alegria das privadas e dos bancos que assim já podem contar com um aumento dos lucros. Tramados ficam os alunos, que mesmo antes de ganharem qualquer salário, já iniciam a sua vida de travalhadores endividados à banca. Será portanto uma falsa partida para a vida activa, já que não se pense que lhes vai ser fácil pagar o empréstimo. Senão vejamos, o exemplo um aluno que tenha recebido 25000 euros e tenha completado a licenciatura em 3 anos, terá de os pagar nesse mesmo período. Por mais barato que seja o crédito a sua prestação mensal será sempre muito superior ao ordenado mínimo. Começam por isso a sua vida já com o cinto apertado no ultimo furo e isto para os que conseguirem encontrar trabalho, porque os outros, aqueles que não tiverem essa sorte, só lhes restará dedicarem-se ao roubo ou a qualquer outra actividade do género. Nessa altura não valerá a pena contarem com nenhuns “lindos olhos” de nenhum Ministro para os safar. Comprar casa, constituir família, tudo se tornará mais complicado. Venham depois falar de politicas de natalidade, da necessidade de termos contenção nos créditos, de gente mais qualificada e de um melhor futuro para os jovens. Não será hora de lhes perguntarmos onde raio gastam eles os elevadíssimos impostos que pagamos?

Contributo para o Echelon: Electronic Surveillance, MI-17

O Sétimo Selo - Ingmar Bergman

Para quarto filme deste desafio escolhi, o realizador Ingmar Bergman e não só uma das suas obras. Claro que pelo regulamento tem de ser um filme e por isso aqui fica “O Sétimo selo”, um filme de 1956, e onde o cavaleiro joga uma partida de xadrez com a morte. Escolhi-o, por ter sido um filme que me ficou marcado na memória e porque afinal todos jogamos todos os dias um interminável jogo com a morte, (ou com a vida, se o desejarem). Mais grave é quando são outros a faze-lo, sobretudo se sabemos que não têm por nós qualquer consideração ou preocupação em perder o jogo.

PS: Eis mais alguns filmes do realizador que aqui teriam ligar: “Morangos silvestres”, “Persona”, “A hora do lobo”, “Cenas de um casamento”, “A flauta mágica”, “Face a face”, “Sonata de Outono”, “Da vida das marionetas”, “Fanny e Alexander”, ou o “Ovo da serpente”, um grande filme sobre o terror nacionalista e fascista que aguarda adormecido pela sua hora de reaparecer.

Contribuição para o Echelon: Kwajalein, LHI

A falta de um pai

Imagem pescada daqui

Finalmente alguma coisa acontece nas minhas férias. Eu explico: férias no Alentejo ainda podem dar o privilégio de se passarem dias sem nada acontecer. Eis o motivo por que não me importo nem um pouco de vir para cá resguardar-me, quando estou em férias. O mais que me tinha acontecido até agora foi ver o Belmiro passar por mim na Comporta, uma herdade que cada vez mais excede os seus limites e já vai construindo estradas no Carvalhal, para estragar o Verão dos pobres, lançando para ali os seus tentáculos. Pouco mais tempo e aquilo ali tudo vai virar estância de férias para gente endinheirada. Ao Belmiro Patinhas já lhe cheirou a nota ali para aquelas bandas e foi lá poisar.

Mas afinal que me aconteceu hoje que justifique estar para aqui a divagar? Entre um passeio maravilhoso de carro pelo Alentejo e de uma tarde tão maravilhosa na beira de uma barragem onde se estava melhor do que na praia nos últimos dias ventosos deste verão primaveril, a incursão ao Fluviário de Mora veio causar-me o maior espanto. Anunciava-se um desconto de 1 euro por cada elemento caso se tratasse de uma família, mas afinal descobri que uma família não é uma família, porque nós éramos uma família e não tivemos direito ao desconto. Publicidade enganosa, concluí. Não, estava tudo bem explicado, até na Internet – era mesmo preconceito declarado. Eu explico: na sua extraordinária modernidade, este projecto apoiado por fundos da UE, o Fluviário, só se reconhece como “família” um pai, uma mãe e as suas crias. Porque se for duas cunhadas e os quatro primos, já não é considerado família. Houve mesmo quem levantasse a questão de que aquela poderia ser uma família moderna, dessas com duas mães e os respectivos filhos, e daí? e que aquela regra era muito preconceituosa. Então e se fosse uma mãe só com os filhos e o marido estivesse ausente? Testámos as várias possibilidades… Também não dava!
Pagámos sem desconto mas no fim deixámos escrita a sugestão de que o conceito de família que eles ali têm deve ser no mínimo repensado.

