O Menu do Inspector da ASAE

Há uns tempos atrás, quando surgiu o “Menu” de serviços mínimos dos Inspectores da ASAE, apareceu muito aflito o seu Director, António Nunes, aquele das cigarrilhas e dos Casinos, primeiro a dizer que desconhecia, depois que não, que aquilo era um documento não oficial, que era um documento feito por uma direcção regional e que não tinha nenhum valor. Eram simples previsões de resultados e não critérios de avaliação. Na altura afirmei que aquela justificação não me tinha convencido, Agora que surgiu um documento oficial, e feito na Direcção Nacional a sua tentativa de o justificar assemelhou-se muito a um peixe fora de água. Este Senhor não parece ter já a credibilidade nem a possibilidade de se manter no cargo. Verdade que a do seu patrão Sócrates ainda é pior, mas este pode e devia ser descartado. Mas, não são as pessoas o mais grave aqui, é a ideia de produtividade, não no número de acções e inspecções, mas nos castigos a aplicar. Casa agente deve fazer duas detenções, oito processos-crime, 61 contra-ordenações, 6 suspensões e 124 infracções num ano ou lá se vai a nota positiva na avaliação. Se não houver razões que as inventem, procurem a colher de pau, o galheteiro, meçam o diâmetro da sanita e metam a mão lá dentro, mas encontrem alguma coisa. Não é só necessário que este director se demita, também que a filosofia deste sistema de avaliação baseado na multa e no castigo seja substituído pelo bom senso na defesa do consumidor e da saúde pública.

Contributo para o Echelon: spies, IWO, eavesdropping