segunda-feira, setembro 03, 2007

Triste destino

Portugal registou em Julho a maior subida homóloga na taxa de desemprego entre os 27 Estados-membros da União Europeia (UE), com uma subida de 0,7 pontos percentuais, tendo passado de 7,5% para 8,2%, segundo dados divulgados esta sexta-feira pelo Eurostat. O desemprego na zona euro recuou 0,9 pontos percentuais em relação aos 7,8% registados em Julho de 2006, cifrando-se em 6,8%, menos uma décima do que em Junho e menos 1,1 pontos percentuais que um ano antes.

Venha de lá agora o Senhor Engenheiro explicar estes números, que nós gostávamos de entender esta filosofia de progresso, que faz com que cada vez mais vivamos pior e nos distanciemos dos números, da bem amada Europa. Mais graves são estes números quando se referem ao verão, época do ano em que o emprego temporário na actividade turística, geralmente possibilita aos governos cantarem aleluias sobre a queda do desemprego. Quando será que entendem que o desemprego só diminuirá com o fim deste liberalismo capitalista e quando as politicas forem feitas a pensar nos cidadãos e não no grande capital. Que eu saiba a especulação bolsista não cria empregos, como também não o fazem os investimentos da banca e das grandes empresas portuguesas nos mercados europeus, pelo menos para os habitantes deste jardim, que tratam tão mal. Será que mais uma vez vamos continuar a assistir ao descalabro para depois ver estes governantes seguirem as pisadas dos anteriores e “fugirem” para outros chorudos tachos lá fora, nas ONU’s , Comissões Europeias ou em outras “ Instituições de pagamento por serviços prestados ao sistema”. Só não entendo que esperam os Portugueses para exigir responsabilidades a esta gente e depois correr com eles daqui para fora. Já chega de tanta “competência” para nos levarem pelo caminho errado, o da pobreza, da subserviência e da miséria.

Contribuição para o Echelon: Kwajalein, LHI

6 comentários:

  1. Eu não diria melhor:

    "...Assim, os indivíduos detentores de coluna vertebral, independência e sentido crítico, não têm outra alternativa que a de partir. Sinistra, empobrecedora e controleira, tal sociedade está votada a figurar entre as mais arcaicas, imobilistas e medíocres do Ocidente. É aí, precisamente, onde estamos!"

    http://combustoes.blogspot.com/2007/09/valor-e-cumplicidade.html

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  2. Anónimo3/9/07 12:53

    A propósito de desemprego não posso deixar de o relacionar também com as notícias dos dois últimos dias- tantos professores por colocar levaram a ministra (será humana? terá férias???) a comentar que a escolha de cursos por parte de muitos jovens não é a mais acertada e têm de mudar de opção, pois professores não o serão tão cedo (ou nunca). Pergunta-se: quem determina o número de vagas em cada curso? quem cria cursos cuja única saída em Portugal é o ensino? Será que o problema é haver catedráticos que só podem leccionar determinadas cadeiras de certos cursos e após tanta especialização não se lhes pode dizer: «não há mais "clientes" para as suas turmas?»...ou é mais um problema economicista- fazendo-se turmas a 30 alunos e não a 20 poupa-se uma quantia significativa ao Estado? Será que o contribuinte esclarecido e pai ou mãe responsável concorda com tal poupança?
    Não entendo como se acena com um elevado número de vagas para um enorme número de licenciaturas cuja única saída é o desemprego após desepesas significativas das famílias com livros, alojamentos, etc...agora para ajudar à festa há o tal crédito! Isto é no mínimo surrealista.Crédito para futuros professores que nunca o serão!

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  3. Pedro Barbosa:
    O problema é que há gente que gosta deste país, que gosta de aqui viver e tem direito a isso. É por isso que temos de exigir que quem nos governa cumpra com aquilo que prometeu e crie empregos, garanta a saude e o ensino a todos.
    abraço

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  4. Sarcastico:
    Não se compreende tanta afirmação de melhorar as qualificações dos portugueses para no fim lhes dizerem que não necessitam deles. O ttrabalho que t~em é mesmo esse criarem as condições para que todos possam ser uteis e poderem ter uma vida decente. Este caminho que seguem só leva à miséria para muitos milhões de portugueses, qualificados ou não
    abraço

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  5. Estou para ver se nos próximos números do desemprego vão ser contabilizados os professores que ficaram por colocar. Esta gente não publicitou que agora apenas seriam colocados os professores com horário completo: imaginem o desespero das pessoas que se viram na lista dos não colocados. Eu sei para que é: para poupar algumas semanas de salário, porque é claro que as escolas vão precisar de professores para os horários incompletos.

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  6. Caríssimo Kaos,

    Parafraseando Voltaire, "Pensamentos são admiráveis, mas sensações são igualmente maravilhosas."

    Quando penso o meu País ele parece-me o melhor do mundo, mas a sensação que tenho vivendo nele é cada vez mais e portuguesmente falando, uma grande merda!

    Para se ser tratado com decência neste País, das duas uma: Anda-se dobrado ou é-se estrangeiro.

    Antes, no tempo da outra senhora, “cão que ladrasse” era preso, deportado ou tinha que fugir (quando não morto). Porque a outra senhora se dizia senhora séria e não admitia cá despautérios! Isso levou a que os cães se juntassem numa matilha, fossem eles cães de caça, pastores ou lulus!
    Hoje em tempos de marafonas, um cão aqui, outro acolá, ainda ladra à caravana que passa mas que já nem sequer se preocupa com eles. A maioria dos “cães” ou está amestrada no circo ou pura e simplesmente virou hiena.

    Sair do País não é solução porque é tudo igual? Talvez seja verdade, mas de qualquer forma, se conseguirmos obter uma outra nacionalidade, poderemos voltar como estrangeiros e seremos então tratados com deferência, ainda que abandonemos filhos menores para ir tomar uns copos com os amigos.

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