segunda-feira, setembro 08, 2008

As 1001 noites da hipocrisia

 As 1001 noites de Hioicrisia

«Ele usava uma túnica branca e um broche verde com o mapa da África. Em vez de apertar a mão da secretária, colocou a mão direita sobre o próprio coração. Ele então apertou as mãos de assessores da secretária e a convidou a se sentar. Rice agradeceu pela hospitalidade.
A secretária americana de Estado, Condoleezza Rice, realizou na sexta-feira uma histórica visita ao líder líbio, Muammar Khaddafi - chamado no passado de "cachorro louco" por um ex-presidente dos EUA -, o que segundo ela comprova que Washington não tem inimigos permanentes. É a primeira visita de um secretário de Estado dos EUA à Líbia em 55 anos.
O vice-presidente dos Estados Unidos, Dick Cheney acusou, este sábado, a Rússia de «ter alimentado” o conflito interno na Geórgia e de “ter cometido actos de guerra contra a democracia”.”Uma afronta aos padrões civilizacionais» e garantiu que o alargamento da NATO a Leste vai continuar, apesar da oposição de Moscovo”.»

Depois do Kosovo e dos atentados terroristas patrocinados pela Líbia, tudo isto tresanda a hipocrisia e a uma campanha de propaganda que mete nojo. Quando haverá gente que tenha coragem de dizer aos “grandes” E.U.A. que não mandam neste mundo, que não gostamos daquilo que representam; O capitalismo, o colonialismo, a escravatura, o desrespeito pelos direitos dos outros e pela liberdade de pensamento, que são o fascismo do pensamento dos dias de hoje. Podem vender a imagem de liberdade, mas não a aceitam na terra dos outros. Desamparem a loja.

Contributo para o Echelon: Electronic Surveillance, MI-17

5 comentários:

  1. Parece que estamos nesta onda: dou-lhe toda a razão, a política é TODA ELA um convite à asneira e à sacanagem

    daí a dificuldade em encontrar homens sérios que não só façam o que é correcto como resistam a fazer o que não é

    agora, convenhamos, a "questão americana", como a "questão russa" provoca reacções em cada um directamente dependentes da sua visão ideológica
    eu assumo-o, no meu caso

    já aquela coisa de "ter coragem de dizer aos “grandes” E.U.A. que não mandam neste mundo" só se põe porque da Guerra Fria foram os EUA que subsistiram como superpotência.
    se tivesse sido ao contrário, hoje havia - e não seriam os mesmos! - quem pregasse contra o domínio soviético...
    por isso o vejo como uma espécie de sentimento de inferioridade, com base política efectiva mas com uma grande carga de factor psicológico

    mas sendo as coisas o que são hoje, não é de todo razoável falar do "capitalismo, colonialismo, escravatura, desrespeito pelos direitos dos outros e pela liberdade de pensamento, do fascismo do pensamento" a propósito da América
    não se pensarmos nas lições que devíamos estar a receber de muito que se passa de construtivo nas eleições em curso (que as podridões, essas, têmo-las cá todas); não se olharmos primeiro para nós e para a figura que nos deixamos fazer; não se olharmos para os exemplos dos outros países do mundo: qual é assim tão virtuoso, qual é então o modelo que podemos seguir? - é capaz de não ser fácil encontrá-lo

    mas na base estamos mesmo de acordo: se não formos esperneando, somos papados por parvos e à força toda

    abraço

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  2. Bush está numa tentativa desesperada de fazer esquecer a mediocridade do seus dois mandatos. Hipócrita? Sim, mas também patético, ridículo, insultuoso a qualquer pessoa que tenha um mínimo de consciência social e política.

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  3. Pedro:
    Realmente os EUA ganharam a guerra fria, mas como se parece comprovar a guerra não era tanto ideológica mas tinha muito de interesses estratégicos e económicos. Não podemos deixar que se movam na impunidade do seu poderio militar, nem eles nem ninguém.
    Quanto à questão da democracia isso é outro assunto e se virmos bem a democracia que vemos espalhada pelo mundo acaba muito por ser uma ditadura silencisa que nos é imposta por quem controla os meios de comunicação ou seja os grandes grupos económicos capitalistas. Somos enganados todos os dias e só lendo por debaixo daquilo que nso mostram podemos tentar descurtinar averdade, que nunca o é tantas são as camadas de "tinta" com que a disfarçam

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  4. Por isso desejo que ganhe
    o candidato Barack Obama
    pois o Bush que se dane
    sendo um conhecido sacana

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  5. A hipocrisia americana não é inédita. Infelizmente, até nós caímos nesse erro - nós, europeus. Aquando dessa originalidade histórica, a independência do Kosovo, similar a qualquer tentativa de um grupo de imigrantes ucranianos declarem a República Ucraniana de Guimarães, não deixei de notar a complacência dos líderes europeus, perante uma atrocidade histórica e atropelo de uma identidade nacional, no caso, a sérvia, promovida por pura vingança pelos americanos. Agora, que os russos impediram o Sacanashvili de completar o extermínio dos ossetas e abcases, cai o carmo e a trindade! Em Portugal, desde a direita à esquerda mais profunda, foi uma tal chorrilho de asneiras que dava para vazar a Lagoa de Óbidos só pela força da palavra! E quem acredita em mudanças nos EUA, só por entrar o Obama para a casa acizentada, desengane-se - o cargo não é pessoal, o cargo de presidente daquele país é puramente simbólico. O objectivo deles é a dominação mundial, a bem pela economia, a mal pela guerra, que se lixem as convicções pessoais. Relembro que o mundo esteve perto do fim quando os soviéticos instalaram misseis em Cuba. Agora, os americanos instalam misseis Na Ucrânia e esperam que os russos aplaudam? Por favor...

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