sexta-feira, agosto 22, 2008

O amigo Cavaco

Levar ao colo

«O Presidente da República exerceu “veto político” relativamente ao diploma que altera o Regime Jurídico do Divórcio. Cavaco Silva devolveu, sem promulgação, o diploma ao Parlamento, "solicitando que o mesmo seja objecto de nova apreciação, com fundamento na desprotecção do cônjuge que se encontre em situação mais fraca".»

Confesso que não fiz as contas, mas pelo que me lembro o Sr. Silva já vetou mais diplomas da Assembleia da Republica desde que a Manuela Ferreira Leite foi eleita para a presidência do PSD, há somente 3 ou 4 meses, do que com o Marques Mendes e o Menezes juntos em quase dois anos e meio. Se a isto juntarmos as vezes que a Manelinha antecipou as criticas presidenciais e os apoios dados aos seus vetos políticos não parece haver duvida que o Sr. Silva a está a levar ao colo, que está a criar um monstro para nos oferecer no próximo ano. Vade retro Satanás.

PS: Também tinha feito este outro boneco e, para não ficar com mais um a ganhar pó numa pasta do PC, aqui o deixo ficar também.

Levar ao colo

Contribuição para o Echelon: Kwajalein, LHI

11 comentários:

  1. Caro Kaos daqui do fim das minhas férias posso informar que a 'tia' não irá ao colo. Já programou que vai ficar doente no início do ano e passar a pasta ao afilhado Rui. Como não haverá timming para novas eleições a canalha já assegurou que um tipo que só tem 2-3 votos vai ser presidente do PSD. Vamos ver quantos terá a nível nacional!

    È assim que os gajos republicanos, 'socialistas' e 'laicos' funcionam -a golpadas para não terem de aceitar o princípio do voto. O PSD está desgovernado pela sua facção bildeberguiana, forma simpática de dizer filhos da p...da viúva!

    Quanto à golpada Rangel -2º fontes mt bem informadas- foi «ordem muito superior». Não é preciso dizer de onde. Não não foi de boliqueime...

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  2. Por detrás dum boliqueime com carinha de anjo inocente existe sempre uma santa comba do diabo. Isto está de bradar aos céus, uma autêntica santíssima trindade, três em um, benzamo-nos:
    Cavaco, sócrates e ferreira do leite!
    Quanto ao divórcio! Que me importa isso! Acabem mas é com o casamento e dêem espaço ao amor!
    Um abraço mal amado

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  3. Boas

    Passei hoje por aqui para vos dizer olá! E ver como vão as coisas. Pelo que vejo, felizmente bem. Repito: gosto deste blogue. Virei cá sempre que puder pois entendo que o mereces – e dá-me prazer.

    Espero também que voltes ao meu Travessa do Ferreira. Ou que o visites pela primeira vez. Ficarei, podes ter a certeza, muito satisfeito.
    Qjs Abs

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  4. O babas, à antiga usança, só admite secretárias licenciadas e com determinado estatuto, não esqueçamos que o capataz que agora exerce é alvo de varias duvidas relativas à sua formação académica.

    http://www.caparicaredneck.blogspot.com

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  5. Mas com todo este esforço de andar com ela ao colo não vai ser compensado. Para o ano quer ele quer a sua protegida vão sofrer a maior desilusão da sua vida, porque ela vai averbar uma derrota eleitoral semelhante à do Santana Lopes.

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  6. Ainda bem que mais alguém também acha que o Rio vai ser o eleito!!!

    Quanto à questão dos assaltos uma tia minha do alto da sua idade acha que o nosso governo tem comissão na coisa!!! ahahah

    que há lá tipos para tudo tenho a certeza!

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  7. Desta vez, no entanto, o veto foi muito bem dado. Esperemos que tenha sido pelas razões que Cavaco escreveu no texto do dito cujo e não por aquela que o amigo Kaos referiu neste post. Um abraço e boa continuação!

