segunda-feira, janeiro 02, 2006

Um Jardim à beira mar plantado


Para quem vive neste jardim à beira mar plantado, a cada dia que passa, maior se torna a dificuldade de compreender este mundo onde vivemos. Os preços dos bens essenciais sobem muito acima da inflação (a matemática já não é o que era) e os ordenados muito abaixo. Vemos os grandes grupos económicos a aumentar os seus já fabulosos lucros em 30, 40 ou 50 % e aqueles que para eles trabalham a terem aumentos de miséria. Já éramos dos países com um menor nível de vida, nesta Europa que devia ser social e solidária, e a cada governo que passa mais nos enterramos nesta lógica economicista sem sentido. Desde os governos do Sr. Cavaco (inclusive) que o défice é uma arma de arremesso para justificar a perda de direitos e aumentar cada vez mais as dificuldades de todos nós. Não há eleições em Portugal em que não nos seja tudo prometido, para no dia seguinte vermos ser realizado um estudo sob as contas públicas e os impostos aumentados. É a coberto de ordenados e reformas sumptuosos, (ex: Sr. Governador do Banco de Portugal) que nos vêm esses “Senhores” pedir contenção e paciência em nome do futuro. Como dizia o Zé Mário Branco, no seu “FMI”, “que se foda o futuro, quero ser feliz agora, porra”. Eu digo o mesmo e responsabilizo todos, mas todos os economistas que, como o “D. Sebastião do PSD” que veio do nevoeiro Inglês para nos dizer, numa entrevista, que o País, o nosso Portugal, não está em condições económicas para dar uma pensão mínima de 300 euros a quem trabalhou e sofreu toda uma vida por ele. Gostava de ver esses senhores a viverem, não um mês, mas uma semana com esse dinheiro. Citando uma vez mais o Zé “Filhos da Puta”.

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