domingo, abril 13, 2008

Digam NÃO a este acordo

Branca de Nogueira

Desculpem lá voltar ao tema, mas por mais que procure motivos e razões que justifique considerar o acordo com a Sinistra Ministra como uma vitória, não os consigo encontrar. Acabei de ler que a Múmia de Boliqueime promulgou hoje o diploma sobre gestão e administração escolar. Promulgou esta como já promulgou outras e promulgará muitas mais. Leis que são aquilo que fazia parte da luta dos professores e de muitos pais como eu. Leis que vão ser implementadas. Ao assinar este acordo, os sindicatos estão a validar este sistema de avaliação e a retirar força à luta dos professores. Ao assinarem este acordo acabam por dar o aval à política deste governo. Ainda vamos a tempo de o impedir, pelo que é necessário que todos os professores que estejam contra esta avaliação e contra estas politicas Socretinas da Sinistra Ministra, digam ao sindicato que não querem este acordo. Que não o aceitam.

Não está colocada qualquer hipótese de Acordo com MLR. Só se essa revogasse o ECD, a Gestão, a legislação sobre Educação Especial e, qual cereja em cima do bolo, se demitisse.” Isto foi dito pelo Mário Nogueira, o mesmo que agora nos quer convencer que há um acordo com a Sinistra. Revogou o ECD? E que mudou em relação à Gestão e à Educação especial?
Dizer bem alto um NÃO é importante e todos o devem fazer ouvir-se nos sindicatos dos professores e no Ministério.

Contributo para o Echelon: 15kg, DUVDEVAN

41 comentários:

  1. Há uma coisa que não entendo. Se não és professor, se a tua preocupação é como cidadão, então o que te afecta a ti a leida gestão e administração escolar?

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  2. Toniblere:
    Sou pai, sou associado da associação de pais e preocupo-me com a escola publica. Isto claro para lem de ciadão e português preocupado com o futuro do país. Mais alguma duvida?

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  3. Mudam-se os tempos...
    Terá sido a promessa de mais um escalão no topo da carreira dos titulares? E em que é que isso poderá beneficiar a grande maioria dos professores que nunca terão a oportunidade de lá chegar?
    Se não houve uma mudança nesta 'política' educativa que nos conduzirá ao mundo das trevas, que fundamento é que ele terá para começar a cantar vitória?
    Enquanto a Educação não se demarcar destes valores mesquinhos e egocêntricos, tornando-se realmente autónoma face aos valores dominantes e forçar um rumo diametralmente oposto ao da política do salve-se quem puder e os outros que se lixem - a política do xico-espertismo, este país continuará a ser conduzido para o abismo: a Educação terá como missão a reprodução social, ou seja, as oportunidades serão apenas para os filhos dos oportunistas!

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  4. Kaos, decididamente não entendo como podes estar tão cego. Nem uma noite de sono te arrumou as ideias. Decididamente tenho de discordar desta tua atitude e vontade de dividir os professores. Estás baralhado. Ès anarca. Assumiste o teu nickname de caos.... Estás cego, mas, convencido que és o único iluminado no meio disto tudo... É pena! Este blog merecia a minha consideração até ao dia de ontem... só até ontem.....

    Pensa um pouco:

    O 3º Período já está começado e daqui a Junho é “um piscar de olhos”. Os desgraçados dos professores contratados, vão morrer a trabalhar, sempre a descontar e jamais chegarão à aposentação. Tenho um colega com 35 anos de idade e apenas ainda conta com dois anos e alguns meses de serviço....

    Os desgraçadinhos dos 7 mil profs contratados iam ser ( nalguns agrupamentos já estavam a ser) avaliados por um modelo complicado que nem era igual para todas as escolas. Acredita que iam mesmo. Os conselhos executivos baixavam a orelha e estavam mesmo a obedecer às ordens dos seus superiores hierárquicos, isto é, ao ministério. Estes 7 mil professores para além de serem as cobaias, por omissão de avaliação, corriam o risco de serem directamente penalizados. Era uma monstruosa injustiça!

