O PS e o PSD começaram hoje a discutir uma nova lei eleitoral para as autárquicas. Quais donos deste mundo que é o jardim onde vivemos, preparam o seu Tratado de Tordesilhas para dividirem Portugal entre eles. Para o PS o ideal é que todo o executivo camarário seja composto só por elementos do partido vencedor, enquanto o PSD é mais discreto, propõe que a maioria do executivo fique nas mãos do partido mais votado ficando a oposição com uma representação mínima. Seja qual for a proposta final, os mais prejudicados são certamente os partidos com menor expressão eleitoral que verão drasticamente reduzidas a sua participação em executivos municipais. Assusta-me saber que as Autarquias deste país, já tão suspeitas de serem locais de negociatas e corrupção, passem a ter uma só cor, e com isso, uma maior facilidade em branquear situações menos claras. Poderão dizer que com esta nova lei que pretendem os executivos ficarão mais coesos e mais eficazes, o que até pode ser verdade, mas não ficarão também mais livres para utilizar a prepotência? A experiencia que os governos de maioria absoluta têm mostrado, tanto no Continente como nas ilhas, (ai Madeira, Madeira), não me deixa muito descansado. Também não posso deixar de me questionar se tudo isto não virá também alguma da necessidade de alargarem o número de vagas para o clientelismo partidário.
Contributo para o Echelon: Electronic Surveillance, MI-17
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Eu proponho que esses dois partidos se fundam e que criem um partido único. Assim até se evitam as eleições que são uma perda de tempo...
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