sábado, novembro 03, 2007

A Morte do Serviço Nacional de Saúde

Morte da saúde

Se os bombeiros tivessem só umas migalhas do que é gasto com o INEM, poderiam fazer muito mais e melhor. E a coabitação seria mais fácil
O presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Coimbra, Jaime Soares

Correia de Campos afirmou que o que tem acontecido no transporte de doentes se deve a "querelas do circunstancial e do protagonismo” entre o INEM e os Bombeiros. Eu, como cidadão não entendo nada disso e nem quero saber. Gostava era de ser bem servido e saber que, um dia quando necessitar de utilizar os serviços, eles funcionam com rapidez e eficiência. Não pode o Ministro desculpar-se com acusações de “querelas” e “protagonismo”, tentando passar as culpas que são suas. É ele o responsável, é a ele que cabe coordenar os serviços e criar as situações para que isso não aconteça. Foi ele que mandou fechar Hospitais, Maternidades e Centros de Saúde, foi ele que desenhou o novo sistema que deveria transportar os cidadãos rapidamente em caso de necessidade. A cada dia que passa tudo o que destruiu mostra fazer falta e tudo o que fez parece não funcionar. Aumentam as listas de espera, nascem e morre gente a caminho dos hospitais e cada vez há mais médicos a fugir do SNS. Este ministro já mostrou que não parece saber aquilo que faz e, se o Engenheiro o mantém no lugar, não é certamente por estar satisfeito com a forma como os cidadãos estão a ser servidos, mas só pode ser por estar satisfeitíssimo com o “arrasar” do SNS e o crescimento dos serviços privados. Se eu estou enganado, então demita-o já e coloque no seu lugar alguém que me mostre estar o estado a tudo fazer para melhorar as condições e o acesso dos portugueses aos serviços de saúde. Mas, não estou enganado, pois não?

Contributo para o Echelon: Electronic Surveillance, MI-17

9 comentários:

  1. Alinho e subscrevo! Eu, que nunca usei os serviços públicos de saúde - por possibilidade e opção, felizmente - fui, por ordem ministerial, obrigada a fazê-lo: a minha ministra acha que só os serviços públicos de saúde são idóneos para atestar qualquer problema de saúde que eu possa padecer! E bom, um dia destes tive uma forte dor... num dedo... que entretanto, passou para a mão. esperei sete (!!!) horas por uma consulta de urgência; dei de caras com uma médica que nem me tocou, só me olhou, e falou comigo como se eu fosse uma atrasada mental... e mandou-me para o hospital como um diagnóstico de ... trombose... no dedo indicador esquerdo!!!Duzentos euros e uma bateria de exames depois, e pela mão do meu médico assistente desde há 28 anos, veio o diagnóstico: reumatismo.

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  2. Por este andar ainda acaba a dizer que os hospitais não funcionam devido a umas querelas entre médicos e enfermeiros, que os bébes nascem nas ambulâncias porque as mães não usam contraceptivos, que os medicamentos estão caros porque as farmaceuticas nas os vendem mais baratos, que as pessoas estão doentes porque não cuidam da sua saúde. Eu direi apenas, um ministro da saúde nunca deveria ser um homem doente!

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  3. Dizem que o melhor negócio são as armas, em segundo a saúde, e em terceiro as drogas.
    O Kaos, nos bonecos, tem dado grande relevo à política e respectivos personagens. Penso que deveria dar mais atenção ao que se passa nos bastidores económicos. Isto, aqui no jardim, agora parece o que se via nos filmes de cow-boys americanos, na TV a preto e branco, as hipotecas dos ranchos, a luta entre criadores de ovelhas e de vacas, os agricultores a levar porrada de uns e de outros, assim como os índios e mexicanos, sempre com bancos à mistura. Agora, com a globalização, os caixeiros viajantes já não precisam de se deslocar, aparecem em todos os lados como por milagre, a vender os seus produtos, pentes para carecas e outras coisas mais, tentando que todos tenham e-mail grátis e computador, claro.
    É interessante navegar nestas águas de "cambalacho", a informação encontra-se em todo o lado, faltam as ilustrações geniais do Kaos.
    Saudações
    Ugh

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  4. Ugh
    Se os meus bonecos são dos politicos é porque as caras dos poderosos são tão sombrias que parecem não existir. Quem manda realmente? Quem puxa os cordelinhos? Os Bildferberg? E cá, quem manda? Soubesse eu e possivelmente já estaria morto. Mas arriscaria saber e fazer-lhes o retrato. At+e lá mostro aqueles que, de uma maneira ou outra os servem.

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  5. Se eu resolvesse fazer um livro sobre: "Fernando Vale na obra de Miguel Torga"
    Quem era o autor do livro? Era Miguel Torga?

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  6. Boa essa de saber e fazer o retrato!
    A morte nunca existiu.
    Ugh

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  7. Claro que não

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  8. O SNS nunca gozou de boa saúde
    sempre o constatamos de amiúde
    Sendo é natural que tenha sucumbido
    como tudo em Portugal tem acontecido

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  9. AS JUSTIFICAÇÕES NÃO DESFAZEM O MAL

    É caso para se apliacar aquela frase célebre de Fradique Mendes, personagem de Eça de Queiroz:

    ― Se um rato morto me disser ― «eu cheiro mal por isto e por aquilo e sobretudo porque apodreci» ― eu nem por isso deixo de o mandar varrer do meu quarto.

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