quarta-feira, outubro 10, 2007

Falsas verdades, verdadeiras mentiras

Afinal parece que os professores também podem ir parar à lista de excedentários da Função Publica. Contrariando as afirmações, que fez há uma ano na Assembleia da Republica, em que chegou a acusar dos Sindicatos de estarem a inventar, chega-se agora à conclusão que afinal sempre era verdade. Falsas verdades e verdadeiras mentiras parecem ser a especialidade deste governo.

Contributo para o Echelon: spies, IWO, eavesdropping

56 comentários:

  1. Excedentários? Uma das mais nobres, senão a mais nobre profissão, tem sido tratada abaixo de cão, não só por este governo, mas pelos multiplos governos ao longo dos anos. Só mesmo o amor e dedicação à profissão permite aguentar os sacrificios e privações a que os professores são vetados com graves repercussões das sua vidas privadas e familiares.
    Neste país a educação é vista como algo superficial e secundário. Por tal é que continuamos a "penar" no terceiro-mundo europeu.
    E depois vêm falar de produtividade, competitividade e outras coisas terminadas em ade.
    Vão mas é morre longe!
    Intitulam-se estes cromossomas ministros da educação?
    Nem ao menos aprederam qualquer coisinha quando andaram - isto é se andaram - la´por Cambridge, Oxford, Paris ou Praga?
    Creolina neles todos, é o que merecem.
    Saudações.

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  2. Há 8 alunos por professor. Estamos quase como a Música no Coração. Queriam o quê?

    Já agora, quando é que a mais "nobre profissão" resolve apresentar algum resultado para que o contribuinte veja alguma coisa a mudar. Sei lá, que tal começar a acertar nas perguntas dos exames já que se pede aos alunos que acertem nas respostas...

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  3. A verdade não é o forte duma certa classe. Culpem-se os professores, que não souberam inculcar-lhes valores.
    Cumps

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  4. O Marreta falou e disse, quanto ao O tonibler, este ostenta a sua ignorância de forma insultuosa. Sou professora há trinta anos e nunca tive menos de vinte cinco alunos por turma.Depois quem faz os exames não são todos os milhares de professores deste país.Sugiro que frequente aulas de apoio porque continua com problemas de aprendizagem porque não consegue apreender donde emana a desgraça deste país.

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  5. À professora anónima de há 35 anos posso-lhe dizer que não inventei o número. Faz parte das estatísticas da educação e pode consultá-las no ministério. Se pensar um bocadinho, percebe que se tem mais de 25 alunos na sala e há 8 professores por aluno, então, se calhar, assim só por alto,... HÁ MESMO PROFESSORES A MAIS QUE NÃO FAZEM NADA! DAH!(uma expressão para não sentir falta dos petizes...)

    Quanto aos exames, não são professores deste país? Não são os milhares, mas supostamente foram escolhidos entre os milhares. Mais uma vez, faço um apelo ao brilhante raciocínio que aqui demonstrou, para entender que, admitindo que os que fazem os exames não foram escolhidos entre os piores dos piores, então há um boa percentagem que devia ser despedida sumariamente por manifesta incompetência. Certo, shôtora?

    Peço desculpa se a insultei mas, agora que já percebeu(?) que o seu comentário foi burro, se admitir que o governo se destina a defender os cidadãos, e não os cidadãos que trabalham para o estado, então saberá que o dever da ministra é mandar umas dezenas de milhar de professores para o quadro de excedentários. Embora, uma boa parte mereceria apenas o despedimento.

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  6. Tonibler parvulus est.

    Oremus

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  7. Tonibler parvulus est.

    Oremus

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  8. Fantástico como há quem acredite em tudo o que lê nos jornais ou vê na TV... as estatísticas são o que existe de mais «manipulável» nos tempos que correm, conforme se queira construir estas ou aquelas opiniões. Há cerca de dez anos atrás, um sociólogo italiano de prestígio - na Europa «civilizada» já se utiliza uma metodologia que começamos a copiar-, afirmou que existem «as mentiras, as mentiras vergonhosas e as estatísticas». E parece que esta moldagem de mentalidades está a surtir efeito junto a alguma camada menos habituada a exercer o sentido crítico! Só que a ignorância sempre foi muito atrevida! E assim vamos continuando com a guerra dos números e a observar a credulidade de alguns a ficar obesa. Talvez seja por isso que a Filosofia seja uma disciplina tão difícil... é que dá trabalho pensar! Não vale a pena dizermos (nós os que temos mais de 20 anos de docência) que durante todo este tempo nunca tivemos, sem tréguas, menos de 80-100 alunos por ano lectivo porque «o mais cego é aquele que não quer ver».Também não vale a pena afirmarmos que «tomam a nuvem por Juno», pois os clones inglesados de trazer por casa de 1ºs ministros britânicos e ingerentes nunca viram tal expressão nas TVIs nem a leram nos «Correios da Manhã» da Pimbalândia que temos visto crescer, contribuindo para manter viva aquilo que já no século XIX a inteligenzia portuguesa designava por «decadência dos povos peninsulares» .
    Quanto a afirmações de menor elevação é certo que «quem não se sente, não é filho de boa gente», mas alguns anitos trouxeram-me a aprendizagem de que quando não há um civilizado confronto de ideias, falham os argumentos e passa-se ao insulto e à calúnia sem fundamento, nessa altura a melhor resposta será, sem dúvida, o silêncio e, quanto a isso, adquiri a teoria embora a prática ainda não seja uma realidade. E já gastei muitas palavras com o que as não merece.