Gostei de ir ao Fluviário mas não fiquei boquiaberta como os peixes que vi por lá. Piranhas, já tinha visto pelas praias, lontras também não eram novidade e mesmo a Anaconda estava ali nitidamente em minoria. Lamentei não ter visto nenhuma perereca, mas certamente me cruzarei ainda com outras. Na verdade gostei mais de mergulhar no rio cá de fora que até me chegou a recordar o meu ideal de praia: uma praia com relva até à beira do mar e só aí com areia branca e águas cristalinas. Faltava ali o mar, as ondas, o sal, a renovação das águas e a limpidez. Águas demasiado paradas mas dando para nadar tranquilamente; desvantagem: a água barrenta não deixa ver o fundo, o que ali até é preferível. Mas a ideia de estar no meio do verde da vegetação agradou-me como me agrada comer só salada de vez em quando. Senti-me ali como um peixe fora do Fluviário, nadando livremente apesar do cardume de gente. Foi um dia de férias.

Depois veio o momento do regresso, o cansaço meditativo e a lembrança que não se apaga nunca. Não há um só dia em que não me lembre do meu pai. Inacreditável: faz hoje três meses que deixei de o ver. Tanta saudade. A isto sim é que eu chamo a falta de um pai!

Voos Dragão

Depois dos relógios, da filigrana, das putas e das viagens a árbitros chegou a hora das denuncias de viagens pagas a magistrados públicos para "limpar" processos. Há muito que havia quem suspeitasse disto, até a procuradoria tinha recebido a informação há mais de dois anos, mas nada aconteceu. Bom seria que, já que vão investigar, que percorressem todo este país e procurassem todos os que oferecem prendas a quem deve acusar e condenar a corrupção nos clubes, empresas, bem como na política. Havendo uma verdadeira vontade, talvez se encontrassem algumas pessoas a apitar de aflição.

Contributo para o Echelon: spies, IWO, eavesdropping

quarta-feira, agosto 22, 2007

Os valores da alma de um Bicho da Madeira

"Quando se fazem leis contra a vida humana é um precedente que não podemos consentir para, depois, fazerem outros direitos ou se ofenderem outros direitos das pessoas em nome do Estado absoluto”
"Querer o casamento de homossexuais e tudo isso que o Governo socialista prepara, essas não são causas, são deboche, são degradação, é pôr termo aos valores que nós portugueses, a nossa alma nacional, temos desde o berço e que os nossos pais nos ensinaram."

Alberto João Jardim

Depois de desrespeitar a Constituição da lei aprovada na Assembleia da Republica sobre a Interrupção voluntária da gravidez, recusando a sua aplicação no Arquipélago, vem agora, o Bicho da Madeira, falar de casamentos homossexuais. Eu estou-me bem nas tintas para que se casem, se juntem ou simplesmente se visitem. Sou português e isso em nada põe em causa os meus valores nem afecta a minha alma nacional, porque aquilo que felizmente os meus pais me ensinaram, foi a respeitar os outros e as suas diferenças. Degradação é mostrar a tacanhice de não entender que nem todos têm de ser iguais. Esse, é tipo de mentalidade que faz crescer o preconceito, o racismo e a xenofobia. Deboche são as suas palavras e o seu comportamento. Os arraiais e as baboseiras que o Bicho da Madeira faz e diz, podem ser eleitoralmente muito compensadores, mas em nada modificam a pequenez moral da personagem.