    Eles não podem ser mais prejudicados no meio disto tudo. Eles já têm o futuro penhorado. À custa de muito esforço e luta, os sindicatos conseguiram que, este ano, eles sejam avaliados por um sistema mais simplificado e uniforme em todo o país. E tu, e outros como tu, desvalorizam esse pequeno avanço?

    E julgas-te tu amigo dos professores???
    Dividir os professores???!!!
    Assumir neste pequeno entendimento uma derrota????!!!!

    JAMAIS!!!!!

    Desculpa kaos, mas perdeste a lucidez ao te julgares o único iluminado.... estás literalmente a fazer o jogo dos inimigos dos professores! Enxerga.Abre bem os olhos porque essa é que é a verdade.


    Mas então faltam outras conquistas??? Faltam sim senhor!
    Por acaso as lutas terminaram??!!!
    Por acaso os professores e os seus representantes cruzaram ou vão cruzar os braços???

    Haja lucidez e muita calma.

    Dividir os professores, JAMAIS!!!!
    Espero que penses bem e ponderes as atitudes que aqui tomas publicamente.

    Neste momento, acredito muito mais na LUCIDEZ e SENSATEZ dos professores do que na tua....

    Sei que o blog é teu e só a ti compete a sua administração, mas, acredita, causaste-me IMENSA INDIGNAÇÃO....

    com a frontalidade de sempre
    Mª Irene

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  5. Tonibler, desculpe lá mas você está a brincar, não está?

    Como é que pode dizer que a lei de gestão e administração das escolas não afecta qualquer cidadão?

    Quer-se mudar para um sistema que vai na pratica transformar as escolas em entidades geridas à molhada por câmaras municipais, empresas, associações de pais e mais não sei quantas entidades.

    O dinheiro, dos contribuintes, que vai servir para sustentar isso virá de onde?

    Ou não virá dos impostos?

    Ou não virá de propinas a criar?

    E não serão os cidadãos que pagarão isso e pagarão as propinas dos filhos ?

    A sua pergunta no primeiro comentário parece uma pergunta do Bloco de esquerda.

    Os custos do novo sistema e a igualdade de oportunidades ficam como?

    E os conflitos de interesses entre empresas que começarão a ser metidas a gerir escolas e o fornecimento das mesmas dos mais variados materiais para funcionarem; agora não dizem respeito aos cidadãos, é?

    Ou seja, quem é que paga esta nova treta que se quer inventar?

    Mais: quem paga a anarquia que vai derivar disto com 7,10 ou 20 entidades todas ao mesmo tempo com interesses conflituantes entre si a quererem gerir uma sistema de ensino?

    Ou agora os cidadãos já não tem nada a dizer sobre os custos de má gestão e de invenções que lhes são imputados?

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  6. Pois agora eu estou do lado do Kaos....em resumo os professores não são grande coisa no seu conjunto,....politicamente é claro...!!!
    Há ali muito aproveitamento e confusionismo !! e já não é de agora ! quando lhes dão uma migalha ficam logo muito satisfeitinhos...e claro o Sócas parvo não é !!!!

    Já agora Kaos para quando uma rábulazita da namoradinha (?) do Sócas ??

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  7. Jorge, gostaria que me explicasses o que é isso de “confusionismo “ e em que dicionário vem escrito....

    E agora pergunto-te: conheces o ditado que diz “ mais vale um pássaro na mão do que dois a voar????”

    Transporta esse ditado para uma situação difícil da tua vida, e depois conta-me qual a tua decisão...

    Falar do que não se conhece bem, vale mais estar calado!!!!

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  8. Tonibler ,

    a nova lei da gestão e administração escolar representa um passo de gigante na instrumentalização politica das escolas , o governo passa a decidir quem pode gerir ou não as escolas. É claro que se os futuros gestores/directores/presidentes pisarem o risco, são postos no olho da rua num abrir e fechar de olhos, tal como fazem actualmente com os directores/gestores das unidades hospitalares.

    Será isso que queremos ?

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  9. A pergunta do Tonibler é reveladora do estado da democracia em Portugal.