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  9. Excedentários vamos ser quase todos se não houver alterações.
    Cada dia se vê mais ignorância política e piores resultados.
    E, muito grave, a maioria dos que sabem alguma coisa, estão calados.

    Ugh

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  10. Tonibler:
    Penso que deve haver alguma confusão nos números que apresenta. Tenho dois filhos em idade escolar e ambos estão em turmas com quase trinta alunos. Basta ver que o ministério fechou as escolas com menos de 10 alunos. Seja como for os números dados pela ministra não passam mesmo disso, de números dados pela ministra. Há certamente muito professor a fazer tarefas, como por exemplo ela própria que fazem alterar a realidade de uma simples equação. Também mostrar os maus exemplos para criticar uma carreira não me parece ser muito correcto. Se há ladrões em Portugal isso não faz de todos nós ladrões também, assim como se há quem tenha comprado um curso superior não quer dizer que não haja quem o tenha tirado com trabalho e saber.
    Não sou professor mas tenho um enorme respeito por quem o é, visto que aqueles que conheço são gente empenhada e que faz o seu melhor para ensinar os filhos deste país. Por isso e por uma questão de justiça tenho de lhes dar o meu apoio

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  11. Tonibler, brados de burro não chegam aos céus. Torne-se gente e depois venha falar com a gente séria que costuma visitar este blogue. Já agora leve o Zeca e a Lulu para casa. Vocês merecem-se. Kaos, desculpe que escreva, deste modo,mas os socretinos tiram- me do sério. A professora( com muito orgulho)

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  12. Sarcástico,

    Pode ver aqui http://w3.gepe.min-edu.pt/EstatisticasAnuais/upload/docs/AE0607vc.pdf , recenseamento escolar de 2006/2007 onde chega à conclusão simples que o número de alunos matriculados no ensino público nos 1,2 e 3 ciclos é de 1 022 806 e o numero de docentes em exercício nos estabelecimentos públicos de ensino é de 144 394, nos mesmos graus. São 7,08 alunos por professor. O número de 8 era relativo a 2004/2005, peço desculpa.

    Mas isto são coisas de ignorante, esta coisa de números. E recenciamentos? Ui, tudo mentira...

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  13. Santa propaganda.
    O Vaticano está com dúvidas sobre os Pastorinhos, e está a adiar a beatificação.

    Ugh

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  14. kaos,

    Os números são estes (não são, são piores porque fui agora confirmar e são 7, não são 8. O endereço está no comentário anterior). Eu não estou a dizer que não são 25 alunos por sala. São, tenho a certeza que me estão a dizer a verdade. A diferença é o que justifica o quadro de excedentários. E não me lixem, há anos que se sabe que dezenas de milhar de professores já não têm alunos, não é de agora. Aliás, nos recenseamentos escolares anteriores os números eram idênticos.
    Se andam a fazer outras coisas, isso é economicamente criminoso para os outros 9 950 000 cidadãos e o dever da ministra é defender os 10 milhões. Se acham que quadro de excedentários é mau, deveriam ir falar com os milhares que todos os dias são lançados no desemprego porque o estado teve que sugar à sociedade 50% da riqueza que esta produz para pagar quadros de excedentários.

    Quanto ao respeito, tenho sentimentos mistos. Se há quem eu não tenha elogios suficientes, há muita gente que leva na sua incompetência a vida de milhares de miúdos cujos pais não tiveram possibilidade de fugir ao ensino público. Falei nos exames que são apenas a face (escandalosamente) visível. No meu tempo (antes destes professores, porque já lá vão mais de 35 anos...) , os meus amigos, se iam para o privado, comentava-se "coitado, tem problemas com notas?". Hoje, graças a todo este "respeito" (e a outros factores, concordo), quando digo que vou pôr os meus filhos no público dizem-me "mas isso anda assim tão mal?".
    Aliás, o privado está repleto de filhos de professores do público. Não vos dou novidade nenhuma sobre isso.

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  15. Caro Toniblere:
    Como lhe disse conheço diversos professores e, em nenhum caso, os vejo de mãos nos bolsos sem nada para fazerem. Todos têm alunos, todos dão aulas, todos cumprem com os seus horários. Não se compreende que haja professores a excedentários se todos os anos é aberto um concurso para preencher as vagas em falta. Se há professores que não têm alunos ou não dão aulas é porque o ministério e a escola lhes deram outras funções. Que eu saiba não existe em Portugal a possibilidade de só trabalharmos se nos apetecer e de podermos mandar as chefias à merda dizendo: Hoje não me apetece trabalhar.

