Em 2009, quando o índice foi apresentado pela primeira vez, a economia paralela representava 24,2% do Produto Interno Bruto (PIB) português. Um ano depois, em 2010, a economia não registada, como prefere chamar-lhe o seu autor, cresceu 2,5%, o que faz subir o peso para 24,8%. Em Valor a economia paralela representou 42,7 mil milhões de euros. Em 2011, a barreira dos 25% do PIB vai seguramente ser ultrapassada, dado que os factores que a fizeram crescer em 2010 se agravaram no ano passado. Entre esses factores está o aumento de impostos e da taxa de desemprego.
O problema é reconhecido, as razões conhecidas e as soluções são atiradas para a fiscalização e punição que, como já se viu não surte efeito. Se é reconhecido que as causas são o aumento dos impostos e ainda os aumentam mais e o desemprego que é facilitado, estão a combater o fogo com gasolina. Dizem-nos que se todos pagassem o que é devido, todos pagaríamos menos, mas o que não vemos é que o dinheiro recolhido seja aplicado em nosso beneficio, mas sim daqueles que mais têm e que mais fogem ao seu pagamento. Será a Senhora da Mercearia que não passa factura de um quilo de batatas é mais culpada que o Mega Merceeiro que transfere a sede fiscal para a Holanda. Quem utiliza as offshores? São os que ganham mil euros ou os que têm milhões?
Não vou exigir factura na tasca nem apontar o dedo nas lojas locais, algumas mais velhas que eu e com quem cresci. Muitos dos que lá trabalham jogaram à bola e brincaram comigo. Mas, sendo no meu bairro, ou no Porto ou em Faro não são esses os que lixam a vida da grande maioria de nós. Esses são os que tentam resistir, muitas vezes por não terem alternativas, aos grande tubarões da distribuição, que não se cubem de utilizar todos os truques, até a vender abaixo de preço a que compraram para os destruir. Até a utilização de produtos que produzimos ou fabricamos, o simples comer as couves do nosso quintal é economia paralela. Devíamos pagar os 23% do IVA.
E assim alegremente lá vamos nós de crise em crise, de buraco em buraco, de sacrifício em sacrifício enquanto os direitos são destruídos simplesmente porque os Mercados assim o exigem.
O problema é reconhecido, as razões conhecidas e as soluções são atiradas para a fiscalização e punição que, como já se viu não surte efeito. Se é reconhecido que as causas são o aumento dos impostos e ainda os aumentam mais e o desemprego que é facilitado, estão a combater o fogo com gasolina. Dizem-nos que se todos pagassem o que é devido, todos pagaríamos menos, mas o que não vemos é que o dinheiro recolhido seja aplicado em nosso beneficio, mas sim daqueles que mais têm e que mais fogem ao seu pagamento. Será a Senhora da Mercearia que não passa factura de um quilo de batatas é mais culpada que o Mega Merceeiro que transfere a sede fiscal para a Holanda. Quem utiliza as offshores? São os que ganham mil euros ou os que têm milhões?
Não vou exigir factura na tasca nem apontar o dedo nas lojas locais, algumas mais velhas que eu e com quem cresci. Muitos dos que lá trabalham jogaram à bola e brincaram comigo. Mas, sendo no meu bairro, ou no Porto ou em Faro não são esses os que lixam a vida da grande maioria de nós. Esses são os que tentam resistir, muitas vezes por não terem alternativas, aos grande tubarões da distribuição, que não se cubem de utilizar todos os truques, até a vender abaixo de preço a que compraram para os destruir. Até a utilização de produtos que produzimos ou fabricamos, o simples comer as couves do nosso quintal é economia paralela. Devíamos pagar os 23% do IVA.
E assim alegremente lá vamos nós de crise em crise, de buraco em buraco, de sacrifício em sacrifício enquanto os direitos são destruídos simplesmente porque os Mercados assim o exigem.
Estes sujeitos têm de ser punidos severamente.......VIVA A REVOLUÇÃO!
ResponderEliminarEm relação a este assunto tenho visto e ouvido um imenso rol de asneiras. Os economistas do sistema metem no mesmo saco fuga ao fisco e economia paralela. A primeira é crime e deveria ser punida severamente, sabe-se quem mais "foge", restauração, oficinas de mecânica e afins e construção civil, para além da grande fuga que são os grandes grupos económicos, nomeadamente banca e distribuição.
ResponderEliminarO segundo caso - economia paralela, é fruto dos baixos salários praticados em Portugal. Exemplo disso é o chamado biscateiro, aquele tipo que nas suas horas vagas e para amealhar mais algum pecúlio se dedica a trabalhos vários, quem nunca de nós necessitou do gajo para arranjar a torneira, o cano roto, o esquentador, caiar o muro do quintal, a senhora que até está desempregada e em sua casa remenda umas calças, etc..
De certeza que estes biscateiros se ganhassem um ordenado justo, se estavam cagando para ainda ter de vergar a mola aos fins-de-semana.
Estive vários anos a trabalhar na Suíça e tanto eu como minha companheira, ao sábado arranjava-mos sempre biscates para fazer, desde engomar roupa, jardinagem, limpar casas, etc..
Condeno a fuga ao fisco, mas deixem o biscateiro em paz. Não misturem as duas situações.
Nem mais , Kaos, nem mais! Agora a economia paralela dos remediados é que é a culpada! E a "economia paralela" dos devios para off-shores e das acumulações de reformas e de cargos e tachos pagos a peso de ouro?!
ResponderEliminarhttp://www.youtube.com/watch?v=7KN9UL_E3Dc&feature=player_embedded
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarVale ver o link acima. É exactamente o que os portugueses têm feito com as eleições.
ResponderEliminarSalvo a conotação comunista, porque tal como eu comentei no Youtube, em Portugal já tivemos de tudo e nenhum foi melhor que os outros.
Há por aí qualquer coisa no ar que me diz o seguinte:
«Num contexto mundial, os políticos criaram cada vez mais poder e imunidade. Hoje, essa classe, perdeu completamente a vergonha e sabem que, desde que não caiam do poleiro antes dum certo tempo, poderão tratar do futuro e dos próximos poleiros».
É isso mesmo!
E enquanto estiverem de alto, sabem que podem fazer de tudo, inclusive mudar as Leis a seu favor! Longe vai o tempo em que a Constituição tinha valor e pesava nas consciências!
É só ver o que vai pelo mundo fora!!!!!!!!
19/1/12 14:17
Quando um tipo não cumpre a lei é criminoso. Ponto! Roubar muito ou roubar pouco não desculpa ninguém! Quem rouba 10 foi porque só pode roubar 10, porque se pudesse roubar 1000 ainda o fazia mais de depressa - conforme muitos casos, até denunciados aqui - o comprovam: assim que podem meter a mão na massa não perdoam! E cada um gama o que pode. Gente séria não tira um tostão nem vai em conversas de cunhas e compadrios....
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