«O comissário europeu Joaquín Almunia, responsável pelos Assuntos Económicos e Monetários louvou a actuação do Governo português por ter conseguido reduzir o défice para os 3% em 2007, um ano antes do prazo. Mas Bruxelas advertiu para a necessidade de «medidas suplementares» para o equilíbrio das contas se a economia crescer baixo do esperado.»
In “Agencia Financeira”
Estou certo que todos nós, os portugueses, estamos muito satisfeitos com o défice de 3%. A maioria nem sabe muito bem o que isso quer dizer, estão desempregados, passam fome ou já não têm mais buracos no cinto para apertar, pobres mas honrados. Para atingirmos este sucesso, epopéia que nem um Camões teria engenho e arte para cantar, não vi um poderoso que fosse abdicar de um direito ou de uma regalia, antes pelo contrário, vi-os enriquecer e prosperar como nunca. Ervas daninhas que se dão bem num solo em crise. Já estamos de tanga, mas a UE na voz do Almunia já nos vem avisar que provavelmente teremos de sofrer ainda mais, que teremos de pagar a crise do capitalismo, a crise dos ricos, a crise dos outros. Alegre-se o grande capital que aí vêem mais aeroportos, pontes e TGV's para lhes encher o bolso enquanto nós, faremos os sacrifícios de tudo continuar a pagar.
Contribuição para o Echelon: Kwajalein, LHI
Se há quem chore de alegria porque não haveremos de rir de tristeza. Todas as imagens deste blog são montagens fotográficas e os textos não procuram retratar a verdade, mas sim a visão do autor sobre o que se passa neste jardim à beira mar plantado neste mundo, por todos, tão mal tratado. A pastar desde 01 Jan 2006 ao abrigo da Liberdade de Expressão.
sexta-feira, fevereiro 15, 2008
Herois do défice
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Pelos vistos a Europa e este Senhor precisam de assessores, descartáveis, que até podem servir de bodes expiatórios. Santa ignorância. E todos pagamos por isso.
ResponderEliminarPelo andar da carruagem cega da "comunicação social" qualquer dia estes assessores serão chamados de "filantropos do défice", "salvadores da Pátria", etc...
Benza-os Deus, nem que seja com impostos.
Bruxelas terá sempre mais "medidas suplementares" na manga para nos lançar a canga. E nós aqui tão ignorantes, tão contentes de pertencermos à União Europeia, tão cristãos e ocidentais,sempre prontos a fazer mais sacrifícios à espera de sermos compensados no paraíso.
ResponderEliminarNinguém se lembra qua antes de pertencermos à União Europeia já existíamos?
A miséria toda está em não pressionar activamente esses pançudos do Capital: descontrolá-los, satirizá-los, lutar por menos fosso e mais distribuição equitativa da riqueza.
ResponderEliminarPorque a Panela já ferve e a tampa vai saltar.
PALAVROSSAVRSVS REX
O tipo louvou a actuação do governo, mas já foi avisando que teremos de gramar com as tais «medidas suplementares»; talvez não seja bruxo, mas sabe como é que os fantoches que estão nos governos de países subdesenvolvidos reagem às pressões para fazer descer os défices. É uma velha táctica do FMI!
ResponderEliminarAinda não consegui perceber qual é o destino que a UE projectou para este rectângulo quando lhe retirar a mama dos subsídios. Ou será que os países mais ricos nos vão sustentar indefinidamente?
O problema parece-me precisamente ser esse, de que quem nos anda a pedir sacrifícios não os faz, antes pelo contrário (e nem sequer pode justificar-se como sendo um excelente gestor; vê-se quando se descobrem as trafulhices qual era a gestão que fazia).
ResponderEliminarSe os bons exemplos viessem de cima, todos nós aceitaríamos os tais sacrifícios, e podia ser que saíssemos do buraco.