Francisco Louça apresentou hoje o programa do BE para as próximas legislativas. Tem ideias boas e outras más, como todos os programas de governo no papel. Infelizmente não é um verdadeiro programa de governo, mas simplesmente um programa de intenções e ideias já que o BE tem tantas possibilidades de ganhar as eleições como eu de ser contratado para jogar futebol no Real Madrid. Infelizmente também o BE escolheu dar primazia aos seus interesses pessoais ao dos portugueses, não nos apresentando uma verdadeira alternativa de poder. Infelizmente também o BE nos condena a mais quatro anos de governos PS e/ou PSD, à perda de mais direitos, ao aumento da precariedade no emprego, da pobreza e de destruição do serviço publico ao não apresentar uma alternativa de unidade de esquerda que nos possibilitasse uma aposta num primeiro ministro que pudesse aglomerar toda a esquerda.
O principal objectivo apresentado pelo Louça é o de não possibilitar uma nova maioria absoluta do PS, (como se ela ainda fosse possível), ficando nós sem entender se o faz porque deseja ser alternativa de viabilização de um governo socretino, ou porque gostava de os ver governar coligados ao CDS e/ou PSD. Estranho também que, numa altura em que o PSD parece ter tantas possibilidades de ser governo como o PS, sejam estes os seus únicos alvos. Pessoalmente eu sei da desgraça que seria para Portugal mais um governo do dito “Engenheiro”, mas temo ainda mais um governo da Manuela Ferreira Leite com um Cavaco por detrás. Será que ter mais um ou dois deputados sentados nas cadeiras da Assembleia da Republica justifica que tenhamos de sofrer mais estes anos de desgraça e de subserviência do neo-liberalismo da União Europeia?
O principal objectivo apresentado pelo Louça é o de não possibilitar uma nova maioria absoluta do PS, (como se ela ainda fosse possível), ficando nós sem entender se o faz porque deseja ser alternativa de viabilização de um governo socretino, ou porque gostava de os ver governar coligados ao CDS e/ou PSD. Estranho também que, numa altura em que o PSD parece ter tantas possibilidades de ser governo como o PS, sejam estes os seus únicos alvos. Pessoalmente eu sei da desgraça que seria para Portugal mais um governo do dito “Engenheiro”, mas temo ainda mais um governo da Manuela Ferreira Leite com um Cavaco por detrás. Será que ter mais um ou dois deputados sentados nas cadeiras da Assembleia da Republica justifica que tenhamos de sofrer mais estes anos de desgraça e de subserviência do neo-liberalismo da União Europeia?
o que faz a falta de perspectiva.
ResponderEliminarestás quase a apelar ao voto no PS...
O BE é esquerda? Bem, depende, se calhar, da minha posição no terreno e do sítio para onde miro. Aliás, aquilo não é um partido, nem um inteiro, é mais uma capelinha de interesses, um bando, cada um a pensar para o seu lado e o programa, de intenções, se calhar, resume isso.
ResponderEliminarMas para que nem haja dúvidas, Kaos, já sei o que vou fazer nas próximas eleições: o mesmo que fiz nas anteriores, e nas anteriores às anteriores, isto é, assobiar... De qualquer maneira fica lá um deles qualquer, que é a mesma coisa. Se calhar está na hora de nos deixarmos de representações e passarmos a paricipações. Ou, ainda melhor, a sorteios, garantidamente aleatórios, de mandatos de 1 ano. E puta que os paríu...
Anónimo 14:36
ResponderEliminarRealmente é falta de prespectiva de um futuro melhor pela incapacidade da esquerda de fornecer uma alternativa de poder aos portugueses. Quanto ao apelar ao voto no PS, já estou habituado a ser acusado de tudo, desde perigoso esquerdista, comunista, fascista, reaccionário e tudo o que se têm lembrado. Talvez por não estar com as vistas metidas em palas que deixam ver somente aquilo que alguns querem ver.
Claro que o BE é de esquerda, queriam que fosse de que? O BE vai ser uma da forças mais votadas nas proximas eleições e COMEÇAR JA A GOVERNAR, com PS ou sem PS
ResponderEliminarVotem mas é bem nas proximas eleições que o fim da crise ESTA AI, VIVA O BE!!!!
