quinta-feira, outubro 25, 2007

Assombração ainda mal passada

Bagão morte

Também este resolveu aparecer ontem nas televisões e rádios para me assombrar a vida. Esquecendo-se do que foi e fez como Ministro das Finanças primeiro e da Segurança Social depois veio chamar de "Manhoso" ao orçamento de estado dos Sócretinos e dizer-nos que tem "passagens evangélicas / angélicas". Também eu considero este orçamento manhoso, mais considero-o uma vez mais injusto, mas também considerei o mesmo quando foi o Bagão Félix a faze-los. A competência do Bagão esgotou-se na venda do património e das receitas do estado. Como estes, apostou na crise, no défice, no aumento de impostos e na redução dos nossos direitos sociais. Falta-lhe obra e moral para criticar.

PS: Há pouco vi uma "lição" dada a economistas e banqueiros sobre os malefícios deste orçamento. Segundo eles não facilita a vida o suficiente aos mamões e não nos aperta tanto o cinto como desejavam. Ando fato desta corja, a que nos governa e a capitalista que lhes serve de almofada.

Contributo para o Echelon: Electronic Surveillance, MI-17

4 comentários:

  1. Porreiro, pá!!!!

    O prémio para a excelência, para o cumprimento dos deveres, para a formação de um cidadão interventor, para como ser o melhor trapaceiro, para se conseguir um futuro ministro ou 1º ministro “porreiro, pá!”:

    http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Politica/Interior.aspx?content_id=62629

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  2. Não me canso de pensar que ninguém ouve o que dizem os economistas : e, se houver alguém que os ouça ... são outros economistas. Resumindo: falam uns para os outros mas ... penso que não acreditam no que ouvem !

    Esse tal de Bagão fica na história de NOÇÕES ELEMENTARES DE ECONOMIA quando, num "golpe" de génio, tapou o buraco do défice com verbas do Fundo de Pensões de Aposentados. Roubo não foi mas ... andou muito perto !

    Só não foi uma "operação CANALHA", porque o homem foi o primeiro português a dar o exemplo : receber "um pouco menos do vencimento" ! para "amortecer" o famigerado défice (que tanto jeito faz a certa gente !!!).

    Neste país (zito) só com grande ironia é que podemos "andar mais ou menos bem dispostos" !

    Também ouvi a dicertação do "iluminado" mas não gostei ; é que há "palhaçadas" que não aprecio !

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  3. "Há pouco vi uma "lição" dada a economistas e banqueiros sobre os malefícios deste orçamento. Segundo eles não facilita a vida o suficiente aos mamões e não nos aperta tanto o cinto como desejavam."

    Os estados-nação estão acabados. Depois de estarem na sombra do poder durante a guerra fria, as grandes companhias transnacionais assumem mais abertamente o poder absoluto.

    A história mostra que estas estruturas absolutistas de poder têm grande dificuldade em governar o mundo. Por exemplo, Hitler tinha pouca influência real no dia-a-dia da gestão do 3º Reich. Hitler limitava-se a produzir ideologia, que depois era interpretada pelo seus sequazes, que concorriam uns com os outros (por vezes violentamente) por um lugar ao sol. Mandantes locais e regionais acabam por ser pequenos tiranos nos seus domínios, embora pudessem, a qualquer altura, tornar-se vítimas de uma conspiração dos seus pares, ou até de uma súbita fúria de Hitler. Este, contudo, nunca afastou aquelas pessoas que se tornaram imprescindíveis na gestão do 3º Reich, mesmo na face de graves deslealdades. O centro imperial, assoberbado por uma torrente indigerível de informação, decidia mal e montava asneira sobre asneira. E como poderia o povo alemão, roubado de iniciativa por uma ideologia que o obrigava ao conformismo, estar à altura dos desígnios expansionistas do 3º Reich? Não podia. Ajoelhado ao semi-deus, confiava na milagrosa intervenção do fuhrer para a sua salvação.

    Por isso, estes regimes, quando finalmente se conseguem implantar, resultam na erosão da substância do seu próprio poder imperial. E é assim que o karma do império da globalização é o terrível colapso. Todos sentimos esse cheiro no ar, não é verdade?

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