quinta-feira, maio 31, 2007

Mistificação nacional.

A felicidade de quem tem bons comentários no blog é a de poder reutiliza-los como post.
Ainda há uns dias li um aqui colocado pelo Pedro Silva do blog, “Armadilhas para ursos conformistas” de que gostei e soube que tinha de publicar. O meu obrigado pelo texto.

Somos vítimas de uma mistificação nacional.
Foi "decidido" internacionalmente e ajudados pelo sentimento de inferioridade, desejo de agradar, e temor reverencial dos políticos portugueses - da actual classe política - que deveria Portugal aceitar ser pobre, ser um país de "serviços",um país de turismo, um país de mão de obra apenas qualificada para esses sectores.
Os políticos portugueses - aquilo a que se chama "a elite", decidiu trair.

Trair é o nome do jogo.

Como tal está a desmantelar todas as áreas que impliquem gasto de dinheiro a formar pessoas extremamente qualificadas em áreas que não estas acima.

Pelo meio, os sectores destas áreas a transformar serão, nalguns casulos, retirados da concorrência internacional e "oferecidos" aos privados portugueses para que estes continuem a produzir mau serviço, mas com lucros altos garantidos e quotas de mercado asseguradas.

Uma falsa concorrência.

Esta estratégia pressupõe - logo à cabeça - que 2 milhões de portugueses são dispensáveis, e que mais 6 sejam extremamente pobres mesmo vivendo em Portugal.

1,5 Milhões viverá extremamente bem e dirá que a culpa dos pobres é de serem pobres - a culpa é deles e 3,5 viverão num novo patamar de classe média, pobres mas que lutarão para manter esse estatuto de pobreza disfarçada.

É por isso que o ano passado saíram 100 mil pessoas deste tugúrio e ninguém se importou minimamente com isso.

Quando isto estoirar o mesmo grupo de palhaços que agora defende isto e defende privatizações e liberalização da economia, mudará de discurso (vide P. Portas já a começar...) e passará a preocupar-se muito com "o social" e a solidariedade.

Entretanto esta merda fica toda fodida. E não restará pedra sobre pedra.

Pelo meio temos os sindicatos.

Representam aquilo que Almeida Garrett dizia que os monges e os frades representavam no século XIX.

Dão colorido à paisagem. Um tom pitoresco.

25 comentários:

  1. Diogo:
    É verdade que vivemos na globalizaçãos, mas também há ideias para o que se espera de cada país individualmente.
    abraço

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  2. Karo Kaos:
    Mais um post que nos faz pensar. Por estas e por outras é que hoje mandei uma mensagem ao governo, está no meu Blog. Vai em código, não vá o Diabo tecê-las e fazerem-me o mesmo que ao Charrua.
    Um abraço

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  3. não acredito que os "pobres" e a "classe média" deixem os malfeitores continuarem por muito tempo com esta política.
    a fome e o desespero darão força a cidadãos que agora se sentem subjugados!
    abraço

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  4. O número de 100.000 portugueses a emigrar é terrível. No ano anterior, foram outros tantos. Como é que o Sócrates contabiliza o desemprego ? Estes não contam, não é ?

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  5. O país entrou pelo cano e a propaganda socrática já não consegue disfarçar a situação. Só há uma solução que é mandá-los embora, mas por azar os outros que se perfilam são feitos da mesma massa.
    Fui

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  6. Isto tá uma grande porra ...há que chamuscar uns quantos gajos destes se não , não sei não!!!

    Eles vão cantando e rindo por muito mais tempo?!
    Fosga-seeeeeee

    Hoje roubei um video que pus lá na minha palhota que é de andar aos TOMBOS , da tua autoria e de mais uns dois artistas.TÁ DE REBIMBA O MALHOOO como soi dizer-se por aqui.
    Roubei , tá roubado e não o devolvo.
    O outro tb diz que tem uma licenciatura e não a devolve portantossss...


    Beijão grande

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  7. Até que enfim que alguém diz «o rei vai nu»!
    Há uns anos disse isto a alunos meus e foi um sururu. Os paizinhos fizeram queixinha ao conselho divertido, que me perguntou onde é que eu tinha ido buscar a ideia de que os meninos iam ser criados de hotel e prestadores de serviços (sexuais). Se era isso que queriam não trabalhassem na escola que o que os n/ governantes querem é ignorantes que possam controlar.
    Disse-lhes para lerem os relatórios internacionais, que era aquilo que se pretendia para o país. Em plena euforia Guterrista foi obra, mas, ou foram ler os que sabiam, ou calaram-se. Infelizmente hoje vejo que a política cont. a ser implementada.

