segunda-feira, março 03, 2008

A Roboprofa

Roboprof

Numa ficha elaborada pelo conselho executivo de uma escola em Leiria, na componente "dimensão ética" do professor, inclui-a o seguinte parâmetro na avaliação dos professores: "Verbaliza a sua insatisfação/satisfação face a mudanças ocorridas no sistema educativo/na escola através de críticas destrutivas potenciadoras de instabilidade no seio dos seus pares."

Tenho ouvido dizer, até a muitos professores que não estão contra a avaliação de desempenho, mas alguns só porque não concordam com a complexidade do processo e outros com o ser iniciado a meio do ano.
Quanto a mim a pergunta que deve ser colocada, é se concordam em que venham questionar a sua competência de dois em dois anos, que venham vasculhar o seu desempenho durante esse tempo. Será que a avaliação não deve ser contínua, tanto pela excelência, pelo simples cumprimento dos objectivos ou pelo não cumprimento? Será que as escolas, nomeadamente no seu Conselho pedagógico não poderão fazer esse juízo no dia a dia das actividades da escola? Em qualquer empresa privada essa é a prática utilizada e cada um é avaliado pela sua chefia durante o normal desempenho do seu trabalho. Como já aqui disse tenho filhos em idade escolar e por isso procuro acompanhar o seu desempenho e aquilo que se passa na sua educação. Até eu, longe das aulas (e agora quase sem acesso ao interior da escola), pude notar a diferença do ensino e correspondente aprendizagem dos meus filhos com diferentes professores. Houve mesmo o caso de uma professora, não efectiva na escola, que fez os miúdos da sua sala mostrarem óptimos resultados e uma aprendizagem acima do normal. Todos os pais (e já agora os miúdos), gostaram dela e desejavam que ela pudesse continuar o seu trabalho. Assinaram uma carta em que se solicitava isso mesmo, mas a resposta que recebemos foi a de que, o desejo dos pais não era critério na colocação de professores e assim lá perderam os nossos filhos uma excelente professora. Será que um tal desempenho e a opinião dos pais não deveria ter sido considerada na avaliação contínua da professora? Não deveria isso constar do seu processo? Não sou professor e por isso não estou tão dentro dos processos legais que regem a educação no nosso país, mas parece-me que pelo menos desde os tempos do Roberto Carneiro e do famigerado decreto 115 do Guterres, tudo me parece estar errado. Esta luta dos professores devia ser contra a avaliação não contínua, feita fora da escola e da comunidade, contra o fim da gestão democrática das escolas com a recriação do “velho” director todo-poderoso e por mudar concepções de escola e ensino bem mais antigas e erradas. Como pai espero sinceramente que esta luta não acabe numa pequena vitória deixando de fora muitas coisas muito importantes. Esta luta devia ir até ao fim.

Contributo para o Echelon: 15kg, DUVDEVAN

10 comentários:

  1. Anónimo3/3/08 19:10

    Neste comment, porque é o mais recente:
    os comentários expressos em baixo já tiveram melhores dias.
    Já gostei muito do WE HAVE KAOS ...
    mas o nível baixou demais.
    ADEUS

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  2. anonimo:
    Então adeus, como tudo na vida uns vão outros vêm

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  3. Excelente, Kaos, boneco e texto.

    Eu sou uma das professores que não está contra a avaliação. Mas também sou uma das que, tal como o Kaos chama a atenção,não está para permitir que lhe vasculhem o seu desempenho de dois em dois anos.

    Não porque tenha receio que me observem [costumo até dar aulas de porta aberta...], mas porque a avaliação da minha competência para aferida já foi aferida, quando fiz o estágio. Sim, competência, porque, quanto a mim, a proposta do actual ministério visa avaliar a minha competência para dar aulas e não o meu desempenho.

    Estou disponível como sempre para elaborar um trabalho que sintetize o meu desempenho durante 1 ano, 2, 3, aqueles que quiserem.


    E estou disponível para defender o meu trabalho.


    Estou disponível para que alguém competente me avalie.

    Dirão alguns que isso era o que se fazia. Sim, no que respeita a elaboração de um trabalho, mas no que diz respeito à avaliação do mesmo, não me parece que fosse feita, de facto, uma avaliação séria.

    Que se tenha essa coragem. À anterior lei só faltava a regulamentação de um artigo que nunca foi feita.

    Porquê?

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  4. *É verdade, levo o seu post lá para o meu cantinho.

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  5. Anónimo3/3/08 21:27

    Então a sinistra, entre os seus pares do parlamento, chama-me de professorzeco e eu não posso chamar-lhe uns nomezinhos,entre os meus colegas?
    Então o governo, o ministério e os "críticos" insultam-me,maltratam-me, chamam-me de incompetente há três anos e eu não posso chamar-lhes uns nomezitos entre os meus colegas?
    Posso,sim senhor!
    Posso e devo.
    Não fui eu quem abriu as hostilidades.
    E,comojá esgotei o meu vernáculo vocabulário para estas ocasiões, já pedi a um primo meu, brasileiro, que me mande todos os que eles, por lá, também, em bom Português, utilizam.
    Contudo, hoje, A RTP, com o detergente Fátima, vai ,uma vez mais, lavar o governo e a ministra, quer-me parecer.
    Caso a lavagem descambe para a má língua e o malhanço nos professores, não será incorrecto entupir todos os telefones e meios elect´ronicos da RTP com o nosso protesto.
    Um número possível é este:
    Linha de Atendimento ao Espectador:
    707 789 707

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  6. Anónimo3/3/08 21:29

    Eh, aí o anómino chateado é tal a raposa, o despeitado da treta, que se não lhe agrada é porque é bom de mais pò seu gosto.