    Kaos, um aplauso pela cidadania que revela na sua resposta.

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  10. Maria Irene,
    Quando os professores, que reuniam ou pensavam reunir as condições, se submeteram ao concurso para titulares não pensaram na divisão dos professores? Havia alguma espada sobre as suas cabeças que os obrigasse a concorrer? Pois, minha cara senhora, foi esta atitude dos professores que levou o governo a prosseguir a sua ´política´: é a aceitação pacífica das regras que lhes confere a legitimidade.

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  11. E uma vez mais, roubo o boneco. :)



    *Isto hoje está a conta gotas. eheheheh...

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  12. Madalena

    Nunca lhe disse particularmente, nem em qualquer situação manifestei opinião positiva quanto à existência de professores titulares. Já tenho mais de 32 anos de serviço e não sou titular de coisa alguma, nem nunca tive esse objectivo. Por isso estou 100% à vontade.

    Em segundo lugar, não confundamos as coisas. O [entendimento] agora questionado, visa uma situação muito pontual: os professores contratados ( mais alguns que têm direito à subida de escalão ) De momento, é este o foco da discordância de alguns, e mais nenhum outro. Cada assunto a seu tempo. Ser titular ou não, não é para aqui chamado.

    A guerra em que os professores andam envolvidos, tem muitas frentes de batalha. Acho ingénuo e/ou demagógico alguém imaginar que as conquistas se farão todas em simultâneo. Que eu saiba, a luta dos professores não terminou. Ela continua. Ninguém desistiu. Mas, nesta situação pontual dos professores contratados, o ano está a acabar e eles não podem ficar prejudicados por défice de avaliação. Houve sensatez por parte dos colegas dos sindicatos em salvaguardarem o progresso na carreira desses colegas. Se o não tivessem feito, muito possivelmente, aqueles que agora dizem discordar do entendimento, apontariam o dedo acusador e responsabilizariam os mesmos sindicatos por não terem sabido zelar correctamente pelos interesses dos contratados.

    Agora se considerarmos a hipótese de divisões de professores, temo muito pelas conquistas do futuro.

    Os professores precisam continuar unidos, precisam continuar a debater muitos assuntos nas suas escolas e confiar nos seus representantes sindicais.

    “Dividir para reinar” de certeza que jamais será a solução....

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  13. Maria é verdade que não domino completamente o que se passa na educação: mas sei o que é a política, e quando vejo o Sócas muito feliz a dizer que houve amplo consenso e a dar os parabens à ministra é óbvio que os enrolaram mais uma vez e vocês com medo que as coisas descarrilem fazem uns acordos que só servem para que eles (governo) consigam levar a água ao moínho deles...! já agora quem propôs o tal entendimento.......foram vocês ??? é que se não foram está mais que provado que foram levados.....!!!

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  14. Caros,

    Relativamente à vossa preocupação com a administração e gestão da escola pública, eu gostava de saber quem é que se responsabiliza pelos resultados dos alunos. Porque aquilo que vejo é professores com medinho de serem chamados à responsabilidade. Só!

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  15. Só vem aqui quem quer... o meu aplauso para o Kaos...

    Agora começo a perceber a diferença a que a Lulu se referia quando distinguia entre professores e sindicatos...........

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  16. Jorge, vamos lá pôr mais um ponto nos iiis.

    Em 1º lugar, o Mário não esteve sozinho na noite do entendimento. Estiveram outros representantes dos professores, mas, toda a gente aponta o dedo acusador unicamente ao Mário.... Só este facto dá para pensar um pouco... ou não dará ?

    Em 2º lugar, alguém tem dúdidas sobre a profissão do Mário Nogueira e dos seus acompanhantes nas negociações??!!

