Muito se tem falado de que o que está em causa nestas eleições é a escolha de um presidente e não de um primeiro-ministro, pelo que o Cavaco, a ser eleito, nunca poderia cumprir as promessas que tem vindo a fazer. Efectivamente à luz dos poderes presidenciais existentes na Constituição as promessas são enganadoras por não competir ao presidente a condução da governação deste país. Mas…
O PSD encontra-se neste momento com uma liderança que ninguém tem duvida ser de transição. Marques Mendes foi eleito no último congresso para fazer a travessia do deserto nos anos de oposição. E, sendo esta oposição, à imagem do seu protagonista fraca, o perigo de ser o Próprio Presidente da Republica a assumir essa tarefa é grande. Podendo-se prever, pelas sus declarações mais recentes ("Nenhum presidente da República pode abrir mão dos poderes que a Constituição lhe confere", “as pessoas, neste momento, acham que o Presidente da República pode fazer muito”, “o país tem falta de rumo”, etc.) o choque entre Cavaco e Sócrates é quase inevitável e o conflito institucional quase uma certeza. Embora com alguma relutância, desta vez, tenho que dar razão ao Santana Lopes quando diz “ É possível um cenário de "sarilho institucional" entre Cavaco Silva como Presidente e o Governo de José Sócrates devido ao perfil de "Presidente activo. Se ele for eleito, as pessoas ficam sem saber quem manda no país“.
Sabendo da raivinha de estimação que tem para com o CDS tudo fará para reduzir este partido a uma insignificância sem qualquer papel na vida politica. Líder de toda a direita bastar-lhe-á encontrar alguém no seu partido que, assumindo a liderança, possa depois formar um novo governo. Bem colocado para essa posição encontra-se a dupla António Borges / Manuela Ferreira Leite com o seu bando de apaniguados. Esta estratégia está há muito delineada e foi notória já no último congresso do PSD (só o Marques Mendes é que parece que não viu isso).
O PSD encontra-se neste momento com uma liderança que ninguém tem duvida ser de transição. Marques Mendes foi eleito no último congresso para fazer a travessia do deserto nos anos de oposição. E, sendo esta oposição, à imagem do seu protagonista fraca, o perigo de ser o Próprio Presidente da Republica a assumir essa tarefa é grande. Podendo-se prever, pelas sus declarações mais recentes ("Nenhum presidente da República pode abrir mão dos poderes que a Constituição lhe confere", “as pessoas, neste momento, acham que o Presidente da República pode fazer muito”, “o país tem falta de rumo”, etc.) o choque entre Cavaco e Sócrates é quase inevitável e o conflito institucional quase uma certeza. Embora com alguma relutância, desta vez, tenho que dar razão ao Santana Lopes quando diz “ É possível um cenário de "sarilho institucional" entre Cavaco Silva como Presidente e o Governo de José Sócrates devido ao perfil de "Presidente activo. Se ele for eleito, as pessoas ficam sem saber quem manda no país“.
Sabendo da raivinha de estimação que tem para com o CDS tudo fará para reduzir este partido a uma insignificância sem qualquer papel na vida politica. Líder de toda a direita bastar-lhe-á encontrar alguém no seu partido que, assumindo a liderança, possa depois formar um novo governo. Bem colocado para essa posição encontra-se a dupla António Borges / Manuela Ferreira Leite com o seu bando de apaniguados. Esta estratégia está há muito delineada e foi notória já no último congresso do PSD (só o Marques Mendes é que parece que não viu isso).
Este é o grande perigo da eleição de Cavaco Silva. Esta é a razão pela qual ele não pode ganhar.
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