O Teixeira dos Santos afirmou há uns tempos que se o juro da divida pública chegar aos sete por cento a entrada do FMI é inevitável. O nosso Engenheiro da Independente jura lutar bravamente para que o FMI não aterre na Portela (como se ele já não estivesse cá bem instalado). O DN anunciava hoje que o governo se prepara para resistir pelo menos por mais dois meses. Somos mesmo um grande povo, de heróis do mar transformados em heróis de merda.
A decisão da entrada do FMI será tomada quando, e só quando ele próprio concluir que o capital dos credores de Portugal, as oligarquias financeiras que compraram a dívida pública portuguesa, está deveras ameaçado, que Portugal não tem dinheiro para assegurar o pagamento das dívidas que contraiu. O FMI não vem assim para “ajudar” o país, mas muito simplesmente para garantir o retorno financeiro dos credores internacionais a quem o governo de Sócrates entregou a dívida pública nacional. Pouco lhe importa que as medidas de austeridade provoquem uma recessão económica ou que se agravem as condições de vida dos portugueses. Pelo contrário, ele procurará fazer tão só uma operação financeira, retirando rendimentos aos cidadãos portugueses para o entregar aos credores internacionais.
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