Desculpa Kaos, leste o programa? Coisas boas e coisas más, dizes ... quais? Podem ser as más. Programa de Governo, sim, dito com todas as letras pelo Louçã. O BE tem tantas hipóteses de ganhar como qualquer partido. Ninguém ganha por antecipação em democracia, embora os partidos do bloco central nos queiram convencer do contrário o que revela o seu (deles) conceito de democracia. A alternativa de poder como se constrói? A unidade de esquerda como se constrói? Quando o PCP (Jerónimo) disse que a unidade de esquerda não se faz com o Bloco que fazer? Não bastam declarações de intenções ocas e sem conteúdo. Mas não tem o Bloco promovido inúmeras reuniões, sessões, debates, com pessoas de esquerda independentes? Não colocou um projecto de programa eleitoral à discussão na internet (e recebeu muitos contributos de pessoas que não são do Bloco -eu vi e li) antes do programa final? A unidade da esquerda constrói-se com quer essa unidade, Kaos. E se há um partido que transporta um projecto de unidade das esquerdas plurais é o Bloco, creio eu, desde o início (aliás foi isso que me fez, há dez anos, voltar à actividade partidária (agora deixei para outros mais novos). Não é o Bloco, em si, o resultado de unidade das esquerdas, como antes nunca tinha acontecido, juntando várias tendências de esquerda que antes não se podiam ver? O objectivo do Bloco principal é ganhar as eleições, pois claro. Um partido só faz sentido se for para governar. Mas o Bloco nunca se afirmou como um fim, em si. Como o partido das esquerdas. Dos dirigentes, do seu projecto fundador, das suas práticas, genericamente, o que se lê e ouve, é que o Bloco é apenas um instrumento da luta política, para um objectivo maior: a unidade das esquerdas plurais anti-capitalistas. Enquanto isso; enquanto não tem a credibilidade suficiente para ser uma alternativa de poder, enquanto não juntar mais esquerda, tem metas intermédias. A nível institucional, retirar a maioria absoluta a qualquer partido. Apresentar propostas na Assembleia que possam melhorar a vida das pessoas, denunciar e combater golpes e trapalhadas. A nível sindical e social, defender a democracia e a independência sindical e a transparência dos movimentos. A nível político, apresentar-se aos olhos das pessoas, com um discurso diferente, combativo, com ideias, propostas, contribuindo para a aquisição de uma consciência de exigência, de rigor, de responsabilidade que permitem as mudanças. Por fim, estou como diz o primeiro comentador, sem ofensa, mas este teu discurso favorece o PS. Se não há alternativa; se não interessa mais deputados da esquerda, se o papão Manuela assusta ... o que sobressai disto? O voto no mal menor. Estou farto disso. O Voto útil é o voto da nossa consciência. Sem deixar de pensar que com O PSD esta coisa seria bem pior, não tenho dúvidas que nunca nenhum governo como o de Sócrates foi tão longe nos ataque aos direitos dos trabalhadores. No essencial ambos defendem políticas que se confundem e que não servem. Por fim, acho estranho a insistência na tecla da insinuação, de que o Louçã se posiciona para viabilizar um governo de Sócrates, depois de tudo o que tem afirmado e feito. Um abraço.
ResponderEliminarFernando:
ResponderEliminarQuanto ao viabilizar ou não um governo do PS, o Igor, fervoroso defensor do BE aqui neste jardim, acabou de afirmar que desja governar, com ou sem o PS. Claro que isso só vale o que vale.
Quanto ao programa li-o na Net e continu-o a afiemar que há coisas com que concordo e outras que nem tanto. Adinal a perfeição não existe e muito menos a opinião unica na escolha de soluções. Quem está errado ou certo só a peática o pode provar.
A unidade da esquerda.
