segunda-feira, novembro 12, 2007

Chavez, OLÉ!

Olé Chavez«Tiveram de agarrar o rei, que ficou muito bravo, como um touro... eu não sou muito toureiro, mas olé!»
Hugo Chavez

Sei que vai haver muita gente que vai dizer que o Chavez não tinha o direito de se referir assim ao Rei de Espanha, mesmo depois de este o o ter mandado calar durante a Cimeira Ibero-Americana, mas não resisti à tentação de colocar aqui o quadro que pintou.

Contributo para o Echelon: Electronic Surveillance, MI-17

26 comentários:

  1. A monarquia irrita-me, a invasão do Iraque foi (é) condenável. Mas o desbocado do Toureiro Chavez não é flor que se cheire. Aconselho-o vivamente a tomar chá para se acalmar antes de entrar na arena.

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  2. Olá!
    Venho agradecer a colaboração nesta causa respeitante às AEC.
    Um abraço,
    Jose Carreira

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  3. O Juan Carlos é que não tinha nenhum direito de o mandar calar daquela forma tão pouco diplomática e arrogante.

    A Venezuela é um país rico e já não é colónia deles mas os espanhóis esquecem-se disso muitas vezes.

    O Zapatero estava a fazer um trabalho tão bom a tentar amenizar as coisas e aquela saída do JC caiu muito mal.

    A resposta do Chavez é que foi excelente de demonstra o homem culto que ele mesmo assim é.

    Irritou tanto o "rei" que o mesmo, completamente indelicadamente e sem nenhum respeito pela diplomacia, se levantou e saiu.

    O "rei" conseguiu assim ser muitissímo mais mal educado do que o Chavez.

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  4. A melhor maneira de lidar com alguem que grita é baixar a voz.
    A Alteza bateu no fundo.
    É típico...
    Um abraço

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  5. Parece-me original haver touros provenientes de coudelarias bem como haver cavalos provenientes de ganadarias!!!

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  6. a mim me parece:
    Tens toda a razão. É o mal de não ser aficionado de touradas e andar a inventar. As minhas desculpas a todos
    abraço

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  7. Refere-te à vontade , Kaos.
    Entre um toureiro e um touro , a força está do lado do touro. Quem é o toureiro sem as sua capa e banderillas e as fundas nos cornos do touro? Ninguém. É vê-los nas largadas todos a fugirem do tourinho.
    Olé , Chavez , aprendiz de Fidel. Quem te toureou foi o Rey. Sem capa e fundas. Em pelo.

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  8. A MIM TAMBÉM ME ENERVA A PAFERNÁLIA DA REALEZA.

    TAMBÉM ME ENERVA QUE UM COBARDE APELIDE DE FASCISTA DE UMA FORMA VERDADEIRAMENTE CANALHA UM AUSENTE, QUANDO TEVE A OPORTUNIDADE DE LHE CHAMAR ISSO, CARA A CARA, MESMO QUANDO EM EDIÇÕES ANTERIORES.

    ESQUECENDO A ALTEZA QUE CAIU PARA A BAIXEZA, ACHEI MUITO BEM QUE JUAN CARLOS MANDASSE CALAR QUEM NÃO OUVIA E ESTAVA A SER MUITO MALCRIADO.

    GOSTEI DA ATITUDE REPUBLICANA DO REI ! ELE SÓ DISSE "PORQUE NÃO TE CALAS !", NÃO O MANDOU PARA A P. QUE O P. ...!PORQUE ERA JUSTAMENTE ISTO QUE CHAVES MERECIA TER OUVIDO !
    TENHO DITO !
    ZENDO_55

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  9. anonimo de cima , não há parafernalia na monarquia espanhola maior que na república e PR portugueses. Eatá Filipe e as suas escolhas para o provar. Espanha não vive para os outros, vive para si propria. É por isso que segue em frente. Quer ser exemplo ,no caso de querer ser alguma coisa , não cópia.
    Não esquecer que as únicas experiencias bem sucedidas da anarquia são espanholas. Mesmo que tenham sido martirizadas pela direita franquista e esquerda marxista , existiram. Olé. Copiem que vale a pena.
    E como dizem por cá , os governantes são reflexo dos governados. Meditem. Pois o Rey reflexa a atitude dos que governa.

