Alguém já entendeu esta treta da transformação das “Estradas de Portugal” de empresa pública em sociedade anónima? O governo, fala atrapalhadamente do assunto, não explica nada, zanga-se com quem o questiona sobre o assunto e acaba a dizer que não tem nada a ver com manobras contabilísticas para baixar o défice, que a empresa não vai ser privatizada (com este governo) e que não se vão pagar portagens pelas estradas deste país. Então qual é vantagem de estar a levantar um problema e a criar tantas dúvidas em todos nós? Por mais que olhe para o assunto só posso concluir que não nos estão a dizer a verdade. Pode não ser este governo, até pode nem vir a ser o Sócrates ou o PS, mas chegará o governo que a vai privatizar. Talvez por isso a direita, tão preocupada em encontrar assuntos para combater o governo na praça pública, pouco ou nada diz. O Menezes não diz não, não diz sim, diz nim, o CDS nada diz e provavelmente alguns outros já esfregam as garras e se vão babando. Mas, que raio de lucro se pode tirar das estradas de Portugal? Não se pagam portagens de onde vêm as receitas? Algum, vem de uma parte do imposto que pagamos pela gasolina, mas isso não chega. Para os privados pegarem na empresa será necessário mais e ai só vejo a percentagem do imposto vir a aumentar e o aparecimento de portagens um pouco por todo o lado. Se assim for, para além de nos atirarem para cima, algo que sempre foi responsabilidade do estado, podermos mesmo chegar ao ponto de pagarmos um imposto directamente a privados. Claro que tudo isto deve ser um delírio, sou só eu que me tornei “azedo” e desconfiado, sou só eu que não sou daqueles bons cidadãos que aceitam o optimismo sorridente que o sócretino que nos pede para o futuro. Posso estar enganado e nada disto vir a acontecer, mas se não têm nada para esconder porque não explicam? Até agora só mostraram que, ou explicam mal, ou disfarçam ainda pior.
Contribuição para o Echelon: NATOA, sneakers, UXO
Se há quem chore de alegria porque não haveremos de rir de tristeza. Todas as imagens deste blog são montagens fotográficas e os textos não procuram retratar a verdade, mas sim a visão do autor sobre o que se passa neste jardim à beira mar plantado neste mundo, por todos, tão mal tratado. A pastar desde 01 Jan 2006 ao abrigo da Liberdade de Expressão.
sexta-feira, novembro 23, 2007
Assalto nas estadas
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Com a passagem da Estradas de Portugal a SA, as despesas com as estradas deixam de consolidar na conta do estado e, logo, prevê-se um enorme sucesso de redução do défice público.
ResponderEliminare será que o Francisco Louçã tem razão, ao dizer que o Grupo Mello sai beneficiado?
ResponderEliminaré que, realmente, como resposta à pergunta se alguém entendeu isto, a minha resposta é não.
KAOS, atenção ao titulo do post.
ResponderEliminar1 Abraço!
Será que ainda vamos assistir à privatização do Ministério das Finanças?!...
ResponderEliminarUm Xi Grande
Para explicar aos jovens que eles eram cidadãos,também, porque eram co-herdeiros de um "património indiviso" que é a nossa pátria e lhes apontava (como exemplos) para a escola e lhes dizia que ela era "património indiviso" que também lhes pertencia e apontava para as estradas e as ruas e lhes dizia que eram "património indiviso" - que figura fazia eu?
ResponderEliminarMas eu não dou nem vendo a minha parte...
Os analfabetos que estão no poder não têm direito de se apropriar da minha parte. Não autorizo!
Se fosse numa família isto tinha nome. Os juristas que digam que nome lhe dá o código!
É para entregar à BRISA, e ainda pagar para eles fazerem o favor de nos cobrar mais umas portagens. Afinal, não foi a BRISA que elevou a cobrança de taxas a uma arte tecnológica? Levam-nos o dinheiro às mijas, nem damos por isso (ou melhor, damos quando a conta chega a zero antes do fim do mês...)
ResponderEliminarAcho que já agora podiam colocar uma pulseira Via Verde em todos os portugueses, assim podiam privatizar a cobrança dos impostos e das taxas moderadoras...
Há muitas maneiras de matar pulgas... uma delas é com impostos indirectos via Câmaras Municipais (já lá pagamos os esgotos, a recolha do lixo, a separação e mais virão), nos combustíveis e sabe-se lá em que mais.
ResponderEliminarE a saída do balúrdio da despesa com a manutenção das estradas das mãos do Estado para um falso privado (já que o Estado lhe irá pagar ainda mais de outras formas a estudar ou já estudadas) via fazer baixar artificialmente o déficit de certezinha.
Cumpriremos com a UE nem que seja empurrando o lixo todo para debaixo do tapete e soprando o pó das prateleiras quando as visitas entram.
Algumas formas vão-se vendo...
Até mais.