domingo, fevereiro 10, 2008

Chamar os bois pelo nomes

 Miguel Sousa Tavares

Como infelizmente a crónica semanal do Miguel Sousa Tavares no Jornal Expresso ainda só está disponível On-line para os assinantes, e me parecer que diz tudo o que há para dizer, aqui reproduzo o texto publicado e que roubei no blog o “Jumento”, sem mais comentários.

«O general Garcia Leandro publicou aqui no Expresso, no sábado passado, uma espécie de protopronunciamento militar deveras interessante. Em substância, o general diz que o país está minado pela corrupção e pelo mau governo dos políticos e que só não avança para encabeçar um 'movimento de indignação', conforme muito solicitado, porque vivemos hoje na União Europeia - onde estas aventuras 'venezuelanas' deixaram há muito de ter viabilidade. Mas essa não é, em boa verdade, a única razão que trava o general nas suas generosas intenções, se é que ele não o sabe: a outra razão é porque o país acolheria hoje com uma gargalhada devastadora qualquer ridícula tentativa de pronunciamento militar. Com a extinção do Conselho da Revolução, algures na década de 80, livrámo-nos de vez da tutela militar e já ninguém, nem a novíssima geração, leva a sério um militar que queira salvar a pátria. Aliás, o próprio texto do general Garcia Leandro - confirmando que os textos de justificação dos pronunciamentos militares jamais ficarão para a história da literatura universal - é, em si mesmo, incapaz de arregimentar até um quartel de bombeiros, tão frouxas e tão confusas são as razões aduzidas.
A corrupção é, de facto, um problema - aqui e em muitos outros lugares. Infelizmente, como o general deve saber, entre nós, nem os militares lhe escapam. Temos um alto oficial da Armada, durante anos responsável técnico pelas compras do material de guerra do ramo, preso sob suspeita de corrupção. E, da compra dos aviões A-7 até à dos submarinos, não há razão alguma para acreditar que, se corrupção houve, os militares envolvidos nos negócios não molharam também a mão na massa. No que toca a gastos de dinheiros públicos injustificados, os militares têm muitas contas a prestar ao país. Todavia, o que diz o general Garcia Leandro é aquilo que muitos pensam, e não apenas 'a rua'. O facto de ser general não o torna mais qualificado do que qualquer outro nos seus julgamentos nem lhe dá o direito a querer encabeçar um 'movimento de indignação', seja isso o que for. Restam as causas de indignação, que, essas sim, são reais e poderosas.
Recentemente, também o novo bastonário dos advogados veio agitar as águas turvas do regime denunciando alto e bom som coisas que todos sabemos serem rigorosamente verdadeiras: que há advogados que fazem política no Parlamento e negócios com coisa pública cá fora; que há ex-governantes que saltam do Estado directamente para empresas com que antes negociaram em nome do interesse público; que há uma justiça para ricos e outra para pobres e por isso é que não há um único poderoso atrás das grades, embora não faltem motivos para tal. Caíram todos em cima do dr. Marinho e Pinto, chamando-lhe demagogo, vendedor de feira e acusando-o de denunciar a corrupção sem apresentar 'provas'. Num gesto inédito de insubordinação estatutária, o presidente do Conselho Distrital de Lisboa da Ordem dos Advogados veio ameaçar o próprio bastonário com um processo disciplinar se não se calasse.
Todos fingiram entender que ele falava da corrupção - um mal universal, que não afecta apenas Portugal. Piedosa mentira. O que o dr. Marinho e Pinto denunciou foi o descarado tráfico de influências entre o político e o económico, o público e o privado, que, essa sim, é uma imagem de marca nossa. Meia dúzia de ministros de qualquer Governo, de empresários privados, de gestores públicos e de poderosos escritórios de advocacia decidem entre si como é que o Estado vai gastar os milhões que gasta em obras públicas, como é que vai pagar os seus fornecimentos, como é que vai privatizar as suas empresas, em que termos vai negociar contratos de concessão, que excepções vai abrir para conceder direitos de construção em zonas de paisagem protegida.
Desde a gestão privada de hospitais públicos à concessão da exploração de pontes, passando pela construção do que quer que seja ou pela compra de armamento militar, não há orçamento que não derrape largamente, não há negócio que não termine com lucros muito além dos previstos para os privados e total impunidade para os gestores públicos que lhes deram causa. Contratar com o Estado português é sinónimo de lucro disparatado e risco nulo. E isso não significa necessariamente que, algures no circuito, tenha havido alguém a deixar-se corromper para que a factura subisse. Esse tipo de corrupção existe, mas a um nível menor, ao nível autárquico, por exemplo. Aqui, do que se trata é da troca de favores e influências entre uma casta que controla os grandes negócios com o Estado. Hoje, A faz um favor a B - entrega-lhe uma empreitada que vale milhões - e amanhã é a vez de B retribuir, contratando A para os seus quadros ou entregando-lhe por sua vez uma empreitada em que ele esteja interessado. E no meio estão C e D, que funcionam como advogados e jurisconsultos de ambos os lados: tão depressa negoceiam em nome do Estado como em nome de clientes privados com o Estado, tão depressa dão pareceres a um como a outro e, não raras vezes, estão dos dois lados simultaneamente, em processos diferentes. Necessidade obrigando, chegam a produzir doutos pareceres de sentido oposto em casos rigorosamente idênticos, em que só mudou o cliente que servem. Não me admira nada que o dr. Marinho e Pinto tenha vindo desinquietar toda esta gente - ainda por cima se não se esquece de denunciar uma justiça que, pela inércia e pelo facilitismo, pactua com aqueles que têm a possibilidade material de fazer arrastar os processos em tribunal até que eles morram de podridão e esquecimento.
O mal causado não consiste apenas no desperdício de dinheiros públicos ou na instalação de uma cultura de impunidade e batota, que desmoraliza o país são. Uma das maiores causas para o atraso endémico de Portugal é esta chamada iniciativa privada que domina os negócios de milhões mas que não sabe sobreviver sem os seus três factores de êxito: salários baixos, "offshores" para tratar do Fisco e negócios garantidos com o Estado. Temo só de pensar que vem aí o TGV e um novo aeroporto, onde um país pobre e economicamente estagnado, um país a quem tantos sacrifícios têm sido pedidos em nome do combate ao défice vai atirar pela janela milhões e milhões em trabalhos extra, comissões a intermediários, honorários de consultadoria externa e de pareceres e todas as demais alcavalas que sempre acompanham cada empreitada pública. Foi assim com o CCB, a Ponte Vasco da Gama, o Túnel do Marquês, o Hospital Amadora-Sintra, o Casino de Lisboa oferecido ao sr. Stanley Ho (edifício incluído!) e tudo o mais, tudo rigorosamente, a que o Estado deitou mãos.
Farto de assistir a este espectáculo decadente e impune, legitimado pelo exemplo que vem de cima, grande parte do país já percebeu que a regra é exigir do Estado privilégios e dinheiro fácil. A outra parte, se não acredita nem deseja militares salvadores, só lhe resta isto: indignar-se e chamar os bois pelos nomes.»

