terça-feira, novembro 25, 2008

Para quem não entende nada de contabilidade

Contabilidade

"assinei as contas. Não percebo nada de contabilidade".
Dias Loureiro entra no grupo BPN por sua iniciativa quando em 2001 se dirige a Oliveira Costa, seu ex-colega de Governo, propondo-lhe a compra de 50% da Plêiade, empresa do grupo Roquette, que Loureiro administrara e onde tinha uma posição de 15%. Oliveira Costa comprou tudo e em troca Loureiro ficou com acções do grupo que vendeu em 2002 e lhe renderam cerca de €7 milhões.

Vejam lá se percebesse.

4 comentários:

  1. Mas que contas diz ele que assinou? Se não percebe de contabilidade, não deve ser TOC. Se assinou, não devem ter sido contas.
    Alguém percebe o que ele fez?
    Àparte ter ganho 1,15M contos em 6 meses?

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  2. Não é de estranhar. Quem nunca teve de se governar com um ordenado de simples trabalhador, dificilmente perceberá alguma coisa de contabilidade...
    A propósito: o Mário Soares foi PM e PR e também não percebe nada de contabilidade nem de economia.

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  3. Bem, para ser sincero, Portugal sempre se caracterizou pelos chamados "Fenómenos de Transferência". Tive uma disciplina na Universidade com este nome. Era regente dessa disciplina o Carlos Borrego. Então, devem lembrar-se dele - esse mesmo, o que uns anos mais tarde reciclava alentejanos para aproveitamento de alumínio! Ora, não obstante o nome da disciplina, que, afinal era apenas uma forma pomposa e digamos, digna, de nos referirmos a estudo dos esgotos, Portugal também tem Fenómenos de Transferência.

    Aliás, o próprio Portugal é um fenómeno de transferência, pois transferimo-nos para fora de Castela, depois para África, depois para a Ásia e Brasil e agora para Espanha. Se fossemos pagos ao preço de Cristianos Ronaldos, provavelmente o PIB estava ao nível do Dubai e vai daí já tínhamos feito uma palmeira da Berlenga e mandado o Jardim às urtigas!

    Mas adiante. Uma vez, concorri a um lugar de mecânica numa empresa bem conhecida aqui do Norte. Vai daí, passei uma série de etapas de selecção e cheguei a uma entrevista final, com mais dois energumenos suspeitos. À questão sacramental "Porque quer este emprego", resisti a proferir três impropérios à Norte em duas palavras (sim, é possível! Olha se é!...) e afirmar que precisava de pão para a boca, e respondi que me achava capaz de desempenhar o cargo. Responderam-me que o cargo era para um "mecânico". "Precisamente" - respondi, "eu sou engenheiro" (nada de confusões, sou mesmo e a Ordem confirma com os 30 e tal euros que me leva todos os meses). Responderam-me que não tinham nenhum cargo de gestão para me dar. E eu referi que não era gestor, ao que o senhor me disse, bonacheiramente, no tom Felgueiriano de dono de fábrica de sapatos, que os gestores estavam na Contabilidade. Vendo eu que a coisa estava perdida, dei por mim a perguntar candidamente onde tinham eles os contabilistas. Ao que parece, tinham um desgraçado estagiário a arquivar facturas e depois passava por lá o "doutor" para assinar "a escrita".

    Viram? Fenómenos de transferência! O Dias Loureiro é um fenómeno destes e faz a passagem para assinar a "escrita".

    Longo, mas simples, não?

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  4. Permitam-me que diga que saber contabilidade não é condição para ser Administrador ! Um administrador administra, em contabilista contabiliza.
    Se o ilustre político foi para administrador, assinou as contas de "cruz" sem perceber o que estava a assinar, está a se responsável e solidário criminalmente com uma determinada gestão efectuada.

    Se tivesse dúvidas do que lhe estava a ser proposto para assinar, tivesse solicitado os serviços dum TOC ou dum ROC que seguramente lhe teriam explicado ...

    Não foi o caso, pois na opinião do Sr. Administrador, os outros seus colegas´era tudo gente boa.

    Vê-se agora, a figura de ignorante que andou a fazer !

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