Nos comentários do post anterior a amiga M.I. fez algumas critica à minha posição em relação ao acordo dos sindicatos com a sinistra ministra. Não pretendo entrar em polémica mas simplesmente esclarecer a minha posição para que não fiquem quaisquer dúvidas no ar.
Quero começar por esclarecer que, como não sou professor tudo o que posso fazer é tomar posições de acordo com o meu estatuto de cidadão, de pai e de sócio de uma Associação de pais. Não tenho qualquer intenção de dividir o que deve estar unido nem desejo criticar ou fazer guerra aos sindicatos. O que pretendo é somente defender a escola publica e o futuro dos meus filhos e deste país dos ataques de uma ministra, de um governo, de uma Comissão Europeia que fazem a politica do grande capital e que pretendem criar uma nova ordem mundial de servos e senhores.
Respeito os professores como classe pelo grande trabalho que desempenham e por serem uma das pedras basilares deste país. Sou solidário com a sua luta porque é também a luta de todos os que acreditam, num melhor ensino e num futuro melhor. Não sou um iluminado nem um cego, há dias em que acerto e dias em que erro como todos nós. Tenho as minhas ideias e convicções, ouço o que os outros dizem, olho para o que se passa e tomo as minhas posições. Não represento ninguém senão eu próprio e nunca aceitei ser porta-voz daquilo em que não acredito. Já me prejudiquei na minha vida pessoal e profissional por ser assim, mas também não quero ser de outra maneira. Tenho os meus princípios e deles nunca abdiquei nem desejo vir a abdicar. Como disse posso-me enganar, posso tomar posições menos certas, mas são as minhas e até me provarem o contrário defendo-as com a convicção que são as correctas. Quanto ao ser Anarca, talvez o seja um pouco cada vez mais, fruto desta sociedade do vale tudo e de cada vez menos saber em quem e em que confiar.
Fala a Maria dos professores contratados como se este acordo e esta avaliação lhes garanta um futuro diferente daquele que teriam com a avaliação anterior. Poderá ser simplificado, mas continua a haver uma avaliação como havia anteriormente. O Ministério, pela voz do Jorge Pedreira chantageou os professores atirando a responsabilidade do que viria a acontecer aos professores contratados para as costas dos professores. Essa sim é a atitude desonesta e errada, essa sim é a atitude que devemos reprovar e criticar. Ceder a essa chantagem e aceitar a culpa é errado e só beneficia o infractor ou seja o ministério.
Não pretendo dividir ninguém. Gostava mesmo é que houvesse uma verdadeira união, uma força de mudança que lutasse até ao fim pelas suas convicções e que não deixasse quaisquer dúvidas dos seus objectivos. Não sou professor, mas quantos não se questionaram do valor da sua luta quando ouviram a noticia? Não deveria o sindicato, antes de cantar vitória, perguntar aos professores, em nome dessa unidade e dessa luta, se gostavam e aceitavam este acordo. Ainda não foi assinado, há o dia D para discutirem o assunto e seria bom que os sindicatos não fossem só explicar o que acordaram, mas sim ouvir a opinião dos professores e assumirem-na, seja ele de aceitação ou recusa, perante a sinistra ministra.
Acabo por te dizer que estou triste, não por termos opiniões diferentes em relação a este assunto, isso é normal e natural já que somos pessoas diferentes, mas por essa diferença de opinião fazer com que percas a consideração por este blog, ou seja por mim. Tenho pena porque, estando eu certo ou estando errado, a verdade é que digo o que penso e aquilo em que acredito. Tenho pena porque me custa ver gente por quem tenho toda a consideração, como é o caso da Maria, se mostrar tão intransigente perante opiniões diversas das suas.
Contribuição para o Echelon: NATOA, sneakers, UXO
Quero começar por esclarecer que, como não sou professor tudo o que posso fazer é tomar posições de acordo com o meu estatuto de cidadão, de pai e de sócio de uma Associação de pais. Não tenho qualquer intenção de dividir o que deve estar unido nem desejo criticar ou fazer guerra aos sindicatos. O que pretendo é somente defender a escola publica e o futuro dos meus filhos e deste país dos ataques de uma ministra, de um governo, de uma Comissão Europeia que fazem a politica do grande capital e que pretendem criar uma nova ordem mundial de servos e senhores.
