terça-feira, outubro 03, 2006

Civilização e solariedade

«Ao procurar garantir os chamados direitos sociais, o Estado é invariavelmente levado a coarctar os direitos individuais – particularmente o direito à liberdade. Assim, as leis que visam garantir o direito ao trabalho coarctam a liberdade dos empregadores e, frequentemente, a dos empregados também; o sistema obrigatório de segurança Social impede cada cidadão de escolher o seu próprio regime de reforma; os sistemas colectivizadores da educação e saúde retiram a todos os cidadãos a liberdade de escolherem os serviços de educação para os seus filhos e de saúde para si próprios.»
"Pedro Arroja"

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Esta frase é de um gajo qualquer, ultimamente muito badalado, mas para quem me estou nas tintas, para ele e para todos esses "Blasfémos". Um gajo que ganha o seu dinheiro apostando o dos outros é um oportunista e pouco mais vale que isso mesmo. No entanto, as suas palavras são suficientemente esclarecedoras para merecer alguns comentários.
O homem mais antigo de que se tem conhecimento viveu à 450 mil anos. Um longo caminho foi percorrido desde aquele hominídeo até ao homem de hoje, muito avançámos em termos civilizacionais. Passamos por guerras, por revoluções, por crimes e heróis. Aprendemos a aceitar o nosso vizinho e o valor da solidariedade. Passo a passo, tornámo-nos numa espécie mais civilizada.
O que é proposto nesse texto, em nome de uma falsa ideia de liberdade, é o voltar a trás nesse processo civilizacional, o regresso à lei do mais forte, ao cada um por si. Sei que a evolução é feita de avanços e retrocessos, mas haverá, neste caso, necessidade de um regresso ao passado?
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Contributo para o Echelon: spies, IWO, eavesdropping

18 comentários:

  1. Ora parece que o amigo Kaos escreveu um "post" à minha medida. Demasiada pretensão? Acredite! Dissequemos então o seu texto nas partes que me interessam. Afirma que “muito avançámos em termos civilizacionais”. Lamento informá-lo mas avançámos muito pouco ou nada. A única diferença no período citado é o aumento populacional e o avanço tecnológico, mas isso amigo Kaos, não basta para nos tornar civilizados. Eu sei que é um erro comum, mas ter inventado a Internet, ter posto o pé na Lua e descobrir a cura para a tuberculose, não significa que sejamos mais evoluídos na forma de pensar (se é que pensamos). Não significa que no básico continuemos a agir de forma semelhante a qualquer “selvagem” saído das cavernas. Diga-me o que é que está diferente NA FORMA DE PENSAR do ser humano. O facto de termos esta discussão neste blog? Não chega! 450 mil anos de evolução para apresentarmos meia dúzia de avanços científicos oriundos na sua quase totalidade de necessidades bélicas, não abonam muito a nosso favor. “Aprendemos a aceitar o nosso vizinho”. Isto deve ser piada não? Olhe para o mundo e diga-me onde isso se pratica. Talvez no café que frequenta, mas aí, caro Kaos, aí não conta. Não nos “tornámos uma espécie mais civilizada” não senhor. Olhe em redor, salte o muro. Se houver mais um site com filmagens de decapitações no Iraque vai ser de imediato o mais visto, se aparecer outro programa escabroso na televisão vai ter a maior audiência, se o novo jogo de consola for mais violento que o anterior irá vender mais. Se o Coliseu de Roma voltasse a abrir, com sarracenos ou meros fora-da-lei a serem comidos por leões, aposto que teria a lotação esgotada. Repare que com telemóveis, SMS, Internet, correio electrónico, rádio e TV os fanatismos religiosos (e a ignorância primária) difundem-se mais depressa que nunca. Aqueles que pensam como o ilustre amigo, diziam há bem pouco tempo que estas ideias só se conseguiam veicular através de sociedades obscurantistas. Parece que se enganaram. E enganaram-se não porque os meios de comunicação só divulguem este tipo de patacoadas, enganaram-se porque é isso que queremos ouvir. Não se esqueça que a maioria das pessoas não frequenta as tertúlias intelectuais que o amigo frequenta, nem tão pouco vê este blog. Mas não pense por isso que é muito diferente deles (ou de mim).
    “O regresso à lei do mais forte”. DESCULPE? Escuso-me de comentar esta.

