quinta-feira, dezembro 09, 2010

A urgência e a emergência dos vendidos


O Governo considera imperioso mudar as regras relativas às indemnizações em caso de despedimento, uma «questão que está em cima da mesa». «Este plano tem a ver com a urgência, nalguns casos mesmo a emergência da situação que vivemos. Trata-se de um conjunto de iniciativas concretas, muito objectivas que irão ser tomadas nas próximas semanas e que irão vigorar já em pleno em 2011», afirmou o Ministro da Economia, Vieira da Silva.
Bastou os patrões pedirem e a Europa exigir para que o discurso do governo passasse do "Não haver necessidade de mexer na lei laboral" para a urgência, até emergência. Estes vendidos ao poder económico e serviçais dos Senhores da Europa não têm nem vergonha na cara, nem palavra, nem sequer uma coluna vertebral. Num país miserável em que o que mais importa é aumentar a produção e em que o desemprego oficial já vai nos 11%, as regras que impõem são as de facilitar ainda mais os despedimentos. A UGT, como tem sido habitual, já se disponibilizou para se vender mais uma vez e a CGTP já disse, na sua voz de trovão, que não aceita de maneira nenhuma mais esta mexida na Lei do Trabalho. Acredito que já esteja até a pensar em convocar mais um passeio na Avenida lá mais para a Primavera, que agora ó tempo está de chuva.

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