Contributo para o Echelon: 15kg, DUVDEVAN

19 comentários:

  1. Nunca simpatizei com meninos miguéis, cantam bem mas não me alegram! É um cantor de profissão formado na fluência verbal de uma certa classe. Lemos e concordamos com o estrela de TV, o Tavares que paga muitos impostos, o Sousa especialista em todos os assuntos, o Miguel incomodado pelas crianças nos restaurantes, o Miguel que tem logística para passear no deserto, o escritor que trabalha arduamente em romances, o filho de A e de B, um Menino habituado a dar sentenças mas que nunca passou dos bancos da ribalta. Por isso Kaos, vou dizer-lhe, prefiro o Kaos desconhecido que amanda sem cachets, pode citá-lo que eu vou continuar a citá-lo a si!
    Um abraço sem miguéis

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  2. Também não simpatizo com a figura. É uma espécie de doctor spin da série b. Já tomou posições, através do aparo, sobre as quais demonstrou uma ignorância confrangedora. Tem tido posições alarves, como comentador e como colunista, em áreas tão diversas como a educação, a saúde ou a justiça, que, em última análise, são elas próprias geradoras de grande injustiça e até de reforço, como opinion maker, dessas mesmas injustiças. Era inevitável, barrendo os 360º da área de disparo e fazendo tiro em tanto campo de treino (linguagem bélica!?), que não acertasse uma ou outra vez. Ainda assim discordo da sua tentativa de descridibilização das razões, mais que evidentes, para abrir um livre trânsito contra o estado de coisas, com um estado de sítio. A G Leandro, juntou-se poeticamente Manuel Alegre mas, com a ética caída em desgraça e a estética em bolandas, é urgente levantar a voz, ou, quem sabe, pedir umas sugestões ao General.
    jcosta

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  3. Muito bem. O meu forte aplauso para esta reprodução. Efectivamente alguns militares mesmo ao nível dos graduados e patentes elevadas também não são um bom exemplo em termos de honestidade. De resto conhecemos vários, entre eles o conhecido major Valentim e tantos outros que enriqueceram à conta de negócios pouco transparentes, vivendo eles e suas famílias muito bem. E é sobretudo preciso lembrar embora haja o hábito de criticar os políticos que, os oficiais de elevada patente, recebem na situação de reserva chorudas reformas. Mas não só todos quantos fizeram várias comissões nas ex-colónias e delas tiram proveito salarial, servindo o então regime de Salazar e Caetano transformaram-se no 25 de Abril em democratas. Até porque como o Miguel diz e muito bem nesta altura
    um oficial superior jamais teria a veleidade de ensaiar um golpe de estado porque seria imediatamente
    travado. É que estes generais como fizeram a guerra colonial, julgam erradamente que os golpes que se registam em África nomeadamente Guiné, etc.etc, podem-se repetir em Portugal. Deixá-los falar que eles calar-se-ão.
    Um abraço
    Raul