    Quanto ao ensino público e ao privado a minha opinião é muito simples e clara. Como disse tenho dois filhos e ambos andam na escola pública. Não se trata aqui de dinheiro, mas de aquilo que eu considero dever ser uma sociedade em que todos temos direito a uma educação e a um serviço de saúde de qualidade. se o faço faço deve-se ao facto de querer viver num país em que todos têm direito a bons serviços públicos e não num em que quem tenha possibilidades financeiras tenha os filhos a receber um bom ensino e os outros a receberem uma rápida formação para se tornarem em carne de canhão para a globalização. Isso e porque penso que é no contacto com os outros, e não só com uma elite que se formam e se criam valores de solidariedade e de justiça social. Não gostava nada de um dia olhar para os meus filhos e ver uns monstros que não se importem de passar por cima de tudo e de todos para atingirem os seus objectivos. Posso ser parvo e irrealista por pensar assim, mas sou assim

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  16. Os números são o que são e valem o que valem. E hoje em dia são manipulados por quem tem poder ou dinheiro.
    Ainda hoje, antes do telejornal, passou publicidade sobre uma empresa fornecer computadores por 150 euros aos professores. O que pensa a generalidade dos Portugueses sobre isto?
    Hoje o Min Finanças disse que em 2008 o ISP não vai aumentar. Quem acredita? Ninguém. Disse também que os impostos sobre o tabaco e as bebidas alcoólicas vão aumentar. Quem acredita? Todos.
    O números são relativos e podem ser manipulados, não é preciso ser engenheiro para o fazer.
    E neste caso, alunos por professor, foram manipulados por uma socióloga.
    Ugh

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  18. Caro kaos,

    Um grande amigo meu, vice-presidente de um conselho executivo de uma escola em Lisboa (não é em Idanha-a-Nova) explicou-me que no dia em que não cabiam mais pessoas (professores) na biblioteca, sem fazerem nada, perguntou ao ministério "e agora?". A resposta foi "não é um agrupamento(de escolas)? Então, tem mais bibliotecas...". E essa escola tem como segunda cadeira mais importante as aulas de substituição.

    Bolas, as coisas não aparecem por acaso. Se temos péssimos resultados, se temos exames errados, se temos aulas de substituição como a segunda cadeira em carga horária, se temos exames para as estatísticas não é porque os professores são uma maravilha. Ou porque a esmagadora maioria dos professores é uma maravilha. Ou mesmo a maioria. Eu, na educação, sou estalinista. Quero a melhor de todas, pública, gratuita, intensiva, excelente, que veja em cada miúdo que entra no pré-escolar o próximo Nobel da Física. Isto não se faz, nem com o ministério que temos, nem com a maioria dos professores que temos. Isto é inquestionável. A defesa da escola pública não é a defesa dos emrprgados da escola pública e, muito menos, o desperdício de recursos em coisas que não são precisas.

    Há milhares de professores mal pagos. Milhares que transmitem conhecimento de tal forma bem que conseguem manter os seus alunos de zonas pobres nos primeiros lugares em resultados. Deviam ganhar o dobro ou o triplo e, mesmo assim, o país ainda ficava a ganhar. Mas a nossa escolha, enquanto povo, continua a ser gastar esparrames imorais de dinheiro em professores que não fazem nada, ter 40% de abandono escolar antes do 9º ano, ter alunos semi-analfabetos a sair dos liceus, ter professores que revogaram a lei de Lavoisier... isto é que é ser de esquerda e defender a escola pública? E combatê-la, era como?

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  19. Toniblere:
    Eu felizmente nem nisto nem noutras coisas sou estalinista, e acredita que me preocupa muito mais não é ver crescer um Premio Nobel em cada criança, mas sim um homem. Se depois vai ganhar o Nobel ou não isso depende das suas capacidades.
    Já agora sobre a competência dos professores (onde há certamente o mau e o muito bom, porque será que um miudo chegado da Ucrania, entra numa turma sem quase saber falar português e no fim do ano é o melhor aluno a tudo, até na lingua que não é a dele? Não haverá aí também muita culpa dos pais e da sociedade que não lhes dá tempo para acompanharem os estudos dos seus filhos? Escolher só um alvo para colocar as culpas de tudo o que se passa na educação, como seria na saúde, é um erro e só faz perpetuar o problema

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  20. Kaos:

    Todos nós, na nossa vida profissional, dependemos da vontade e estado de espírito de terceiros para o nosso sucesso. Pagam-nos para ultrapassarmos essa dependência, para que as coisas apareçam feitas, independentemente das contingências. Chama-se profissionalismo.