    Se ele contactou os professores??? Individualmente julgo que não nem tinha que o fazer. As negociações fundamentaram-se nas opiniões saídas das multiplas reuniões que tem havido um pouco por todo o lado, sendo muitas delas com origem sindical ou doutros movimentos de professores. As reuniões e grupos de trabalho têm acontecido por horas infinitas.... Se algum professor se sentiu ignorado foi por défice de participação. Oportunidade de dar opinião foi coisa que não lhe faltou. Os debates e reflexões sobre AVALIAÇÃO já acontecem há muito tempo. Só não participou quem não quis... além disso todas as informações são sempre actualizadas e disponibilizadas nos sites dos sindicatos para quem quiser ler...

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  17. ó inglês, já te mandaram bugiar??'!!!!

    aproveita a deixa e... desaparece!!!!

    só de olhar o teu nickname sinto vómitos... :(

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  18. Envenenada ou não
    a maçã já foi mordida
    parou-se a contestação
    e a causa está perdida

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  19. Também penso que os resultados desta negociação estavam previstos e a própria negociação estava premeditada porque hoje em dia na política nada acontece que não esteja previsto.
    Precisamos de uma equipa de assessores para negociar em termos de igualdade de recursos. Bastam dez ou vinte e todos sabemos onde os recrutar ali para os lados do Campo Grande.

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  20. Maria Irene,
    Penso que a união faz a força e os professores nunca se deveriam esquecer desse lema, pois sobre eles recai a nobre tarefa de ajudarem os pais a levar a inculcar, por parte dos mais novos, os valores ditos universais. A Justiça é um deles, e seria muito injusto que alguns (relativamente poucos) professores fossem altamente penalizados pela falta de união de muitos.

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  21. Maria não respondeste à minha pergunta: quem propôs o entendimento ????

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  22. Tonibler,
    Refere-se a resultados reais ou fictícios? É que estes são defendidos pelo ME, enquanto os primeiros são defendidos pelos pais conscientes e pelos professores que se sentem honrados com o exercício pleno da sua profissão.

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  23. Jorge, eu não sou mulher de fugir a perguntas...

    se me perguntares quem redigiu, de quem foi a caneta ou computador, eu juro que não sei... :)

    Quanto ao resto, respondi, sim senhor. Relê , por favor. Eu já sou velhinha e tenho que me poupar para gozar a "reforma" que se aproxima.... :)

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  24. caro Tonibler

    agora não o percebi:

    "responsabilizados pelos resultados dos alunos" ???

    Tonibler

    Uma das últimas paranóias do governo é a da responsabilização de todos por tudo. Todos menos eles próprios entenda-se ! Veja-se por ex. o caso dos juízes que têm de pagar indemnizações do seu próprio bolso quando erram e naturalmente que a aplicação da justiça é um terreno fértil em decisões diversas. É claro que as péssimas condições em que esses profissionais trabalham, tanto ao nível material como de recursos humanos, como de horários propiciam o erro, mas isso não interessa ao poder político. O que fará agora um juiz quando tiver para aplicar uma prisão preventiva a um suspeito de pedofilia com poder político e económico ? Se ele pressentir que essa prisão preventiva está nos limites da lei e que outras instâncias poderão decidir noutro sentido , o desfecho é evidente.

    Já o nosso falso Eng entretém-se a processar, sem sucesso, autores de blogs por delito de opinião ! Quem paga estes processos ? por certo que todos nós.

    Há um ano a nossa ministra andou a brincar com os alunos aos exames nacionais, permitindo ao arrepio da lei que alguns alunos em algumas disciplinas fizessem uma chamada extra, lembra-se ? muitos foram para tribunal, o M.E. perdeu sempre ! quem pagou as custas judiciais do M.E. ? quem pagou as dezenas de exames que se foram fazendo a conta-gotas por determinação dos tribunais ? acham que saiu do bolso da ministra ou dos seus secretários de estado ?

    E agora ? querem levar a tribunal o professor sempre que um aluno reprova ? para que pague uma indemnização à família ?


    Sabe por exemplo quais são as condições de ensino/aprendizagem que alunos e professores enfrentam numa sala de aula? No Inverno rapa-se frio, no Verão abafa-se. Trabalha-se sob telhas de amianto em mais de 30% do nosso parque escolar, na indiferença geral de poder político e opinião pública, computadores na sala são uma excepção.