    O que custa amigo Kaos é depois de chegar a esta conclusão, admitir que também nós somos assim (sim, tu também Kaos) e pior do que isso conseguir perceber porquê. Continuar a achar que somos diferentes, que no fundo “EU sou civilizado” e os meus amigos também, não nos leva a lado nenhum. Se há alguma coisa que devemos aprender com os milhares de anos de “civilização” esta é certamente uma delas.

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  2. Amigo Isidoro, este seu texto é muito interessante. Permita-me acrescentar o seguinte:
    Em termos Cósmicos, ou da nossa posição no Universo, ou mesmo em termos de 450 mil anos, é verdade que avançámos muito pouco na história da humanidade. O seu desenvolvimento evolutivo, nitidamente ao nível mental aparece ainda diminuto. Mas curiosamente é também ao nível mental, na área do raciocínio que há grandes diferenças.O raciocínio é hoje bastante mais desenvolvido e a invenção da escrita é um grande salto.
    A sua escrita contém verdades, de acordo, mas é apresentada de um modo meio pessimista que não subscrevo. E para lhe dizer a verdade eu já tenho mais esperança do que há uns anos atrás.
    Há muita gente que felizmente não aparece nem conta para as audiências, que contraria a cada dia que passa esse estado animal em que muitos de nós ainda nos encontramos.
    E ao fim ao cabo ao longos dos milénios tem havido altos e baixos.
    Ainda há muito a percorrer? sem dúvida, mais do que poderemos imaginar.

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  3. Prove-me, em não mais de 150 caracteres que a invenção da escrita foi um bem para a humanidade. Eu duvido! Prove-me da forma que quiser que o "raciocínio" é hoje mais desenvolvido do que há 20 mil anos. Dê exemplos. Use os materiais que se encontram no seu estojo. Esclarecimento: eu não sou meio pessimista. Já leu bem os mesus textos? Vá lá, raciocine... Já agora uma curiosidade: como é que sabe se em termos Cósmicos avançámos muito ou pouco? Já esteve no Cosmos? Não, aquela discoteca em Amesterdão com o porteiro vestido de amarelo e com as meninas dentro de tubos de ensaio onde serviam "Cosmic Tea", não conta.

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  4. Para Esteva (é que o outro foi para o Zé Leitão): O Senhor Isidoro (que no seu blog usa a pena de Outer Space Shit) explica-lhe puro e duro o que é ser assim: é ser “grunho”. O que nos levaria a algum lado é saber porque somos todos “grunhos” (e gostamos). Não percebo a sua conclusão (talvez por ser grunho), mas no meu texto não falo de bolsa, nem de emprego nem de segurança social. Diga-se de passagem que são assuntos que não me interessam muito, são coisas mais do Outer Space Shit.

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  5. Olá Kaos,
    Civilizados nós?
    Tás-te a passar?
    Grunho mesmo é o que é!
    :-)

