domingo, janeiro 13, 2013

Os professores voltam à rua


Tenho assistido nos últimos tempos à convocação de uma manifestação Nacional de Professores para o próximo dia 26 de Janeiro. Finalmente os professores parecem reagir a todos os assaltos a que eles e a escola pública tem sido sujeitos, depois de anos em que pareciam ter desaparecido da luta politica. Voltando um pouco atrás, ou bastante atrás, lembro-me de quando os professores encheram as ruas de Lisboa em enormes manifestações em luta contra a famosa avaliação e a Sinistra Ministra Maria de Lurdes Rodrigues. Também a história deste blog está ligada a essa luta que sempre apoiou, não por eu ser professor, mas por ser pai e defensor de uma escola pública de qualidade. Foi uma luta em que finalmente se viu uma classe unida e se vislumbrou uma vitória para os trabalhadores, uma luta em que a Ministra foi encostada à  parede e ia cair. Estranhamente, ou talvez não, o Mário Nogueira resolveu morder a maça envenenada que lhe foi estendida pela Bruxa Sinistra assinando um acordo com a Ministra que a salvou e que acabou por levar à divisão, desmobilização e ao fim da luta dos professores. Dai até hoje, a avaliação foi implementada, os horários aumentados, as condições de trabalho piorados e milhares de professores foram para o desemprego. Saúda-se por isso o regresso dos professores à luta em defesa dos seus direitos e do seu trabalho.
Uma vez mais vou estar presente na luta pela defesa da escola pública, assim como estou na defesa do SNS, do estado social ou dos direitos laborais. Defendo mesmo e custa-me a compreender ver classes não se unirem nas lutas, não se compreender que as lutas de uns são as lutas de todos. Essa sim, seria uma grande vitória  e um sinal de esperança para o futuro, ver todos unidos e solidários na defesa dos problemas dos noutros e de cada um.
Mas como disse vou estar presente em defesa da escola pública de qualidade. Só espero é que desta vez os professores assumam a luta e não aceitem que ela seja destruída por acordos de bastidores com o governo. Sou um defensor da existência de sindicatos, a forma de os trabalhadores se organizarem e potenciarem a sua força, mas também acredito que esses sindicatos devam agir de acordo com a vontade dos trabalhadores e não das suas classes dirigentes e de interesses ou agendas políticas. Os sindicatos servem para defender os trabalhadores que deles fazem parte.
Mais uma vez digo que vou estar presente e apelo a todos, professores ou não professores que se juntem e lutem contra as politicas deste governo e por um país mais justo. Razões não faltam, do desemprego à precariedade, da pobreza à destruição da esperança. Juntem-se e esta e a todas as outras lutas porque isto não é um problema só de alguns mas de todo um país. Juntem-se, lutem e tenham a coragem de, após cada vitória conseguida, assumir nas vossas mãos o futuro.

6 comentários:

  1. NÃO SEI SE AINDA VÃO ENCONTRAR E ESTE GOVERNO NO POLEIRO ,O POVO VAI CORRER COM ELES JÁ ,FOME MESERIA SEM TETO SEM EMPREGO SEM VIDA É O RESCALDO DESTES FASCISTAS QUE ESTÃO A DESTRUIR UM PAÍS PONTA A PONTA ABAIXO ESTE GOVERNO VIVA PORTUGAL ,A LUTA CONTINUA ,A BEM OU A "MAL" MUITO CUIDADO O POVO JÁ ABRIU OS OLHOS ........

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  2. A LUTA não é só dos professores!
    Neste momento crucial é de todos aqueles a quem estão a Roubar o essencial para viver com dignidade!
    Dia 26/01 e dia 16/02 vamos gritar bem alto contra estes ladrões parasitas, dizer-lhes que quer a nível central ou local não OS QUEREMOS, que vão impôr a sua absurda ideologia para casa deles!
    A UNIÃO FAZ A FORÇA!

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  3. http://www.youtube.com/watch?v=ZUEeBhhuUos

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  4. GREVE ÀS NOTAS.

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  5. A história está mal contada. Quem tirou a "avaliação" aos professores não foi a Maria de Lurdes, foi o ministro da "voz mansa", o Crato. Conseguiu amansar os profs, dando-lhe de mão beijada o benefício de não serem avaliados. O Nogueira foi desarmado, e esquecido. Por isso o Nogueira não voltou às greves. Isto, penso eu. A menos que os professores sintam que estão melhor agora, com o ministro da "voz mansa". O Nogueira estatelou-se, e mandou os profs às urtigas. Uma traição.

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