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  4. Considero MST um toleirão que tem vivido à sombra dos seus progenitores. Muita tolice tem saído por aquela boca... No texto transcrito, para além da realidade que é do conhecimento geral - uma sociedade organizada em torno de um sistema de trocas de favores e de altos interesses pessoais -, asneia ao retirar o poder das armas para encetar uma revolução. A haver constrangimentos para que se realize tal acto, por certo, não são de natureza interna, mas ficam a dever-se a contingências externas. A Defesa, ao contrário da Saúde e da Educação, ainda é um sector em que os (des)governantes não fazem cortes (sem qualquer rigor cirúrgico) para reduzirem o défice do OE.

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  5. Eh, pode não ser lá sempre o melhor literato, como diz outra, mas verdade é que quando escreve à terça-feira na Bola, logo uns 10 mil benfiquistas (e será dez milhões?) logo vão aprender no texto as regras mais conformes de um jogar...

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  6. Deixem dizer o que me diz a alma a ler ali um anonym que diz um toleirão MST, ai, valha-me deus, que o anonym, além de ingrato e despeitado, ainda escolheu o apelido que é que lhe cabe a ele bem, um toleirão, isso sim.

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  7. Ihihi, e o pata
    negra, tamém...

    ah, pois,
    benfiquistas,
    invejosos, pois...

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  8. E ca gand artigo!

    Que está lá tudo, tudo, como quem sabe dizer, sabe as coisas, não é parvo e ainda tem decência neste país...

    Oh, mas um Expresso desses devia pagar bem a um tal articulista, um primor de oiro, ao lado de uns brutinhos que ali andam só a encher.

    E não admira que quem assim escreve, a respeito destas como de futebóis, tão bem, tão direito e bem, não haja de ter detractores, gente que diz que não gosta, olé, que não gosta da verdade assim como uma forte e crua luz de alumiar, que até dói.

    Ai, Nóça Sinhóra, e deus proteja largo tempo MST, lhe sigure a pena e o inspire, que homens assim, jornalistas e comentadores tais, há poucos, meus senhores, em Portugal.

    E deus o ajude, sim, que uma pessoa lê esse artigo e fica mais dentro do que se passa aí sob os nossos olhos, que parece que não vêem, pois é verdade que não, tal é a chusma que nos rouba a todos, ai, cambada de gatunos, de hipócritas e ladrões!...

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  9. Li no Expresso esta crónica do MST como, habitualmente, leio as que semanalmente lá vêem publicadas. Leio-as para ver qual a pessoa, a classe, a Lei, o comportamento, o comentário, etc. que, em cada semana, é alvo da sua ira não contida. Para ele tudo está errado tudo é criticável, ninguém merece crédito. Ocasionalmente escreve coisas com que eu concordo como neste fim-de-semana. Acertou!
    Mas eu não posso confiar num cronista (jornalista?) que quando se debruça sobre alguns assuntos perde a cabeça, manda a imparcialidade às malvas, insulta os que com ele não concordam. Dou exemplos de temas que fazem com que MST perca a razão (literalmente): ataques ao seu amado Futebol Clube do Porto e ao seu honesto presidente, as regalias dos malandros dos professores e a infame lei anti-tabaco (que deveria chamar-se, mais a propósito, lei anti-fumo, digo eu). Quando se refere as estes temas, o veneno que põe na escrita, deixa-me adivinhá-lo a espumar de raiva, uma espuma verde a escorrer da boca, os olhos flamejantes e a gargata a emitir sons aterradores...
    JFrade

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  10. Sim, feita a destrinça, que por vezes MST também se me afigura perigoso, para ex., à frente de uma Inquisição, queimava tudo a eito, o rapaz, como o fez, é verdade, contra o PdaC, que nem a morgada e luis bufon, assim como contra os profs, que até proclamam aos ventos a poesia de sua mãe... MST é bruto, mas quando acerta de defender os mais fracos e olhar de frente a verdade ou a mentira, porque é inteligente, bem falante e escreve bem, não há dúvida, ele é do que ainda temos de melhor.