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Solaris - Andrei Tarkovsky

Como filme número três, e depois de alguma hesitação, escolhi "Solaris", um filme de 1972 do grande Andrei Tarkosvsky e inspirado no livro de Stanislaw Len. Confesso que de entre os filmes do Tarkosvsky balancei entre este, "Stalker", "Andrei Rublev", "Nostalgia" e o "Sacrifício", todos eles merecedores de fazer parte desta lista.
Este filme, fala-nos do reencontro com os nossos fantasmas, com um passado que ali, na orbita do planeta “Solaris”, pode ser revisitado. Quantos de nós gostariam de ter essa possibilidade e quantos recearíamos tê-la?

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O Anjinho

A ERC, a Entidade Reguladora para a Comunicação Social, veio ilibar o Sócrates, considerando que não foi provada a intenção de impedir o Público de investigar o seu percurso universitário e a Renascença de noticiar a investigação do jornal, sobre a polémica em torno da sua licenciatura na Universidade Independente. Depois do Procurador considerar que não encontrou motivos para investigar o processo de licenciatura do dito Engenheiro e de a Universidade onde adquiriu o curso ter sido encerrada, ficámos agora a saber que nada fez para impedir que as noticias sobre as duvidas da sua licenciatura fossem publicadas.
Há no entanto, uma coisa que me atormenta. Quando falamos de justiça, faz sentido que existam opiniões diferentes sobre o assunto, agora quando é um julgamento baseado no direito, custa a entender que haja veredictos diferentes e contraditórios. Existe uma lei, existem factos, só deveria haver uma resposta. Também neste caso, um dos quatro conselheiros que assinam a deliberação, discordou, defendendo que «existem elementos probatórios no processo que revelam a prática por parte do primeiro-ministro (tanto através da sua própria intervenção, como do seu Gabinete) de actos condicionadores do exercício da actividade jornalística, relativamente ao jornal Público e Rádio Renascença». Para nós leigos, isto tem de fazer confusão e faz-nos duvidar desta “justiça” a que estamos entregues. Só consigo pensar que, ou três dos conselheiros olharam para o cargo do acusado e ponderaram no seu, deles, futuro ou o quarto só considerou que “existem elementos probatórios” por razões pessoais ou politicas. A porra é que no fim acabamos todos sem uma resposta que nos convença e em que possamos acreditar. Ficamos com a ideia que tínhamos antes, com uns a chamar-lhe Engenheiro Sócrates e outros simplesmente mentiroso. Uma sombra sobre o dito Engenheiro e que as decisões, tanto da ERC como do MP, não dissiparam por mais anjinho que lhe chamem.

Contributo para o Echelon: Electronic Surveillance, MI-17

terça-feira, agosto 21, 2007

Noticias de Verão


Quando chega o verão e a grande maioria de nós temos o nosso merecido descanso de um ano de trabalho, começam os problemas do Ministro da Administração Interna. A comunicação social que se vê sem assuntos, aproveita tudo o que aparece para fazer notícia. Assaltos e fogos tornam-se, por isso, primeiras páginas dos jornais durante as férias. Houve anos em que foram os incêndios nas florestas, outros em que os assaltos a bombas de gasolina foram os assuntos das férias.
Olhando para este ano, o nosso Ministro teve a sorte de um verão menos quente e por isso com menos fogos. É verdade que o seu antecessor arranjou mais e melhores meios de os combater, mas isso não justifica que venha agora dizer que
«o que tem acontecido de positivo» na prevenção e combate aos fogos florestais «não decorre da sorte», mas sim da «excelente coordenação política e operacional» do sistema este ano. Viessem dias de grande calor e veríamos se a coordenação não ardia num instante. Também é bom referir que os autarcas já vieram dizer que vamos pagar mais um imposto, desta vez para pagar as equipas de prevenção aos fogos. Se um dia se lembrarem de colocar um polícia a guardar cada árvore estamos bem tramados. Dos assaltos não apareceram grandes noticias este ano, e não tivesse um funcionário de uma bomba sido baleado na cabeça a coisa até podia ter passado despercebida. Assim veio o Ministro dizer que vai implementar um novo sistema de segurança, faltando explicar porque raio foi necessário um jovem levar um tiro para o fazer. Para ajudar à festa lá apareceram uns jovens a destruir uma plantação de milho manhoso para o acusarem de a GNR não ter agido com a prontidão necessária. A comunicação social agradece assim como também o faz aos furacões, apitos multicolores e aos pais da menina desaparecida no Allgarve.