    Se me vêm dizer que o resultado está dependente da família da criança eu, enquanto contribuinte, deveria fechar o sistema porque para educar crianças ricas, filhas de pais cultos, não preciso de um sistema público de ensino. Se eu tenho um sistema público de ensino é exactamente para minimizar as diferenças sociais e trazer para o conhecimento os cidadãos que não têm acesso a ele. Por isso é que há professores muito mal pagos e outros que não valem o ar que respiram. Não será por saberem mais ou menos matéria que, espero, a saibam na ponta da língua.

    Claro que há mais factores para além dos professores. Mas a (má)qualidade global dos professores é um factor. E não estou a falar deste ou daquele. No geral, face aos resultados, é inquestionável que a qualidade é má.

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  21. toniblere:
    Se vamos só falar da qualidade dos profissionais, como se isso só por si resolvesse o problema, então lá iam os politicos e a grande maioria dos gestores deste país para o olho da rua. Basta ver o estado em que se encontra o país. Prefiro olhar para a vida como um tempo em que temos de juntar o profissionalismo, a vida familiar, o prazer, o saber e tudo o que faz parte da felicidade. Não nos podemos ver a nós, nem aos outros como animais de carga que só servem para produzir.
    Temos de olhar para a vida como um todo e não só como uma função

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  22. Kaos:

    Concordo. Não podemos ver os outros como animais de carga. Nem aqueles a quem pagamos, nem aqueles a quem pedimos dinheiro para os pagar. Os meus filhos só se podem alimentar depois dos professores serem pagos, porque primeiro o estado retira o que quer do meu suor e, só depois, eu posso dar de comer aos meus filhos. E visto desta forma, quem é o animal de carga nesta história?

    Profissionalismo é fazer as coisas acontecerem, não é ser infeliz. Se as pessoas são infelizes por serem profissionais, têm realmente um problema que devem solucionar, mas compreende que não devem ser os meus filhos nem os teus a solução para isso. Quando eu deixo alguém ir pagar a prestação do carro antes de eu alimentar os meus filhos, não é para que ele seja feliz (isso cabe-lhe a ele), é para que seja profissional. Já agora, tens essa compreensão toda quando o supermercado te vende um produto fora de prazo? Pagas na mesma, compreendendo que o Belmiro queira ser feliz?

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  23. Caro Kaos: Você está coberto de razão. Parece-me é que está a gastar o seu tempo e a sua brilhante argumentação com alguém que já sabe tudo acerca deste(s) tema(s), alguém cheio de ideias feitas,altamente influenciado pelos media que, como sabemos, transmitem o que o capital quer transmitir, a fim de acabar com o que de democrático e público ainda existe. O ataque aos professores é uma estratégia recorrente. É fácil, porque toda agente contacta com eles. Porque é uma classe esclarecida. porque é a classe profissional que transmite o acesso ao "conhecimento". Toda a gente teve um professor mais mau que todos os outros. Toda a gente vê que é uma classe combativa, que dá luta, que tem dois ou três fortes sindicatos.
    É triste ver gente tão enganada, e simultaneamente, tão manipulada.

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  24. Helena:
    Quando argumento oiço e digo de minha justiça, não procuro convencer ninguém nem mudar-lhe a sua opinião. Cada um Vê a vida pelo lado que gosta mais. O que me parece fundamental é que consigamos pensar pelas nossas cabeças e não deixemos que nos digam o que temos de pensar

    Toniblere:
    O meu olhar sobre o estado é diferente do teu. Eu não sou contra o estado nem contra o pagamento de impostos. Queria era vê-los aplicados onde realmente deviam e não a servir para garantir os interesses e a riqueza de alguns. O ordenado de um professor ou de um enfermeiro é dinheiro bem aplicado, já o mesmo não sei quanto às fortunas e reformas pagas a alguns chulos do sistema. Como tenho tentado explicar, acredito num estado social e que não é passando-o para os privados, que compreensivelmente só procuram o lucro, que as coisas vão melhorar

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  25. kaos:

    Tens a mesma visão que eu. A diferença é que o ordenado de um professor não representa, necessariamente, dinheiro gasto em educação. O ponto de toda esta discussão é esse.

    helena:

    Eu é que sou influenciado pelos media? Que tal pararem de encadear ideais feitas, começarem a pensar pelas vossas cabeças e irem ver o recenseamento que eu indiquei? E, já agora, lendo o comentários que li aqui, explique-me para que é que preciso dos media para me darem uma opinião negativa?