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  10. O rei não saiu da sala com este seu episódio malcriado.O gajo saiu quando Ortega estava a falar das patifarias das corporações espanholas em solo Nicaraguense!Pq é que só atendem ao Hugo Chavez?Hmm

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  11. A mim também me enerva a realeza, até porque cá há mais reis e nobres do que em muitas monarquias. Deixaram de ter titulos de condes, duques, etc e passaram a ter outros, quase sempre políticos. Até o poder continua a ser hereditário... Basta ver... E até acho que são mais agora do que dantes.
    Para ter a vergonha de ter principes como na Inglaterra, prefiro não os ter... Em Espanha, menos mal. Cá para os ter ( reis ) teria de ser rei bem raçudo, daqueles antigos, que iam à frente das tropas. Para ter bichos de gabinetes, festas e mordomias, já cá temos muita merda dessa.
    Não posso gostar do rei de Espanha... Nem que ele fosse o Pai Natal... Afinal, sou português! É algo natural... Mas atenção! A esquerda e centro-esquerda espanhola não tem a aversão ao rei que nós possamos pensar... E conheci pessoas que me provaram isso mesmo. A questão aqui não tem a simples linearidade clubística do costume - que felizmente sei não existir neste blog.
    Mas Chavez... Só espero que ele não se torne aquilo que acusou Aznar de ter sido... A humana sede do poder pode transformar heróis em tiranos...

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  12. "O rei não saiu da sala com este seu episódio malcriado.O gajo saiu quando Ortega estava a falar das patifarias das corporações espanholas em solo Nicaraguense!Pq é que só atendem ao Hugo Chavez?Hmm"

    As minhas desculpas. Acredito na sua palavra mas no telejornal a ideia que passou foi outra e se calhr dfoi essa a ideia :)

    O que os lixa (aos espanhóis) e que os tipos que agora mandam na América Latina (pelo menos nos pedaços mais apetecíveis) já nao são os lacaios deles mas sim tipos cujo sangue na guelra é tão bera como o dos primeiros.

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  13. a mi nao me lixa nada
    solo pienso que es un impresentable y un bocadito despota,
    que se arregle su casa y nos deje em paz, nosotros elegimos a los gobernantes en las urnas (bastante nos ha costado llegar hasta aqui) y si no nos gustan, rectificamos en las siguientes elecciones.

    a este iluminao ainda lo veo coronado "cacique" y volviendo a ofrecer sacrificios humanos a los dioses.

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  14. Nesta tourada isto é inegável:
    - o rei espanhol mandou calar o presidente venezuelano
    - e o presidente venezuelano não mandou calar o rei de espanha

    Quem perdeu a razão?
    A mim parece-me que foi quem se incomoda com pessoas não silenciadas

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  15. O nosso crédito diplomático, tanto o de Portugal como o de Espanha, é baixo. Afinal, fomos colonizadores implacáveis. E os nossos bancos continuam a usar o euro, moeda forte, para comprarem meios de produção ao preço da chuva e, assim, continuar a escravização dos povos da América Latina.

    Creio que o rei deverita ter tido mais cuidado. Afinal, nem Salazar se permitiria gritar A Amilcar Cabral, à frente das câmaras do mundo:

    -- Por que é que não te calas!

    Em abono de Juan Carlos, Salazar fez algo muito pior ao "indígena" que lhe ousou dirigir palavras nos fóruns mundiais: mandou a PIDE assassiná-lo. Já Bush...

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  16. Estou cansado de ler este tema e, todos caiem no mesmo erro. O Rei, que não admiro, fez apenas uma pergunta:

    Porque não te calas?

    A resposta, se o chavez não fosse o parvalhão que é, ou não fosse militar, poderia ser:

    Porque sou livre de dizer aquilo que me muito bem entendo.

    À boa maneira portuguesa e espanhola todos encarneiraram no título dos jornais "Rei mandou calar Chavez".

    ...

