quarta-feira, julho 25, 2007

O Tratado do Novo Mundo

A amiga “rendadebilros” do blog “Que conversa”, lançou-me um desafio. Partilhar a 4ª linha da página 161 do livro que estou a ler e eu deparei-me com uma dificuldade. O livro não tem página 161. Escolhi por isso uma passagem desse mesmo livro que me parece importante e que defende ideias idênticas aquelas que tanto por aqui tenho falado. Publiquei isto nas "Notas do Kaos", mas como não tinha texto para este post e já tinha tido o trabalho de o copiar do livro, aproveitei.

"Este final de século, a dinâmica dominante é a mundialização da economia. Esta baseia-se na ideologia do “pensamento único”, o qual decretou que, daqui em diante, só é possível uma única politica económica; alem disso, somente os critérios de mercado e do neoliberalismo (competitividade, produtividade, livre comércio, rentabilidade, etc.) permitem a uma sociedade sobreviver num planeta que se tornou selva de concorrência. Neste núcleo resistente da ideologia contemporânea vêm implantar-se novas mitologias que tentam fazer aceitar aos cidadãos o novo estado do mundo.
A mercantilização generalizada de palavras e das coisas dos corpos e dos espíritos, da natureza e da cultura, que é a característica central da nossa época, coloca a violência no cerne do novo dispositivo ideológico. Este, mais do que nunca, repousa no poder dos meios de comunicação de massas em plena expansão por causa da explosão das novas tecnologias. Ao espectáculo da violência e aos seus efeitos miméticos, acrescentam-se, de maneira bastante insidiosa, um número cada vez maior de novas formas de censura e intimidação que mutilam a razão e obliteram o espírito."
RAMONET, Ignacio, Geopolítica do caos, Editora Vozes 2ª Edição 1998, Editions Galillé 1997

Contributo para o Echelon: Electronic Surveillance, MI-17

4 comentários:

  1. já lá deixei a notinha. Aqui com foto é mais apelativo ainda. :)
    Depois vou cravar-te para me emprestares o livro. :)
    beijinhos

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  2. Sempre atento e interessado aos textos do Kaos, ainda bem, perdoe-me a franqueza, que hoje não teve texto. Esta é uma citação que se basta a si mesma. Da sua leitura fica-me aquela interrogação - que julgo que acontece de quando em vez a qualquer um - dá-me impressão que já tinha lido isto antes! E no entanto a resposta mais certa, é que não! Porque será que estes enleios de memória nos acontecem?!

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  3. tb:
    Tudo bem quando desejares é só pedir
    bjs

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  4. João Rato:
    A resposta é f´+acil, afinal basta olhar para a realidade e pensar um pouco e chega-se a estas conclusões com facilidade. Estranho é que há quem não as veja, ou seja que não pense.
    abraço

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