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  26. Respondendo ainda à questão dos excedentários, também foi comentário de alguns altos representantes do ministério que no presente ano lectivo tinha aumentado o núnero de alunos «dada a política educacional de sucesso»- afinal em que ficamos? Veja-se comentário da representante máxima da DREN sobre a Escola Secundária de Santa Maria da Feira onde há aulas em tudo quanto é sítio e os jovens não conseguem almoçar adequadamente, sujeitando-se a empurrões e a filas intermináveis.
    Amigos de outros países comentaram que se por lá o Estado permitisse a criação de inúmeras vagas em cursos universitários cuja única saída é a docência quem se sentaria no banco dos réus seria o próprio Estado.
    Actualmente, os conselhos executivos são alertados para que não prevejam vagas de professores em número superior à efectivamente necessária para a leccionação em cada ano lectivo. Quando os «horários zero» são mais do que muitos, como refere Tonibler relativamente ao caso que conhece, é porque quem desempenha funções de gestão falhou quanto à previsão de professores na sua escola ou agrupamento, pelo que se poderá depreender não ter sido aluno competente a Matemática e, como tal, deveria ter incumbido quem fosse mais ágil nos números a fazer as contas. Estou há 20 anos na mesma escola e nunca houve horários zero durante todo esse tempo (nunca fui da gestão, entenda-se), quem trata desse assunto são colegas de Matemática que têm dado boas provas nesta matéria.

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  27. Dei-me ao trabalho de ler e acompanhar calmamente todos os comentários anteriores.

    Na verdade, treino em matéria de paciência, os professores já têm de sobra... e infelizmente, também lhes sobram os “bons modos” e os brandos costumes. Mas, ultimamente, cada vez está mais claro na minha cabeça, que de momento, o que faz mesmo falta aos professores, é uma boa dose de agressividade nas suas argumentações. Isto anda a precisar de uma peixarada das antigas. A opinião pública precisa escutar algumas verdades, com todas as letras e em BOM PORTUGUÊS. Anda mesmo a fazer-lhes falta e talvez ficassem esclarecidos uma vez por todas! Chamar os bois pelos seus nomes, é fundamental!!!!!

    Porra, os males da sociedade vêm TODOS desaguar à ESCOLA, e, o contrário, é FALSO!!! Só não vê isto quem QUER SER CEGO!!!!

    Caralho, a pedagogia do sucesso assenta nas mesmas bases em que assenta uma sociedade equilibrada!!!

    Por isso, BERDAMERDA para quem insiste em eleger os professores como bodes expiatórios da merda deste caos social, em que Portugal se encontra!!!!

    Não, não é “destempero” temporário! Já li e ouvi de sobra!!!

    Por mim, já estou a praticar, tanto linguagem verbal como gestual!!!!... e , por favor, dispenso que me digam “não entres por aí”!!!


    Mª Irene -> professora em final de carreira e farta de ver esta sociedade de pernas pró ar, mas, sempre, estúpida e ingenuamente, com o dedo apontado para os professores!!!

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  29. Tonibler,
    ao ler o que aqui escreveu depreendo que procura assumir uma postura de rectidão. Nesse sentido ficava-lhe bem reparar que os exames são feitos pelo GAVE, o qual antes de ser um grupo de professores é uma dependência directa do ME. Tire daqui as ilações que bem entender.

    Quanto à questão do número de professores por turma, sejamos intelectualmente honestos. Como é que explica que as turmas tenham mais de 22 alunos em média e, no entanto, esse ratio global seja tão diferente?! Além disso, é este ratio assim tão diferente nos restantes países? Para responder a estas duas questões será boa ideia consultar os dados publicados pela OCDE e que resultam, nada mais, nada menos, dos dados fornecidos por cada país individualmente.

    O relatório "Education at a Glance 2007" encontra-se aqui: link. Se se der ao trabalho de consultar o ficheiro excel "Indicator D2: What is the student-teacher ratio and how big are classes?", o que suponho que não lhe será aborrecido dada a sua apetência para exibir números, poderá constatar que afinal de contas o nosso ratio aluno/professor não difere assim tanto do dos outros países.

    Em particular, indo à folha "Table D2.2", poderá verificar que, para Portugal, o "Students to teaching staff" é de 15.4 na "Pre-primary education" (EU19 average 14.0), 8.1 na "All secondary education" (EU19 average 12.2) e 13.2 na "All tertiary education" (EU19 average 16.4). Valores tendencialmente superiores à média EU19 mas longe da figura de desastre que se pretende fazer passar. E muito parecidos, até, com a querida Finlândia de outras comparações socráticas.

    Portanto, creio que não estarei a ser demagógico ao afirmar que o seu raciocínio se baseia numa premissa errada. Já o mesmo não sei se poderá ser dito de quem pega em dois números, divide-os e daí elabora as conclusões tais como «Se pensar um bocadinho, percebe que se tem mais de 25 alunos na sala e há 8 professores por aluno, então, se calhar, assim só por alto,... HÁ MESMO PROFESSORES A MAIS QUE NÃO FAZEM NADA! DAH!».