Respeito os professores como classe pelo grande trabalho que desempenham e por serem uma das pedras basilares deste país. Sou solidário com a sua luta porque é também a luta de todos os que acreditam, num melhor ensino e num futuro melhor. Não sou um iluminado nem um cego, há dias em que acerto e dias em que erro como todos nós. Tenho as minhas ideias e convicções, ouço o que os outros dizem, olho para o que se passa e tomo as minhas posições. Não represento ninguém senão eu próprio e nunca aceitei ser porta-voz daquilo em que não acredito. Já me prejudiquei na minha vida pessoal e profissional por ser assim, mas também não quero ser de outra maneira. Tenho os meus princípios e deles nunca abdiquei nem desejo vir a abdicar. Como disse posso-me enganar, posso tomar posições menos certas, mas são as minhas e até me provarem o contrário defendo-as com a convicção que são as correctas. Quanto ao ser Anarca, talvez o seja um pouco cada vez mais, fruto desta sociedade do vale tudo e de cada vez menos saber em quem e em que confiar.
Fala a Maria dos professores contratados como se este acordo e esta avaliação lhes garanta um futuro diferente daquele que teriam com a avaliação anterior. Poderá ser simplificado, mas continua a haver uma avaliação como havia anteriormente. O Ministério, pela voz do Jorge Pedreira chantageou os professores atirando a responsabilidade do que viria a acontecer aos professores contratados para as costas dos professores. Essa sim é a atitude desonesta e errada, essa sim é a atitude que devemos reprovar e criticar. Ceder a essa chantagem e aceitar a culpa é errado e só beneficia o infractor ou seja o ministério.
Não pretendo dividir ninguém. Gostava mesmo é que houvesse uma verdadeira união, uma força de mudança que lutasse até ao fim pelas suas convicções e que não deixasse quaisquer dúvidas dos seus objectivos. Não sou professor, mas quantos não se questionaram do valor da sua luta quando ouviram a noticia? Não deveria o sindicato, antes de cantar vitória, perguntar aos professores, em nome dessa unidade e dessa luta, se gostavam e aceitavam este acordo. Ainda não foi assinado, há o dia D para discutirem o assunto e seria bom que os sindicatos não fossem só explicar o que acordaram, mas sim ouvir a opinião dos professores e assumirem-na, seja ele de aceitação ou recusa, perante a sinistra ministra.
Acabo por te dizer que estou triste, não por termos opiniões diferentes em relação a este assunto, isso é normal e natural já que somos pessoas diferentes, mas por essa diferença de opinião fazer com que percas a consideração por este blog, ou seja por mim. Tenho pena porque, estando eu certo ou estando errado, a verdade é que digo o que penso e aquilo em que acredito. Tenho pena porque me custa ver gente por quem tenho toda a consideração, como é o caso da Maria, se mostrar tão intransigente perante opiniões diversas das suas.
Contribuição para o Echelon: NATOA, sneakers, UXO
Esta última série de bonecos com esta personagem sinistra está fabulosa, tanto que penso que temos os melhores blogues do mundo.
ResponderEliminarParabéns ao Kaos!!!!
Ufa!
ResponderEliminarLivrei-me de boa.... pensava que o boneco seguinte era comigo...
Amigo J.P. um abraço dos apertadinhos...
Para o artista Kaos, um beijo e a minha consideração de sempre.
Agora estou emocionada."Conversaremos" depois e se a minha atitude frontal foi abusiva, num espaço que é administrado por ti, e é da tua exclusiva responsabilidade, peço desculpa...
Mª Irene
Kaos, já tomei posição. O acordo não deve ser assinado. As razões são simples ... os professores não foram auscultados e depararam-se com enormes questões, dúvidas, sentimentos de mal-estar que poderiam ter sido evitados se soubessem o que estava na balança negocial (pela parte que os representou).
ResponderEliminarForam desconsiderados pelos sindicatos, é o que sentem.