Contribuição para o Echelon: Kwajalein, LHI

Cinema Paraiso - Giuseppe Tornatore

Para segundo filme desta lista escolhi o belíssimo "Cinema Paraíso", por ser um filme sobre o amor ao cinema, ter uma música fantástica e por nos mostrar que, muitas vezes, quando partimos em busca de uma outra vida, suspostamente melhor, deixamos para trás aquilo que realmente amamos. Quantas vezes o regresso é também a altura em que nos perguntamos se realmente valeu a pena e se quando partimos não abandonamos o que nos poderia ter feito felizes.

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Luta de galarós

Continua o combate pelo poder no PSD.
Aposto que quem vai ganhar esta luta é o Sócrates.


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segunda-feira, agosto 20, 2007

Engenharia Sanitária

Há muito que me pergunto que raio é isso da Engenharia Sanitária, curso que dizem o Sócretino tirou na Escola Nacional de Saúde Publica. Continuo sem saber, mas pela imagem acima é melhor que pensem no assunto ou ainda acabamos todos a ir pelo cano abaixo.

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1900 - Bernardo Bertolucci

A amiga E-Konoklasta lançou-me o desafio de escolher os 10 melhores filmes que vi, uma tarefa complicadíssima, já que numa primeira escolha feita de memória já ia nos 50. A regra que só permite escolher um filme de cada realizador, ajuda por um lado, mas complica por outro.
Como sempre tive a mania de não fazer nada como dizem que temos, ou devemos fazer, vou nomear um filme por dia e á minha maneira. Não serão ordenados por nenhuma ordem especial que não seja aquela que me apetecer nesse dia.

Começo a minha escolha pelo belíssimo filme de Bernardo Bertolucci, “1900” (Novecento). Esta minha escolha tem duas razões, sendo a primeira porque gostei imenso dele quando o vi e marcou muito a minha visão deste mundo e a segunda por ser um filme “esquecido” do cinema e que nunca teve a honra de reposição, talvez pelas posições politicas que defende. Indispensável.

Contributo para o Echelon: Electronic Surveillance, MI-17

Terror laranja

Helena Lopes da Costa veio dizer que os seus filhos têm sido ameaçados de morte. Segundo ela, estas ameaças começaram poucos dias após Luís Filipe Meneses ter lançado a sua candidatura á liderança do PSD, de quem é apoiante. Foram feitos telefonemas, tendo a deputada do PSD afirmado que só para números que existem nos ficheiros do partido. Podem ler os detalhes e a notícia [AQUI].

A serem verdades a insinuações de Helena Lopes da Costa e a candidatura do pequeno Mendes ter algo a ver com o assunto, podemos questionar-nos até onde poderá baixar ainda mais a politica deste país. Se o Sócretismo tem mostrado a sua face negra, que dizer desta demonstração de democracia e liberdade do maior partido da oposição. É esta a gente que quer ser governo em 2009. Estamos bem tramados, estamos.

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domingo, agosto 19, 2007

Os trapitos para a nova estação

É verão, nada acontece; está o país de férias. As minhas, essas estão a acabar e amanhã já é dia de voltar ao transito e ao trabalho. Para estes também chegará o dia e, provavelmente, já andarão as escolher as fatiotas com que nos vão presentear no seu regresso. Será que o Sócrates já vem a pensar em 2009 e nos vai dar umas migalhas eleitorais? E o Mendes, virá ele politicamente mais alto? Vai o Portas trazer a mesma roupa ou vai mudá-la como tem mudado o seu discurso? Será que já virá mais esquerdista, mais ultra-direitista ou simplesmente anuncia que vai viver para a América? E o Sr. Silva, virá mais Cavaquista, mais turista ou com a cabeça na reeleição? Começará a Maria a vestir-se bem? Vamos deixar que eles aproveitem os saldos que o verão está a acabar.