    Vá lá à 5 de Outubro ver se a ministra e os seus secretários de estado trabalham assim!

    Mas se quiser colocar a questão nesse ponto de vista da responsabilidade, penso que as responsabilidades do insucesso começam por aqueles que têm por obrigação aprender e recusam-se a fazê-lo. Depois continuam pelos que têm obrigação de ensinar, sendo que nestes últimos, tem sempre mais responsabilidade quem tem mais poder!

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  25. Tonibler:

    Responsabilidade pelos resultados dos alunos.
    São os alunos;
    os pais dos alunos;
    o ministério da educação e em ultima análise a sociedade.

    Em 1ºlugar deveremos definir o que são resultados dos alunos.

    Quere-se alunos completos que saiam da escola com uma formação geral média relativamente boa, CAPAZES DE PENSAR, ou quer-se servos capazes de executar tarefas técnicas low tech?

    Quem escolheu o actual modelo de desenvolvimento está a dizer que quer alunos low tech.

    No mundo do futuro de que serve ter alunos muito bons apenas vocacionados para tarefas técnicas repetitivas e de baixo valor acrescentado?

    As coisas que aqui estão em causa não são só os professores serem ou não serem avaliados.

    Recordo-me quando andei no secundário que todos os alunos em média eram melhores que os actuais.

    Quando lá andei chumbava-se por faltas, os professores mandavam para a rua, e os paizinhos não queriam gerir escolas,nem tínhamos empresas a rondar escolas.


    Actualmente com as teorias pedagógicas da treta conseguiu-se baixar o nível até quase ao fundo e vem-se dizer que os professores não querem ser avaliados.

    Como podem professores aceitar ser avaliados se não tem qualquer hipótese de demonstrar seja o que for de bom ou mau, porque tem um ME que não o deixa fazer?

    E é necessário saber que tipo de avaliação estamos a falar em relação aos resultados so alunos.

    Comparações com rankings metendo neles escolas privadas vs públicas ou escolas do interior com escolas do litoral ou escolas de cascais com escolas da merdaleja de cima, lamento muito, mas isso não é sério para se aferirem quaisquer resultados ou se existem professores maus ou bons.

    Não é estatisticamente sério comparar escolas privadas com pagamentos de propinas de 10 mil euros o ano, e que discriminam alunos não lhes renovando matriculas ao final de um ano de lá estarem não terem resultados ou perfil, com a escola do interior ou do subúrbio da grande cidade.


    E dizer que os professores das escolas de baixa qualidade são maus.

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  26. Maria,

    Vai p'ra dentro, querida...

    Dissidentex, Manuel da Costa, madalena,


    Vocês é que estão contra um modelo de administração e gestão que tenha responsáveis pelos resultados da escola, não sou eu. Eu quero um marmelo a quem dizer que a escola está a ter resultados da merda e que tenha medo de ser despedido cada vez que os resultados dos exames vêm.
    Mas também podem ser os professores a serem responsabilizados individualmente, como vocês defendem. Parece-me injusto, mas desde que haja alguém responsável....Não me venham é com a conversa de que os responsáveis são os alunos senão fazemos como alguns estados americanos, damos o dinheiro aos alunos e eles que escolham a ecola que querem pagar...

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  27. Este comentário foi removido pelo autor.

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  28. Eu partilho a opinião do KAOS. Não tenho a certeza que o entendimento conseguido sirva para melhorar o sistema. Certamente abranda o comboio decarrilhado do modelo anterior mas este de agora vai valorizar os melhores e fazer os baldas trabalharem?

    Os sindicatos podem cantar vitória e a ministra pode dizer que conseguiu alguma coisa, deixando entender que se poderia ter feito mais. Todos salvam a cara. Todos? E os professores? E os alunos?

    Eu cá não compreendo onde os sindicatos vão buscar legitimidade para se dizerem representantes dos professores. Por acaso as suas propostas são votadas pelos seus supostos representados? Uma manifestação de rua pode dar força mas não vejo que dê legitimidade.

