sexta-feira, dezembro 12, 2008

Consumismo

Consumismo

Ouvir o Vítor Constâncio, governador do banco de Portugal, está a tornar-se numa palhaçada. Vem agora dizer que afinal Portugal vai entrar em recessão, coisa que todos nós já sabíamos há muito tempo. Diz, o país vai ficar mais pobre, como se, mesmo com aquilo a que chamam crescimento, este jardim não tenha vindo a empobrecer de ano para ano. Bem pode aumentar o PIB que se continuamos a comprar mais do que vendemos, ficamos um pouco mais pobres a cada hora que passa (dois milhões por hora é o aumento da nossa divida externa). Claro que para o capitalismo, o que conta é se houve negócio, se foram vendidos produtos não interessando se foram produzidos no país ou comprados ao estrangeiro. Foi por isso que nos disse que baixar impostos só valia a pena se gastássemos esse dinheiro em consumo. Se o utilizássemos em poupança ou para pagar os créditos que nos estrangulam a vida, então mais vale continuar como estamos. Incrível como o Presidente de um Banco central vem defender o despesismo e negar a poupança ou o pagamento das dívidas.
Vamos é incentivar a nossa agricultura e a nossa indústria para fornecermos aos Portugueses aquilo que necessitam sem termos de ir comprar fora. Vamos é poupar para deixarmos de estar dependentes do estrangeiro de da necessidade de lhes pedirmos empréstimos e mais empréstimos. Deixem lá os aeroportos, os TGV’s e de desbaratar dinheiro para salvar banqueiros e as fortunas dos ricos e utilizem esse dinheiro a produzir bens essenciais para este país. Vamos quebrar esta corrente de pobreza em que estamos metidos.

Consumismo

4 comentários:

  1. SOCOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOORRO!!!!!!
    Somos atacados por todos os lados. É cada vez mais difícil ver onde está a Verdade. Os políticos são, na sua esmagadora maioria, infidedignos, imaturos, vaidosíssimos e oportunistas. Estão na política para o seu próprio bem, para satisfazer os seus EGOS MONSTRUOSOS, querendo-nos fazer crer exactamente o contrário. Que é pelo Povo. Que patranha!
    Depois temos os banqueiros, os fabricantes de armas, os exploradores de petróleo e as farmacêuticas. Estamos literalmente cercados!
    Estamos fodidos!

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  2. Não é de hoje que se diz sempre a mesma coisa. E lá porque a besta (vulgo asno) do Governador do Banco de Portugal disse mais uma patacoada monumental, a situação não muda radicalmente. Portugal é mesmo assim, e o português também. Nada nunca está bem , mas fazer algo para que se mude a situação, está quieta, ò mula!!

    Ainda ontem, cheguei do estrangeiro ao nosso querido aeroporto Sá Carneiro no Porto. Se bem se lembram, gastaram-se umas centenas de milhões a modernizar o aeroporto. Está bonito, airoso, grande e... vazio. À hora que cheguei, nem um avião se encontrava estacionado, excepto dois aviões de carga. Mais uma vez, fez-se a vontade do povo: dar ao Norte um grande aeroporto. Esqueceram-se que no Norte do país ninguém aterra.

    E aí é que está: a dimensão do nosso país, não geográfica, mas sim económica, apenas justifica um grande aeroporto, mas estamos a falar de uma coisa que se sabe há décadas e que foi sempre adiada, de tal forma que se teve de construir um gigantesco aeroporto para absorver todo o tráfego que devia passar por Lisboa. Em Madrid. Chama-se Barajas. E assim se perdem negócios, exportações e tudo o mais.

    Só posso concordar com o Kaos quando diz que é necessário produzir bens em Portugal. O grande problema disto tudo é que cada quintal produz duas couves e três batatas, e depois todos querem viver daquilo, e fica caro para o consumidor, que prefere o que vem de Espanha a metade do preço. Em Portugal há grandes vinhos, provavelmente até se produz o suficiente para alimentar a população da maior parte dos bens agrícolas, mas depois, não há marcas, não há organização, apenas há preços. Altos. Porque as duas couves têm de alimentar a família. Não há associações de agricultores, que originam produções em massa, melhores rentabilidades e proveitos. Não, nada disso, a galinha do meu vizinho é melhor que a minha.
    E depois queremos o quê? Obrigar os consumidores a comerem português? Ao dobro dos preços? Podemos ser bons a produzir, mas ainda estamos na época medieval a vender. É por essa razão que não vamos muito longe. Mas este, ao invés de ser um problema governamental, é sobretudo um problema social. Nosso. Bem português.

    É como desbaratar milhões e milhões na obra que devia ter sido feita há 20 anos, o novo aeroporto. Desbarata-se, diz-se. O que não se diz é que o dinheiro vai para centenas senão milhares de fornecedores, empreiteiros, sub-empreiteiros e outras empresas, a maioria delas pequenas e médias. Mas, em nome da demagogia, diz-se "desbarata-se"! Essas empresas dão emprego a centenas de milhares de pessoas, mas ainda assim, demagogicamente, diz-se "desbarata-se". Até porque são os portugueses que mais beneficiarão do aumento de tráfego aéreo no nosso país, mas diz-se "desbarata-se". Se há alguma coisa que este governo fez bem, foi o de ir para a frente com a obra, para acabar lá para o final da próxima década, o que devia estar feito em 1990.

    Já sei que não se gosta das empresas de construção por aqui. Mas lembrem-se que dão emprego a mais de 400 mil portugueses, e esses gostam delas. Ah! E as famílias agradecem os cheques no fim do mês.

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  3. Num dia dizem-nos que estamos a gastar acima das nossas possibilidades e que temos de poupar. No dia seguinte anunciam medidas para incentivar o consumo. E que tal se se calassem duma vez por todas e nos deixassem viver as nossas vidas? Quanto mais caminhos me apontam, mais difícil se torna eu descobrir o meu próprio caminho porque eu sei que não é por aí!
    Cabrões! Calem-se! Ao menos sejam ladrões com nível, roubem calados!
    Um abraço inconstâncio

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  4. Por mim, é-me indiferente que falem ou não, sei por onde vou e o que posso ou não gastar. E assim devíamos ser todos, para evitar que nos tratassem como bebés. Há quem dê ouvidos a esta gente e depois se queixe que foram roubados. Ainda somos de livres de decidir o que gastar e quando fazê-lo. É só preciso ter algum bom senso.

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