    E andaram os meus antepassados à bulha com os Mouros e Leoneses para esta Socretina e quejandos nos...tramarem!

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  8. O circo está a começar a pegar fogo, fogo!
    Ainda bem que não fui à russia , a minha missão é mesmo ficar cá a vigiar os vlogs! Já levo daqui mais uns nomes para a lista.
    O governo ainda adrega de cair, tenho que começar a arranjar aliados na oposição que é para não perder o lugar.
    Olá malta estão bons?

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  9. e fizeste muito bem em publicar. Isto está lindo, está! (Não é o teu blog, claro. Esse está cada vez melhor.
    jinhos

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  10. Peço desculpa, mas sugiro que corrija o post para que o erro não se propague. De facto, quem refere as figuras que dão colorido à paisagem é Almeida Garrett na sua obra (já eliminada do ensino)Viagens na Minha Terra. E não é o monge e o frade, é o frade e o barão.
    Estes políticos de hoje só ganhavam se lessem estes clássicos sobre Portugal e os portugueses. Aprendiam a ler e a ler-se.
    Quanto ao Eça de Queirós, outro clássico, ainda continua a ser estudado no ensino secundário, mas já esteve por um fio.
    Sobre desgraças da política e dos políticos, e consequente tratamento que dão ao estudo da língua e da cultura portuguesas, muito havia para dizer, como sabe.
    As minhas visitas diárias a este blogue funcionam como uma espécie de catarse, porque me fazem sentir que não estou sozinho com os meus pensamentos sobre Portugal e os portugueses.Continue.

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  11. Anónimo:tem razão.
    Engano meu.
    É do Almeida Garret, sim senhora, um texto divertidíssimo e irónico

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  12. Assim com' assim prefiro o coloridodos graffitti. Os srs. galos são bafientos, maus, prevaricadores, sonsos, cretinos nas medidas que tomam, carrascos e lerdos. São mais coisas, mas tou cansada.
    Cambada de vigaristas e filhos da mãe. Pronto.

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  13. Jack:
    Em código ou em texto livre esta gente não vai deixar de te marcar. Só se lhes fizeres reverencias te poderás safar
    abraço

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  14. luikki:
    Eu já acredito em tudo. Se as sonfagens são veradeiras este povo anda aparvalhado
    abraço

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  15. anonimo:
    Claro que não, esses são contabilizados com gente em busca de novas oportunidades
    abraço

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  16. Guardião:
    Há que procurar novas alternativas fora do usual quadro PS/PSD. Esses são ghão que já deu uvas
    abraço

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  17. Laurentina:
    E fazes muito bem em roubar. Na internet temos de ter o principio que tudo quanto é publicado se torna bem publico
    bjs

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  18. anonimo:
    Eles não gostam de ver as verdades ditas em publico, mas isso não nos pode calar. Que se lixem, temos de lutar por este país e por quem cá vive. Eu, pelo menos não me vou calar
    abraço

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  19. doctor olavo:
    O melhor mesmo é ter um cartão de cada partido e dizer sempre que sim. Eu aqui no blog já só digo bem deles
    abraço

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  20. tb:
    Animação não tem faltado. Vamos ver onde isto nos leva.
    bjs

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  21. anonimo:
    Obrigado pela retificação. O texto estava num comentário e eu não reparei, nem sabia de quem era a frase.
    uma abraço

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  22. Pedro silva:
    Já corrigi o texto. Obrigado
    abraço

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  23. Cris:
    Mas quem se lixa sempre somos nós.
    bjs

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  24. «««««As minhas visitas diárias a este blogue funcionam como uma espécie de catarse, porque me fazem sentir que não estou sozinho com os meus pensamentos sobre Portugal e os portugueses.Continue.»»»»

    registo mais uma vez que para muita gente, os blogs são a única coisa que lhes consegue fazer quebrar a sensação de solidão extrema, pelo menos em termos intelectuais...

    não, não estamos sozinhos...

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