Se há quem chore de alegria porque não haveremos de rir de tristeza. Todas as imagens deste blog são montagens fotográficas e os textos não procuram retratar a verdade, mas sim a visão do autor sobre o que se passa neste jardim à beira mar plantado neste mundo, por todos, tão mal tratado.
A pastar desde 01 Jan 2006 ao abrigo da Liberdade de Expressão.
Este "cover-up" do Freeport é muito semelhante ao "cover-up" do Watergate. Será que Sócrates não lê os livros de história? Talvez tivesse conseguido evitar a vergonha de cair numa esparrela destas.
O verdadeiro vilão desta história é o Nascimento Rodrigues. Este senhor é que mandou destruir as provas. O que deixa no ar uma pergunta curiosa: se um juiz em Aveiro decide que a gravação é relevante, e o se o Nascimento Rodrigues diz que não é, o Nascimento Rodrigues não devia simultaneamente demitir o juiz de Aveiro por incompetência?
Nesse verão, Cox e o resto dos americanos souberam que a Casa Branca tinha um sistema de gravação secreto. Nos meses que se seguiram, Cox, a comissão do Senado para o Watergate e o juíz Sirica lutaram com a administração Nixon para obter essas gravações. Quando Sirica ordenou que Nixon acatasse as ordens da comissão e os pedidos de Cox, rejeitando este último qualquer solução de compromisso, Nixon fez o seguinte.
No dia 20 de Outubro de 1973 (mais tarde chamado de "Massacre de Sábado à noite" pelos jornalistas), o Presidente Nixon ordenou ao Procurador Geral, Elliot Richardson, que demitisse Cox. Em vez de cumprir esta ordem, Richardson demitiu-se; o seu subalterno, William Ruckelshaus, demite-se também para não ter que cumprir a ordem. Estas demissões deixaram o Solicitador Geral, Robert Bork, como o membro mais graduado do Dep. Justiça. Insistindo que considerava a decisão pouco razoável, mas que alguém tinha que executar o ordem do Presidente, Bork demitiu Cox.
Ao ser demitido, Cox afirmou: "se o nosso será um governo de leis e não de homens, cabe agora ao Congresso e ultimamente ao povo decidir".
De todo em todo, se Sócrates está a ser vítima de uma cabala -- como afirma -- então porquê destruir as provas que o podem ilibar? Ele deveria ser o primeiro a exigir que não fossem destruidas! Se as escutas são irrelevantes, como ele reclama, então a sua divulgação provaria ao país que o primeiro-minsitro está a ser vítima de acusações infundadas. Por outro lado, se as escutas forem destruidas, então a especulação em seu torno ir-se-á multiplicar.
Se o Pinto Monteiro insiste em não destruir as gravações, ele arrisca-se a ser demitido da mesma maneira que Nixon tentou demitir Archibald Cox...
ResponderEliminarEste "cover-up" do Freeport é muito semelhante ao "cover-up" do Watergate. Será que Sócrates não lê os livros de história? Talvez tivesse conseguido evitar a vergonha de cair numa esparrela destas.
ResponderEliminarO verdadeiro vilão desta história é o Nascimento Rodrigues. Este senhor é que mandou destruir as provas.
ResponderEliminarO que deixa no ar uma pergunta curiosa: se um juiz em Aveiro decide que a gravação é relevante, e o se o Nascimento Rodrigues diz que não é, o Nascimento Rodrigues não devia simultaneamente demitir o juiz de Aveiro por incompetência?
Coyote
Nesse verão, Cox e o resto dos americanos souberam que a Casa Branca tinha um sistema de gravação secreto. Nos meses que se seguiram, Cox, a comissão do Senado para o Watergate e o juíz Sirica lutaram com a administração Nixon para obter essas gravações. Quando Sirica ordenou que Nixon acatasse as ordens da comissão e os pedidos de Cox, rejeitando este último qualquer solução de compromisso, Nixon fez o seguinte.
ResponderEliminarNo dia 20 de Outubro de 1973 (mais tarde chamado de "Massacre de Sábado à noite" pelos jornalistas), o Presidente Nixon ordenou ao Procurador Geral, Elliot Richardson, que demitisse Cox. Em vez de cumprir esta ordem, Richardson demitiu-se; o seu subalterno, William Ruckelshaus, demite-se também para não ter que cumprir a ordem. Estas demissões deixaram o Solicitador Geral, Robert Bork, como o membro mais graduado do Dep. Justiça. Insistindo que considerava a decisão pouco razoável, mas que alguém tinha que executar o ordem do Presidente, Bork demitiu Cox.
Ao ser demitido, Cox afirmou: "se o nosso será um governo de leis e não de homens, cabe agora ao Congresso e ultimamente ao povo decidir".
De todo em todo, se Sócrates está a ser vítima de uma cabala -- como afirma -- então porquê destruir as provas que o podem ilibar? Ele deveria ser o primeiro a exigir que não fossem destruidas! Se as escutas são irrelevantes, como ele reclama, então a sua divulgação provaria ao país que o primeiro-minsitro está a ser vítima de acusações infundadas. Por outro lado, se as escutas forem destruidas, então a especulação em seu torno ir-se-á multiplicar.
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