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  29. Tonibler, para se atingerem os objectivos de responsabilidade que frisou, e bem, não vejo que se tenha forçosamente de mudar forma de gestão. Basta exigir essa responsabilidade. Aliás, nem vejo como é que a mudança do modelo de gestão vai mudar este aspecto. Poderá ficar exactamente na mesma, se essa responsabilidade não for exigida, como agora.

    Por outro lado, passar o negócio para as câmaras municipais é lançar lenha para a fogueira. Pelo menos se olharmos pelo mesmo prisma da gestão "transparente" das nossas autarquias.

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  30. raposa,

    É um caminho. A seguir a pedir responsabilidade à gestão eles vão ter que pedir a responsabilidade sobre o quadro de pessoal. Se um administrador o vai fazer, um "conselho" não vai.

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  31. Tonibler nunca desiste de conquistar leitores para o seu blog. Está em todas!
    A escola liberal é aquela que é gerida pela autarquia e representantes dos pais. Depois falam em exigência. Espera que o director vá ouvir queixinhas? já vai ter toda a comitiva da "abertura ao exterior" para lhe fazer a vida negra!
    Os professores são a classe profissional mais avaliada: por colegas, por pais, por alunos e até por desconhecidos! Se são maus só pode ser por excesso de avaliação.

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  32. anónimo, não é assim que se conquistam leitores, mas já que falas nisso, tb vejo anónimos em todo o lado...
    Não, não são. Tanto não são que depois do resultado de termos a pior educação e a mais cara de toda a OCDE, ainda conseguimos ter um excedente de 50 mil e 40 mil a querem entrar todos os anos. Sim, diria que é excesso de avaliação..

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  33. tonibler:

    formar alunos não é o mesmo que fazer salsichas.

    Portanto o critério de terem que sair das escolas alunos todos bons e com excelentes resultados é uma critério falacioso.

    Quer as pessoas queiram quer não queiram existirão sempre maus alunos.
    É uma inevitabilidade.

    Fazer um nexo de causalidade entre isso e "responsabilizar alguém pelos resultados de merda" é um erro.

    O que se deve procurar fazer é proporcionar o melhor ensino que for possível fazer e ter muito cuidado com a aplicação da lógica dos "resultados".

    Quanto ao gasto de dinheiro isso deve-se única e exclusivamente ao ME que temos e à criação de estruturas burocráticas conjugadas com escolas obsoletas que apenas existem para gastar dinheiro e alimentar os clientes do ME.


    Olhe um exemplo:
    O ME não passa a software livre porquê?

    Porque é que os contratos de aquisição de software são feitos sem concurso público?

    É aí que estão os gastos, não em professores.

    Pagar todos os anos 2 ou 3 milhões de euros de licenças de software parece-me demais.

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  34. Oh Tony ai que temos que nos por à porrada :D


    "Não, não são. Tanto não são que depois do resultado de termos a pior educação e a mais cara de toda a OCDE, ainda conseguimos ter um excedente de 50 mil e 40 mil a querem entrar todos os anos."


    Ou seja, temos a pior educação por causa dos professores. É sempre bom termos um bode expiatório, permite explicações fáceis de encontrar.

    Mas explique lá isto. Talvez já tenha lido pois tenho repetido esta questão por aí. Há professores com processos disciplinares por incumprimento? Não aplicam eles os programas que são definidos pelo ME?

    Já agora, acha mesmo que o nível profissional dos profs é assim tão generalizadamente mau por forma a que seja essa a explicação para os maus resultados da nossa educação?

    Haverá maus profissionais, como em qualquer outra área. Mas, vá lá, mantenhamos alguma honestidade intelectual ;-)

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  35. Fixe! Porrada!

    "Ou seja, temos a pior educação por causa dos professores"

    Sim. Tenho mais alguém para culpar, por acaso? Se alguém tenta arranjar um responsável pelos resultados é o "ai, jesus!" que estão a politizar a escola. Se se tenta que a escola se responsabilize pelos professores que escolhe, não pode ser porque isto e por aquilo. Então? Só tenho um culpado. A quem vou eu pedir responsabilidades se a minha relação como pagante é directa com os professores como empregados?