    E hoje eu vi no DN boneco de uma foto da sinistra very good, com ela inclinada de lado e prà frente, dengosa como tudo, que me lembrou, pois está ali muito parecida, a Jacinta de "Cuidado com as Aparências", mas no original, a inglesa, filha da mãe, chata e chata e egoísta, além de estúpida!

    Mesmo a sério, boa artista, com a agravante que a nossa em questão agora é real, é má, é sádica e vingativa!

    Oh, sinistra!

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  7. Até que enfim alguém diz o que, efectivamente se deve dizer, sobre a avaliação.
    Toda a gente diz que quer ser avaliada. Eu também, mas não desta maneira. Isso, avaliação contínua. Assistir a umas aulas e preencher uns papéis, não é forma de avaliar ninguém. O que nós fazemos, bem ou mal, toda a gente acaba por saber. Aliás, às vezes passa mais despercebido um bom trabalho -por vezes atitudes mais criativas e menos ortodoxas - passa mais despercebido para o exterior do que o mau desempenho.
    Já agora, e os alunos?
    Esses são efectivamente os nossos "clientes". Para mim, o feed back dos alunos é a melhor recompensa. Os alunos que, passados anos, ainda vêm ter connosco para pedir conselhos, falar na importância de uma atitude nossa para o seu futuro ou, simplesmente para falar um pouco.
    Isso, de certeza a sinistra e os crápulas da corte, não sabem o que é. Com aquelas trombas e mau feitio não devem ter nunca experiênciado qualquer coisa parecida com isto.

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  8. Até que enfim alguém diz o que, efectivamente se deve dizer, sobre a avaliação.
    Toda a gente diz que quer ser avaliada. Eu também, mas não desta maneira. Isso, avaliação contínua. Assistir a umas aulas e preencher uns papéis, não é forma de avaliar ninguém. O que nós fazemos, bem ou mal, toda a gente acaba por saber. Aliás, às vezes passa mais despercebido um bom trabalho -por vezes atitudes mais criativas e menos ortodoxas - passa mais despercebido para o exterior do que o mau desempenho.
    Já agora, e os alunos?
    Esses são efectivamente os nossos "clientes". Para mim, o feed back dos alunos é a melhor recompensa. Os alunos que, passados anos, ainda vêm ter connosco para pedir conselhos, falar na importância de uma atitude nossa para o seu futuro ou, simplesmente para falar um pouco.
    Isso, de certeza a sinistra e os crápulas da corte, não sabem o que é. Com aquelas trombas e mau feitio não devem ter nunca experiênciado qualquer coisa parecida com isto.

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  9. Ainda sobre a avaliação - ao som dos waterboys, nirvana, etc. (good taste!) do blog - começo a ficar farto do que se diz. O que a sinistra ou os algozes dizem já não comento. O que os professores dizem, nomeadamente na comunicação social, já chateia! Já não suporto ouvir os meus colegas a dizerem que querem muito ser aaliados. Depois criticam um ou outro ridículo aspecto da lei e, mais nada.
    Esta história da avaliação é para mim mais uma infantilização da actividade docente. Eu acho que ninguém gosta de ser avaliado, no sentido vulgar do termo. Eu não preciso de ser avaliado. Eu quero que, como dizia o sr silva, me deixem trabalhar, mas acrescento, EM PAZ. Só quem não sabe o que anda a fazer é que precisa de ser avaliado para ficar descansado e continuar a fazer, eventualmente, MERDA. Eu não sei se sou bom ou mau. Sei que sou HONESTO! Faço o meu trabalho da forma que considero correcta. Não trabalho para me darem palmadinhas nas costas. Todos nós sabemos que existe muita escumalha nas escolas -como em todo o sítio - que vai adorar esta avaliação, embora agora a critiquem. Vão arranjar quem lhes preencha os "formulários" - já agora, oportunistas, aqui está uma boa oportunidade de negócio para um grande "nicho" de mercado - ,empinar umas aulas com a ajuda de alguém e a eventual conivência de algum amigo bem colocado.

    Já repararam que há sempre colegas que passam a vida a fazer "projectos muita giros", a elaborar documentos atrás de documentos e a dar nas vistas. Normalmente os comentários dos alunos não são os melhores. Há excepções.
    Já leram os, tão falados, projectos educativos das vossas escolas?
    Eles são tão referidos - nomeadamente agora com a história da avaliação - que todos os devem conhecer. Os que eu conheço não passam de textos extenuantemente redondos de onde nada de útil se pode retirar.
    Já agora quem conhecer algum digno de ser lido que mo dê a conhecer. Eu agradeço.

    Para terminar, já imaginaram o que diriam os donos e os colaboradores da GOOGLE se se confrontassem com este tipo de avaliação - estou-me a referir aos dois, o da sinistra e o que os professores e sindicatos dizem, sem dizer, que querem - ??

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  10. UMA PROPOSTA

    Deixo aqui uma proposta aos simpatizantes do caos, em geral e do Kaos, em particular.
    Qu tal a malta quotizar-se para imprimir as fotomontagens do kaos para uma exposição pública?

    Talvez fosse mais eficaz do que muitos textos criticos à ralé que nos governa!
    Eu não consigo deixar de me "mijar a rir" sempre que abro o blogue.

    O homem -o Kaos- é mesmo criativo e oportuno.
    De "chorar" já todos estamos fartos.
    Já que não hes podemos dar umas chapadas, ridicularizarmo-los em público já aliviava, um pouco, o nosso ego.

    Reflitam e digam qq coisa

    P.S
    outro dia fui a um site que tinha uma quantidade enorme das fotomontagens do kaos, não o linkei e agora não o consigo encontrar. quem souber que me diga. Eu agradeço.

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