quarta-feira, maio 03, 2006

O LOBBY DO PLAFONAMENTO

Adaptado de obra de Mel Ramos
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Paulo Portas, no seu “estado da Arte” apresentou o "plafonamento" dos salários como a medida que resolveria os problemas financeiros da Segurança Social. Esta medida resume-se no seguinte: os trabalhadores e as empresas em que trabalham no lugar de entregarem a totalidade dos descontos à Segurança Social, como actualmente sucede, passariam a entregar apenas uma parte à Segurança Social, passando a ser obrigados a entregar o resto a companhias de seguros e a empresas gestoras de fundos de pensões. Como consequência, o valor da pensão que os trabalhadores passariam a ter direito a receber da Segurança Social baixaria, ficando a outra parte dependente de uma empresa orientada pela lógica do lucro.
A implementação de semelhante proposta determinaria uma redução irrisória nas despesas, nada resolvendo. Para além disso, a sua aplicação determinaria que durante os primeiros 15 anos se verificasse uma redução importante da receita sem se observar qualquer diminuição de encargos.
O objectivo dos defensores do plafonamento resume-se a aumentar o mercado para seguradoras e empresas financeiras, portanto objectivos estranhos à Segurança Social a aos interesses de um Estado.
O plafonamento é uma panaceia que não protege, mas depaupera, a rede de protecção do estado que a Segurança Social deveria constituir.
Jorge Matos
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Contributo para o Echelon: Kwajalein, LHI

6 comentários:

  1. actualmente, só o pp defende plafonamento... e se o fundo falir? e os recursos que são desviados do sistema público?

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  2. Anónimo3/5/06 14:31

    mais areia para os olhos, proveniente de um verdadeiro canalha!...
    não é só ele que quer o plafonamento..
    são todos aqueles que tem detido o poder!
    só não explicam como é que o dinheiro entregue às seguradoras ou à banca (que são uma e a mesma trampa) será rentável e não mo é quando gerido pela ss.....

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  3. Anónimo3/5/06 14:32

    Cabe ao estado garantir o bem publico e não pode tranferir a sua responsabilidade em troca de lucros para privados. Quem acabaria sempre por pagar esses custos serião de novo quem já pagou

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  4. Anónimo3/5/06 16:29

    Concordo com a dissertação, no entanto é um facto e respondendo aqui ao luikki, que o dinheiro nas mãos dos privados é sempre mais bem gerido do que nas mãos do Estado. Além disso existe ainda uma outra coisa que são os seguros de fundos de pensões.

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  5. Anónimo3/5/06 18:44

    "dinheiro nas mãos dos privados é sempre mais bem gerido do que nas mãos do Estado......"
    o estado que passe a gerir como deve ser o dinheiro que lhe é entregue!!!!

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  6. A ideia de o estado ter de gerir sempre mal é um mito. Quanto à possibilidade de se descontar para o privado ela já existe. São 11% para o estado e mais o que se desejar para PPR ou seguros. O Paulo portas ao tentar justificar a sua opinião, utilizando o exemplo suéco, social-democrata e tudo, acabou por dizer que lá se desconta 16% para o estado e 2,5% para o privado. Se cá descontamos 11% quem desejar igualar a Suécia só tem de investir os 7,5% restantes no privado. (Estas contas mesmo assim não estão correctas que ainda há a forma como as empresas pagam a sua parte)

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