quinta-feira, outubro 04, 2007

Casamento de conveniência

O Governo da república estará demasiado ocupado com a presidência da UE e a descurar a governação do país, na opinião do presidente do Governo Regional dos Açores, o socialista Carlos César. “O país está a ser governado por um subsistema de ministros sem peso político e de directores-gerais que não representam necessariamente a linha política do Governo nacional, nomeadamente no que respeita às regiões autónomas dos Açores e da Madeira”.
«Isso é uma conversa de costureirinha da Sé, saber que tu dissestes isto mas agora já não dizes isso», comentou, Alberto João Jardim a propósito da troca de palavras entre os dois chefes de Governos Regionais sobretudo quando da aprovação da Lei das Finanças Regionais.
«Só agora é que fizemos esta espécie de registo. É uma união de facto, foi um namoro de 11 anos. Leva-se 11 anos a namorar, a mandar pérolas um ao outro e, agora, passou-se não propriamente ao casamento mas a uma espécie de união de facto política».
Carlos César respondeu: “O senhor presidente (da Madeira) tem uma noiva antiga. O pior é que tenho de dar explicações quando chegar a casa”.

Depois de terem andado em guerra durante tanto tempo, o César foi a casa do vizinho e, como não podia levar só um Queijo dos Açores, lá teve de oferecer uma criticazinha ao Patrão Sócrates, para alegrar o Alberto. Aceitaram trocar a verticalidade e uma certa honra pelos sorrisos dos interesses políticos e pessoais. Um “namorisco”, onde um começou logo a pedir desculpa ao papá, para tentar não apanhar uma tareia quando chegar a casa, e o outro a ser aquilo que sempre foi, que num dia descobre um inimigo para toda a vida, para no dia seguinte lhe estar aos abraços e beijinhos. Já têm idade, um para não ser tão menino do papá e o outro, talvez por ter demasiada testoterona política, para não se andar a babar com todas as que a vão visitar. Um bocadinho de dignidade não fica mal a ninguém.

Contributo para o Echelon: 15kg, DUVDEVAN

16 comentários:

  1. Nunca vi o povo português fazer qualquer bem pelos povos ilhéus, mas para criticar algo que pode vir a ser bom para nós, açorianos e madeirenses, há sempre um português com a má-língua afiada. Que tal deixarem-nos em paz de uma vez para sempre?

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  2. anónimo:
    Penso que estás a ser injusto com o Povo português que muito tem feito e ajudado o povo das ilhas especialmente depois do 25 de Abril. Se as ilhas estão desenvolvidas, e eu sei porque vivi numa durante 18 anos, deve-o muito ao continente. Quanto à má lingua, ser-se das ilhas não vos torna incriticáceis. Era só o que faltava que isso me impedisse de dizer o que penso. Já quanto ao deixa-los em paz, por mim não vejo problema. Se desejarem reclamar a independência eu por mim nada tenha a opor.
    Fica bem

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  3. corroboro o Kaos. é uma pena que nao reivindiquem a independencia, sobretudo para a Madeira. acabava duma vez o sangradouro das finanças lusas seguido das contestaçoes e aleivosias tontas do cacique local.proponham a independencia que eu apoio na hora. mas porque é que nao se atrevem? dá jeito o dinheirinho da Republica, nao dá?

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  4. Os Açôres e a Madeira
    Cada qual à sua maneira
    Tem a sua governação
    A Madeira tem o Jardim
    Ou ser bom ou ser ruim
    Depende da opinião
    O César é educado
    Parece estar a namorar
    É corisco e "mal-amanhado"
    Mas será que vai casar?

    Haja saúde...

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  5. Costa de mão dada com Júdice
    Soares de mão dada com Cavaco
    Jardim de mão dada com César

    O Louçã bem gostava de fazer jogging de mão dada com Sócrates mas o Marcelo ainda lhe vai servir uma vichyssoise e roubar-lhe o lugar.

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  6. era mais fácil levantar a ancora deixá-los ir, ou então tirar a tampa do ralo seria ainda melhor.