    Já agora, os programas? Quem é que os faz, não são professores que fugiram da escola para o ministério? Então, é a mesma merda. Amanhã, os que estiveram no marquês, fogem eles para a 5 de outubro e estão a produzir lixo igual ao que foi produzido até agora. Essa de se desculparem com o ME é gira, como se não fossem professores iguazinhos aos outros todos e contratados pelos mesmos critérios.

    Software, dissidentex? Tem dó de mim. 50 mil professores a mais custam 2 mil milhões de euros! Software?????!!!!


    "O que se deve procurar fazer é proporcionar o melhor ensino que for possível fazer"

    Ora, aquilo que quem tem dinheiro fez foi tirar os filhos desta bandalheira. Só quem não tem filhos é que não sabe as listas de espera que existem. É curioso, que os pais fujam cada vez mais para o privado e os professores se manifestem cada vez mais para se manter tudo na mesma.(Isto é factual, não é uma opinião)

    Quem não tem dinheiro, fica a aturar estas patetices. Infelizmente para mim, e posso confessar que os meus filhos andaram num estabelecimento privado na primária (até à 4 classe) e passam para o público a seguir, não concordo que os adolescentes sejam educados em ambientes diferentes, por todas as razões do mundo. Os meus irão frequentar uma escola pública, mas vão ter um pai em casa que sabe mais que os professores deles todos juntos. Os colegas deles, cujos pais não tiveram uma vida como a minha, vão ter que aturar sujeitos que revogaram a lei de Lavoisier, mas que não podem ser avaliados, não têm culpa de nada, nem admitem ser confrontados com a responsabilidade de destruir a vida destes miúdos.

    Aquilo que vos pergunto é quanto tempo acham que a escola pública vai sobreviver a isto?

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  36. Bom Tonibler mas é mesmo num ponto em que discordamos. O ME não é propriamente formado por professores da mesmo forma que o min. da saúde não é composto por médicos, o min. das finanças por contabilistas (ups, economistas) e por aí a além. Certamente que me entende. No ME estão políticos e burocratas de carreira.

    A sua relação de pagador também existe com o ME, não é apenas com os profs.

    Tenho a ideia que é uma pessoa atenta. Já olhou bem para o que tem sido a estratégia educativa das últimas décadas? Fosse uma empresa e já estaria há muito falida. Mais que não fosse pela forma como trata os seus recursos. E note bem, tenho que insistir nisto, não fazem os profs o que lhes mandam?!

    E já agora, faz mesmo sentido que temos a escola do ensino único e igualitário? Não será apenas um nivelamento por baixo?

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  37. Oh, raposa, quem faz os programas não são professores? São. Dão-lhes uns nome pomposos tipo "coordenador nacional da área 25", mas são. Uns sujeitos quaisquer que conseguiram fugir da escola....

    "A sua relação de pagador também existe com o ME, não é apenas com os profs."

    Não. Isso não é verdade, porque o nem o ME é livre de escolher os professores que os alunos vão ter, não pode decidir se a sua performance é boa ou má e, no fundo, só serve de intermediário. Logo, o primeiro com meios de poder ser responsabilizado na cadeia entre mim e o professor é o próprio professor.

    A única coisa em que podemos dizer que o ministério é responsável é por não responsabilizar. Tudo o resto é consequência disto.

    A pergunta, muito simples, é se os professores alguma vez admitiriam o fim do ministério da educação como gestor dos recurso? Nunca!

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  38. "quem faz os programas não são professores"

    Isto é meia verdade. São eventualmente professores quem os faz mas não são *os* professores que os fazem. Refiro-me a esse grupo que está de baixo de fogo no que respeita ao ECD e à avaliação. Não são eles que fazem os programas. Os que os fazem, sendo professores, estão num contexto diferente. Vá lá, não misturemos as coisas.

    "o nem o ME é livre de escolher os professores que os alunos vão ter, não pode decidir se a sua performance é boa ou má e, no fundo, só serve de intermediário. Logo, o primeiro com meios de poder ser responsabilizado na cadeia entre mim e o professor é o próprio professor."