Está na hora da revisão sindical.
E como avaliadores que somos, alguns de nós, chumbamos este acordo.
Bjo amigo,
m.
Pois eu concordo com o KAOS . O governo está a tentar reabilitar a sua imagem (nesta matéria) à custa de uma questão (a avaliação do professores) que me parece nem ser das mais importantes se olharmos ao todo.
ResponderEliminarOs postos de trabalho dos contratados e dos vinculados estarão sempre em perigo, e ainda mais se os seus representantes não tiverem força negocial e entrarem na dança do governo !
Totalmente de acordo consigo Kaos. Sonho com o dia em que a grande maioria dos profs. faça frente, de verdade, ao ME. Já estivemos mais longe ... em 20 anos de serviço nunca tinha visto tantos tão unidos. Pode ser ... um dia ... se calhar mais cedo do que eu imagino :)
ResponderEliminarrecomendo a leitura do [documento]
ResponderEliminare quem sonha que algum dia poderá fazer negociações com o ministério, a nível isolado, bem pode ir tirando o cavalinho da chuva...
Subscrevo sem reservas a apreciação feita pelo kaos, mas entendo a posição do mário, em representação da fenprof, na reunião com a equipa ministerial de onde saiu o polémico acordo.
ResponderEliminarNa plataforma sindical, há associações desejosas de chegar a acordo com a ministra. A FNE, recentemente procurou negociar unilateralmente com ME, recuou face à dimensão avassaladora dos protestos.
Não sei o que sucedeu na reunião com a ministra, mas acredito que não haja vontade do mário em assinar qualquer acordo, até porque ao longo dos anos tem sido acusado de intransigente. Pelo contrário outros haverá que o desejam e ficar de fora nesta altura do campeonato seria o pior que podia acontecer tanto para a plataforma como para a fenprof, como para os professores
Ó maria_maia, julgo que sou mais nova, por isso espero que não entenda o meu comentário como falta de respeito.
ResponderEliminarSugiro-lhe mais ponderação na forma como constrói o seu discurso. Não está a falar está a escrever e aquilo que escreve não se pode apagar.
Se for ler como eu fui os seus comentários no post anterior, particularmente o primeiro, verá que exagerou. E acaba por entrar em contradição com o que aqui escreve agora.
Todos lemos o que escreve. Sabemos que é professora. Ainda por cima escreve os seus textos a negrito o que lhes dá destaque em termos de imagem.
Quem lê, poderá interpretar as suas palavras como representativa de uma classe profissional. No seu discurso está implícita uma representatividade que não tem.
Não me representa. Sou professora. Não me identifico com o seu discurso.
Devia moderá-lo. A razão não é sua.
Rosalina Simão Nunes
Com vitórias como esta os professores vão a caminho da...derrota final. Reparem que o governo também clama por vitória e o Sócrates até elogiou a Ministra pelo acordo obtido. É tudo uma farsa, o essencial não foi alterado, os sindicatos não conseguiram mais que uma «moratória» (diga-se, pouco meritória).
ResponderEliminarQuem compreendeu a “missão” desta Ministra, a tenacidade, perseverança e determinação com que a pretende levar a cabo perceberá que ela NUNCA desistirá. Se houve um recuo, foi apenas uma manobra inteligentemente estudada, porque, por exemplo, o momento pode não ser o mais adequado. O governo, agora, está mais preocupado em «passar» uma boa imagem, de bonzinho, atento e desejoso de resolver problemas e não de criá-los. Começou a campanha eleitoral! Começou a caça aos votos! Penso que será o momento oportuno, não para fazer acordos pontuais, mas para exigir a revogação de diplomas como ECD, do 2/2008, do 3/2008 e da gestão escolar. No aproveitar é que está o ganho.
JFrade
Já li diferentes posições em relação ao "entendimento". Confesso que estou confusa porque a minha primeira reacção foi de contentamento porque tenho a certeza que se não houvesse este entendimento muitos CE teriam levado a avaliação para a frente ainda este ano. Foi adiada, agora parece-me que temos mais um tempo para outras lutas. Ou não?