    Para terminar este longo comentário, antes que se lembre de questionar a autenticidade dos dados deste relatório, recomendo a leitura do capítulo "Sources" para constatar que a respectiva proveniência é o Estado português. O que não deixa de ser curioso: a ministra da educação justificou todas as suas polémicas decisões com base nos dados publicados pela OCDE. Mas a OCDE apenas trata, compara e publica informação baseada nos dados fornecidos, no caso português, pela própria ministra. Um verdadeiro caso de pescadinha com rabo na boca e de nos interrogarmos seriamente sobre a ética de fazer política assim.


    PS: já o tenho por aí escrito mas realço-o novamente: não sou professor, não sou funcionário público, não milito em partido político algum e não pertenço a organização sindical alguma. Mas tenho memória e procuro elaborar as minhas próprias opiniões.

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  30. Sou professora e para conseguir levar a cabo todas as tarefas estou a trabalhar à volta de cinquenta horas por semana. Como a minha escola não tem condições quer para leccionar, quer para realizar qualquer outra tarefa, levo cada vez mais trabalho para casa em prejuízo da minha vida familiar e da minha saúde. O Tonibler leva todos os dias trabalho para casa? Entra pela madrugada a trabalhar em detrimento da vida famíliar? Espancam -no no seu trabalho? Injuriam -no?
    Apesar de tudo isto eu continuo porque a minha grande recompensa é saber que os meus alunos, na sua maioria ,concluiram os seus cursos superiores ou são bons profissionais noutras áreas. A minha maior alegria é sentir o carinho daqueles que, hoje pais de família, me dizem que continuam a contar comigo, agora, na educação dos seus filhos. Por esta razão é gosto muito de ensinar,pois contribuo para que crianças se tornem homens. Por isto é que levo um sorriso para aula, mesmo se tiver dormido pouco.Há também a saber que não sou uma raridade, sou apenas uma entre muito milhares. Pense nisto, Tonibler e procure ser justo.

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  32. Professora anónima, assumindo como verdadeiro o que me diz, que acredito sinceramente que seja, no que é que isso vai contra aquilo que eu disse? Provavelmente é uma profissional, devia ganhar o dobro ou o triplo, certamente não é excedentária. Não entendo porque assume como sendo para si as críticas que fiz.


    Raposa Velha,

    Eu tinha 8 professores por aluno afinal diz-me que o relatório da OCDE tem 8.1. Qual é exactamente a premissa errada?


    Sarcástico,

    Porque assume que eu me preocupo com DREN's?

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  33. Fui lendo os comentários de Tonibler.

    Não concordando com a sua fundamentação, havia que lhe reconhecer, no entanto, alguma coerência. Afinal, é a sua opinião que aqui expunha.

    Eis senão quando deparo com estas palavras:

    Os meus filhos só se podem alimentar depois dos professores serem pagos, porque primeiro o estado retira o que quer do meu suor e, só depois, eu posso dar de comer aos meus filhos. E visto desta forma, quem é o animal de carga nesta história?

    Desculpe?! Toda a sua coesão discursiva caiu por terra.

    Quem é o Senhor para achar que os seus filhos deveriam comer primeiro que os filhos dos professores?!

    Que disparate.

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  34. "Quem é o Senhor para achar que os seus filhos deveriam comer primeiro que os filhos dos professores?!"

    O gajo que produziu a riqueza e a quem é imposto que pague os professores quer estes a produzam ou não.

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  35. Tonibler, estamos longe da figura de desastre que se pretende fazer passar.

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  36. Já que os funcionários públicos até vão ter prémios para abandonar essa profissão, não a abandonam, porquê? Haviam de a abandonar todos, para irem viver para o estrageiro e deixar de dar dinheiro a ganhar aos privados, que andam cheios de dor de cotovelo!!

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  37. raposa velha,

    A diferença à média da UE que me indica, tem um impacto de 0.56% do PIB anual, assumindo que cada professor ganha 1000 euros brutos por mês.

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  38. santa padeyra ?

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  39. Pedindo desculpas aos restantes, mas não podendo deixar de lhe responder, tonibler, usando, provavelmente, a única linguagem que percebe:

    -Vá à merda!.

    Caso não saiba, os impostos que paga serão os mesmos que os professores sempre pagaram.



    p.s.: assumindo que cada professor ganha 1000 euros brutos por mês. - Prove que isto é verdade.

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  40. Tonibler: a sua postura é tão ridícula como a figurinha a quem foi roubar o seu nick name. O outro também falava em armas de destruição massiva no Iraque. Ficou provado que era falso. Você fala na necessidade de haver excedentários na classe dos professores. É falso. Os professores são a base da sociedade civilizada. É certo que alguns falham. Olhe, por exemplo: os seus!

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  41. rosalina e helena, se alguma vez precisarem que certifique que são louras naturais, contem comigo!

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  42. Tonibler, bom caminho esse que você seguiu. Diga-me, já que tanto sabe de números: quanto significam os gastos dum governo civil em termos do PIB? E o buraco da CP? E o desemprego? Quanto custa termos 230 deputados, mais as assembleias regionais e mais o limpa-rabos que agora cada deputado vai ter? E quanto custa a classe política ter reforma completa ao fim de 12 anos de serviço?

