terça-feira, junho 09, 2009

Chapéus há muitos, unidade só há uma

Chapéus há muitos

Mais de mil polícias foram a São Bento entregar os seus bonés ao Engenheiro reclamando das suas politicas e contra Lei de Vínculos, Carreiras e Remunerações da Função Pública. Pena é que nesta manifestação não estivessem também os professores a entregar os livros de ponto, os funcionários públicos, os carimbos, os enfermeiros, as seringas, os médicos e todos os outros que fazem lutas “privadas” contra os mesmos males que este governo lhes quer impor. Deveriam hoje como já há muito deviam todos ter estado na luta dos professores, dos enfermeiros, e na de todos eles. Só unindo as nossas vozes na defesa dos outros podemos esperar que os outros nos apoiem a nós quando necessitamos. Os problemas são idênticos para todos mas continuam a fazer as lutas isolados. Para que serve então uma Central Sindical? Não deveria promover a união do que não devia estar dividido?
Este governo já está preso por fios, há muito que muitos ministros já deviam ter caído. Vamos unir-nos todos e vamos correr com esta gente de uma vez por todas. Vamos criar uma nova forma de encarar as lutas pelos nossos direitos baseda na união e na solidariedade de todas as profissões. Vamos todos exigir aos nossos sindicatos que promovam a unidade. Vamos correr com a canalha. Vamos dizer que não aceitamos as “ordens” que nos impõe a União Europeia. Vamos todos dizer “Mais Não”.

15 comentários:

  1. Anónimo9/6/09 18:27

    E acrescente-se ao que se diz no post (absolutamente correcto) que se corra também com a malta dos sindicatos que são sempre os mesmos já há muitos anos. O cheiro dessa gente já é bafiento há muito!

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  2. Anónimo9/6/09 18:47

    Vamos começar a concretizar isso?
    Assembleias auto-convocadas!
    Quem estiver de acordo, escreva-me!
    Prometo viabilizar uma assembleia ou mais com as pessoas que responderem.

    manuelbap@yahoo.com

    Solidariedade,
    Manuel Baptista

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  3. cubrotamula9/6/09 19:46

    este cagão andou a fracionar a unidade dos trabalhadores, defendendo a manifestação dos 8 mil depois da dos 120, e agora vem com cantilenas?
    vaita pó caralho

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  4. cubrotamula:
    Como defendi o direito dos professores nas suas lutas imagino que o cagão seja eu. Uma coisa te digo não sou só uma marioneta de nenhum lider seja ele partidário ou sindical e por isso penso com a minha cabeça. Sobretudo não aceito que haja quem me acuse de divisionista quando acaba a por defender essa mesma divisão fraccionando os trabalhadores e fazendo desfiles festivos onde se devia fazer uma luta. Estou farto de grandes dirigentes da classe operária que parecem mais interessados em controlá-la que em levá-la para a frente. Estou farto de gente que só sabe repetir o que lhe dizem para dizer. Estou farto de figurantes sem voz própria. Estou farto de revolucionários que temem a voz dos cidadãos.

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  5. Anónimo9/6/09 20:25

    O silva vetou a lei de financiamento dos partidos?!?!?!?

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  6. Anónimo9/6/09 21:11

    Falta o Cocar do índio,acho. Este não é um dos Village People?

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  7. olá kaos,

    trago-te esta:

    http://braganzamothers.blogspot.com/2009/06/dias-tristes-dum-conselheiro-de-estado.html

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  8. Kaos

    Há muito que ando a dizer isso, mas lembro-me que na altura fui muito mal interpretado. Continuo a pensar que há classes profissionais neste país que se julgam demasiado importantes para fazer manifestações ao lado dos homens e mulheres das fardas, ou dos carimbos, enfim, da Função Pública! Onde estavam essas classes profissionais quando a manifestação da Função Pública aconteceu, em devido tempo??
    Disseram que não, que isso nunca lhes aconteceria e não estavam para fazer manifestações de rua... Depois, olha, toma lá, que pela boca morre o peixe...