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  17. kaos:
    O teu equívoco não mostra apenas defice de aficion. Mostra também defice de militância anti-festa brava. O que me parece mais grave.
    Mas parabens pela montagem com a qualidade de sempre. E quanto a mim o problema de Juan Carlos com Hugo Chavez é não reconhecer a este a legitimidade de, não sendo Rei, poder exercer o poder vitaliciamente como se o fosse. Juan Carlos deverá ver isso como, no mínimo, um abuso de confiança.

    joaopft:
    Qual foi o "indígena" que ousou dirigir-se a Salazar em foruns internacionais tendo este mandado matá-lo pela PIDE? O Amilcar Cabral? Os que o mataram eram da PIDE? E depois da independência foram governar(-se) na Guiné-Bissau? Isso parece-me má formação. Certamente por ignorância que não por má fé.

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  18. "A resposta, se o chavez não fosse o parvalhão que é, ou não fosse militar, poderia ser:

    Porque sou livre de dizer aquilo que me muito bem entendo."

    Respondeu à letra com uma citação de alguém ainda maior que ele.

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  19. O insulto não pode ser incluído na liberdade de se dizer o que muito bem se entender.

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  20. "EUA concluem que Portugal não esteve envolvido na morte de Amilcar Cabral." (Jornal Expresso, 7 de Junho de 2006).

    Talvez o amigo "a mim me parece que" tenha maior fé na administração Bush e no revisionismo histórico deste Portugal em versão europeia do que na história como ela foi!

    Todos sabemos que os autores materiais do assassinato foram dois membros do PAIGC. Porém, Portugal e a PIDE têm as mãos muitos sujas neste assunto. Senão, vejamos:

    "1970, Operação "Mar Verde", preparada psicologicamente pelo General António de Spínola na Ilha do Suga, Arquipélago dos Bijagós, comandada pelo Capitão Almeida Bruno e pelo Major Alpoim Galvão, com o objectivo de aniquilar a direcção do PAIGC estabelecida em Conacry. A operação falhou e o futuro Presidente de Cabo-Verde, Aristides Pereira, escapou por um triz (algemado num barco portugês acostado no largo das costas guineenses - de Conacry- foi libertado in-extremis pelos "soviéticos".)

    1973, 20 de Janeiro, prisioneiros da PIDE/DGS, recém-libertados da prisão, a cobertos do estatuto de militantes do PAIGC, e com o intuito aparente de reintegrarem o partido, acabaram por assassinar o Amílcar Cabral. Um deles era de origem caboverdeana"

    Amilcar Cabral era um homem com grande cmpetência intelectual e profissional, que nada tem a ver com os corruptos que, posteriormente, tomaram o poder na Guiné:

    "Em 1945 obtém uma bolsa de estudo da Casa dos Estudantes do Império e inicia os seus estudos universitários em Lisboa no Instituto Superior de Agronomia. Distinguiu-se como aluno, intelectual e particularmente pelas actividades políticas e culturais desenvolvidas na Casa de África, na Casa dos Estudantes do Império (da qual foi vice-presidente entre 1950 e 1951) e no Centro de Estudos Africanos. Em 1952 apresenta a tese de final de curso sobre a erosão dos solos agrícolas, a partir de uma investigação no concelho de Cuba (Alentejo).

    Em 1952 regressa à Guiné, assumindo o cargo de Director do Posto Agrícola Experimental de Pessubé, em Bissau. Em Agosto de 1953, efectuou o recenseamento agrícola da Guiné Bissau, o que lhe permitiu um aprofundamento do conhecimento da sociedade guineense. No seguimento desta actividade publicou vários artigos no Boletim Cultural da Guiné Portuguesa.

    Em 1955 é aconselhado a abandonar a Guiné, face ao seu envolvimento nos movimentos anti-colonialistas. Até final de 1959, reside em Lisboa, desempenhando contudo um conjunto de actividades em Angola, participando na formação do MPLA."

    Referências:

    http://www.vozdipovo-online.com
    /dossiers/as_ilhas_de_cabo_verde
    /amilcar_lopes_cabral_(1929-1973)/

    http://guineidade.blogs.sapo.pt/1389.html

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  21. amigo joaopft

    Pareceme que deverá ler outras referências que não apenas as que citou...
    De qualquer modo registo a evolução: Amilcar Cabral agora já não foi morto, como anteriormente afirmou, pela PIDE. Se se informar melhor ainda descobre que quem o matou foram os seus camaradas guineenses fanáticos da negritude; que o Almeida Bruno não comandou a operação Mar Verde; que quem se safou por um triz nessa operação foi Sékou Touré; que nela foram anuladas por exlosão as sete vedetas rápidas acabadas de chegar ao PIGCV e à República da Guiné; que nela foram libertados cerca de duas dezenas de militares portugueses que ali em Conakry se encontravam prisioneiros há anos; que essa história que contou do Aristides Pereira nunca existiu; que, apesar de tudo, falharam a maioria dos objectivos militares propostos da operação (que foi para o todo o sempre a última efectuada pela Marinha de Guerra portuguesa).

