Vi hoje imagens do Ministro Rui Pereira, o das polícias, a tentar justificar a ida de dois PSP´s a um sindicato para recolher informações. Eu, que tanto pugno pela liberdade, gostava verdadeiramente que tudo aquilo não tivesse passado de um excesso de zelo de um qualquer funcionário, até queria verdadeiramente acreditar nisso. Preferia que todo este barulho não passasse de um aproveitamento de uma situação infeliz. O resultado do inquérito, embora “naif” no conteúdo, com a segurança do Engenheiro a pedir informações à PSD da Guarda e esta enviar dois guardas, á paisana, recolher informações e estes terem ido aquele sindicato por ser o mais próximo da esquadra, até o poderia aceitar na forma e esperar que em notas internas garantissem que não mais sucederiam “incómodos” destes para o governo. O Ministro falou e estragou tudo. Quando o ouvi falar que a ida da polícia ao sindicato, se prendia com o pedido de manifestação não ter sido feito com a antecedência necessária, mostrou logo que afinal o resultado do inquérito não era mesmo nada “naif”. Ainda tentou mostrar que tal actuação policial tinha como finalidade proteger os próprios manifestantes, mas perante as perguntas insistentes dos deputados, acabou por deixar sair a besta quando reagiu mais asperamente e quase a gritar afirmou veemente que tudo só tinha acontecido porque os prazos não tinham sido respeitados e a lei não tinha sido cumprida.
Agora fiquei mais preocupado sobretudo quando já fala em modificar a actual lei das manifestações e duvido que seja para melhor.
Se há quem chore de alegria porque não haveremos de rir de tristeza. Todas as imagens deste blog são montagens fotográficas e os textos não procuram retratar a verdade, mas sim a visão do autor sobre o que se passa neste jardim à beira mar plantado neste mundo, por todos, tão mal tratado. A pastar desde 01 Jan 2006 ao abrigo da Liberdade de Expressão.
quarta-feira, outubro 17, 2007
Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come
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Mas nem tal excesso de zelo contribuiu para que a recepção à comitiva governamental liderada pelo 1ºministro tivesse sido tão «aplaudida» como se pode ver em filme divulgado no youtube.
ResponderEliminarParece que este ministro já está a aprender com o seu chefe Sócretino, quando se dirigem ao publico a gritar, ou a falar num tom de voz mais alto, para que quem o ouvir pense que ele tem razão e que os outros é que não o deixam trabalhar. Uma atitude que revela muito bem a sua veia manipuladora e a forma mais arrogante e intimidatória de governar. Diga-se de passagem, e usando um pouco de psicologia,que só usa este tipo de táctica(ou discurso) quem tem algo a esconder, ou seja a melhor defesa é o ataque.
ResponderEliminarFlyonthegarden
O ministro da Administração Interna, Rui Pereira, anunciou esta terça-feira que o Governo pretende elaborar um manual que fixe as normas para a polícia se informar sobre manifestações e actuar durante a sua realização.
ResponderEliminarSegundo noticia a Lusa, o anúncio foi feito no Parlamento, onde o ministro foi ouvido durante três horas sobre o episódio deslocação de dois agentes da PSP a um sindicato da Covilhã, objecto de um relatório da Inspecção-Geral da Administração Interna (IGAI).
Por outro lado, questionado pelos jornalistas à saída da audição sobre a lei sobre o direito de manifestação, de 1974, Rui Pereira considerou que «pode carecer de actualização» e acrescentou que «o Governo está disponível, se for caso disso, para rever a lei» e que «a questão vai ser ponderada».
http://www.portugaldiario.iol.pt/noticia.php?id=866730&div_id=291
Deste lado não devem vir lágrimas de crocodilo, como aconteceu hoje com o Sr. Silva, ao tomar conhecimento dos dados do INE de 2005, que indicam 1/5 da população Portuguesa como pobre.
ResponderEliminarSENTENÇA INUSITADA DE UM JUIZ, POETA E REALISTA
ResponderEliminarEsta aconteceu em Minas Gerais (Carmo da Cachoeira).