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  7. Faltou-te o "E" no WEHAVEKAOSINTH_GARDEN.
    Acontece.
    Mas os rapazes lá se entendem nas suas Bragu_ilhas ;)

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  8. Kaos,sou açoriana, vivo na minha ilha há 52 anos e não pretendi, de maneira, alguma silenciá-lo, até porque aprecio os seus comentários e adoro os seus bonecos. Quanto ao desenvolvimento das ilhas deve-se ao nosso trabalho e aos fundos comunitários porque vocês nem para si têm recursos suficientes. O seu texto é ofensivo e nunca tive a oportunidade de ler qualquer comentário seu em que não nos depreciasse. Assim sendo, creio que é hora de os portugueses estudarem a história das ilhas e aprenderem que nos orçamentos regionais o contributo de Portugal é 15% para a Madeira e 19% para os Açores. Dispensamos a vossa "esmola" porque "é melhor morrer livre do que em paz sujeito". Já agora, procurem saber quem trabalhou como escravos para financiar as campanhas portuguesas em Africa cujo objectivo foi colonizar e explorar outros povos. Justiça e respeito é o que continuam a dever-nos e ainda o direito de decidirmos o nosso destino. Até sempre. Bem haja.

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  9. Eles uniram esforços
    para exigir mais dinheiro
    por não se governarem com trocos
    agora o Jardim é um gajo porreiro

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  10. anonima açoriana:
    Dizes que o meu texto é ofensivo, mas posso garantir-te que essa não foi a intenção com que o escrevi. Não digo pior dos Açoreanos que dos Madeirenses, continentais, chinenses, Americanos ou alemães. O que digo é aquilo que penso e ninguém é obrigado a concordar comigo. Eu felizmente não tento distinguir as pessoas por nacionalidades ou regionalidades mas sim pelas atitudes. Sou um defensor da liberdade e do direito que todos nós temos de escolher um caminho. Podem escolher o vosso destino à vossa vontade que para isso terão sempre o meu apoio, mesmo que não concorde com ele. O meu apoio e a minha critica sempre que considerar que a merecem e gostem ou não dela.
    Já agora eu não sou de dar esmolas a ninguém, não acredito na caridadezinha mas sim na justiça social. Como disse morei 18 anos numa ilha dos Açores e posso dizer que em condições de vida e em apoio á insularidade estão bem servidos.
    Bom fim de seman

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  11. COM OU SEM ACORDO PRE-NUPCIAL?

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  12. kaos, o que entende por apoio à insularidade? Até sempre.Açoriana

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  13. Anónima Açoreana:
    Só a baixa de impostos a que têm direito ( e muito bem) é um apoio bem bom. Acredita que senti no bolso a diferença quando voltei para o continente

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  14. kaos, a baixa de impostos é um apoio ao desenvolvimento, porque o chamado apoio à insularidade era, nem sei se ainda existe, um subsídio que os meus colegas professores portugueses recebiam quando vinham trabalhar para as ilhas e ficavam colocados em vilas muito distantes dos centros urbanos. Trabalho há trinta anos na minha vila e nunca recebi qualquer apoio à insularidade, só o salário que me era devido.Abraço.Açoriana

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  15. Açoreana:
    Eu recebia nove mil escudos de apoio à insularidade embora fosse uma remuneração que estava congelada. Há muitas maneiras de apoiar quem vive nas ilhas e os impostos são sem duviada a melhor. Acredita que faz uma enorme diferença
    um abraço

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  16. kaos,como pode ver o apoio não era para nós, mas para quen vinha de fora, acentuando esta medida os quinhentos anos de exploração colonial. Quanto aos impostos, quando tiver tempo e interesse tente saber como era antes da redução do IVA e ainda como éramos tratdos quando nós rebelávamos, como por exemplo, 0 célebre 6 de Junho, o assassinato de manifestantes, em plena rua, em 1931 em Ponta Delgada, o bombardeamento do Funchal, no mesmo ano, e muito mais, que provavelmente desconhece, mas que permanece na nossa memória de forma dolorida.Depois há os maus tratos que recebemos por causa da nossa pronúncia, da qual me orgulho, devido à ignorância de muitos e ainda o duvidar da nossa capacidade de compra em muitos lugares de comércio,porque ser açoriano ou madeirense é ser pelintra, no entendimento de muita gente na sua terra, não obstante alguns serem bastante ricos. De facto, procuro viajar para o estrangeiro a ir a Lisboa.A pobreza de espírito que faz considerar-nos seres inferiores e como costumam dizer"portugueses de segunda evidencia-se nos comentários que surgem no seu blogue.Não odeio os portugueses por todo o nosso passado, mas sempre esperei que as mentalidades mudassem,mas infelizmente tudo continua igual.É tudo muito triste.Abraço. Açoriana

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