Hoje de manha passei em frente a uma televisão que transmitia em directo mais um debate parlamentar com a presença de Sua Exª o Aldrabão Passos Coelho. Nada disto é novo, 230 deputados, alguns membros do governo, um monte de funcionários, jornalistas, técnicos, policias e sei lá que mais numa perda de tempo para saloio ver. Não seio o que disseram, imagino que o PCP e o BE criticaram fortemente o governo e ouviram como resposta que o que dizem não serve para nada, o PS criticou e pôs-se em bicos dos pés afirmando-se como possível alternativa, o PSD e o CDS criticaram o PS por não apresentar propostas e o Passos Coelho fez o seu auto-elogio, acenando com a inevitabilidade das medidas e pintando o futuro deste país com as mais lindas cores do mundo. Nada de novo, nada de construtivo e certamente que ao fim de todas aquelas horas o que dali saiu não criou um emprego, nem impediu a perda de muitos, não melhorou as condições de vida de ninguém, não impediu nenhum disparate do governo nem mudou nada de nada. Nada, zero, um exercício de retórica inócuo, um teatro paralamentar sem interesse algum.
Este governo continua a governar como quer e lhe apetece não respeitando nada nem ninguém, sejam as oposições, a Constituição, as leis ou os cidadãos, cria miséria, fome, desemprego, destruição da economia, perda de direitos e até a morte de alguns sem uma hesitação ou um qualquer sinal de preocupação. Perante isto as oposições nada mais fazem que alguns protestos de ocasião, mais preocupadas com as próximas eleições que com o país real. Mas podem fazer mais e por isso reitero aqui a minha proposta a todos os deputados que não queiram pactuar com o que está a acontecer, que queiram evitar a tragédia, a que já vivemos e a que se aproxima com a destruição do Estado Social, a de que abandonem o Parlamento, saiam, recusem-se a colaborar ou dar cobertura "democrática" ao que está a acontecer. Saiam do Parlamento, não participem e atirem com uma pedra ao charco politico em que vivemos. Algo teria de acontecer, a democracia teria de dar uma resposta e este governo perderia toda a legitimidade (que há muito não tem mas que o jogo politico vai disfarçando). Abandonem o Parlamento e juntem-se àqueles que cá fora protestam e exigem mais democracia, mais directa, mais participativa e mais justa. Não aceitem ser parte do sistema dando-lhe cobertura, saiam do parlamento e façam parte da mudança. Os cidadãos estarão na rua à vossa espera de braços abertos se o fizerem.
Kaos o que pretendes é uma utopia!
ResponderEliminarSim porque o pastel de Belém nem se mexe! Acho que nem respira para o pessoal nem se lembrar que ele existe... Estamos entregues!
ResponderEliminarQuem é o Parvo? O "povinho"???
ResponderEliminarKAOS, podemos esperar sentados, ou melhor deitados até ficarmos esqueletos, que isso nunca vai acontecer, os grão-mestres que os controlam não deixam e temos que ser nós a organizar-nos e a agir autonomamente se queremos que algo mude, porque os deputados estão-se marimbando para o povo, não passam de prostitutos políticos.
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ResponderEliminarPortugal, o PCP, Ignorância, Distracções e Memória Curta - Parte 1
Alguém se lembra, hoje em dia, do verdadeiro PCP? Ou seja aquele que foi aparentemente derrotado em 25 de Novembro de 1975?
Certamente que muito poucos cidadãos se lembram. Alguns destes, mais conscientes e conhecedores da vida e dos homens, têm-se interrogado sobre como é ainda possível, que no século XXI, depois da derrocada da URSS e da falência do modelo comunista em todo o lugar em que foi implantado, o PC tenha uma expressão eleitoral tão elevada num país como Portugal – a que, ainda por cima, se tem que juntar a chamada extrema esquerda.
Creio bem que só por distracção haverá lugar a qualquer tipo de admiração neste âmbito.
Ora atentemos.
O PCP não saiu derrotado no 25 de Novembro. Essa assumção resulta de um erro profundo de análise. O que o PC fez foi uma retirada estratégica brilhante, diga-se de passagem, disimulando-se na vida nacional e conseguindo reter respeitabilidade democrática.
O Partido conseguiu atingir o objectivo principal que tinha – melhor dizendo, de que teria sido incumbido – e que foi a entrega do Poder, aliás num espaço de tempo muito curto, de todos os territórios ultramarinos portugueses, com excepção de Macau, nas mãos de partidos marxistas e apenas nesses, e sem qualquer referendo às populações, que sabiam não poder ganhar.
A URSS averbou, assim, a sua última grande vitória na chamada “Guerra Fria”.
No território europeu de Portugal com excepção dos arquipélagos, por via da religiosidade católica da maioria da população e por serem ilhas, o PC conseguiu subverter todo o edifício do Estado e virar do avesso a sociedade portuguesa, pondo-a à beira da guerra civil . Estamos em crer que a nível da cúpula partidária ainda se alimentou a esperança da tomada pura e dura do Poder, em Lisboa, mas a realidade geopolítica desaconselhava vivamente tal aventura e Moscovo percebeu isso rapidamente.