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  6. Amigo Isidoro
    Tinha quase a certeza que te veria aparecer (espero que não te importes que te trate por tu) a dizer essas coisas aqui. Talvez até tenha, inconscientemente, feito este post a pensar em ti. Aquilo em que dizes que somos o mesmo que o homem de à 450 mil anos tem alguma verdade, mas só mesmo isso. Realmente até seremos o mesmo de à 250 mil milhões de anos, já que como as espécies daquela altura possuiamos o cérebro reptiliano em comum com eles. Cérebro esse que foi com o tempo ganhando novas camadas a que para simplificar chamarei de inconsciente um e consciente outro. Essa novas camadas vieram dsar-nos novas valencias e novas potencialidades. É por isso certo dizer que no fundo de todos nós continuamos a ser animais selvagens e com os instintos que todos sabemos ainda ter. Mas, também evoluimos, como tão bem referes, em termos tecnológicos e como te esqueceste de mencionar em termos morais, sociais e fisicos. Sei que é um exemplo ridiculo, como o seriam qualquer outro dito isoladamente, já não levamos uma mulher para a caverna arrastando-a pelos cabelos depois de lhe dar uma moca na cabeça. Mas, somos e pensamos também de maneira diferente do Viriato, da padeira de Aljubarrota, ou do Luis XVI. Por mais artificial que sejam, desenvolvemos a ideia de democracia, de social, de uma consciencia relativamente a muito daquilo que dantes eram actos normais e hoje são considerados como coisas más. Esses pensamentos certamente que alteram algo na nossa maneira existirmos. Claro, e reafirmo o que dizes, e eu também, que no fundo de todos nós existe o instinto animal aprisionado, mas pronto a saltar para o primeiro plano se para isso surgirem as condições.
    Mas, aquilo que realmente desejei manifestar, é que evoluimos em termos de pensamento. Por mais voltas que dês, o pensamento racional é hoje diferente do que era na idade média (ou outra qualquer).
    São ideias e conceitos, aquilo que falo, como o é a solidariedade. E, isso é algo que nos faz melhores, mais CIVILIZADOS, mais humanistas do que eramos anteriormente. É esta evolução e esta CIVILIZAÇÃO que as ideias desse tal Pedro Arroja e companhia fariam regredir.
    Amigo Isidoro, também eu olho para o homem como espécie com alguma tristeza e desencanto (uns dias mais que outros). Mas, isso não me pode fazer desistir de viver, de existir, e fazer-me construir as tais paredes para me esconder de uma realidade que existe, e com a qual temos de lidar de uma maneira ou de outra. A negação, como forma unica de existencia não nos leva a lado nenhum a não ser à depressão, angustia e faz de nós gente azeda e só.
    Fica bem e tenta olhar para fora, para os outros naquilo que eles têm de bom e não só como bichos que também são.

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  7. Zé, Esteva e Carminda:
    Penso que já disse tudo no comentário acima.
    bjos e abraços

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  8. Com a invenção da escrita, passámos a poder escrever cartas de Amor.
    O Cosmos ou Universo é muito grande . Nós ainda não passámos do nosso sistema solar com as nossas geringonças.Em carne e osso já fomos à Lua.
    Em Amesterdão conheço o mazzo e um café que já fechou há muito que se chamava tertulia :-))
    saudações bloguistas

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  9. Para Zé Leitão. 4 valores. O aluno acha que a invenção da escrita serviu para escrever “cartas de amor”. Errado! Primeiro porque no amor as letras ou as palavras só atrapalham. Escrever é fazer asneira! Uma reacção tão primitiva (no bom sentido desta vez) e tão visceral (no sentido de interior), acha que precisa de ser transmitida por palavras?? Pensava que fosse um aluno mais brilhante... Eu sei que com a sua frase pretendeu dar uma justificação sublime à única invenção do homem que descobriu para me impressionar, mas não me convence! Ainda por cima diz: “Com a invenção da escrita, passámos a poder escrever cartas de Amor”. Para lhe responder no mesmo tom pseudo-poético e o remeter para a Fossa das Marianas das Frases Feitas do Século XXI, atiro-lhe com esta: “as cartas de amor escrevem-se na cabeça com letras queimadas a febre”. E ainda se enterra mais com o “passámos a poder”, como se o Homem antes da escrita não pudesse exprimir o seu amor, limitado que estava na sua capacidade de expressão. Isto equipara o Gutenberg a um vendedor de caixas de bombons. E os invisuais, os surdos e os mudos? Os amputados dos membros superiores? Não conhecem o amor? E conhecendo como o exprimem? Francamente! Terá de ir à segunda chamada e desta vez olhe para os materiais que estão no seu estojo. Saudações (por escrito).

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  10. Todas as cartas de amor são
    Ridículas.
    ....
    Mas, afinal,
    Só as criaturas que nunca escreveram
    Cartas de amor
    É que são
    Ridículas.

    ....
    (Todas as palavras esdrúxulas,
    Como os sentimentos esdrúxulos,
    São naturalmente
    Ridículas.)