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  9. Cirrus:
    Sempre fui um defensor da unidade eda necessidade de nos ajudarmos uns aos outros. A solidariedade é essencial pois só ajudando os outros quando eles necessitam pode fazer com que eles façam o mesmo quando somos nós a necessitar. Pena que muitos só olhem para si próprios e ainda por cima tenham gente responsavel que não promova a unidade

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  10. Anónimo9/6/09 23:44

    Vocês acham mesmo que com as actuais direcções sindicais isso poderia acontecer. Não serão as uniões sindicais actuais a forma mais eficiente dos governos (das castas dirigentes) controlarem os trabalhadores? Isso que propõe, se fosse materializado poria fim à manipulação de quem trabalha. Mas para ser mesmo eficaz e solidária essa forma de luta seria necessário que todos os trabalhadores saíssem para a rua; todos os que trabalham por conta de outrem, seja a entidade empregadora o estado ou qualquer outra. Não me parece que sejam as cúpulas sindicais a fazê-lo.

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  11. Claro que só lutando pelos direitos de TODOS se consegue mudar o estado das coisas! Eu sou actriz e fui apoiar a 1ª manif dos Polícias e se os meus hor´rios dessem ia a todas.
    Mas talvez por isso não me chamam pra fazer novelas, séries etc. Eu sei, mas sou solidária! Talvez quando eu precisar de pão para comer encontre alguem solidário comigo!
    Sou solidária e humana.
    VM

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  12. Abaixo a canalha !
    Unidade sindical !

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  13. Mário Machaqueiro11/6/09 01:32

    Como disse mais abaixo e reitero aqui, julgo que a unidade de todos os grupos socioprofissionais agredidos pelas políticas deste governo se deveriam unir em acções comuns. Mas tais acção não podem estar limitadas à realização rotineira de manifestações ou greves da «Função Pública», nas quais já pouca gente alinha por sentir que se inscrevem num quadro banalizado de formas de "luta". Os sindicatos teriam de ter o golpe de asa necessário para perceber que uma luta comum realmente eficaz devia, antes de mais, articular os grupos com visibilidade maior na forma como têm sido afectados pelo governo PS: grupos como os professores, os enfermeiros, os polícias, os magistrados do Ministério Público. Em lugar de uma greve de um dia para uma entidade tão vaga como a «Função Pública», porque não um conjunto de greves articuladas (e prolongadas) dos professores, dos enfermeiros, dos políticas, etc.? Greves que deveriam ser acompanhadas por uma pedagogia, junto da opinião pública, que mostrasse precisamente o que há de comum na degradação do estatuto profissional desses sectores laborais. Isto pressupõe, claro está, que os diferentes sindicatos sejam capazes de sair dos esquemas mentais e das estratégias do costume. Os movimentos independentes de professores, por razões que expus noutro comentário, têm aqui uma margem de manobra muito limitada. Infelizmente.

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  14. Mário Machaqueiro11/6/09 01:34

    A primeira frase do meu comentário acima deveria ser, obviamente, esta: «julgo que todos os grupos socioprofissionais agredidos pelas políticas deste governo se deveriam unir em acções comuns»

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  15. Eu não julgo, tenho a certeza que só quando os trabalhadores se unirem todos será possível correr com os instalados. Mas não concordo com o Machaqueiro quando ele diz que é aos poucos, cada um no seu quintal. É preciso contar espingardas e saber com quantos professores se pode contar para defender a Escola Pública. Quanto aos direitos profissionais todos estão no mesmo barco - vínculos e carreiras, Directores, uns a avaliar os outros... e a ganhar mais por isso. Entretanto quem perde são os alunos, enquanto as pequenas lutas se vão arrastando e banalizando. Só vai resultar se se juntar toda a função pública, levando os outros trabalhadores dos privados a reconhecer a sua cada vez mais precária situação e a sair também para a rua, parando tudo. Mas o Manuel tem muita razão: estas lutas têm que ser combinadas entre todos, em assembleias ou lá como se lhe queira chamar. A CDEP sempre defendeu uma e outra forma de luta: unir todos os sectores com a participação dos sindicatos numa luta unida, mais forte; organizar um encontro de delegados eleitos em reuniões nas escolas para deixar bem clara qual é a posição dos professores e educadores.
    Os sindicatos dos professores deixaram cair a marcha pela educação, dos professores com outros trabalhadores, com pais, com alunos, que disseram ter sido aprovada por unanimidade na manifestação dos 120 000 professores. O tempo vai passando e não há organização do encontro, conferência ou assembleia. Vamos ficar parados até os sindicatos nos mandarem sair para a rua em vésperas de período eleitoral? É esta a luta desejada?

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