    Vê como é fácil ir pela demagogia? Experimente agora uma discussão séria.

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  43. raposa velha,

    que argumento da treta, desculpe lá. O desperdício é aceitável porque há outros? Este, pelos números que me dá, dá 0,56% de PIB, cerca de 900 milhões de euros por ano. Com isto subia em quase 50% o ordenado dos bons professores, por exemplo.


    Que discussão séria quer ter, que estes professores que não servem para educar são bons porque os deputados vão ter assessores? É isso?

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  44. ahahahahahahhahaha...

    Caríssimo, tonibler, esse é o argumento dos idiotas.

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  45. Tonibler, nunca é tarde para aprender. Francamente, poupe-nos aos seus argumentos pró- socretinos.

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  46. Tonibler, a crítica é também para mim, porque o tempo não perdoa a ninguém e tenho problemas de saúde que poderão incapacitar-me, ou quiçá pior, em pouco tempo. Como já se viu, ficar doente é interdito aos professores e se prevaricarem terão de morrer na sala de aula ou tornarem-se excedentários.
    Quanto a melhor salário, todos os bons profissionais o merecem. No concerne à minha classe profissional, a grande maioria dos meus colegas deveria ganhar mais, não só porque dispendem o seu tempo a transformar crianças e jovens em homens,perpetuando valores e conhecimentos, mas também pela dedicação e atenção dispensadas aos alunos que sofreram abandono familiar, àqueles cujos pais brigam todos os dias, aos que nunca tomam em casa uma refeição quente, aos que são espancados,aos que presenciam os progenitores embriagarem-se ou drogarem-se, aos que frequentam as aulas em que cadeiras de rodas, aos que estão em fase terminal devido a doença fatal e mais e mais. Também nos confrontamos com a morte acidental ou suicídio de alguns, com os maus tratos que alguns pais nos "oferecem",etc...
    Por tudo isto, e muito mais, se ainda tem algum resquício de humanidade,nem lhe solicito que reconheça o esforço dos professores, somente que nos deixe em paz e volte as suas baterias para aqueles a quem a Raposa Velha apontou com absoluta razão. A Professora

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  47. Uma discussão séria, para mim, é aquela que procura perceber a realidade para além da superficialidade.

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  48. Tonibler

    Qual a percentagem estimada por si de maus professores ? Trinta por cento ? Quarenta ? Atrever-me-ia a pensar, baseado nestas suas afirmações :

    ...Mas a (má)qualidade global dos professores é um factor. E não estou a falar deste ou daquele. No geral, face aos resultados, é inquestionável que a qualidade é má....

    ...Isto não se faz, nem com o ministério que temos, nem com a maioria dos professores que temos


    Atrever-me-ia a pensar, escrevia eu, que você estima essa percentagem de maus professores como sendo superior a 50%.Posso usar 55% ?
    Por outro lado diz:

    Eu, na educação, sou estalinista.

    O que me leva a concluir que advoga uma solução estalinista (não digo recambiá-los para um gulag no alto da Serra de Estrela)e corrê-los a todos do ensino. Quanto mais cedo melhor.
    Experimente reduzir repentinamente o número de colaboradores de uma empresa para 45% e verá o que lhe acontece.
    Uma outra pergunta: Esses "parasitas" expulsos do ensino, uma grande percentagem dos quais com idade superior a 35-40 anos, que nunca fizeram outra coisa senão ensinar (segundo o Tonibler nem isso sabem fazer) iam empregar-se em que sector da economia ? Como ia absorver 82500 pessoas ?
    Em Agosto tínhamos 392000 desempregados. Com a ajuda do Tonibler a número de desempregados subiria 21%. Acho que nem Sócrates ia gostar pois isso ia anular mais de metade dos 150000 empregos que prometeu criar.

    Ou estou a interpretar mal o seu raciocínio ?

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  49. Professora anónima,

    não é verdade que a esmagadora maioria dos seus colegas seja assim. Acredito que aqueles com que contacta todos os dias o sejam, mas esses não são "os professores" são "uns professores". Queriam ganhar mais? Pois, acredito, eu também gostava de pagar mais, era sinal que o valor gerado pelo trabalho dos professores valia mais. Infelizmente, não vale, pelo que pagar mais aos professores implica pagar menos aos outros, aos pensionistas, aos enfermeiros, aos polícias, aos ... Ou então, deixam-se dessa visão empirista da realidade e aceitam, como todos vocês sabem, que boa parte dos vossos colegas não faz nenhum.

    raposa velha,

    não consigo entender onde quer chegar, peço desculpa.

    pêndulo,

    quando digo que sou estalinista digo-o porque acho que educação é serviço demasiado valioso para que seja deixado para ser suportado por cada um. "Eu" não deixo que cada um pague a protecção da sua vida, nem a sua educação. Por isso deve ser prestado pelo estado.