E aqui temos a primeira grande razão para que o PC mantenha a sua votação: a “decalage” no tempo, isto é, enquanto os partidos comunistas por essa Europa fora foram sofrendo a erosão do tempo, o PCP apenas surgiu em força por alturas de 1974/5, já que a repressão que o anterior regime lhe moveu praticamente o impediu de actuar.
Acresce o facto de, na sequência do 25/11/75, altura em que se poderia ter desmontado toda a previsível estrutura clandestina, os poderes emergentes vieram afirmar que o PC fazia falta à democracia portuguesa. O país está a pagar tal insensatez muito caro. Esta ideia é incompreensível, já que não há exemplo no mundo, de um partido comunista que tenha sido governo ter tido,alguma vez, um comportamento democrático.
ResponderEliminarPortugal, o PCP, Ignorância, Distracções e Memória Curta - Parte 2
O PCP não é um partido como os outros. É um misto de estrutura militar e de seita religiosa , já que a sua doutrina funciona muito mais como uma espécie de religião.
Tem hierarquia, disciplina, organização. Definem objectivos e estratégias; têm princípios e um conjunto de funcionários profissionalizados e coesos (um estado maior…).
Os restantes partidos ao pé deles são uns aprendizes de feiticeiro, ainda por cima cheios de trapaceiros, palermas e oportunistas.
O PC não ganha, porque a grande maioria do povo português é visceralmente contra o que defendem; porque o comunismo é avesso à natureza humana e é incompetente em termos económicos e sociais. E o comunismo revelou-se sanguinário na sua acção.
Além disso não se pode esquecer que o PCP, durante toda a sua existência, teve um papel anti-patriótico defendendo objectivamente os interesses de uma potência estrangeira que se revelou ser inimiga de Portugal: a URSS.
Mesmo assim ainda conseguiu juntar no funeral desse herói do Kremlin, chamado Álvaro Cunhal, uma multidão de cerca de 100.000 pessoas.
Não se deve menosprezar o PCP e nunca se sabe o dia de amanhã.
O PC é um multiplicador de sinergias. Em 1974, por exemplo, antes e após o golpe de estado de Abril, constituindo um grupo absolutamente minoritário no País e no seio das FAs, infiltraram-se de tal maneira no MFA [1] que conseguiram passar a dominar os acontecimentos a seu belo prazer, até 25 de Novembro de 1975. Um facto que irá ficar, certamente, nos anais das revoluções e que convém não ser esquecido.
O PCP não é apenas um partido, é um pequeno estado dentro do estado.
O PC não manda no sentido em que não ocupa nominalmente as cadeiras do Poder. Mas manda no sentido em que condiciona tudo o que se passa. Começa na constituição de 1976, elaborada maioritariamente sob a sua influência ideológica e cuja matriz central ainda se mantém até aos dias de hoje, mesmo depois das revisões a que já foi sujeita.
O PC fomenta constantemente o descontentamento (qualquer que seja o governo) e depois cavalga a insatisfação. Cria estruturas paralelas de Poder; inventa partidos satélites, disfarça-se em associações, possui gráficas,redes de destribuição,condiciona a historiografia e domina os principais sindicatos. Dispõe, constantemente, militantes seus em lugares chave, desde o topo da hierarquia do Estado até às mais pequenas juntas de freguesia. Estamos convictos de que o PC possui o melhor serviço de informações que existe em Portugal, muito superior ao SIS, SIED e SIM [2] juntos e estão preparados para passar à clandestinidade no prazo de 24H.[3]
O PCP não é um partido é “o” Partido e merece a designação.
A nível dos órgãos do Estado, dos Serviços de Informação, das Forças de Segurança, das FAs, etc., e até da Igreja, ninguém parece estar preocupado com a sua acção. Vivem na doce ilusão de que é tudo “democrático”ninguém sabendo ao certo o que entender por semelhante expressão.
ResponderEliminarPortugal, o PCP, Ignorância, Distracções e Memória Curta - Parte 3
O PCP só se vence com doutrinação, combate ideológico, humor, leis adequadas, determinação e, claro, forças de contenção para qualquer tentativa espúria de passagem do Rubicão. Porque passar o Rubicão está-lhes na massa do sangue.
E nem sequer é difícil, porque o modo de actuação e doutrina estão escritos são postos em prática da mesma maneira, em qualquer parte do mundo e carecem de flexibilidade de actuação. Por isso é que a tentativa de “renovar” (lembram-se dos renovadores?) o partido está votada ao insucesso. Qualquer reforma no PCP destrui-lo-ia e teria que se passar a chamar outra coisa qualquer.