O juiz Ronaldo Tovani, 31 anos, substituto da comarca de Varginha, ex-promotor de justiça,
concedeu liberdade provisória a um sujeito preso em flagrante por ter furtado duas galinhas
e ter perguntado ao delegado: "Desde quando furto é crime neste Brasil de bandidos?"
O magistrado lavrou então sua sentença em versos:
No dia cinco de outubro
Do ano ainda fluente
Em Carmo da Cachoeira
Terra de boa gente
Ocorreu um fato inédito
Que me deixou descontente.
O jovem Alceu da Costa
Conhecido por "Rolinha"
Aproveitando a madrugada
Resolveu sair da linha
Subtraindo de outrem
Duas saborosas galinhas.
Apanhando um saco plástico
Que ali mesmo encontrou
O agente muito esperto
Escondeu o que furtou
Deixando o local do crime
Da maneira como entrou.
O senhor Gabriel Osório
Homem de muito tato
Notando que havia sido
A vítima do grave ato
Procurou a autoridade
Para relatar-lhe o fato.
Ante a notícia do crime
A polícia diligente
Tomou as dores de Osório
E formou seu contingente
Um cabo e dois soldados
E quem sabe até um tenente.
Assim é que o aparato
Da Polícia Militar
Atendendo a ordem expressa
Do Delegado titular
Não pensou em outra coisa
Senão em capturar.
E depois de algum trabalho
O larápio foi encontrado
Num bar foi capturado
Não esboçou reação
Sendo conduzido então
À frente do Delegado.
Perguntado pelo furto
Que havia cometido
Respondeu Alceu da Costa
Bastante extrovertido
Desde quando furto é crime
Neste Brasil de bandidos?
Ante tão forte argumento
Calou-se o delegado
Mas por dever do seu cargo
O flagrante foi lavrado
Recolhendo à cadeia
Aquele pobre coitado.
E hoje passado um mês
De ocorrida a prisão
Chega-me às mãos o inquérito
Que me parte o coração
Solto ou deixo preso
Esse mísero ladrão?
Soltá-lo é decisão
Que a nossa lei refuta
Pois todos sabem que a lei
É prá pobre, preto e puta...
Por isso peço a Deus
Que norteie minha conduta.
É muito justa a lição
Do pai destas Alterosas.
Não deve ficar na prisão
Quem furtou duas penosas,
Se lá também não estão presos
Pessoas bem mais charmosas.
Afinal não é tão grave
Aquilo que Alceu fez
Pois nunca foi do governo
Nem seqüestrou o Martinez
E muito menos do gás
Participou alguma vez.
Desta forma é que concedo
A esse homem da simplória
Com base no CPP
Liberdade provisória
Para que volte para casa
E passe a viver na glória.
Se virar homem honesto
E sair dessa sua trilha
Permaneça em Cachoeira
Ao lado de sua família
Devendo, se ao contrário,
Mudar-se para Brasília!
Se tudo foi feito dentro das normas, então porquê fazer novas normas? Para aperfeiçoar e aprofundar os métodos?
ResponderEliminarEstes casos que vêm à notícia são preocupantes porque indiciam que muitos outros haverá e que não são notícia. Este governo é um perigo para a liberdade, já o provou. Nenhum militante socialista amante da liberdade guardará de consciência tranquila o seu cartão na carteira.
Se a manifestação foi anunciada dentro do prazo, era legal. Se não, era ilegal e teria sido proibida.
ResponderEliminarO que é que os polícias iam lá fazer em qualquer caso?
Acham que estamos a dormir...
Eu ouvi nessa audição o ministro dizer que a Lei era de 74, quase a dar a entender que era um resto do Salazarismo, mas não é nada.
ResponderEliminarJá teve revisões até de Constitucionalidade em 1996.
Aos professores até lhes bastava anunciar a greve na comunicação social cinco dias antes (§5, nº1).
Eles querem é torná-la salazarista ou pior ainda.
Volta, Salazar, estás perdoado. Ao menos tu pensavas em Portugal... mal, mas pensavas.
amigo, para quando um blog sobre a influencia e perturbaçao maçónia em Portugal?
ResponderEliminarRui pereira maçon,ex resposavel pelo sis...
investiga
;)
são eles que puxam os cordelinhos todos...