    Agora, se o trabalho dos professores na sua globalidade vale menos que o dinheiro que gastamos com eles, significa que a situação é deficitária e vai acabar um dia. Se são 10%, 20% ou 80% , ou mesmo 0%, não é por aí. De acordo com os números que o raposa velha mostrou, são quase 50%. Mas podem ser os 50% que realmente educam e acabamos com 100% que não geram valor nenhum.

    Agora, também lhe digo, acho que deve ser prestado pelo estado, mas interesses privados para mim são iguais, sejam eles interesses privados dos professores, sejam de escolas. Se os professores contratado individualmente não conseguem gerar valor, então não me parece que os cidadãos acabem com muitas escolhas senão despedir todos e as escolas que os contratem se lhes apatecer. O objectivo público é educar alunos, não é ter professores. Logo, faça-se aquilo que leve ao objectivo. Porque, como é óbvio, se os professores não querem trabalhar nem permitir que se trabalhe num sistema de produção pública de educação, então não vale a pena insistir-se nele. Paga-se a quem o saiba fazer.

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  50. tonibler parece o socas

    Ugh

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  51. Tonibler, é obvio que você não só não percebe nada de estatística, como é um ingénuo consumidor de informação fornecida pleos "media". Depois, eu interrogo-me: Será você um bom profissional? Fez carreira? É respeitado?

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  52. A Economia tem pormenores ocultos e faces sombrias.
    Quem consultar o OE2008, que saíu ao mesmo tempo que Fátima2008, por mais que procure não encontra a relação entre as aulas de acompanhamento (substituição e similares) com a poupança de funcionários auxiliares de educação.
    Agora, que os “miúdos” estão sempre ocupados, os espaços livres e os corredores dos pavilhões só são preenchidos a toque de campaínha.
    Quantos funcionários deixaram de ser contratados? Quantos foram dispensados? O número de alunos cresce e o de funcionários decresce, assim como o corpo docente.
    E ainda dizem que não há milagres.
    Poupa-se dinheiro e fazem-se prisioneiros.

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  53. Anónimo, eu nem sequer falei em estatística pelo que posso deduzir que percebo bem mais que tu. Do resto das perguntas, no que é que as respostas te podem dar razão?

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  54. Quem foi que indicou um site de Estatística ao Sarcástico? Razão? Qual razão? Pretendo unicamente chamar a sua atenção para o facto de só podermos exigir dos outros, depois de termos exigido de nós próprios. Elementar...

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  55. Anónimo6/3/08 23:12

    tonibler:
    «Os meus filhos só se podem alimentar depois dos professores serem pagos, porque primeiro o estado retira o que quer do meu suor e, só depois, eu posso dar de comer aos meus filhos.»
    Realmente o pior cego é aquele que não quer ver. Isto para não lhe chamar com todas as letras ignorante ou embusteiro: os professores, tal como todos os funcionários públicos pagam impostos.
    Mas já se sabe, uma mentira dita muitas vezes...
    Além de que dá jeito fazer de conta que não, porque enquanto se bate no bode público não se fala dos milhões de privados, patrões e empregados, que fogem aos impostos. Ele até há uns engenheiros económicos especialistas na manipulação dos números, sejam eles de que natureza forem.
    São esses mesmos que vivem dos subsídios estatais: para sanar as finanças das empresas, que descapitalizam ou levam à falência por incapacidade; para pagar as pensões de reforma e todos os outros subsídios, de desemprego, de baixa fraudulenta, de bolsas prós filhos…
    São esses mesmos, os que fizeram descontos estratégica e calculadamente mínimos, que ainda reclamam dos serviços do estado.
    Coitadinhos!
    «O gajo que produziu a riqueza e a quem é imposto que pague os professores quer estes a produzam ou não.»
    Primeiro: a incompetência, de que acusa os professores, não é exclusiva desta classe, infelizmente!
    Ou então como se explica que tantos e tão bons “produtores de riqueza” não consigam ser economicamente competitivos e profissionalmente capazes.
    Sim, porque suspeito que não haja um português que não tenha umas queixazitas de empresas privadas, desde a peixeira que nos impinge uma faneca de anteontem até ao gajo que nos (des)arranja o computador, passando pelo construtor que nos vendeu a casa cheia de deficiências, pelo mecânico que debita como de origem as peças velhas que pôs no carro, pelo agente de viagens que nos deixa três dias sem ligação aérea, pelo gestor de conta descuida os nossos investimentos… pois é, todos tínhamos muitos alvos a abater.
    Segundo: o que entende por riqueza? Nem tudo na vida é vil metal! Ou será, e perdoe-me a amargura, que pensa que as notas dos alunos são bancárias?
    Ele há pobres, e pobres de espírito. Os primeiros podem enriquecer. Para os segundos não há solução

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  56. Anónimo6/3/08 23:17

    Só depois de publicado dei conta da extensão do comentário. Peço desculpa, Kaos.

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