    Alvaro de Campos (Fernamdo Pessoa)

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  11. kaos

    a lei do mais forte existiu e existirá sempre, qualquer que seja o registo, ou o nivel tecnologico de uma sociedade. agora, dizer que é tudo igual, por Deus!! vamos viver pro botsuana?

    beijinhos

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  12. Cristina:
    Dai, o avanço civilizacional de que falo, com a solidariedade e a criação do estado social para impedir que a lei do mais forte sufoque aqueles que menos podem. Exactamente aquilo que defendi no post.
    bjs

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  13. Gostei da sua resposta Dr. Kaos (espero que não se importe de tratá-lo por Doutor). Ora então esqueci-me da evolução moral, social e física. Retirando o último caso, que não está directamente relacionado com o desenvolvimento intelectual ou com a forma de pensar de uma determinada civilização, encerrando aliás a teoria conceitos de pureza de raça que me espanto de ver apadrinhados por si, resta-nos a evolução moral e social. Bravo! Acredita o Doutor, que passados estes milhares de anos evoluímos moral e socialmente. Ou seja, escolheu como exemplo os padrões morais e sociais, escolheu regras, limites, definições, castrações mentais, os coletes de força dos “civilizados”, enfim, tudo aquilo que nos impede de… Orgulha-se do género humano por este estar “social e moralmente” melhor. Entendemos finalmente o que era a democracia e a solidariedade. Estamos agora mais arrumadinhos. Sabemos comer à mesa sem arrotar e vamos à Igreja todos os fins-de-semana esforçando-nos por reter os gases. Confiamos em quem pensa por nós e já nos habituámos à trela. Em suma, como eu disse, provou-me que não pensamos. Para Pensar, meu caro Doutor, para Pensar é condição não ter padrões sociais nem morais. É condição estar-se perfeitamente nas tintas para a sociedade e para a moral. Caso contrário, não estamos a pensar, estamos a PAPAGUEAR aquilo que alguém nos disse para repetir, seja a Mamã, o chefe do partido, o Papa, o Fernando Pessoa, ou o que é ainda pior, nós mesmo. Eu, que confesso não ter a certeza se alguma vez pensei, tenho a convicção absoluta do que digo. Apesar de nunca ter estado no Botsuana. Como disse ao Zé Leitão, também esperava mais de si Doutor. Dou-lhe um 5 só porque o seu post tinha mais letras e sabe que eu aprecio muito a escrita.
    Já não levamos a mulher para a caverna com uma mocada, mas continuamos a dizer às crianças que o papão se encontra atrás da porta da rua, o que é bem pior. Para elas ficarem mais evoluídas social e moralmente, não lhes vá dar para começar a pensar.
    Li outros “posts” do seu blog e pude constatar que a maioria dos que respondem aos seus textos se limitam a escrever o habitual “excelente post”, “concordo com o Kaos” ou “parabéns”. Notei uma excepção contudo (pode não ser a única), de alguém que escreveu qualquer coisa em resposta ao texto intitulado “O Carmona quer mamar no carburador” e que o Doutor apagou com o pretexto de que o autor seria e passo a citar, “uma besta mal-educada”. Juro-lhe que não fui eu, mas gostei de o ver aplicar a sua implacável concepção de moral e de educação. Ensinados por outrem, claro. Muito revelador. O próprio título do seu blog informa-nos que só é capaz de escrever isto “ao abrigo da Liberdade de Expressão”. Faça coisas por si e fora dos abrigos, Dr. Kaos. Pense! Não advogue a criação dum “estado social” para o controlar a si e seja a quem for. Por fim e já que citou Fernando Pessoa, provavelmente porque foi incapaz de responder com uma frase da craveira da minha da “Fossa das Marianas”, sinto-me à vontade para citar também eu alguém. Aqui vai:
    “Each one of us, in his timidity, has a limit beyond which he is outraged. It is inevitable that he, who has extended this limit for himself, should arouse the resentment of those who have accepted conventions which, since accepted by all, require no initiative of application. And this resentment generally takes the form of meaningless laughter or of criticism, if not persecution. But this apparent violation is preferable to the monstrous habits condoned by etiquette and estheticism”
    Que traduzido à letra quer dizer:
    “Cada um de nós, na sua timidez, tem um limite para além do qual se sente ultrajado. É inevitável que aqueles que dilataram esse limite para si próprios, levantem no blog do Doutor Kaos o ressentimento daqueles que aceitam as convenções, que por serem aceites por todos não requerem outra iniciativa que o mero “postar” de mensagens de felicitação. Este ressentimento toma a forma de respostas confusas, poemas de Pessoa, ou quem sabe de simples eliminação. Mas esta aparente violação é preferível ao “Estado Social” e à “Educação dos Pais” preconizado pelo Doutor Kaos”.
    Não lhe vou dizer de quem é a frase, porque isso também não interessa.