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  11. Ó Johana, "MST é bruto, mas quando acerta de defender os mais fracos..."?! MST?! Defender os mais fracos? Onde? Quando? Como?
    Menino de "sangue azul" que olha para a plebe com desdém ou, quando muito, com uma certa condescendência?!...
    Considero-o toleirão por debater matérias sem que esteja, muitas vezes, minimamente informado sobre elas, quanto mais cabalmente como seria de esperar, e pelo seu ar de "ser superior" que se digna falar para (e com) a escumalha. Ainda digo mais, é uma pessoa execrável, asquerosa e, para que conste, esta opinião é a de alguém que tem fortes laços de consaguinidade com o dito toleirão. Se em público ainda tenta reprimir o seu mau feitio, em privado...

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  12. ...é um BESTA, uma grande BESTA!!!

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  13. As palavtras de Garcia leandro não podem ser entendidas como uma "birra" entre a "corporação militar" e o governo, nem diminuidas com casos de corrupção de militares. quem assim vê e interpreta tais sinais será olhar apenas para a árvore sem ver a floresta em que está metido.
    E quando vejo estas interpretrações que não acrescenta uma grama à consciencialização dos cidadãos do que realmente se vem passando em Portugal, e mergulham na confusão, mais ainda, uma população portuguesa miseravelmente explorada pelo poder politico que se instalou nas últimas décadas no País,eu pergunto se estas pessoas estão realmente interessadas em denunciar e criar condições a uma justa revolta das pessoas ou se estão mais interessados em que tudo fique na mesma para elas próprias continuem a "comer" do mesmo mesmo e grande tacho em que se tornou o sistema politico portugues.

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  14. kaos, leio o seu texto com gosto, mas dispenso os de MST, porque de toleirôes metidos a besta intelectual estamos todos fartos.

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  15. Tem muita razão, Ruy. Este "menino" é um dos bem instalados no regime das "trocas e baldrocas" e convém-lhe manter o seu "status quo", mesmo que só tenha de dizer baboseiras e, de quando em vez, dizer algo com mais sentido.
    E o que dizer disto: «Todavia, o que diz o general Garcia Leandro é aquilo que muitos pensam, e não apenas 'a rua'. O facto de ser general não o torna mais qualificado do que qualquer outro nos seus julgamentos nem lhe dá o direito a querer encabeçar um 'movimento de indignação'...»?
    Penso que uma leitura nas entrelinhas nos permitem apreender as mensagens subtis do "pequeno".

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  16. Já vi que o autor do texto parece merecer mais comentários que o próprio texto em si. Já aqui houve alturas em que lhe bati, ao autor, por não concordar com as suas opiniões, como aconteceu quando se pôs a falar dos professores. Neste caso, o texto pareceu-me bem mais importante que o personagem e por isso aqui o coloquei. Este país está a ser destruído pela corrupção e pela ganância de alguns e há que colocar a boca no trombone e não nos calarmos mais. Tudo e todos os que ajudarem na denuncia daquilo que se passa são bem vindos. É tão importante que até já concordei uma vez com aquilo que o cavaco disse. (que horror)
    Um abraço a todos

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  17. Kaos, ora aí está um triste e lamentável exemplo de conversa mole, mas malévola, deste "petiz": a sanha contra os professores.
    Qual foi o objectivo que deu origem a tal comportamento? Que tipo de opinião é que ele pretendia formar num público mais incauto e menos informado?
    Alguém, com dois dedos de testa, acredita que o tipo estava a defender uma melhor educação? Ele debateu-se por uma educação de melhor qualidade, mais rigorosa e exigente, pela recuperação do prestígio da Escola e, por inerência, do dos professores? Ao tentar macular, ainda mais, a imagem dos professores e a conferir-lhes o papel de guardadores de meninos, o que é que ele defendeu?

    - Que a Escola pública passe a ser o repositório dos filhos da escória da sociedade, um lugar para indigentes, reservando os colégios (onde se impõem regras bastante rígidas) para os filhinhos dos papás que podem pagar as mensalidades e, deste modo, promover uma reprodução social assente no poder económico.

    Num país em que os empregos decentes escasseiam cada vez mais, convém negar aos pobres, pura e simplesmente, o direito a uma aprendizagem que os possa colocar em concorrência com os ricos. Os lugares de eleição devem ser reservados à classe dominante, mesmo que alguns dos seus elementos sejam medíocres e incompetentes. E, como isto é o que já vai acontecendo, vê-se como este país está a caminhar, a passos largos, para o caos.
    Este tipo é um elitista da pior espécie.

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  18. Tá certo, um elitista do pior.
    Não deixa é de ser bom quando o é.
    Inteligente, apesar de atrasadinho, a cada passo, acerca dos costumes e de alguma liberdade legítima que não acompanha.
    Ui, si, um bota de eslático, pior do que o seu desempoeirado avô. Mas que lhe querem? Não se pode ter tudo.
    E este homem é portista dos sete costados, logo, parolo e bufo e ladrão é que ele não pode ser, pois não é.

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  19. E, levados de inveja, todos os medíocres haverão de dizer mal, sempre, do que tenha classe. Que é outra verdade eterna, ó malta.

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