terça-feira, dezembro 16, 2008

Insultos, fracos e mentiras

Pinoquio

Comentando as manifestações que o brindaram no Barreiro e no Seixal, que o chamavam de mentiroso, Sócrates disse que o insulto é a arma dos fracos. O insulto é realmente a arma dos fracos, mas será que o estavam a insultar ou estariam a chamar-lhe mesmo mentiroso? Era mesmo isso, estão a chamar-lhe mentiroso porque realmente o consideram mentiroso. Porque será?

13 comentários:

  1. Estou por fora - porque é que o consideram mentiroso as populações do Seixal e do Barreiro? Qual foi a promessa a estas populações (obviamente não cumprida)?
    Estou mesmo fora deste assunto, por isso agradeço a ajuda de quem souber do que se trata.

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  2. O Mentiroso Compulsivo é um indivíduo doente, e doente do espírito que é a doença maior.
    Por isso não esperem que ele se consciencialize de que está doente.

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  3. Claro que o insulto é a arma dos fracos. Um banqueiro delinquente, por exemplo, é suficientemente forte para nunca ter que chamar mentiroso a José Sócrates: dá-lhe as ordens que tem a dar, e já está. Se os manifestantes do Seixal e do Barreiro fossem banqueiros delinquentes, também não lhe teriam chamado nomes...

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  4. Claro que os Barreirenses ou os Seixalenses e os portugueses em geral, não esquecem a mentira que foi os tais 150 mil novos empregos, ou o Magalhães para todos os alunos do 1º ciclo, mas afinal têm de o pagar, entre outras, muitas outras mentiras.

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  5. Ah! Foram essas mentiras e não alguma especialmente feita ao pessoal da margem sul, certo? Então tudo bem!

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  6. O ferroadas está a ser muito simpático para com o alegado mentiroso.
    Só referiu duas alegadas mentiras.
    Bastava a do magalhães.
    Alguém já explicou o interesse do dito computador?
    Interesse só, no meu entender, da J. Sá Couto que, apesar das fraudes fiscais praticadas, foi premiada com uma milionária encomenda do lesado Estado Português.

    Alguém pensa que o dito Magalhães vai contribuir para a melhoria da aprendizagem dos putos da primária?

    Se queriam dar brinquedos às criancinhas, podiam oferecer-lhes umas caixinhas de Legos, por exemplo. Duravam muito mais tempo e ficavam muito mais baratas aos contribuintes.

    Por último, o pessoal do Barreiro e do Seixal, apesar de suburbanos, são Portugueses. Como tal, têm todo o direito de se indignar com as trafulhices, vigarices e mentiras com que, todos nós somos confrontados todos os dias

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  7. Numa semana diz que 2009 vai ser ano excelente para os portugueses, por via da baixa das taxas de juro. Na semana seguinte, e depois de ter ouvido um remoque do FMI, já veio dizer que o ano de 2009 vai ser muito difícil para os portugueses. E ainda se admira, quando o chamam de mentiroso.

    Na verdade, a margem sul está já a ser grandemente afectada com a crise na indústria automóvel; tempos piores virão ainda. Que Manuel Alegre tenha coragem para fazer o que se impõe.

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  8. Como o "bom ensino" é o escola-linha-de-montagem, onde se fornece ao aluno um preparado semi-racional, semi-digerido pelos "sábios" e regorgitado, uma infinidade de vezes, pelo ex-professor, recentemente reconvertido em uber-avaliado-vendedor-de-nutrisaberes. Crie-se depois o vendilhão... perdão, o professor do ano, como sendo o que mais preparado conseguir enfiar pela cabeça abaixo dos pobres jovens.

    Ao aluno espera-se a capacidade de digitar umas teclas em sequência, seja na calculadora, seja no portátil. Do aluno não se espera ser capaz de pegar num livro de física, matemática, mecânica, etc, e ser capaz de entender o que lá está escrito. Só interessa, ao sistema produtor dos concentrados e papas de "conhecimento", que se alimente o jovem, exclusivamente, com a regorgitada razão...

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  9. Parece-me que os governos existem para proteger os fracos.

    Se fosse para proteger os ricos, não eram necessários os governos.

    Parece que o José de Sousa não gosta dos fracos e dos pobres.

    Fugiu-lhe a porca boca para a verdade...

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  10. Tino,
    Mas o Estado (o governo faz parte do aparelho) não foi uma feliz invenção dos "poderosos" para legitimarem os seus interesses?

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  11. Nú e crú: quero que o engenheiro se foda e quanto mais depressa melhor, ponto final.

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  12. contestatária:

    Numa concepção marxista o Estado é um instrumento dos poderosos, dos detentores dos meios de produção, para explorarem os meros detentores da força de trabalho.

    Acontece que não estamos no século XIX.

    No século XX e no século XXI o Estado e a Lei têm de ser vistos como instrumento do bem comum e de protecção da parte mais fraca.

    Por alguma razão nenhum regime, mesmo os marxistas, conseguiram abolir o Estado.

    Claro que as democracias ocidentais acabam por se transformar em plutopartidocracias.

    O falso engenheiro desempenha esse papel (de serviçal de certos grupos de interesses) muito bem...

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  13. O conceito do Estado como mediador entre os interesses das diversas classes sociais tem origem no Nacional-Socializmo alemão. Estas teses levaram Hitler a declarar que com a instauração do estado Nazi, a luta de classes tinha deixado de existir, pois o Estado passava a decidir todos os conflitos com base no superior interesse da Nação Alemã. Com efeito, a constestação dos trabalhadores baixou imenso durante o período Nazi; isso foi conseguido com uma boa dose de repressão (particularmente, a prisão dos líderes sindicais, comunistas e sociais-democratas) mas o Estado também tomou para si a tarefa de distribuir muitas benesses e amenizar um pouco as desigualdades sociais (entre alemães, evidentemente...)

    Após a Guerra, e em competição com a esfera de influência soviética e chinesa, os estados ocidentais adoptaram algumas das práticas socialmente moderadoras típicas dos estados nacionais-socialistas. Ao contrário destes últimos, as estruturas políticas parlamentares e sindicais não foram desmanteladas, mas os sistemas partidários foram devidamente instrumentalizados para servir de suporte ao regime, e os sindicatos reduzidos a organizações de caráter meramente corporativo.

    Essa fase terminou com o período Reagan/Thatcher e o retorno do liberalismo económico, com a redução do estado a um mero apêndice do regime neoliberal.

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