quarta-feira, outubro 24, 2007

Assombrações do passado

Adriano Moreira

Quem viveu a Revolução do 25 de Abril de 74 não pode deixar de sentir muito do que então se ganhou, muita da solidariedade desse dia se perdeu nestes anos. Foi chamada de Revolução dos cravos pois as balas das armas foram substituídas pelo vermelho da flor. Hoje, muitos se perguntam se o Portugal de hoje seria o que é se a revolução tivesse sido diferente, mas não foi. Foi isso que possibilitou que gente com culpas no anterior regime, como Adriano Moreira que foi Ministro do Ultramar do assassino Salazar, tenha podido, e poça ainda hoje, viver, falar e comentar nas nossas televisões. Não sou vingativo e acredito que todos temos direito a segundas oportunidades, mas custa-me ver quem defendeu e foi responsável activo num regime onde a policia politica violava todos os direitos humanos, mandava assassinar, invadia casas, violava a privacidade e torturava quem muito bem lhes dava na gana, venha agora afirmar que as afirmações do PRG, Pinto Monteiro, sobre as escutas, são as noticias mais alarmantes que ouviu. Fala de estado de direito e mostra-se inquietado e, muito provavelmente até tem razão. Afinal sabe bem daquilo que fala pela experiência que tem. Pela minha sanidade, vou mas é ouvir o 2º volume do Adriano que só hoje comprei.

Contributo para o Echelon: spies, IWO, eavesdropping

7 comentários:

  1. Quantos foram assassinados pelo antigo regime??????
    Nunca ouvi falar.

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  2. volta salazar estás perdoado !?

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  3. Do espírito de Abril
    resta-nos uma sombra
    por isso andamos a carpir
    o resultado que nos assombra

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  4. anonimos:

    Quantos foram assassinados? Volta Salazar? Se viveram nesse tempo devem estar com amnésia, se são novos demais para isso vão estudar a história para não dizerem disparates

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  5. Contradições:

    Não tenho agradecido o suficiente as tuas belas rimas.
    Um grande abraço

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  6. Ó KAOS DIZ LÁ PÁ QUANTOS MORRERAM?????

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  7. Dos que se conheçem que foram assassinados: Humberto Delgado, Dias Coelho, Catarina Eufémia, Ribeiro dos Santos, Pinto Leite. Morreram muitas pessoas nas prisões, sobretudo na prisão do Tarrafal em Cabo Verde.
    O PCP tem uma lista significativa de militantes seus que foram mortos pela polícia, e outros que morreram nas prisões. Os nomes acima descritos são os mais conhecidos, mas eu não conheço tudo.

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