quarta-feira, maio 03, 2006

Bolivia: El gás es nuestro

Evo Morales com a nacionalização dos hidrocarbonetos é recentrado na agenda política internacional e severamente criticado pelas democracias que idolatram o mercado e impõem modelos “ politicamente correctos”.Evo Morales é, em suma, produto de um sistema político global que não tem sido capaz de dar resposta à imensa pobreza que se mantém no hemisfério sul, seja na América, na Ásia ou em África.
Evo Morales é filho de uma Bolívia que, apesar de ter a segunda maior reserva de gás natural da América do Sul, continua a ser o mais pobre país do sub continente.Os donos dos negócios petrolíferos, através dos média que controlam, não se cansam de ridicularizar Evo e vaticinar, para a Bolívia, um destino de economia inviável
Será mais difícil convencer os bolivianos que o sistema que os mantém na pobreza é o ideal e que a forma como os impérios governam o mundo é inevitável.
Jorge Matos
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Contribuição para o Echelon: Kwajalein, LHI

6 comentários:

  1. Anónimo3/5/06 16:25

    Vamos ver quanto tempo é que o Morales vai durar sem fazer marcha-atrás!!!

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  2. Evo morales é um cara controverso. Será que quer o bem da Bolívia estatizando as reservas de gás natural e petróleo ou quer aparecer na mídia internacional e reverter a queda de popularidade dos últimos meses?

    Um abraço

    Marco Aurélio

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  3. ora toma! um movimento a favor dos 64% de pobres bolivianos!

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  4. Anónimo4/5/06 00:58

    Nestas coisas não sou muito optimista... Mesmo que Morales conseguisse que as multinacionais lhe dessem 80% dos seus lucros, será que o povo boliviano iria beneficiar disso ou iria tudo cair nas mãos dos corruptos do costume? Ou para comprar armas? jactos particulares? palácios?...

    Enfim, de boas intenções está o mundo cheio. Gostava muito que o Morales estivesse realmente a pensar no bem-estar do povo, mas se já conheço os politicos... Uhmmm...

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  5. Este Morales é um Indio, não é? Pode ser que nos venha dar uma lição a todos de honestidade. Ainda quero acreditar que vai chegar um politico que não se deixe comprar.

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  6. Anónimo4/5/06 16:40

    1- O Referendo vinculante de 18 de Julho de 2004 - marcado depois de uma enorme contestação social dos trabalhadores e camponeses bolivianos que varreu o país em finais de 2003 e inícios de 2004 - feito ao povo boliviano decidiu que cabia ao Estado nacional recuperar a propriedade dos hidrocarbonetos do país.

    Ou será que as eleições e os referendos só são válidos quando não colidem com os interesses das grandes multinacionais? A propósito, este referendo foi realizado antes do Evo Morales ascender ao poder.

    2- o Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos, assim como o Pacto dos Direitos Económicos e Culturais, subscritos a 16 de Dezembro de 1966, determinam que: "Todos os povos podem dispor livremente das suas riqueza e recursos naturais, sem prejuízo das obrigações que derivam da cooperação económica internacional baseada no princípio do benefício recíproco, assim como no do direito internacional. Em nenhum caso poderá privar-se um povo dos seus próprios meios de subsistência".

    Será que a lei internacional não é para cumprir quando isso não interessa?

    3- As multinacionais que literalmente pilhavam os hidrocarbonetos bolivianos ganhavam dez dólares por cada dólar lá investido. Escusado será dizer que para o povo boliviano nada lá ficava...

    Por isso a nacionalização de qualquer actividade económica é uma medida de grande importância para a autonomia e soberania de um povo sobre os seus recursos. Longe de ser a solução para todos os problemas, é um passo de grande importância para a melhoria das condições de vida do povo boliviano.

    E convém esclarecer que a nacionalização do gás natural, etc. foi uma das maiores exigências que os trabalhadores bolivianos que andaram meses na rua a lutar contra o servilismo e a política de miséria do governo do Sanchez Losada e o resto da pandilha. Ou será que a vontade popular (neste caso exigindo uma medida importantíssima para a sobrevivência económica do país e para a melhoria das suas condições de vida) não é critério nesta história toda?

    4- Claro que quando se toca na propriedade privada em qualquer parte do mundo vêm logo as virgens púdicas do costume berrar contra a heresia comunista das nacionalizações. Sobre isto, como dizia o ditado popular, os cães ladram, a caravana passa [ou seja, os escribas do costume grunhem, mas os povos e a história avançam]!
    João Aguiar

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