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  14. Caro amigo Isidoro.
    Acredite que gosto de ver alguém defender os seus pontos de vista de forma tão coerente e empenhada. É verdade que me desarmou, logo no inicio, com aquela do Dr., deixando-me na duvida se o deverei tratar por Sr. Dr. ou Exª pelo que me fico no mais simples; tu. Como disse gostei do teu texto e argumento, concordando com alguns e com outros não. Não te vou dar nota pelo texto nem pelas ideias e deixo essa avaliação para o Prof. Marcelo e para ti, já que parecem gostar.
    Mas, voltando aos meus conceitos morais e sociais. Tens razão quando afirmas que os tenho, quando afirmas que me foram criados pela minha mãezinha, pela sociedade que me castra e me conduz em manada. Tudo isso é verdade e tudo isso aceito, em nome de uma vidinha, ridícula e sem grande sentido, que tento viver o melhor que posso. Não, não tenho em mim o génio avassalador, a loucura do artista radical, nem tão pouco vivo a minha vida em turbilhões de modernidade. Não recuso nada disso em busca de me transformar numa página em branco onde tudo o que lá se escreva seja novo, primordial selvagem. Não o faço porque não sou assim, porque há outros valores que aprecio e que pesei antes de optar para ser como sou, sem ter de me ver dentro de um colete-de-forças. Não sou como sou por obrigação ou por não poder ser outra coisa, mas sim porque decidi ser como sou (dentro dos limites em que temos forma de o decidir, e tu, por mais livre e despojado que te penses, estás tão limitado como eu. Apesar de colocares a duvida a ti próprio de alguma vez teres pensado. Engraçado como o sentido do significado que damos a certas palavras que nos são caras alteram o próprio sentido das coisas, não é?).
    Quanto aos comentários que recebo no blog, é um assunto de somenos importância e que mais não é que a vontade de cada um. Não me cabe a mim andar todo o tempo a analisar coisas que não representam mais do que aquilo que são. Se, gosto de saber que há outros que gostam do que faço? Claro que gosto e não vejo razão para ser azedo e viver toda uma vida de negação. Realmente hoje, pela primeira vez apaguei um comentário. E, apaguei-o por uma razão simples, por simplesmente ser vazio de sentido e conteúdo. Era uma bosta mal cheirosa que não fazia ali nenhuma falta, mas mesmo assim resolvi informar o seu autor das razões pelo que o fazia. É um direito que tenho e não há preconceito que me apontes que mo retire.
    É que por mais libertário que te mostres, por mais fora do sistema, do mundo dos outros, da opressão do pensamento, acabas por te sentires mais castrado só pelo medo de tocar nesse sistema. Só o vires propor-me a liberdade, a sugestão de abandonar o sistema te coloca imediatamente dentro dele. Essa tua demanda transformou-te num missionário de uma liberdade a que não consegues realmente aceder.
    Estive tentado de ir ao teu blog, para te conhecer melhor, para descobrir esse mundo de que me falas, mas preferi falar contigo só pelo conhecimento destas poucas palavras trocadas. Gostei de “falar contigo”.
    Antes de acabar obrigado pela citação do Man Ray, embora eu dos artistas prefira ver a arte que as opinações.
    Um abraço

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  15. O Dr Isidoro na ânsia de responder e avaliar, e com a agressividade com que o faz, acaba a confundir o que lê.

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  16. Ze Leitao disse:
    "O raciocínio é hoje bastante mais desenvolvido".

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