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  22. Todos sabemos que houve uma cisão dentro do PAIGC motivada por questões raciais. Aliás, o mesmo se passou em Angola com a formação da UNITA (oposta) ao MPLA e em Moçambique (RENAMO). Todas estas forças que o meu amigo classifica (e muito bem) de forças de negritude -- de facto, são movimentos de extrema-direita, inspirados num racismo que faz lembrar as teses de Hitler -- de facto, de facto, o surgimento de todas estas forças, quase ao mesmo tempo, bem apoiadas, combatendo as outras forças (com apoios marxistas) é muito suspeita, muito suspeita mesmo...

    Se tudo foi feito pela PIDE/DGS, ou se a CIA de Nixon também deu uma ajudinha, em não sei. Mas suspeio que se forem procurar bem aos arquivos da ex-URSS, em Moscovo, descobrirão certamente toda a verdade, pois os "soviéticos" estavam bem informados sobre tudo o que se passava no império português em derrocada.

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  23. Caro joaopft
    Ainda em tempo:
    1. Se no PAIGCV alguém era de direita era o Amilcar Cabral que não o Nino Vieira.
    2. E em Angola se alguém era de direita era o Holden Roberto que praticou os massares de 1961 com o apoio político, logistico e financeiro dos USA de Kennedy. Só muito mais tarde, ainda depois da UNITA é que a guerrilha marxista do MPLA apareceu no terrenO.
    3. Nixon foi eleito em 1968 e o vietnam na altura chegava para o preocupar. Kennedy foi o primeiro presidente dos USA a apoiar as gerrilhas independentistas da África portuguesa. Morto este em 1963, seguiu-se-lhe Johnson, mais activista nesse apoio do que Kennedy.
    4. Os soviéticos melhor informados ficaram depois de terem recebido, enviado por Álvaro Cunhal, o que foi sangrado do arquivo da PIDE. Não é gratuitamente que um suposto estrangeiro é condecorado por duas vezes cos a Estrela Vermelha da URSS e pelo menos uma vez com a Carl Max da RDA.
    Aceite os meus cumprimentos.

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  24. Bem, o Amilcar Cabral inspirou-se no marxismo, visitou a ex-URSS, não se pode por isso dizer que fosse de direita (no nosso espectro político).

    Quanto a páginas surrupiadas dos arquivos da PIDE, não terão antes desaparecido porque comprometiam algumas pessoas "importantes"? É que não estou mesmo a ver Moscovo a querer esse desaparecimento -- afinal, os arquivos da PIDE poderiam ser muitíssimo comprometdores para os seus inimigos políticos. Se existissem alguns documentos que comprometessem a URSS directamente (não vou descartar esta possibilidade, obviamente, embora pareça improvável pois Portugal quase não tinha relações com a URSS), então já não digo nada. Álvaro Cunhal era, de facto, muitíssimo alinhado com Moscovo, e não recusaria um pedido desses.

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  25. Bem, de facto não pensei bem, havia outro tipo de informação sobre a NATO e os seus aliados na posse de Portugal, que poderia ser realmente importante para a ex-URSS. Sabendo eu como pensavam os comunistas naquela época, acredito que teriam mesmo considerado o envio desses documentos para Moscovo como um objectivo estratégico importante.

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  26. Estive a pequisar em que se baseiam as alegações do "desvio" dos arquivos da PIDE para Moscovo: são dois ex-KGB, Kaluguin e Gundarev, que de facto não apresentam qualquer tipo de prova, apenas o testemunho. Ambos vivem, hoje, nos Estados Unidos, o que torna toda esta revelação suficientemente suspeita. Não quer dizer que não tivesse acontecido, mas um historiador precisaria de confirmar isto com outras fontes independentes -- fontes de Moscovo, obviamente.

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