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  8. "Estou espantado com a leviandade com que o bispo Carlos Azevedo, porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa e Auxiliar do Patriarcado, acaba de acusar os deputados da Assembleia da República de "leviandade", por terem aprovado, com a legitimidade que o mandato lhes confere, uma lei que introduz grandes e significativas alterações à actual lei do divórcio, e que ontem, surpreendentemente, foi vetada pelo presidente Cavaco, com razões e argumentos retrógrados e moralistas que vão, obviamente, ao encontro da hierarquia católica, da qual ele é, notoriamente, desde a sua meninice, um dos seus mais fiéis súbditos, juntamente com a sua mulher primeira dama, um e outra, neste momento, mais do que empenhados - este veto não podia ser mais revelador - em garantirem um novo mandato presidencial de cinco anos à frente do país, quando o que agora está em curso chegar ao seu termo. "Ainda bem - diz o bispo Carlos Azevedo, na sua hipócrita e leviana reacção ao veto presidencial - que o Presidente da República teve em conta o maior bem das pessoas e é uma consciência ética, crítica da leviandade com que muitas vezes o Parlamento produz leis". O país ficou, assim, a saber que, no sentir do colectivo dos bispos católicos portugueses, o Parlamento português tem sido "muitas vezes" leviano, no acto de produzir leis que regulam a o nosso viver nacional em sociedade. E, pelos vistos, "muitas vezes". A afirmação é gravíssima e poderá abrir uma guerra entre a hierarquia católica e o Estado português. Uma guerra que eu, pessoalmente, saudaria, porque poderia vir a pôr termo - é o divórcio que eu mais desejo - a esta vergonhosa mancebia entre o Estado português e a Igreja católica que vem já desde 1940, quando o ditador Salazar assinou uma Concordata com o Estado do Vaticano. Esse, sim, seria um divórcio ético e exemplar que agradaria muito a Deus, o de Jesus, e que libertaria a Igreja, toda a Igreja católica, para a fecunda profecia martirial e duélica que lhe cumpre viver / protagonizar na História, em vez de apenas insistir neste tipo de denúncias pontuais, para cúmulo, feitas sempre em busca de mais e mais privilégios eclesiásticos, qual deles o mais nojento. Regressaríamos, então, com esse divórcio - e que alegria a minha como presbítero da Igreja do Porto, se tal sucedesse! - a 1911 e à Lei da separação entre a Igreja e o Estado, a única situação verdadeiramente saudável para o Estado português e para a Igreja católica em Portugal. Mas isto já não quer o colectivo dos bispos católicos portugueses. A consciência ética de que fala o bispo Carlos Azevedo, em nome de todos eles, não é deste quilate. Antes fosse. Não passa de uma ética meramente oportunista, à caça de privilégios perdidos. No fundo, o que o colectivo dos bispos católicos portugueses deseja é o regresso em força à velha Cristandade que durou até à implantação da República - clero, nobreza e povo, lembram-se?! - em que os bispos e os seus párocos tinham no Estado o seu braço secular, sempre pronto a fazer cumprir as suas leis, as suas decisões canónicas, o seu Moralismo infantilizador, uma espécie de sacristão sempre disponível para executar a soberana vontade do clérigo no altar, a segui-lo como cão fiel para todo o lado e a obedecer-lhe sem nunca lhe refilar, sem nunca lhe ladrar, sob pena de poder acabar excomungado! O colectivo dos bispos católicos portugueses e os bispos da Igreja católica em geral ainda não sabem viver numa sociedade secularizada, laica, como é hoje a nossa e, infelizmente, ainda muito pouco. Como tal, não perdem uma única oportunidade, para tentarem fazer a sociedade regressar à velha Cristandade que, por sinal, jamais deveria ter existido. O bispo Carlos Azevedo, neste particular, é por demais reincidente e parece que já nem tem emenda. Desde que fizeram dele bispo auxiliar do Patriarcado e porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa e responsável por outras ninharias eclesiásticas mais, o Poder subiu-lhe à cabeça e, de homem da mística e da espiritualidade que era e que eu pessoalmente conheci e apreciei, tornou-se no que hoje está aí bem à vista de toda a gente. Digo-o com tristeza. Melhor ele tivesse continuado pelo resto da sua vida na condição de presbítero, discreto acompanhante espiritual maiêutico das pessoas, um ministério em que foi altamente fecundo. Agora, como bispo-poder eclesiástico, é de uma aflitiva esterilidade, como os espinheiros, porque tudo o que diz e faz tem a marca do Poder, do Privilégio, da Arrogância, não tem a marca do Espírito, o de Jesus. Oxalá ele me oiça e tenha a simplicidade de regressar à alegria e à paz com que anteriormente sempre se apresentava vestido. Quanto ao veto de Cavaco e da sua primeira dama, provavelmente, soprado por algum clérigo com mais entrada na vida do casal católico que ambos fazem questão de dizer publicamente que são, espero que o Parlamento saiba manter-se firme no essencial da lei que já aprovou. Não faça como o primeiro-ministro Guterres que ia por tudo o que lhe dissesse / soprasse o seu confessor Milícias, com um viver muito pouco franciscano, ou não fosse totalmente verdade que o hábito só por si nunca faz o monge, no caso, o franciscano. Em vez disso, saiba resistir com audácia e lucidez a mais esta investida da hierarquia católica, via presidente Cavaco e sua primeira dama. E, já agora, aproveitem também a ocasião para dizerem ao bispo Carlos Azevedo e ao colectivo de bispos de que ele é o porta-voz que, se quiserem ter voto nesta matéria do divórcio civil, comecem por reconhecer àquelas e àqueles que um dia, levados pela pressão da tradição, do medo, do moralismo e, também, pela vaidade, realizara, o chamado casamento canónico ou pela Igreja e, por via disso, ficam para sempre condenados a ter de viver amarrados um ao outro, mesmo que o casamento se tenha convertido num autêntico inferno para ela e para ele, assim como para os filhos e as filhas de ambos. Digam-lhes que, se quiserem ter voto nesta matéria, comecem, primeiro, por acabar com o casamento canónico, em favor do Sacramento do Matrimónio sem a prepotente ingerência do pároco da noiva ou do noivo, e, depois, ainda reconheçam, também no interior da Igreja, que aquilo que o Amor já separou, o Poder eclesiástico não continue, teimosa e sadicamente, a manter unido. Enquanto não forem capazes de um nível ético deste quilate, então que, pelo menos, permaneçam calados e deixem a Sociedade seguir o seu curso. Na Liberdade, rumo à Maioridade Humana!"

