quarta-feira, outubro 08, 2008

Monopólio do hoje e do amanhã

 Monopolio

“Aconteça o que acontecer, quero garantir aos portugueses que as suas poupanças depositadas, em qualquer banco que opere em Portugal, estão garantidas”.
Fernando Teixeira dos Santos, o ministro das Finanças

Aconteça o que acontecer? Como é que é? Aconteça o que acontecer? Não sabem? Estão assim tão apertadinhos, tão incapazes de modificar o rumo dos acontecimentos, de os controlar?
Se mostram uma tal impotência para controlar o jogo do dinheiro de plástico como têm a lata de nos vir pedir confiança. Nada me garante que consigam parar a economia de cair num enorme buraco negro nem tão pouco ter confiança que as minhas poupanças, (no meu caso o ordenado antes de pagar as contas do mês), me serão pagas em caso de falência do banco.
Esta gente, em vez de fazer como o comum dos mortais e jogar com notas a brincar, resolveu jogar o seu "Monopólio" com dinheiro fantasma, com dinheiro que realmente não existe, mas, como perderam, vão ter de pagar com o nosso dinheiro e , mesmo assim, ainda me vêm pedir confiança. Lata não lhes falta.

Contributo para o Echelon: 15kg, DUVDEVAN

7 comentários:

  1. Sobre a origem da "Crise do Subprime" circula esta história muito didáctica e divertida, que explica como os produtos derivados, autênticos gatos disfarçados de lebres, deram origem ao problema que temos. Claro que durante anos ninguém (das autoridades de supervisão) se importou em denunciar que por baixo dos derivados não havia activos subjacentes.
    Todos esperaram que o último apagasse a luz...


    É assim:

    O Ti Joaquim tem uma tasca, na Vila Carrapato, e decide que vai vender copos "fiados" aos seus leais fregueses, todos bêbados, quase todos desempregados. Porque decide vender a crédito, ele pode aumentar um pouquinho o preço da dose do tintol e da branquinha (a diferença sobre preço é o que os pinguços pagam pelo crédito).

    O gerente do banco do Ti Joaquim, um ousado administrador formado em curso muito reconhecido, decide que o livrinho das dívidas da tasca constitui, afinal, um activo recebível, e começa a adiantar dinheiro ao estabelecimento, tendo o "fiado" dos pinguços como garantia.

    Uns seis executivos de bancos, mais adiante, lastreiam os tais recebíveis do banco, e os transformam em CDB, CDO, CCD, UTI, OVNI, SOS ou qualquer outro acrónimo financeiro que ninguém sabe exactamente o que quer dizer.

    Esses adicionais instrumentos financeiros, alavancam o mercado de capitais e conduzem a operações estruturadas de derivativos, na BM&F, cujo lastro inicial todo mundo desconhece (os tais livrinhos das dívidas do Ti Joaquim).

    Esses derivativos estão sendo negociados como se fossem títulos sérios, com fortes garantias reais, nos mercados de 73 Países.

    Até que alguém descobre que os bêbados da Vila Carrapato não têm dinheiro para pagar as contas, e a tasca do Ti Joaquim vai à falência. E toda a cadeia foi ao ar.

    Viu... é muito simples...!!!

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  2. O princípio está correcto. Faltam as opções, que são o valor da decisão de comprar ou naõ comprar, vender ou não vender, determinado activo, que como vimos, também pode ser ficção.

    Mas alguém entende como estes senhores conseguem fazer rios de dinheiro?

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  3. Kaus. A declaração do sr. Teixeira dos Santos é no mínimo excêntrica. Queres ver que ganhou o eromilhoes, a lotaria espanhola e está no meio do jogo da bola (ou bolha ou roda) ao mesmo tempo e decidiu ser altruísta com o povinho?

    Pergunto mais, poupanças??? quais poupanças???

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  4. O Sr. Prof. T. dos Santos anda por aí a prometer linhas de crédito às empresas, por forma a que estas possam ultrapassar o aperto da Euribor. Por que é que ele não faz o mesmo ao zé povinho pagante de juros hipotecários? É que, no fim do dia, as empresas vão ter que encontrar por aí algum consumidor com guito para lhes comprar o produto.

    Caramba! Esta gente não aprendeu nada com a Grande Depressão?! Será que, quando as Hoovervilles aparecerem por todo o lado e o povo cercar as capitais, vão mandar outro general MacArthur dispersar o povo à força da bala?

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  5. Tão fofinho que o Teixeira dos Santos fica quando se torna a mascote do monopólio, resta saber se o actual Ministro da Fazenda faz a distribuição do dinheirinho dos contribuintes de forma correcta.

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  6. Porque será que quando estes gajos dizem qq coisa, a gente entende logo o contrário?
    Para mim foi mais fácil ouvir o que eles dizem e inverter o sentido, do que a habituação ao euro!

    Outra coisa que eu não percebo é como os grandes economistas e financeiros da nossa e das outras praças, não sabiam que esta merda ia dar o estouro?

    Eu que não entendo nada de mercearia, desculpem, de economia, já tinha percebido que isto era uma dona branca, melhor, uma dona BRONCA!

    Os teixeira, os constãncios os, os, os e os, todos muito empertigados, a botar faladura e a merda a estourar a qq momento.

    Pronto, já estourou!

    Agora vem a ladainha.

    Portugueses, o momento é de crise!

    Temos todos, mas mesmo todos, de nos empenharmos em ultrapassar esta crise!

    Todos uma grandessísima e alternadísisma . . . . .

    Não haverá uma forma de tapar as trombas dos gajos, tipo Constâncio, quando falam para os telejornais?

    Daquelas sombras que eles colocam nas pessoas que não querem ser reconhecidas.

    Eu já não consigo ouvi-los e, muito menos vê-los, muito sérios como se fossem pessoas impolutas e não uns, no meu entender, PREDADORES.!!!

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  7. Excelente !!!

    Parabéns, aliás por todo o blog.

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