ResponderEliminarMas também entendo as dúvidas de quem desconfia de tudo o que aconteceu. É que sabemos que o ME não é de confiança e tantas aparições da MLR nos média são para desconfiar. O importante, parece-me é continuarmos o que conseguimos a 8 de Março.
Claro que sim! Agora, negociar agora, já. Quatro anos é muito tempo, especialmente quando se transformam em 4 e meio. Razão tinha o Einstein na sua teoria do tempo. Este buraco temporal e governativo é essencial.
ResponderEliminarMaria maia
ResponderEliminarNunca faria um boneco a atacar-te a ti. O inimigo comum está no Ministério e não nestes comentários. Tu defendes aquilo em que acreditas e eu também. Temos visões diferentes mas isso nada altera na vontade e na necessidade de nos mantermos unidos nesta luta.
Quanto ao link, já tinha lido o comunicado dos sindicatos, mas também li o memorando saido da reunião com a ministra. Há muitas maneiras de ler o mesmo texto e não gostei do que li.
bjs
Eu concordo contigo Kaos...e acho que construimos uma sociedademelhor quando confrontamos idéias a fim de chegarmos a um ponto comum...UM PONTO COMUM não quer dizer que as idéias são iguais...
ResponderEliminarAdmiro-te por seres capaz de dizer o que pensas..e admirito mais ainda por seres crítico, sonhador e acima de tudo lutar para fazer deste pedacinho de terra um lugar mais justo...
um abraço fraterno
Claudinha
Rosalina, nem lhe vou responder.
ResponderEliminarO tempo e o evoluir dos factos, encarregar-se-á de ilucidar sobre a verdade.
Uma coisa é certa: decidam como decidirem, bem ou mal, a mim, nada jamais me afectará profissionalmente. E quem não quiser ser lobo que não lhe vista a pele...
Neste fim-de-semana já dediquei tempo suficiente a este tema. Hoje não é domingo, mas sim véspera de 2ª feira, o que quer dizer que ainda tenho assuntos a preparar.
Pela minha parte, dou por terminada a minha intervenção, muito ou pouco moderada.
Aguardemos o que os próximos dias nos trarão :)
Kaos, já li o teu comentário/resposta. Beijos retribuídos
Houve vitórias, mas poucas. Que tal os CEs mais papistas que o papa verem o tapete ser puxado debaixo dos pés? esta já deixa sorrir. A Milu teve que se bater na comunicação social e parece que a mensagem que passou foi a pior possível para o ME e governo. Outro motivo para sorrir.
ResponderEliminarDe facto, é pouco. Preferia ter a avaliação para poder mostrar o completo disparate que é o decreto. Os CEs mais cumpridores ficariam com os cabelos em pé, quando tivessem que fazer a sua parte, o que lhes iria demonstrar como estavam errados.
O acordo acabou com a luta dos professores. Terá sido outra luta qualquer entre esquerdas mas os professores ficaram esquecidos. Se conseguiram, desta vez, construir a grande esquerda, faz sentido falar em divisionismo, mas é preciso lembrar que os sindicatos representam bem poucos professores. Com estes acordos (aulas de substituição), cada vez representarão menos.
Porra, que esta aranha é pior que a viúva negra e professor que se preze de estar é meter-lhe o sindicato ao meio.
ResponderEliminarO problema destes professores é que a maioria infelizmente são uns Tótós que vão na conversa Sonsa do Sócas...e é claro que vão ser comidos mais uma vez pelo governo,..quando tinham uma oportunidade única de acabar com ele. Mas é muito difícil porque são muitos e a maioria só tem conversa da treta e assim não vão lá,....são despolitizados e fácilmente manejados.....e ainda por cima julgam-se espertos...!! ahahahahaha
ResponderEliminarMas porque é que não se espera um pouco pelo dia D ?
ResponderEliminarMas porque é que não se espera um pouco pelo dia D ?
ResponderEliminarSugestão de Referendo interno de Professores nas escolas:
ResponderEliminarhttp://socratinice.blogspot.com/2008/04/por-um-referendo-nas-escolas.html