    Pde Mário

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  9. É assim: eu sou a favor de uma nova lei para o divórcio, que acabe com o longo, dispendioso e tortuoso divórcio litigioso.

    Mas também conheço bem a realidade da violência doméstica e a situação de fragilidade/dependência a todos os níveis em que as mulheres batidas geralmente se encontram.

    De acordo o texto do veto, as razões que levaram o Sr. Presidente a devolver o diploma à A.R. prendem-se com a protecção das mulheres vítimas de violência doméstica. Mais nada.

    Tudo o resto - os argumentos do PSD, CDS, Igreja, etc. - são apenas colagens à posição presidencial sobre a matéria mas que, até ver, nada têm a ver com ela. Não podemos confundir as coisas.

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  10. Cara Teodora: o Rui NÃO VAI SER ELEITO - VAI SER NOMEADO!

    Quem será que deu a ordem? A secção portuguesa de Bildeberg? Ou a ordem veio de fora?

    Já agora sabem que o Ruizinho é arguido? -confessou-o ele em pleno congresso do PSD. E a CM do Porto não caiu! Ora, sempre foi «melhor cair em graça do que ser engraçado...»

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  11. Tem razão anónimo! O Ângelo Correia já o queria lá em vez da Manelinha.

    É o governo oculto e verdadeiroa que governa este país.

    O Socras e amigos são comanditados.

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