    Então vejamos. Vai aos correios e fala com a empregada que o atende. É o seu elo de ligação com a empresa. É ela responsável pelas decisões da sua administração?

    Além disso, o ME escolhe sim os seus professores. Há concursos. Quanto a medir a sua performance, eu concordo que isso preciso de ser feito. E creio que esta coisa simples bastaria: comparar as notas dos alunos em exames nacionais (que contem para a nota dos alunos!!!), enquadradas no contexto da escola. Desvios padrões acentuados certamente serviriam para identificar professores *potencialmente* baldas.





    Em todo o caso, não vejo claramente qual é a solução que defende. Pessoalmente, penso que isto faria sentido:

    - Mudar os actuais programas, diminuindo o número de disciplinas. No básico os alunos chegam a ter 16 disciplinas diferentes. E no entanto não sabem fazer contas nem expressar-se pela escrita.

    - Os pais têm que ser responsabilizados pela indisciplina dos seus filhos, como se faz no Reino Unido. Basta um ou dois alunos por turma - e certamente que todas os têm - para destabilizar toda a turma, desviando a atenção do professor do ensino para a disciplina na sala de aula.

    - Os professores têm que ser avaliados regularmente como referi anteriormente;

    - O ensino único e igualitário não faz sentido. Nivela por baixo para que possa ser igualitário. As pessoas são diferentes e nem todos quererão ser doutores ou engenheiros.

    - Tem que se acabar com esta praga de mudar o rumo da educação de cada vez que muda o governo. Além disso, as mudanças a acontecerem não podem ser feitas de rompante como até agora. Onde já se viu iniciar um processo de avaliação a meio do ano lectivo sem sequer estar ainda completamente definido? Esta situação de um ou dois iluminados no ME decidirem mudar por acham que eles é que estão certos tem que acabar. Não estamos a falar de aumentar ou baixar o IVA. É a preparação duma geração inteira!

    - Devem-se criar nas escolas espaços de trabalho (gabinetes?) para os professores, por forma a que possam lá fazer o seu horário de trabalho e com os recursos da escola. Penso que isto fará sentido para aproximar os alunos e os professores fora do contexto da sala de aula.

    - E o ME precisa sem dúvida de deixar de encarar os professores como o alvo a abater. Não pode haver mudança bem sucedida sem a intervenção de todos. Neste aspecto gostaria de ver criada uma ordem profissional que representasse todos os professores e que seria o interlocutor dos profs com o ME nas questões educativas. Aos sindicatos as questões laborais, à ordem as questões educativas. No actual contexto, com que representatividade vão os sindicatos dizerem que estão a falar em nome dos profs? Acaso colocaram as suas moções a escrutínio?


    Bom, saliento que não sendo professor nem "especialista" em educação poderá muito bem acontecer que esteja a dizer (escrever!) uma série de parvoíces.



    (Sorry Kaos, lá me estiquei no teu espaço novamente).

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  39. rv,

    Estão num contexto diferente agora, amanhã vão ser estes que não querem ser avaliados que vão lá estar, numa espécie de grande dinastia dos incompetentes.

    O Me não escolhe os professores. O ME promove um concurso cujos critérios estão de tal forma estabelecidos à partida e por lei que é um computador a colocá-los. Logo não pode ser responsabilizado. A senhora dos correios foi escolhida por alguém que é responsável por ela, não tenha a menor dúvida.

    No resto, li lá no fliscorno, ´vou lá depois.

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  40. Tonibler, desculpe a insistência neste ponto. Há cerca de 150,000 professores. Algumas dezenas trabalham nas DRE e no próprio ME. São estes burocratas, literalmente, quem faz os programas. Alguns poderão ser ex-professores mas isso até é irrelevante pois estes quadros não têm assim tanta rotatividade.

    Da leitura do seu comentário depreender-se-ia que são esses profs que têm contestado as políticas do ME os mesmos que as elaboram. Isso não é exacto.

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