segunda-feira, março 17, 2008

As Olimpiadas do Tibete

Tibete

Agora que a América resolveu retirar a China da lista dos países “piores violadores dos direitos humanos do mundo” esta não perdeu tempo em fechar as fronteiras do Tibete e massacrar mais uns monges que se manifestavam pelos seus direitos à liberdade e à independência do seu país ocupado há mais de cinquenta anos. Nós, ocidentais, tão defensores do direito, da justiça, da liberdade e da democracia, apertamos as mãos sangrentas destes líderes em troco de um novo mercado onde o capitalismo global possa arrecadar mais um punhado de dólares. Daqui a poucos meses lá vamos estar todos a aplaudir umas Olimpíadas, jogos que originalmente faziam parar as guerras durante o tempo da sua realização, que vão acontecer num palco construído para o efeito, e cujos cenários escondem dos nossos olhos, a miséria, o trabalho infantil, a repressão, a violência, a tortura e a morte. Mas não há necessidade de estarmos preocupados, afinal "a União Europeia, Estados Unidos da América (EUA) e Nações Unidas já pediram moderação às autoridades de Pequim". Já podemos todos dormir descansados.

Contribuição para o Echelon: NATOA, sneakers, UXO

10 comentários:

  1. http://forumolimpico.org/?q=node/479

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  2. No capítulo da canalhice a China fez o 2-0. O 1-0 foi - e é - na Birmânia.
    O povo tibetano é feito da mesma massa que produziu um Nelson Mandela, um Gandi e um Martin Luther King.
    Infelizmente às vezes são precisos uns Ches e uns Bin Ladens.
    Longa vida para o Tibete!
    Viva a justa luta do povo tibetano!
    Abaixo o governo nazi chinês!

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  3. Já agora: o Sócrates até podia estar a dar uma mãozinha ao Bush; não tenho a memória curta, e ainda me lembro como é que o Dalai Lama foi recebido em Portugal. Hipócritas dum fdp!

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  4. Tá boa.

    E é bem o bandido invasor e genocida a acenar com mais uma guerra ao mundo, no caso ca bandeira do pro-ocidental fundamentalista mangas.

    Sim, que aí mais CNN que na guerra do Golf Oil, mãezinha!

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  5. Ui, e esses bonzos, monges, lá que seja, podem bem ser muito bonzinhos, que a mim parecem-me de um voluntarismo igual aos mais bravos fundamentalistas pro Richard Gers e outros estado-unidistas.

    A presteza com sobem as paredes da embaixada em Paris pa retirar uma bandeira e colocar a outra que leva às costas, qual gata assanhada, ui, esses bonzinhos são cá duma santidade mais denodada, mais brava, terrorista...

    Que não os vi nem vejo tão lançados contra o terror levado ao Iraque desde há bem duas décadas constantes, com as CNN e ONU de permeio.

    Mas grande é o poder informativo dos sates neste mundo.

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  6. O Tibete foi invadido pela China em 1962. Ou dito de outra maneira: há 46 anos...
    Até os betinhos do BE já chamam aquilo uma invasão.
    É engraçado como os fundamentalistas dos partidos políticos portugueses e da partidocracia da treta que nos saiu na rifa, conseguem dar cambalhotas para não verem nos amigalhaços os defeitos que vêem nos outros. Se um pulha é do PP, é pulha! Mas se um pulha é do PCP é um herói. Pois bem: um pulha é um fdp e ponto final. O resto é retórica da m… de quem anda à procura de tacho...

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  7. Concordo com os comentários do Anónimo anterior.

    Enquando andamos para aqui a "reinar" e a ser gozados, uma singela pergunta para o vasto auditório: Estariam dispostos a votar afirmativamente para que a UE tenha forças armadas próprias ?

    É tão bonito sermos pacificistas e parolos, não é ?!

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  8. Obviamente que estou contra qualquer acção violenta e indiscriminada.

    Mas convém relembrar, como já vi dito, que o Tibete é território integrante da China desde há 700 anos, nunca tendo feito parte nem do SDN, nem da ONU, nem sido alguma vez reconhecido por nenhum país. E no qual se vivia um regime feudal: o Dalai Lama tinha milhares de criados ao seu dispor enquanto o povo passava grandes dificuldades, apenas a título de exemplo. De salientar que respeito a liberdade religiosa e as formas de organização das igrejas, incluindo a budista, mas respeito ainda mais a moralidade na distribuição do trabalho. Esta situação era de puro feudalismo, quer queriamos, quer não.

    Mas a questão continua a ser: o Tibete nunca foi independente, teve um estatuto semelhante ao de região autónoma, mas a independência foi declarada de forma unilateral, sem ser alguma vez reconhecida por alguém. A situação da China imperial de então, em decadência, impediu que se tomasse uma acção anti-separatista. Após a revolução tomaram essa acção. Condeno veementemente a violência, mas é bom lembrar que não se trata de uma invasão, uma vez que agiu no seu prórpio território.

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  9. Durante 1950-51, 20000 soldados chineses, a mando de Mao e com o amém do Estaline, invadiram o Tibete: foram lá fazer turismo como se sabe… Gostaram tanto que mandaram vir mais umas centenas de milhar de camaradas para partilharem os bons ares da montanha e fazerem ski todos juntos!...
    Pelo meio talvez metade dos adultos tibetanos do sexo masculino, foram pura e simplesmente mortos (o mais apropriado seria escrever: massacrados) às mãos das corajosas – e bem armadas - tropas chinesas. Mas isso são miudezas como se vê… até porque para compensar o único território «da China» onde é possível os casais chineses terem mais do que um filho é o Tibete.
    Os nativos brasileiros não tinham pátria, os norte-americanos também não, e os aborígenes idem. Estavam todos à espera que os colonos europeus lhes ensinassem o conceito - massacrando-os piedosamente pelo caminho para lhes roubarem as terras.
    Então para se poder ser país é preciso ter fronteira bem definida há mais de 100, 200, 300… anos? Deste ponto de vista devem haver para aí uns 100 (pelo menos!) a mais na ONU…
    Não leve a mal, mas o seu argumento parece uma renda de semântica do tempo em que a guerra fria estava ao rubro.

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  10. O Tibete é parte da China Há 700 anos? 700 anos? Claro! A China até tinha postos fronteiriços e MNE há 700 anos... Ah! e a muralha dava a volta à China... era assim que eles sabiam onde estava a fronteira.
    Já agora: há 700 anos éramos todos árabes aqui deste lado do globo.
    O Dalai Lama tinha 1000 criados?! Mais do que isso teve o Mao depois...
    A China tem um problema chamado Turkistão, de que se fala ainda menos do que o Tibete. Suspeito que os 20 milhões de muçulmanos «chineses» liderados pelo Bin Laden ainda vão dar que falar...
    Esperemos só que não seja por terem usado a «merda nuclear» que os chineses têm plantado no território.

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