quarta-feira, abril 02, 2008

Ela anda por aí.

Detrás da cortina

Recomeçaram as aulas e nada se alterou nas políticas da Sinistra Ministra nem no futuro da Escola Pública. Há uns tempos atrás os professores iniciaram uma luta contra este estado de coisas e estiveram muito, mas mesmo muito perto de ganharem a guerra. É verdade que se meteram as férias da Páscoa e a ridícula história da professora que luta com uma aluna pela posse de um telemóvel e que concentrou todas as atenções. Só a talho de foice, não estranham todo o barulho feito à volta deste assunto, com Procuradores Gerais e Presidentes da Republica a virem para a praça publica de braços levantados bradando aos céus e quem passou ao lado de tudo isto, sem quase nada dizer, foi a Sinistra Ministra? Voltando ao que estava a dizer, espero que agora os professores voltem à sua luta, não só pelo problema da avaliação, que me parece ser muito redutor de tudo o que está mal na Escola Publica, mas também questionem o Estatuto do Aluno, a Gestão Escolar e sobretudo a dignificação da carreira de professor. Motivos não faltam, a uma carreira que foi atacada nos seus direitos e na sua dignidade por esta gente, mais preocupada em estatísticas e na criação de mão-de-obra barata para servir os senhores do dinheiro e do poder, que na educação. Espero também que não fiquem reféns das posições e das iniciativas dos sindicatos, que apanharam a boleia dos movimentos de professores para o tentarem liderar. A verdade é que os sindicatos não têm sabido, ou querido, utilizar as mobilizações populares, como aconteceu com os 200 mil que estiveram no Parque das Nações nem os 100 mil professores que ocuparam Lisboa. Foram oportunidades perdidas de mudar algo, de dar um xeque-mate a este governo, falta saber porquê. As iniciativas prevista, com são as manifestações semanais e espalhadas pelo país, não terão qualquer resultado se o governo conseguir reduzir o seu impacto mediático pressionando os órgãos de informação para as ignorarem. A luta tem de ser mais generalizada, mais constante, mais activa. É necessário que os professores se encontrem, mostrem por todo o lado a sua indignação e a sua vontade de não pararem. Cabe-nos a todos não deixar morrer esta luta e lutar por um Escola Pública e por um futuro para este país. É que a Sinistra Ministra pode andar assustada e escondida, mas continua sentada no seu gabinete.

Contributo para o Echelon: spies, IWO, eavesdropping

6 comentários:

  1. Anónimo2/4/08 00:45

    Ela anda aí, a Yacynthe?

    Rais a parta.

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  2. Anónimo2/4/08 00:54

    A estratégia da máquina de propaganda do governo tem sido reduzir as manifestações dos professores à questão da avaliação, quando na verdade não é nada disso. A indignação da classe docente passa por inúmeros pontos. O nosso sistema público atravessa um momento de fortíssima degradação a todos os níveis.

    O que levou a tanta agitação com o caso do telemóvel, foi o facto do governo recear que a opinião pública portuguesa tome consciencia da bandalheira a que se está a deixar cair o ensino público no pais.

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  3. Anónimo2/4/08 01:36

    A bandalheira nas escolas já começou há uns anos e, agora, a política deste governo foi a machadada final. Se muitos pais fossem às escolas durante os intervalos, ou mesmo espreitar o que se vai passando dentro das salas de aulas, ficariam horrorizados. Seriam eles a clamar por autoridade para os professores.
    Em casa, tenho quem me dê informações bastante detalhadas do que se passa nas escolas.
    Fazer crer que esta cena do telemóvel é pontual é querer escamotear a realidade. Os professores têm sido desautorizados sistematicamente, há muitos presidentes de conselhos executivos que desautorizam os professores face aos alunos e aos funcionários.
    As escolas estão a ficar de pernas para o ar! Se não se puser termo a esta situação, o país sucumbirá à anomia.

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  4. Eles andam mesmo por ai...

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  5. Anónimo2/4/08 23:41

    Carago, a gaija aqui parece um génio, o mesmo Beethoven, em plena inpiração da Nona.

    Mas não pode ser em tão maléfica criatrura, que lá deve estar de passagem pela força de algum raio inspirador de mais maldade a castigo para os professorecos que não se lhe imponham em força quanto antes.

    Cuidado, que está o génio do da maldade!

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  6. Anónimo2/4/08 23:50

    Alguns esforçam-se e resistem, com aquela prof que falou para a sic, depois da reunião com valter lemos

    http://www.sinistraministra.blogspot.com/

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