Ora tudo isto faz com que o PC tenha um Poder real desmesurado relativamente à sua expressão eleitoral.
A última razão porque se têm aguentado tão bem reside no sofisma que têm conseguido manter, de terem sido os campeões da luta anti fascista (olha se têm ganho?!).
As “vítimas” mortais de tal acção – onde confundiram constantemente, ou não distinguiam , a luta política contra o regime do Estado Novo, com os interesses da Nação Portuguesa, não ultrapassam as três dezenas, a maioria das quais tinha praticado acções violentas. Isto para um periodo de cerca de 50 anos. Certamente que tais vitimas (e é sempre lamentável haver vitimas) não representam mais do que uns segundos de assinaturas de condenação à morte do Kamarada José (Estaline), num dos seus dias melhores...
A lavagem ao cérebro, as mentiras matraqueadas “ad nauseum” e as actuações desvairadas de tantos, nos anos de 1974/75 – e que continuam em versão soft -, condicionaram psicologicamente a grande maioria da população que esta continua vergada intelectualmente pelo medo e pela ignorância.
E a única coisa que aparece clara e como expoente da actividade do PCP é a festa do Àvante. Tudo o resto é nevoeiro …
Sendo a luta política, à superfície, travada no seio dos partidos políticos, aquela que, aparentemente, é mais importante, ocorre atrás das “cortinas”, fundamentalmente entre o PCP, a Opus Dei, as diversas maçonarias clássicas e as mais finas e mais modernas, “organizações de Poder”, financeiro (e não só) internacionalista.
Perante tudo isto o povo português, privado de uma liderança patriota, faz décadas, vive aparvalhado, privado de educação e informação e confundido pelo dilúvio e propagana mediática.
Tem havido até agora algum pão e muito circo. A questão é o que irá acontecer quando só houver circo.
FIM
Toda a exposição é muito bem elaborada e até parece que é verdade...
ResponderEliminarQuem manda é o Vaticano e o FMI..., o resto, é conversa fiada !
Caro Patriota,
ResponderEliminarParabéns pela sua brilhante exposição, está de acordo com o que sempre supus, ou seja, sempre na cúpula da conspiração: A sociedade de Jesus aka os jesuitas.
Gostava aqui de acrescentar duas coisas à exposição do Patriota. A sua exposição demonstra que o pós-25 de Abril foi um período de intensas traições e que de forma nenhuma os interesses de Portugal, a nação mais antiga do mundo contemporâneo, foram tidos em conta. Perguntem aos retornados...
ResponderEliminarSobre a proposta de abandonarem a assembleia, podemos até hibernar, que isso não acontecerá. Só há uma solução a curto prazo, embora as pessoas não acreditem nela, boicote aos partidos políticos, ou seja, voto massivo em branco ou nulo.
Não vai acontecer, impossível, uma utopia,etc. Essa não pode ser a resposta. A mudança faz-se fazendo-a e eu não vou abdicar do meu país e do futuro dos meus filhos. Isto não passa de uma proposta, não serve arranje-se outra, agora não acreditar, desistir, baixar os braços não é aceitável.
ResponderEliminarMas perguntar aos retornados o quê ?
ResponderEliminarQue sabiam eles ? Nada...eram pouco ou nada politizados, estavam no bem bom e assim queriam continuar.
Para meter a mão na MASSA (Angola), tínhamos a Rússia e os USA a coisa foi decidida por ambos e os USA, estavam na hora de perder, porque estavam a sair do Vietnam e não se iam meter noutra, até porque o petróleo de Angola, já estava no saco com a Golf Oil Corporation, então, fazer guerra para quê?
Ainda mandaram os Sul Africanos fazer o serviço, mas também estavam já moribundos. Agora, Portugal, retornados, interesses dos portugueses, tudo isso, não valia e não vale 10 tostões, assim como aconteceu na conferência de Berlim em 1884, onde a Inglaterra nos lixou mais uma vez.
De resto, os portugas nunca riscaram nada no mundo, e assim vamos continuar. Temos é fazer uma limpeza ao esgoto nacional e bem feita.
Concordo com Skedsen:
ResponderEliminarMANDÁ-LOS À MERDA COM VOTO BRANCO OU NULO!
FICAVAM ENCARALHADOS!
Melhor será mesmo não votar, que assim não recebem a % que lhes toca, mesmo que se vote branco ou nulo.
ResponderEliminarNão há voto, não há dinheiro !!
Caro anónimo das 17:46, é exactamente assim que eu procedo há muito tempo, se uma esmagadora maioria também o praticasse estes ladrões não tinham hipótese...
ResponderEliminaracabe-se com os partidos a mamar subvenções acabe-se com as eleições e na AR que os partidos tenham igual numero de deputados e trabalhem para o crescimento do pais e não para ganhar poleiro nas eleições se fossem todos iguais sem poleiro havia mais democracia proiba-se 2º emprego aos deputados ou se o quiser é deputado a custo ZERO
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