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O Elvis da Madeira

Vi por aí noticias de uma efeméride qualquer do Elvis Presley e de japoneses e de gente ainda mais estranha, que tentavam imitar o defunto. A lembrança de outras imagens, estas do Bicho da Madeira a cantar desenfreadamente nos comícios locais fez-me logo imaginar como ficaria o personagem se personificasse o ídolo. Saiu-me isto, mais tomates que banana.

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A banhos

Nem sei se a Ministra já foi de férias ou se continua no seu posto a preparar o próximo ano e mais algumas medidas para separar os pais dos professores, para afastar os pais do ensino dos seus filhos, para criar as escolas para ricos e as "prisões" para a juventude violentada que esta sociedade está a criar. Todos terão o seu cartão para "marcar o ponto", para comprar as suas batatas fritas e as suas coca-colas, sempre sobre o olhar dos seguranças e das câmaras de vídeo vigilância. Os professores, esses serão uma vez mais os maus da fita, aqueles que nada querem fazer, que metem baixa, que faltam porque têm filhos, que fazem greve, mesmo que nada mais estejam a fazer que o mesmo que outro qualquer trabalhador que tenta defender os seus direitos. Muitos certamente vão calar e, de cabeça baixa, acatar as ordens, sabendo que a cada opinião fora do sistema, a cada contestação de uma injustiça ou de um crime pedagógico, estam a cavar o seu próprio desemprego. Como disse, não sei se a Ministra já anda a banhos, mas por lá ou por cá certamente que aquela cabeça estará a imaginar ideias que não serão boas para pais, alunos ou professores.

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sábado, agosto 18, 2007

Os corsários do regime

Quando ouço o BE e o Louça, lembro-me dos tempos em que os corsários atacavam os barcos carregados de especiarias vindo do Oriente. Estes Piratas era uma ameaça ao comércio e à segurança marítima por um lado, mas agiam em nome de outros interesses coloniais que também desejavam a sua riquezas. Isto é, no essencial serviam o comercio que atacavam. Também esta esquerda, ao aceitar as regras do sistema, ao não lutarem por aquilo que realmente é importante e fundamental em troca de deputados no parlamento, acabam sendo uns piratas bem educados. Acabam por ser mais úteis que um problema para o sistema. Dão-lhe credibilidade, o ar de democracia que na realidade é fictícia. Ao defenderem a União Europeia (embora com pequenas alterações), ao aceitarem participar num modelo liberal da economia, acabam por prestar um óptimo serviço aqueles que dizem combater. É importante que haja quem quebre o sistema, quem fale contra, quem defenda a ruptura. É fundamental dizer não à Europa, aceitar as suas regras é aceitar este futuro que nos destinaram e que não quero. É por isso que não vejo na actual esquerda que temos em Portugal, (PCP incluido), a resposta para as questões que me preocupam e para o país que gostava de deixar aos meus filhos.

Contributo para o Echelon: Electronic Surveillance, MI-17

As Misses da vergonha

Presidência da UE condena atentados no Iraque e apresenta condolências às famílias das vítimas.

Estou certo que todos nós estamos tristes pelas desgraças que acontecem todos os dias no Iraque. Pena é que, há alguns anos, esta UE não se tenha unido na condenação e em impedir a violação de todos os tratados internacionais e a carnificina em que se tornou a invasão do Iraque por gente mentirosa e assassina. Alguns desses culpados ainda reinam tanto na América como na Europa e choram hoje lágrimas de crocodilo sobre os mortos de um país devastado. Alguns foram mesmo promovidos à presidência da comissão europeia como prémio pelo seu crime. Querem que eu acredite agora nas suas inuteis condenações vazias de sentir. Puta que os pariu a todos.

Contribuição para o Echelon: Kwajalein, LHI