Sendo a Lusa uma agência noticiosa, uma noticia “Diário Digital / Lusa”, deveria ser uma informação, não uma opinião. E se a lermos a direito, é isso mesmo, as opiniões do Belmiro de Azevedo sobre a rectificação do Tratado. «Este referendo (ao Tratado Reformador da EU) é completamente supérfluo, porque les choses sont déjà faits, já está tudo resolvido». Depois diz mais umas coisas sem dizer nada de novo e termina a dizer que em Portugal, «não temos uma alternativa democrática aos partidos e ela tem de ser criada. As pessoas têm de ser ajudadas a ter uma voz consciente». Juro que não a entender ou melhor prefiro não acreditar que o único sentido em que parece fazer sentido é aquele em que prefiro não acreditar.
Mas, voltando à notícia que é informação, mas entre dadas e acontecimentos vai-nos explicando, como se também isto fosse um facto evidente, diz-nos que “O Tratado Reformador da UE, que foi assinado no dia 13 de Dezembro pelos líderes da UE e substitui a falhada Constituição Europeia, visa melhorar o funcionamento do bloco europeu dos 27 e reforçar o seu peso político na cena internacional.” Porra, se visa melhorar o funcionamento qualquer coisa então deve ser bom.
Se também o Belmiro parece ter as soluções, como todos os génios e todas as bestas que há por aí, também eu resolvi juntar-me às bestas e dar a minha. Durante um mês, apaguem-se todas as televisões, silenciem-se todos os rádios, não se imprimam jornais nem revistas. Calem a voz da informação oficial, retirem-se os condicionamentos a que todos somos sujeitos diariamente, obriguem-se as pessoas a vir para a rua, falarem umas com as outras. Certamente que a falta de informação as iria ficar mais bem informadas, não da corrida dos Pais Natais de Tóquio, mas da realidade onde vivem. Talvez se lembrassem que a vida não é bem como vemos nas telenovelas, nem a verdade acaba nas opiniões do Marcelo. Talvez descobríssemos que esta vida que temos já foi melhor e que pode ser melhor se não aceitássemos que os poucos ricos fiquem cada vez muito, muitíssimo, mais ricos e que a pobreza cada vez mais tenha clientes.
Contributo para o Echelon: Electronic Surveillance, MI-17
Se há quem chore de alegria porque não haveremos de rir de tristeza. Todas as imagens deste blog são montagens fotográficas e os textos não procuram retratar a verdade, mas sim a visão do autor sobre o que se passa neste jardim à beira mar plantado neste mundo, por todos, tão mal tratado. A pastar desde 01 Jan 2006 ao abrigo da Liberdade de Expressão.
terça-feira, dezembro 18, 2007
Tratados, notícias e o Belmiro man.
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Mais importante que o banco de Portugal, este Senhor diz o preço que as coisas valem (por ex 1 Kg de arroz = 0,95434567897676 euros).
ResponderEliminarSó ainda não percebi é o porquê dos preços do lidl serem os mesmos para toda a Europa, mas para nós não.
Será pela riqueza da língua ?
http://www.jornaldenegocios.pt/default.asp?Session=&CpContentId=307803
Um dos maiores patrões (esclavagistas) de Portugal vem marcar a sua posição, fazer pressão sobre o Governo e tentar influenciar a opinião pública, através dos media. Afirma que é supérfluo um referendo em Portugal ao Tratado. Afirma que referendos é só para questões internas, se bem li hoje num jornal.
ResponderEliminar«Porque les choses sont déjà faits» - Estará (ele) a basear-se em quê? Nas assinaturas do Tratado, naquilo que os 27 "cozinharam" entre eles, ou já sabia de antemão que Sócrates irá atraiçoar os portugueses mais uma vez, ou seja, não vai cumprir com mais um "item" do seu programa eleitoral?...
Sabe qual o mal deste país? Vê telenovelas a mais! E não falo só das brasileiras para as donas de casa desesperadas e para os desocupados. Falo também destes escroques, desta corja de noveleiros, tais como os Belmiros, os Berardos, os Jardins e outros "estrategas" da vida alheia, que vêm "cagar" sentenças como se fossem o ultimo garrafão de água no deserto! E infelizmente conseguem pôr mais de metade do país deslumbrado...
Fico por aqui. Já estou demasiado inflamado...
1 Abraço!
Aquilo que o Belmiro quer
ResponderEliminaré exclusivo da distribuição
dos bens alimentares se poder
que lhe proporcionariam o cambão
Mas não vai ter sorte nenhuma
porque já cá estão instaladas
multinacionais que estão à cunha
com clientes bem afreguesadas
A mim já não me apanha nenhum
de qualquer compra que faça
num dos seus hipermercados comum
dos existentes na nossa praça
«não temos uma alternativa democrática aos partidos e ela tem de ser criada. As pessoas têm de ser ajudadas a ter uma voz consciente».
ResponderEliminarO homem já está velhote e às vezes sai asneira, mas a verdade é que isto acima é a Pura Verdade.
Já que o homem é um dos maiores empregadores de Portugal é em dúvida. Esclavagista já não sei. Conheço muitas pessoas que trabalham para ele e não acham isso.
Já os bancários é que têm a profissão onde mais se trabalha, onde mais multas são emitidas por não cumprirem a legislação do trabalho, e onde mais perdas no poder de compra se tẽm verificado, onde mais divórcios acontecem, onde anda mais gente em psicólogos e psiquiatras. São dados reais dos próprios sindicatos e verificáveis.
Será assim nas empresas do "tio" Belmiro? Não me parece.
Até mais.
E então se formos para o Estado é melhor nem dizer nada sobre os desgraçados dos professores.
ResponderEliminarSó falta mesmo é pôr-lhes uma grilheta no pé e instituir o tronco de volta para os reclacitrantes.
Quanto a professores, as grilhetas podem não resultar, astuciosos como são, mesmo nos fins de semana, o melhor método será o da pulseira electrónica.
ResponderEliminarQuanto a bancários devem ter a profissão onde mais se trabalha, sem dúvida. Licenciados em História a trabalhar numa sexta cave de uma avenida poluída deve ser normal no entendimento dos senhores dos bancos, que até proporcionam edifícíos inteligentes aos seus empregados, carago.
ResponderEliminarE o turísmo bancário, os grossistas, o Portugal a retalho, a Opus Dei, carago, até se me esmiofram os coisos só de pensar nisso, e os cowboys que põem as patas em cima da mesa numa apresentação de Pom Pom, trálálá e blábláblá.
Que me desculpe o Kaos por tanta ocupação de espaço. Afinal, é Natal.