Não há falácia nenhuma na afirmação que em Setembro o poder vai ser decidido entre o PS e o PSD. Aré o PPM pode ganhar as eleições, mas todos sabemos que o voto tem lógicas, que a comunicação social sabe manipular e querer esconder a verdade não nos leva a lado nenhum. O que eu pedia era que as esquerdas esquecessem o que os divide e procurassem o menor multiplo comum naquilo que os une para apresentarem uma proposta de poder viável. Claro que o BE pode dizer que estava aberto à unidade mas o PCP é que não aceitou juntar-se assim como o PCP pode dizer o mesmo. A ideia não é que se juntem a nós, mas que se juntem uns aos outros. Procurar a união era urgente e não fazer tufo por ela um erro
um abraço
"O que eu pedia era que as esquerdas esquecessem o que os divide e procurassem o menor multiplo comum naquilo que os une para apresentarem uma proposta de poder viável." Também eu, Kaos! Mas não basta pedir. É preciso trabalhar para isso. E para haver unidade também que haver interessados. Nunca li ou ouvi do Bloco nada em contrário, pelo contrário. Já do PCP conheço as declarações de Jerónimo, as conclusões do último congresso, as opiniões expressas no Avante. Do Bloco conheces algumas vinda dos responsáveis? Sem prejuízo de que no Bloco (que não dos dirigentes nem da sua linha de orientação conhecida) também haverá ainda (em alguns casos estão em crescendo) posições também muito sectárias.
ResponderEliminar"Quando o PCP (Jerónimo) disse que a unidade de esquerda não se faz com o Bloco que fazer? "
ResponderEliminarOlha que santinhos, o bloco.
Muito antes disso, já Louçã tinha deixado à porta o PCP no seu comício das esquerda. Mas convidou o Alegre.
Para isto não ser entendido como uma provocação, era preciso ser-se muito hipócrita. E o PCP, honra lhe seja feita, não o é.
Aliás, acho que todo o Portugal percebeu a deixa do Louçã: comício das esquerdas, só com Alegre.
Entrou miseravelmente no anti-comunismo, ignorando a existência e importância do PCP como já o faziam tantas TV's e jornais. Entrou no sistema, na esperança de conseguir mais cobertura, mais votos. Foi uma jogada. A sua.
Mas agora não tem moral nenhuma para queixar-se de que... a esquerda anda desunida. O PCP em tempos chegou a fazer alianças com a UDP. Mas a UDP não era do estilo de gabar alas do PS, ignorar o PCP e depois vir chorar lágrimas de crocodilo. Apesar das divrgências, eram mais sérios, mais coerentes. Sabiam que queriam mudar o sistema, nao aproveitar-se dele.
"Num ambiente de brindes e palmas, António Chora, responsável da Comissão de Trabalhadores da Autoeuropa, afirmou que "o ministro (Manuel Pinho)fez muito pela indústria do País"
ResponderEliminarhttp://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1296890
Palavras para quê! Os actos falam por si.
BG
ResponderEliminarComo é possível? Nunca fui muito com o Chora, mas isto é inimaginável. Fogo
Fernando e Julio Almeida:
ResponderEliminarInfelizmente é na manutenção desta luta e nesta distribuição de culpas que a esquerda continua dividida. A união não se faz assim mas procurando os pontos que a podem unir...se houvesse realmente vontade....que não há...infelizmente
BG e Vitor:
ResponderEliminarConcorde ou não com as opiniões do Chora ele é eleito pelos trabalhadores da sua empresa.
Caro Kaos
ResponderEliminarLeu o artigo?
Nada tenho contra a eleição de Chora, e relendo o meu comentário não percebo como fez essa interpretação.
Achei foi fantástico as declarações de Chora:
Num ambiente de brindes e palmas, António Chora, responsável da Comissão de Trabalhadores da Autoeuropa, afirmou que "o ministro fez muito pela indústria do País".
Pode dizê-las? Claro que pode. Mas eu acho impressionante como é possível dizer-se isto de um ministro responsável pela destruição de milhares de postos de trabalho e que, convém não esquecer, foi praticante contínuo de políticas neoliberais e alienação do bem público.
Há uma diferença entre dizer-se de esquerda e ser-se de facto de esquerda.
ResponderEliminarHá um diferença entre fazer-se passar por revolucionário e ser-se de facto revolucionário.
http://www.youtube.com/watch?v=YhERC8zxHhg